P.O.V Regina

Acordo e ao abrir os olhos sinto uma leve dor de cabeça, eu dei uma leve exagerada na bebida ontem, mas ver aquele homem e aquela morena atirada perto da Emma definitivamente me estressou e a Malévola ficar falando que era ciúmes para me irritar definitivamente não ajudou. Não sei o porquê me incomodei com a situação, mas me recuso a acreditar que era ciúmes já que eu tenho um total de zero motivos para sentir ciúmes dela.

Começo a pensar no momento que tive com ela na noite passada, não consigo deixar de sorrir com a conversa que a gente teve, apesar de sentir que revelei mais do que deveria, estou tentando ignorar isso e espero que ela faça o mesmo, mas ouvir que ela guardou minhas cartas do mesmo jeito que eu guardei as delas e que ela sentiu minha falta durante esses anos faz meu coração acelerar um pouco, o que eu disse ontem é verdade, meu ponto forte não é lidar com pessoas e poucas pessoas sabem lidar com isso, e saber que a Emma apesar dos pesares depois de todos esses anos ela ainda está aqui. Me levanto da cama não tem porque eu ficar pensando nisso agora, julgando o estado da mesma ontem é capaz que ela também não lembre, pelo menos é o que eu espero.

Quando estou terminando de me vestir escuto batidas na porta, grito um entra enquanto reviro os olhos por achar que era a Zelena, mas me surpreendo com a voz que escutei.

— Bom dia querida, dormiu bem? – A voz suave da minha mãe pergunta.

— Sim mamãe e a senhora como dormiu? – Pergunto desconfiada das intenções da minha mãe, não é muito comum ela vir no meu quarto a essa hora, especialmente considerando que temos visitas, minha intuição me diz que tem algo por trás disso.

— Dormi muito bem querida. – Ela responde rapidamente e fica um pouco em silencio como se estivesse escolhendo cuidadosamente cada palavra. – O que achou de rever os Charmings? Faz tanto tempo desde a ultima vez que eles vieram aqui não é mesmo? – ela pergunta com um tom como se tivesse testando as águas antes pular. – Bom pelo menos desde que Graham e Emma nos visitam. – Ela completa, e realmente faz cerca de 3 anos que não vejo Emma e Graham, não que me importasse com a parte do Graham, não é como se eu não gostasse dele, porém nunca fomos próximos, não no jeito que eu e a Emma éramos.

— Foi bem interessante, a Emma apesar de continuar irritante aparenta ter mudado bastante. – Minha mãe ri de leve com o meu comentário. – Quanto ao Graham não tenho muito o que falar, fisicamente ele definitivamente mudou bastante, mas fora isso não tenho muito a dizer, acho que nem cheguei a falar com ele ontem, nunca fomos próximos. – Termino a frase dando de ombros.

— Entendo. – Ela responde enquanto parece analisar minha resposta, ela parece hesitante e isso me deixa ainda mais desconfiada. – E o que você acharia de conhecer ele melhor? – Fico confusa com a sua pergunta, claro que uma boa relação entre a gente é necessária para o funcionamento dos reinos, porém a gente nunca teve nada em comum, não que eu tenha com a Emma, mas com ela é diferente, é sempre fácil conversar com ela, isso quando ela não estava determinada a me irritar claro.

— Eu e Graham sempre tivemos uma relação cordial, porém desde mais novos nossos interesses nunca se alinharam, não vejo a gente conseguindo desenvolver uma relação além disso. – Sinceramente nunca tive muito interesse no Graham apesar de ele aparentar ser o oposto de Emma, o que por si só já deveria ser algo a favor dele.

— Você não respondeu minha pergunta querida. – Minha mãe observa com um tom levemente irritado.

— Sinceramente mãe não sinto vontade de me aproximar do Graham, ele sempre pareceu meio...- Paro para pensar na palavra que quero usar. – Imaturo, pelo pouco que via dele com Killian, e até mesmo pelo que a Emma me fala dele, ele nunca me chamou a atenção, não consigo me ver tento uma conversa de mais de 5 minutos com ele, mas por que você está perguntando isso mamãe? – A irritação agora vem da minha voz que não entendo o porquê de estar sendo questionada.

— Entendo. – Ela responde levemente desapontada com a minha resposta. – É que ontem seu pai e eu estávamos falando com os Charmings e eventualmente chegamos no assunto de como seria se os reinos fossem unidos. – Demoro um tempo para entender o que ela quis dizer, mas quando entendo fico um pouco incrédula.

— Basicamente vocês queriam que eu e o Graham nos casássemos? – Deixo escapar um riso no fim da frase. – Eu definitivamente não me vejo fazendo isso.

— Regina, o Graham é um bom rapaz, e não da para negar que ele é extremamente bonito, não iria machucar você dar uma chance para ele. – Respiro fundo com o comentário, sinto que não vai ser tão fácil me livrar dessa situação. – Seu pai e eu não iremos te obrigar a nada, até porquê é praticamente impossível, mas por que você não aproveita a estadia dele para tentar conhecer o rapaz melhor? – Eu poderia tentar negar aqui mesmo, porém esse assunto de eu pelo menos tentar se estenderia, só tem uma solução para essa situação.

— Tudo bem, não prometo nada, mas vou tentar conversar mais com ele, sinceramente acho que não vai dar em nada, mas se eu pelo menos não tentar sei que você não vai parar de falar sobre isso. – Ela ri com a minha resposta. – Mas realmente não conseguiria me forçar a casar com ele, até porquê nos temos um trato de que vocês não se envolveriam na minha escolha quando. – “E se” eu quis adicionar, mas não quero estender essa conversa. – Eu escolher me casar.

Eu sei querida, e pretendo cumprir com nosso acordo. – Ela responde quase como se quisesse rir da minha preocupação. – Mas você também disse que iria manter a cabeça aberta para possíveis pretendentes. – Eu disse isso só para poder encerrar aquele assunto mais rápido, claro que minha mãe não precisava saber disso, mas não tenho culpa se os possíveis pretendentes que meus pais escolheriam são péssimos, o Graham sendo um exemplo claro, não que ele não seja bom, apenas não o suficiente para mim, e duvido que minha opinião mude. – Mas que bom que chegamos a um acordo querida, agora vamos, nossos convidados devem estar nos esperando. – Ela encerra o assunto e segue em direção a porta para sair do meu quarto, enquanto vejo ela sair me pergunto se essa visita dos Charmings nada mais é do que uma desculpa para juntar a gente, mas prefiro não pensar nisso agora e apenas sigo a minha mãe para tomar o café da manhã.

Chegando no local vejo todos menos Emma a mesa, parte de mim está satisfeita que não vou ter que lidar com ela tão cedo depois da conversa de ontem, porém ao mesmo tempo fico desapontada de não a ter por perto. Por outro lado Graham não só está presente como não para de me encarar, acho que isso quer dizer que ele está ciente dos planos dos nossos pais.

P.O.V Emma

Acordo e imediatamente sou bombardeada por lembranças da noite anterior, sorrio ao lembrar do meu momento com a Regina na noite anterior, desde a nossa conversa até eu a acompanhando até seu quarto, mas me pergunto o que Regina achou da situação, quero ver ela logo, pelos Deuses eu preciso fazer essa viagem até aqui valer a pena.

Me levanto e começo a me arrumar, quero falar com a Ruby sobre a noite, mesmo sabendo que eu consiga prever o tipo de provocação que vou ouvir, mas não ligo, não tem nada que possa me abalar hoje.

Quando saio do meu quarto em direção ao da Ruby escuto a voz do Graham vindo do quarto dos meus pais e sigo em sua direção.

— Graham querido, por favor mantenha a voz baixo. – Minha mãe fala suavemente tentando acalmar meu irmão.

— Desculpe mamãe, não deveria ter me alterado. – Graham é muito emocional as vezes, basicamente sempre, quando ele gosta de algo gosta muito e quando não gosta ele realmente não gosta, não é a melhor característica para um futuro rei eu sie, mas não é como se ele fosse um cara mal, a reação dele é coisa de segundos, ele, apesar de não mudar de opinião tão fácil, não é movido pelas emoções, o que é ótimo, lutar em guerras travadas pelo meu irmão não está nos meus planos do futuro. – Mas mamãe, eu sinceramente não consigo imaginar eu e a Regina tendo uma conversa por mais de 5 minutos. – O nome de Regina chama minha atenção. – E sinceramente ela me assusta um pouco. – Ele completa a frase olhando para o chão como se estivesse envergonhado.

— O que tem a Regina? – Graham e meus pais finalmente notam minha presença.

— Emma, ainda bem que você está aqui, por favor ajude nossos pais a perceberem que é loucura tentarem me casar com a Regina. – Talvez eu tenha falado cedo demais que nada poderia me abalar, faço o possível para não deixar minhas expressões me denunciar.

— Você vai casar com a Regina? – Pergunto deixando minha confusão transparecer para tentar mascarar todos os outros sentimentos que eu estou sentindo.

— Só se eles quiserem se casar. – Minha mãe se adianta para justificar a situação. – Apenas falei com Graham que ontem seu pai e eu estamos conversando com os pais de Regina e achamos que poderia ser bom unir os reinos através deles. – Ela completa como se não fosse nada demais, eu sinto que estou ficando enjoada e só quero sair daqui.

— O seu irmão é muito dramático Emma. – Meu pai fala pela primeira vez desde que eu cheguei. – Ele age como se casar com Regina fosse o fim do mundo.

— Vocês sempre me falaram que não iriam me forçar a casar com alguém que eu não quisesse. – Se fosse qualquer outro assunto eu provavelmente estaria provocando Graham por agir feito criança, mas nesse caso eu espero que ele faça o que for preciso para conseguir que tudo saia do jeito que ele quer.

— Ninguém está de obrigando a nada. – Minha mãe fala com um tom levemente irritado. – Não é como se vocês fossem casar amanhã, não vai te machucar passar um tempo com ela. – Meu irmão não fala nada por alguns instantes, ele, assim como eu, que apesar de ele não ser obrigado ele só vai poder sair da situação se ele aceitar pelo menos uma vez, ele suspira antes de responder.

— Tudo bem, hoje vou convidar Regina para uma caminhada, mas só porquê eu sei que a senhora não vai deixar esse assunto morrer se eu não fazer isso. – Minha mãe parece satisfeita com a resposta.

— Ótimo, era só isso que eu queria de você. – Ela deixa um beijo no rosto de Graham. – Agora vamos comer, já devem estar nos esperando.

— Eu não estou com fome. – Falo atraindo a atenção para mim, não é mentira, sinto meu estomago embrulhado. – Vejo vocês mais tarde. – Digo antes de sair sem dar chance de contestarem minha decisão.

Saio do castelo e sinceramente não sei para onde estou indo, eu só preciso de um ar, preciso me acalmar. Ao mesmo tempo que eu acredito que não tem chance da Regina se interessar pelo Graham, e vice e versa, mas ao mesmo tempo não consigo ignorar os pensamentos de “e se?” primeiro que a Regina é linda, ela é simplesmente a mulher mais linda que eu já vi, ela é extremamente inteligente, mesmo que ela tente esconder ela é muito gentil, isso sem mencionar que ela tem o sorriso mais lindo do mundo, segundo que o Graham apesar de ser, bem, o Graham, ele não é má pessoa, ele tem um bom coração, é gentil, é inegavelmente bonito, eu consigo entender porquê tiveram essa ideia, em outro contexto eu apoiaria o Graham, mas nesse contexto só mostra que eu preciso ser mais direta se eu quiser ter alguma chance, é claro que isso contando com o pior cenário, mas querendo ou não, mesmo que não seja com Graham, os pais de regina vão continuar apresentando pretendentes para ela. Quando percebo estou no jardim, o mesmo jardim da onde tiro as flores que dou para Regina desde criança, e enquanto olho para os lírios fico decidida a fazer de tudo durante a minha estadia para conquistar Regina.

Agora que parei e me acalmei percebo que talvez tenha sido uma péssima ideia pular o café da manhã, vejo uma macieira no jardim e resolvo pegar uma, é melhor do que ficar com fome, e mesmo que meu embrulho no estomago tenha passado não sinto que conseguiria comer muito no momento.

— Eu não acredito que você está destruindo a minha árvore Swan. – Escuto uma voz conhecida atrás de mim, e mesmo com a situação atual não consigo deixar de sorrir, viro para encontrar Regina, que apesar de do tom sério na voz está com um sorriso em seu rosto.

— Quer uma também Regina? – Ofereço enquanto dou uma mordida na minha maçã e me sento no banco próximo a árvore.

— Não obrigada, diferente de você Swan eu estava no café da manhã hoje. – Ela comenta enquanto se senta ao meu lado.

— Se eu soubesse que você sentiria tanto a minha falta eu teria ido. – Regina ri com o comentário, as coisas parecem diferentes desde ontem, parecem mais leves, espero que continue.

— Swan por um momento achei que você tinha ficado menos irritante, parece que me enganei. – A Regina parece estar de muito bom humor hoje, me pergunto se a situação com Graham tem algo com isso. – Está tudo bem? Parece que tem algo te incomodando. – Ela pergunta com um tom de preocupação em sua voz.

— Estou bem, é impressão sua. – Questiono se devo perguntar sobre Graham, mordo o interior da minha bochecha pensando se estou preparada para ouvir a resposta dela, mas antes que eu consiga falar algo escuto a voz da Regina.

— Emma, poderia me falar um pouco sobre o Graham? – Eu acho que se a Regina tivesse me dado um soco não teria doido tanto.

— Péssimo, horrível, o pior homem que existe, fuja enquanto puder. – Regina ri com a minha resposta.

— Será que você não consegue falar sério por 5 minutos? – Eu não sei como responder isso, não quero mentir para ela, mas eu também não quero acabar ajudando o Graham, apesar do que meu irmão diz não duvido da possibilidade de ele se apaixonar pela Regina, até porquê não é como se fosse difícil ele se apaixonar por alguém.

— Não sei o que dizer, meu irmão apesar de ser como ser ele é bem legal, ele é bonito também. – Eu só queria que o chão abrisse e me engolisse para eu sair dessa situação.

— Mas? – Regina me incentiva a continuar.

— Mas ele é. – Procuro a palavra certa para a situação. – Vamos dizer que difícil, não sei se você teria a paciência necessária para lidar com ele.

— Você está insinuando que não uma pessoa impaciente Swan? – Ela finge estar ofendida com meu comentário.

— Sim. – A expressão de ofendida dela aumenta enquanto ela me da um tapa de brincadeira. – Mas isso é mais sobre o Graham do que você, somos diferentes, mas não de um jeito que você fosse preferir.

— E o que faz você pensar que eu iria preferir uma versão oposta sua? – Sou pega de surpresa com a pergunta, não sei exatamente como responder.

— Bom, você sempre fala que me acha irritante, imagino que para casar queira alguém que seja o oposto. – Tudo bem, talvez eu esteja testando as águas por aqui, mas agora mais do que nunca preciso saber quais são minhas chances, mas antes que eu possa ter uma resposta somos interrompidas.

— Emma, finalmente te achei – Ruby me chama como se estivesse aliviada, amo muito a Ruby mas nesse momento faria qualquer coisa para me livrar dela.

— Por que o desespero Ruby? – Pergunto tentando esconder a irritação e quando olho atrás dela entendo o motivo, Graham estava com ela, e no momento estava encarando Regina.

— Ótimo, que te encontrei Regina, estava te procurando. – Ele fala com um sorriso galanteador no rosto enquanto se aproxima. – Aceita caminhar comigo? – Pergunta estendendo a mão para Regina, ela me olha antes de aceitar a mão do meu irmão e se levantar.

— Claro Graham. – Aceita com um sorriso. – Emma, conversamos mais tarde. – Ela fala antes de sair, mas não antes de olhar para trás e deixar nos olhos se encontrarem uma última vez.

— Sim, nós vamos falar sobre isso logo pois tenho algo para te falar. – A voz de Ruby me desperta e me faz virar em sua direção e percebo que ela está do meu lado. – O Graham já me contou o que aconteceu, também falou que não vai casar com ela e me prometeu amor eterno. – Ruby revira os olhos ao falar isso. – Mas como você se sente sobre isso?

— Tão bem quanto você pode imaginar, logo depois de ontem que a gente teve um momento durante a festa. – Ruby me corta antes que eu consiga terminar.

— Como assim? Me conta o que aconteceu. – Começo a contar o que aconteceu na noite passada entre comentários e provocações da Ruby. – Uau, tivemos uma pequena evolução, mas vamos continue o que você estava falando.

— Não tem muito o que falar, eu só espero que a Regina seja a exceção de mulher que não faça o Graham se apaixonar, porquê mesmo achando que ela não vai se interessar por ele se ele se apaixonar vai me dar dor de cabeça, não quero ter que brigar com meu irmão por isso. – Eu sei que estou parecendo muito confiante, mas só estou tentando me manter otimista.

— Essa é a primeira vez que eu não quero que o Graham se apaixone por outra mulher. – Rio com o comentário.

— Bom, talvez possa seduzir o Graham para ele não se interessar pela Regina. – Rio novamente com a careta que Ruby faz. – Mas me fale, o que você queria me falar?

— Primeiro de tudo não me julgue. – Ela suspira antes continuar. – Eu e a Zelena nos beijamos ontem. – Ela fala mordendo a parte interna da bochecha.

— Como aconteceu? – Pergunto surpresa.

— Bom, ontem depois que você sumiu, que agora eu sei que estava com a sua amada. – Reviro os olhos com o comentário. – Eu estava fugindo do Graham e a Zelena, ficamos conversando um tempo, e quando eu vi já estava beijando ela.

— E o que você achou? – Não vou mentir, não estava esperando esse desenvolvimento, porém consigo entender o porquê elas se atraíram, pelo que lembro de Zelena ela combina bastante com a Ruby.

— Eu gostei claro, pelos Deuses você já viu aquela mulher? Ela absurdamente linda. – Isso não da para negar, as mulheres Mills são realmente muito lindas. – Mas eu não sei como agir agora, a gente não se falou ainda e nem sei se vamos. – É engraçado ver a Ruby assim, ela não é do tipo que se envergonha fácil. – Você acha que eu deveria falar com ela?

— Uau o beijo da ruivinha foi tão bom que te deixou toda derretida assim? – Não consigo controlar o riso.

— Para de me provocar estou falando sério. – Ela me da um tapa de leve. – Eu não sei como falar com ela e definitivamente quero que aconteça de novo, mas não sei, as vezes era só a bebida falando.

— Bom Rubs, isso você só vai saber quando falar com ela. – Ela suspira com a minha resposta.

— Você está certa, hoje mais tarde eu vou falar com ela, preciso me preparar. – Novamente rio com a reação da Ruby. – Agora que já falamos sobre isso, o que pretende fazer em relação a Regina? A gente não tem tanto tempo assim antes de voltarmos. – As palavras de Ruby me trazem de volta para a realidade, fazendo eu jogar a cabeça para trás e fechar meus olhos.

— Eu sei, mas eu definitivamente não vou desperdiçar minha chance. – Respondo pensando se a essa altura do campeonato eu deveria só falar para Regina como me sinto e ver qual a sua reação, não como se eu não tivesse pensado nisso antes, mas não sei se conseguiria fazer as palavras sair da minha boca.

Considerando que preciso limpar minha mente e que Ruby está aqui resolvo ir treinar um pouco com ela, nada me ajuda a pensar mais do que isso, nos levantamos do banco e seguimos para o campo de treino.