Depois do almoço seguiram para Middlesbrough, onde havia um lago, que pretendiam passar a noite e pescar alguns peixes para a janta.

Bidh Keith a ’coimhead airson connadh, bidh Cam a’ lasadh an teine. Bidh Dun agus Ronald a ’lorg dinnear. (Keith procure lenha, Cam acende o fogo. Dun e Ronald pesquem o jantar. ) - Annabeth ordenou assim que desceu do cavalo - Ailig, an urrainn dhut mo chuideachadh?

Alex imediatamente se mexeu, Percy achou estranho.

—Ei? - chamou Alex

—O que é?

—Ela te chamou de Ailig?

Alex riu.

—É meu nome no gaélico escocês. Ela pediu ajuda, quer ajudar?

—Claro.

Annabeth já havia tirado de uma de suas bolsas um longo tecido.

—Pode por favor arranjar hastes para a base da tenda?

Alex assentiu, saindo então a procura das hastes para a tenda da princesa.

—Até agora, não disse para onde vamos. - Percy comentou, se aproximando dela, Annabeth observou a área em que colocaria sua tenda

— Áustria. - ela respondeu

Percy olhou incrédulo para ela.

—Áustria? Estas maluca?

Ela o encarou.

—A Sacerdotisa, filha do Arquiduque da Áustria Rodolfo II, Cristina, me receberá e me auxiliará. A deusa pode não me responder, mas sempre responde ela.

Percy sentiu certo ciúme na fala dela.

—Existem mais de vocês? Digo, sacerdotisas?

—Sim, Cristina, a princesa Ana da Rússia, filha do czar da Rússia Basílio IV, a princesa Yahya, filha do imperador Maomé III, o Justo do império Otomano e a princesa Batbayar, filha de Jahangir do império Mogol.

—E dentro todas essas, você escolheu a da Áustria?

Ela deu de ombros.

—Era mais perto. Preferia ficar dois meses viajando até Agra?

—Na índia?

—Sim, dois meses se seguir a cavalo e barco.

Alex voltou com hastes na mão esquerda e um facão da direita.

—Achei estes, já deixei prontos, posso te ajudar a montar.

Annabeth assentiu.

—Eu também posso ajudar, sei construir, passei muito tempo caçando com meu tio. - Percy ofereceu, Alex olhou para ele com a sobrancelha arqueada

—Tudo bem então, Percy. Venha.

Alex entregou as hastes para Percy, Annabeth lhe mostrou onde queria que fosse montado. Percy não teve problemas para montar a tenda, ele realmente tinha falado a verdade quando disse que sabia montar. Quando Percy já estava colocando o tecido por cima, Dun e Ronald chegaram com o jantar. Keith já tinha adquirido lenha o suficiente e Cam já tinha conseguido uma chama pequena com pequenos gravetos.

Demorou mais uma hora até que todos os peixes estivessem assados, Cam serviu o primeiro peixe para Annabeth. Percy surpreendeu novamente ao ver que como ela parecia confortável com a falta de luxo.

Eles estavam sentados em volta da fogueira, apreciando o salmão pescado por Ronald e Duncan. Um peixe para cada um foi suficiente, mais Dun e Ronald fizeram questão de trazer mais dois, que foram divididos entre os homens, pois Annabeth já se sentia satisfeita.

Tràth a-màireach thèid sinn gu Flamborough. Ghabh sinn lòn an sin, agus an uairsin gu Lincoln. (Amanhã bem cedo vamos até Flamborough. Almoçamos por lá, depois seguimos até Lincoln. ) - Annabeth disse - Biodh oidhche mhath agad. (Tenham uma boa noite. ) - desejou, antes de se levantar e se dirigir a sua tenda, na qual ela já tinha preparado a sua “cama”

—Acho que podiamos ir até York. - Percy sugeriu

—Não é seguro, York é grande demais.

—Eu tenho familia lá… - ele riu - Digo, o Duque de York, Moros, é filho de Nix. Direi que sou filho de Tártaro, irmão de Nix.

—E você acha que ele nos receberia por uma noite? Isso nos atrasaria um dia. - ela perguntou, arqueando uma sobrancelha - O que vai dizer a ele? Que é o primo de 3º grau do futuro?

—Uma noite atrasada, mas bem dormida. Eu direi que sou filho de Tártaro, ele é primo de deles, só que ele mora na Rússia com a esposa e os filhos.

—E como vai explicar esse pequeno pelotão? - foi a vez de Alex preguntar

—Eu consigo, conheço toda a linhagem da minha família, garantirei que ele acredite.

Annabeth semicerrou os olhos.

—Está bem, vamos até York. - ela olhou para seus soldados - Atharrachadh planaichean, rachamaid gu York. (Mudança de planos, vamos para York. )

Mar a thogras tu, a phrionnsa. (Como desejar, princesa. ) - Cam concordou

—Boa noite. - ela desejou, Percy sorriu, Annabeth se retirou para sua tenda, a entrada estava do lado oposto deles

—Chan eil mi a ’faicinn feum air geàrd, a bheil thu ag aontachadh? (Não vejo necessidade de guarda, concordam? ) - Dun comentou

—Faodaidh, faodaidh tu cadal. Am-màireach bidh sinn a ’dol a York gu math tràth. (Sim, podem dormir. Amanhã vamos para York bem cedo. ) - Alex respondeu

Percy viu os 4 homens ajeitarem-se cada um em seu canto, no fim, estavam apenas os dois.

—Tem sido complicado entender o que vocês dizem.

Alex riu.

—Mas é só aprender, não é tão difícil.

—Palavras básicas, pode me ensinar?

—Bom dia, Madainn mhath.

—Madainn mhath. - ele repetiu

—Halò, olá.

—Halò.

Alex pensou.

—Feasgar math, boa tarde e Oidhche mhath, boa noite.

—Feasagar math e oidhche mhath.

—Feasgar. - Alex corrigiu

—Feasgar math.

—Bana-phrionnsa é princesa. Pode chamar Annabeth assim, ou de Mòrachd, que é alteza.

— E bonita?

Alex o encarou com a expressão séria.

—Por que?

—Curiosidade.

—Gu math.

— E como se diz, “como você está?”

—ciamar a tha thu.

—Ciamar a tha thu, Alex?

—Uill agus thusa? Uill é bem, agus e thusa “ e você”.

—Uill, certo. Você é thusa?

—É Thu, mas na expressão fica thusa. - Alex bocejou - Só mais uma palavra, estou cansado.

—Eu, como é eu?

—Mise. Agora, vá dormir, quando o sol nascer, vamos até York e é bom que você tenha um bom plano.

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Quando o sol nasceu, eles levantaram acampamento. Quando o sol já começava a se pôr no horizonte, estavam em York. A cidade, Percy notou, estava quase do mesmo jeito. As ruas continuavam as mesmas, mas a paisagem em seu tempo era mais verde e bela. Os muros, que separavam o castelo, pareciam mais cinzas que antes. E o castelo, como Percy adorava aquele castelo, na sua época, era propriedade de Tyson.

—Já esteve aqui antes? - perguntou para Annabeth

Annabeth deu uma boa olhada antes de responder.

—Nunca estive aqui.

—Vai achar mais confortável do que uma tenda.

Eles continuaram cavalgando em silêncio até a porta de entrada, era hora de Percy agir.

—Espero que tenha pensado em um plano. - Alex murmurou quando Percy desceu do cavalo. A sua frente, como era de costume em todas as entradas de castelo, dois soldados faziam guarda.

—Quero que avisem ao Duque de York, que seu primo está aqui. - Percy declarou - Sou Perceu, filho de Tártaro, filho de Nix.

O soldado da esquerda de Percy arqueou uma sobrancelha.

—O Príncipe Tártaro está na Rússia fazem anos. - disse

—Sim, meu pai está. Ele me mandou em uma visita comissionaria.
—E seu irmão? - o outro perguntou, claramente desconfiado de Percy

—Tifão está ocupado com o ducado que herdou de nossa mãe. - Percy ajeitou a postura, tentando parecer fino - Diga, ao meu primo, que vim em nome de meu pai e de Tifão.

Os dois guardas se olharam.

—Acompanhe-me. Você e sua comitiva.

Percy assentiu, pegou a corda e puxou seu cavalo, fazendo um sinal com a cabeça para os demais o seguirem.

Faigh dheth na h-eich. (Desçam dos cavalos. ) - Alex disse

Cam, Ronald, Keith e Dun desceram. Annabeth permaneceu no cavalo, desconfiada, então desceu.

Eles seguiram com o soldado até os estábulos, onde ele disse para deixarem os cavalos. Já na porta de entrada para o castelo, o soldado conversou com outro , dizendo para que avisasse o duque de que eles estavam ali. O outro soldado lhes guiou pelo castelo, o primeiro local no castelo, era o grande salão, onde eram dadas festas e etc. Era ali onde Percy e os demais seriam recebidos.

—Aguardem aqui, o duque já foi avisado de sua presença. - o soldado saiu, deixando os seis ali

Percy parou para observar melhor o lugar, ainda era o mesmo, longas janelas que deixavam a claridade entrar no salão, na ponta esquerda, entrando no salão, estavam os tronos, tronos apropriados para duques e sua família. Haviam dois apenas, um para Moros no centro, o maior , e para Ananque sua esposa. Moros só tinha filhas meninas, Cloto, Láquesis e Átropos, a mais velha, logo, não havia um terceiro trono pela falta de herdeiros homens.

No canto direito, havia uma mesa, era ali que a família fazia suas refeições.

—Bom dia senhores. - Moros cumprimentou, chegando de surpresa e assutando-os

—Lordy Moros. - Percy fez uma reverência - Eu sou Perceu, seu primo.

—Sim, fui avisado. - Moros sorriu - Você é filho de meu tio Tártaro?

—Sim.

—Mas Tártaro não teve somente Tifão de filho? Perdão, mas não sabia da sua existência.

Percy soltou uma risada descontraída. Ele realmente já tinha tudo planejado.

—Meu pai só fala de Tifão, ele é o orgulho dele.Tem motivo, afinal, Tifão está casado com sua prima Equidna, filha do imperador russo. Seus filhos herdarão o trono russo, não é mesmo?

Moros se impressionou, o rapaz na sua frente não tinha como saber de tantos detalhes se não fosse mesmo da família.

—Sim, de fato. Sorte grande a de Tifão. - ele sorriu - Mas o que te trás até a Inglaterra? O que te fez vir tão longe? Uma proposta de casamento?

Percy sorriu, era típico tal pensamento, primos geralmente casavam com primos.

—Não, nobre primo. Estamos de passagem, peço uma noite de repouso, apenas.

Moros deu de ombros.

—É bem vindo para ficar. Junte-se a mim e minha família no jantar… - ele olhou para os outros atrás dele, seus olhos pararam em Annabeth - Essa mulher, suponho seja, sua acompanhante?

Antes que Percy pudesse responder algo, Ananque entrou pela porta, se juntou ao marido e olhou os viajantes.

—Soube que é filho de Tártaro, seja bem vindo. - ela disse

—Muito obrigado, prima.

—Suponho que meu marido já os tenha convidado para jantar, você pode ficar para jantar, a mesa já está posta. Vou pedir que Robert acompanhe seus soldados. - ela chamou Robert com a mão

Percy olhou para Alex, esperando que ele desse a ordem. Alex apenas fez um sinal com a cabeça para que os quatro os seguissem.

—A mesa vai ser posta, você pode nos acompanhar. -Ananque disse - Venham, podem se sentar.

Ela se dirigiu a grande mesa, junto ao marido. Percy fez sinal para Annabeth e Alex o seguirem. Na ponta da mesa, Moros se sentou, ao seu lado direito, sua esposa. Percy se sentou com duas cadeiras de distância da Duquesa de York, Annabeth ao seu lado e Alex no fim.

—Podem servir. - Ananque declarou para um servo, que estava um pouco atrás dela, o servo bateu palmas e então cerca de quatro outros servos entraram com grandes pratos, assados de porco e carne em dois, nos outros dois pães e legumes cozidos, eles deixaram os pratos e sairam.

Percy olhou para porta, três moças entraram por ela, a mais velha, chamou atenção de Percy. Ele diria que ela era muito bonita, não achava que as primas de sua época eram tão belas.Ele realmente a acompanhou com o olhar até que ela sentasse ao lado do pai, com as irmãs ao seu lado.

Mais um servo voltou, com uma jarra de cerveja e outra de vinho.

Moros observou o olhar atento de Percy quanto a sua filha mais velha, Átropos.

—Bonita não? - Moros perguntou para Percy, com um sorriso

Moros não perderia a oportunidade de tentar casar sua filha com família. - Procuro um casamento rentável para minha filha, se dispõe?

—Moros! - repreendeu Ananque pela direta do marido

Percy soltou uma risada e viu Átropos olhar diretamente para ele, ela tinha olhos tão azuis que Percy poderia ter se perdido facilmente, se não fosse aqueles olhos cinzas tempestuosos, da qual ele se lembrou que deveria garantir a segurança.

Annabeth viu Percy olhar com desejo para aquela mulher, isso não a incomodava, mas era desconfortável. Ela não sabia o plano dele, mas esperava que ele tivesse dado um jeito de dizer quem era ela, sem realmente revelar sua identidade. Do jeito que o duque se referiu a ela, talvez pensassem que fosse sua amante, por isso não perguntaram tão diretamente e nem questionaram sua presença.

—Nobre primo, agradeço sua proposta, sua filha é de fato muito bonita. - ele sorriu para Moros, Moros sentiu seu coração se encher, casaria sua filha finalmente? - Mas minha esposa está bem aqui, e apesar de não te-la apresentado, receio que ela tenha ficado ofendida.

Ele olhou para Annabeth, que respondeu com um olhar de incredulidade.

—Óh… Perdão, senhora. - ele olhou para Annabeth - Peço que me perdoe mesmo, sinto -me desonroso com tal insinuação. Peço perdão.

Annabeth sorriu, e nada .mais foi falado. A situação afinal, era comum para época.

Átropos parecia ter se decepcionado, afinal, também olhara para Percy com certa… atenção.

—Meu marido que deve pedir desculpas, Lorde Moros. Ele esqueceu de apresentar a esposa. - Annabeth disse, sorrindo para Moros

—Realmente, eu devo. Prometo recompensa-la. - Percy contrapos

Eles começaram o jantar.

—E como está sua familia? Tifão já tem filhos? - perguntou Moros, em algum momento

—Sim, ele já tem cinco. - Percy respondeu “ e ainda vai ter mais três” ele pensou - Esfinge, Ortros o herdeiro, Nemeia, Lerna e Scylla.- completou

Moros concordou com a cabeça.

—E já foi até Londres? Tenho certeza que a Rainha Nix gostaria de ouvir melhores notícias do neto.

Percy pensou com cuidado na resposta.

—Não fomos e, infelizmente nem poderemos. Nossa viagem é até a Áustria. O que caminho por Londres atrasa o plano.

—Quais as intenções na Áustria?

Percy ficou em silêncio dessa vez, não esperava tantas perguntas. Foi Annabeth quem pensou rapidamente para responder.

—Casamento, Lorde Moros. Estamos indo fazer proposta para um Duque, a filha dele tem a idade de nosso filho, queremos fazer alianças.

Moros arqueou uma sobrancelha.

—O caminho até a Áustria é mais perto que o caminho até York.

—De fato, mas existia uma primeira opção, na Escócia, estamos vindo de lá.

Percy queria rir, a mentira de serem casados era viável, mas a de terem um filho já era demais.

—E qual o nome do filho de vocês?- Moros quis saber

—James. - Percy respondeu antes de Annabeth - É James.

—Em homenagem a James Urano?

—Sempre gostei do nome. - Percy justificou

—Interessante. Mas por que uma comitiva tão pequena? Quatro soldados são suficiente para sua proteção? - Moros comeu um pedaço de carne

—São os melhores que temos, eles bastam, primo.

Moros assentiu. Não houve conversar por pelo menos mais 15 minutos, onde todos estavam comendo demais para falar. Quando terminaram, quase todos no mesmo momento, Ananque ordenou que retirassem a mesa.

—São oferecidos aposentos a você, Lorde Perceu. Pode ficar o quanto quiser. - Ananque disse, incrivelmente simpática

—Em nome de minha esposa e eu, aceitamos o convite.

—Podem tomar um banho relaxante, mandarei que preparem um aposento para vocês dois. - Ananque se levantou - Tenham uma boa noite.

Ela caminhou em direção a saída, mas então lançou um olhar para as filhas, para que a acompanhassem.

—Com sua licença, pai. - Átropos se levantou e fez uma reverência

—Toda, filha.

As três meninas se levantaram, Átropos olhou para Percy com um sorriso de decepção, mas evitou o olhar de Annabeth, que reparou na cena em que o “marido” olhava descaradamente para a prima.

—Quanto tempo pretendem ficar? - Moros perguntou

—Amanhã bem cedo pretendemos partir. - Annabeth respondeu

—Eu acho que amanhã pela tarde seria melhor, esposa. - Percy disse, deu olha olhada de soslaio para ela

—Como você quiser, marido.

Um servo veio e cochichou ao ouvido de Moros e então saiu.

—O quarto de vocês está pronto, a banheira foi enchida para que se limpem.

—Agradeço por sua hospitalidade primo. - Percy se levantou

—Sigam aquele servo, ele lhes levará até seus aposentos.

—Obrigado, Lorde Moros. - Annabeth se levantou

—Eu que peço desculpa por oferecer minha filha em casamento ao seu marido bem na sua frente.

Annabeth sorriu meigamente.

—Receio dizer que meu marido deve se desculpar, agradeço pela hospitalidade. Tenha uma boa noite Lorde Moros.

Percy ofereceu a mão para Annabeth, que como disfarce de esposa aceitou. Alex também se levantou, assentiu para Moros e seguiu Percy e Annabeth.

O servo que os esperava na entrada do salão, os guiou por corredores longos e largos, viraram em um corredor a esquerda, onde havia somente quatro portas, duas de cada lado.

—Último quarto a esquerda, senhor.

—Obrigado.

—Me acompanhe. - o servo virou para Alex, que olhou para Annabeth, esperando aprovação

—Logo depois do café da manhã partimos. - ela informou

Alex partiu com o servo. Percy foi até a porta dita e a abriu. Ele entrou e Annabeth veio logo em seguida, fechou a porta e observou o lugar.

—Como eu disse… - Percy sorriu convencido - Lugar confortável pra dormir.

O quarto tinha uma grande cama, com cortinas grandes que podiam cobrir toda a sua extensão, uma câmara privativa onde devia estar a banheira, uma escrivaninha e uma mesa com cadeira.

—Pode ir tomar banho primeiro, eu espero. - Percy disse

—Agradeço pela gentileza, marido.— ela disse a palavra marido com um tom zombeiro, que fez Percy rir

Eles ouviram batidas na porta. Percy tratou de abrir.

—O Duque lhes oferece roupas limpas, e pede que deixem as suas do lado de fora da porta, será lavado e estará pronto para amanhã. - o servo informou

—Certo, obrigado. - ele disse e fechou a porta, se virou para Annabeth - É melhor você ir logo para o banho ou eu vou.

Annabeth se dirigiu a câmara, como era reclusa, ela não se importou de tirar suas roupas tranquilamente, afinal a estrutura tampava a visão da cama, que era onde Percy devia estar.

Annabeth não demorou muito tempo, a água estava uma delícia e fazia algum tempo que ela não tomava um bom banho. Não havia servos, então ela mesma se lavou e se secou. Tinha lembrado de levar as roupas deixadas para ela no chão, perto da banheira, mas não o suficiente para molha-las.

—Você já pode vir! - berrou para Percy antes de sair

—Ok. - ele respondeu - Vou chamar o servo para trocar a água.

Annabeth ouviu Percy bater a porta, e foi nessa hora que ela saiu da câmara privativa. Ela se deitou na cama, com o roupão de seda que ela vinha carregado consigo desde que saíra de seu país, resolvera deixar as roupas que o duque de York lhe ofereceu para o outro dia. Ela sentiu satisfação pelo perfume que emanava de um local limpo e segura para dormir.

Percy voltou 20 minutos depois, ele esperava encontrar Annabeth dormindo, mas se surpreendeu quando a viu acordada.

—Você está com os cabelos molhados… - ela notou, enquanto ele retirava sua camisa

—Ah, sim. Demorei porque arrumaram um banho para mim em outro lugar. Disseram-me ser muito inconsistente incomodar minha esposa.

Ele se deitou na cama, ao lado dela.
—Isso é estranho. - comentou

Annabeth soltou uma risada.

—É estranho para mim, que nunca vou fazer isso de verdade.

Percy se virou para ela.

—Nunca? Tipo, você está prometida a um daqueles dois homens, tenho certeza de que quando te encontrarem vão te obrigar a casar com algum deles.

—Eu fiz um voto de castidade, e vou cumpri-lo. - ela respondeu, olhando pra cima

—E se nos acharem? O que pretende fazer?

—A deusa me dará respostas. Agora, vamos dormir por favor?

—Oidhche mhath, bana-phrionnsa. ( Boa noite, princesa)
—Oidhche mhath, prionnasa beag. ( Boa noite, principezinho )

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