The Powerful

Capítulo 34: Quem não arrisca...


- Mãe, não é nada disso que você está pensando – a falta de neurônios do meu cunhado as vezes me impressionava.

Sério. Que tipo de frase é essa? Temos umas vinte e poucas pessoas nos encarando – inclusive a Sra. Glow. Nem me pergunte como ela chegou antes da gente, e seca. Sempre um mistério. – e o retardado me solta essa?

- E o que eu estou pensando, Emmett Cullen? – agora já era! Esme cruzou os braços e começou a ficar vermelha.

Por algum milagre Carlisle pareceu perceber nossa exitação e falou algo no ouvido de sua esposa – que o olhou profundamente e saiu pisando fundo sem nos olhar.

- Vamos conversar no meu escritório – disse, fazendo um gesto pra que seguissemos o caminho.

Fomos todos calados até a sala – onde Esme nos esperava andando de um lado para o outro com um expressão pensativa. Ficamos lado a lado de frente pra mesa de Carlisle.

- Posso saber o que está dando em vocês? – minha sogra perguntou ainda de pé, com as duas mãos apoiadas na mesa. – Vocês não tem autorização pra sair quando chove desse jeito. Estamos numa cidade pequena e sem muita infra estrutura – olhava pra cada um. – Imagina se vocês se perdem na floresta denovo?

Eu que não ia abrir a boca pra falar que ela estava exagerando. Ta bom que não é saudável, mas por favor né? Se perder nessa cidadezinha é a mesma coisa que se perder numa corrida de fórmula um.

- Vocês dois nunca foram disso – lamentou. – Edward nunca foi de nada. Ao menos quando esteve aqui – pensou alto, fazendo meu namorado bufar e os outros sorrirem.

- Esme – Rosalie surpreendeu, tomando a frente. – Nos desculpe por isso, mas eu tenho algo a dizer – e levantou uma mão.

- Então diga, querida – foi mais amigável.

- Quando nós saimos não estava chovendo – começou. – Quando começou, nós já estavamos na praia, dando uma volta – isso não pareceu convencer muito. – Voltamos pra cá logo, mas você sabe que a Bella – apontou pra mim. Traidora. – não tem muita coordenação – me olhou pedindo desculpas, e eu dei de ombros. – Viemos mais devar para acompanhá-la.

Formou-se o silêncio. Eu olhava de Esme para Carlisle, e os dois mantinham os olhos presos na gente.

- Sabe, Esme – o meu hot sogro se encostou na cadeira relaxado. – Eu acredito neles.

Isso pareceu tirá-la de um transe, pois piscou os olhos algumas vezes, e depois se jogou em outra cadeira.

- É, eu também – ela sorriu. – Desculpem por todo o escândalo, crianças.

Era impressão minha, ou tudo estava estranho demais? Não que eu achasse alguém por aqui normal – tirando a Angie. – mas hoje estava diferente.

(…)

- Quatro horas e estamos longe de saber quem é o Dick Vigarista – Emmett jogava uma bolinha de tênis na parede do seu quarto.

Todos esses dias aqui, e era a primeira vez que eu entrava no quarto dele. Não era o lugar mais limpo do mundo, mas ainda assim era bonito. Os móveis eram feitos com uma madeira mais clara e mesmo assim com um jeito rústico. Em uma parede, ao invés de quadros clássicos, tinham dois pôsteres enormes de times de baseball. Em um deles eu reconheci o meu amigo.

Emmett estava bem no centro da foto, com um capacete azul na mão. A legenda do pôster era “The Lions of Columbia”. Uau! Não sabia que ele estudava logo nessa faculdade. Que eu saiba o coitado era desprovido de QI.

“É, mas ele é muito bom no baseball” Ed ria ao meu lado.

- Vamos nos separar – Alice disse enquanto saltava de sua cadeira. – Emmett e Rose, vocês ficam de olho nesse andar – os dois assentiram. – Eu e Jazz vamos ficar de olho na biblioteca e na parte esquerda do castelo – e ela se virou pra gente, dizendo o que eu já sabia que viria. – Vocês dois por terem a vantagem de ouvir mente, e se protegerem com o escudo, vão pra parte mais baixa.

Por que logo eu tinha que ir pro lado antigo e perto do tal portal? Eu não sabia onde ficava, e pretendia continuar assim até o dia que fosse inevitável. Mas claro que isso não ia dar certo! Tinha aquele projeto de filhote de barbie pra estragar tudo.

- Tudo bem – Edward totalmente-estranho Cullen respondeu.

“COMO É QUE É?” gritei na minha mente.

Ele se virou pra mim e fez um olhar sério.

“Nós vamos ficar bem enquanto estivermos juntos, meu amor” seu olhar era cheio de compaixão – o que eu não entendia nada. “É melhor do que se separarem a gente”.

Sabe quando tudo está normal e de repente coisas absurdamente estranhas começam a acontecer, te desesperando cada vez mais até você acordar suada, assustada e aliviada por ter sido um sonho?

Pois é. Dessa vez eu não acordei, e tudo só ficava mais esquisito.

- Vamos Bella, é nosso dever! – se você achou que foi Edward, Rosalie ou Jasper quem falou essa frase, está completamente enganado.

- Eu não acredito que eu vou falar isso, mas Emmett está certo, Bella – Rose tinha uma feição engraçada.

(…)

- Sabe por que eu odeio lugares totalmente velhos e estranhos? – perguntei ao Edward enquanto andavamos em um corredor cheio de quadros medonhos. – Porque tudo faz barulho; o chão, os móveis, o teto e…

- Gostosa, relaxa – ele pediu com o sorriso torto. – Só estamos investigando.

Entramos por uma porta que deu numa sala escura com todos os móveis cobertos por panos brancos. A verdadeira personificação da mansão do Gasparzinho. Sabe qual é a pior parte disso? A tal da Kat não sabia que tinham seres mortos rondando o lugar. Nós sabíamos.

- Tem alguém vindo – e ele me puxou pra dentro de um baú, ou arca. Minhas costas encostavam no fundo, enquanto ele mantinha seu corpo em cima do meu.

Mesmo sendo um momento tenso não tinha como deixar passar a beleza do cara preocupado e compenetrado, em cima de mim. A única luz que tinhamos era a da lanterna que ele carregava.

- Eu sei que está por aqui, querido – era uma voz feminina que eu não reconhecia. – Pronto, pronto.

Olhei pra Edward que estava branco.

“O que foi?” perguntei por pensamento.

“Ela era… era um fantasma” disse desolado. “A mulher com o bebê, Green Jane se não me engano”.

Uma estraga prazeres, isso que eu achava da tal Jane.

- Vamos sair daqui, a barra ta limpa – e empurrou a tampa do baú.

Assim que saiu, me ajudou a fazer o mesmo.

- O que ela estava procurando? – bati em minha calça a fim de tirar o pó que ficou acumulado.

- Uma mamadeira – depois que ele respondeu que eu lembrei do tal bebê que ela carregava. Será que era seu filho? – Vamos dar o fora daqui.

Continuamos vasculhando os depósitos e salas que não eram mais ultilizadas. Tudo era sempre igual; ou cheias de caixas ou móveis com panos brancos. Isso até que eu tentei abrir a última porta do corredor.

- Ed, essa ta trancada – avisei fazendo força, pra ver se abria.

- Não força – pediu segurando meu braço e me impedindo de dar outra trombada no lugar. – Mais tarde nós trazemos Rose aqui. Ela vai ver se vale a pena entrar ou não.

- Eu já posso até imaginar o que tem aí dentro – falei sentindo arrepios pelo corpo.

Se eu achava que o castelo em si era sombrio, foi porque eu nunca tinha conhecido esse lugar. Fizemos o caminho de volta. Quando estavamos prestes a subir as escadas que nos levariam de volta à parte nova, fomos impedidos por uma luz.

Isso me fez pirar simplesmente pelo fato de não ser rosa. Ela era cinza e sua presença era ameaçadora e trazia consigo um ar gélido e arrepiante. Um homem jovem se materializou na nossa frente, e foi aí que eu prendi o ar.

Era o homem que tinha o tiro na cabeça – embora o fantasma dele não tivesse nenhum dano. Eu só sabia disso graças ao livro de Alma.

Ele nos encarou dos pés à cabeça e tombou a cabeça pro lado.

- Então os guardiões arrumaram mais cachorrinhos – seu sotaque britânico era forte e sua voz era em tom de deboche. – Quando eles vão entender que no fim das contas nós vamos sempre peranecer aqui e matar um de vocês?

Edward trincou o maxilar e segurou forte minha mão. A barreira que eu formava em minha mente estava mais forte do que nunca. Eu não podia arriscar. Não só a minha vida, como a dele, estavam em jogo.

- Não precisa se preocupar Bela, nós dois sabemos que por inquanto eu não posso fazer nada contra essa sua barreira medíocre – abaixou um poco a cabeça, fazendo seu rosto ficar ainda mais sombrio. – Por enquanto, querida. Por enquanto – e sumiu.

Se eu achava irritante Dorothy sumindo daquela forma, imagina como eu me sentia com um projeto de conquistador de séculos atrás.

“Vamos sair daqui” Edward estava mais branco que o normal.

(…)

- E foi isso que aconteceu – finalizei toda a história da tarde. Tirando é claro a parte em que eu me sentia ligeiramente exitada dentro de um baú mais velho que a minha avó enquanto corria perigo iminente.

- Temos que ir lá ainda hoje – Alice pediu entusiasmada.

- Isso, pode ser a nossa chance – Emmett pulou da cama.

- Chance de que? – perguntei curiosa.

Sério. O máximo que a gente ia conseguir era dar de cara com meia dúzia de fantasmas e um buraco malígno. Não creio que o tal humano malvadão esteja dando sopa por aí.

- De matar aqueles desgraçados – Emmett disse com a mão em punho no ar.

Jazz deu uma risadinha e olhou pro grandão – que parecia que ia pra um parque de diversões.

- Sinto te dizer, mas eles já estão mortos – deu a notícia.

Emm sentou na cama e olhou pra Alice, que continuava de pé, encarando o grupo.

- Eu esqueci – foi o que ele disse até se calar de vez.

- Vamos depois da janta – Rose disse. – A gente sai depois de todo mundo.

E assim fizemos. Esperamos até Esme – que sempre era a última.

Cada um ficou lado a lado com seu respectivo par, e fomos em fila até o local. Teoricamente, tudo o que precisavamos eram de mim e da Rose. Mas nem Edward, nem Alice e nem Jasper gostaram disso – Emmett ainda estava em choque. Nem me pergunte o que se passa naquela esfera oca que ele chama de cabeça.

A área era proíbida, o que nos abrigava a deixar todas as luzes apagadas. Tudo que iluminava nosso caminho eram as lanternas que os meninos carregavam – com a exceção de Emmett.

Estavamos pra descer as escadas, quando fomos impedidos por uma luz rosa.

- Vocês estão loucos? – Acho que Dorothy não sabia se gritava ou cochichava. – Sério! E eu ainda tenho que me expor desse jeito – isso foi com ela mesma. – Subam agora, e amanhã a gente se fala.

Ah, qual é? Logo quando eu estava preparada pra toda a adrenalina?

- Andem! Eles estão vindo – e sumiu.

- Tem alguém chegando – Rose gritou com sua voz fina. – Bella, a barreira.

- Venham pra perto – ainda correndo, todos vieram pra perto de mim. Me concentrei e expandi a barreira.

Foi questão de segundos até eu sentir um baque e todos cairem no chão. Nem quis saber como eu ia me espatifar, só me concentrei em manter a barreira erguida. Pra minha sorte, alguém tinha caido antes de mim e amorteceu minha queda.

- Você está bem? – perguntei pra pessoa, que eu descobri ser Edward.

Ele não me respondeu, só encarava algum outro ponto com o rosto sem cor. Me virei pra deparar com três fantasmas parados bem no início da escada. Dois eu já havia encontrado. Eram o garoto suicída e a Green Jane. O terceiro não me era estranho.

“O gordinho da biblioteca” Edward pensou sem nem me olhar.

- É, eles são mesmo uma piada, Adam – o velhote metido a importante falou.

- Eu falei, Sir – Sir? Que coisa mais antiga.

- Eu acho que a gente podia acabar logo com essa palhaçada, antes que eles façam alguma coisa pra nos irritar – falou a fantasma de manta verde.

- Isso não seria nada inteligente – disse o garoto fantasma.

Os dois começaram a discutir feio, até que o bebê – que até então estava quieto. – resolveu começar a chorar e gritar, fazendo com que o tal Sir pança se estressasse e entrasse na discussão.

Nos levatamos discretamente, contamos até três sem soltar um pio, e corremos igual loucos desgovernados. Subi as escadas igual uma galinha manca, e ainda com a ajuda de Edward. Correr e pisar de degrau em degrau era uma ação muito complicada para as minhas pernas.

Todos foram pro meu quarto, a fim de se esconder na nossa “sala”. Entrei correndo no armário e os outros vieram atrás de mim. Lógico que eu já havia tirado minhas roupas dali!

- Nós não podemos mais agir dessa maneira – Jasper estava nervoso e estressado, e isso nos atingia com facilidade.

Alice fungou alto, chamando toda atenção. Ela mordeu o lábio inferior e seus olhos estava arregalado e marejados. Ver seu queixo tremendo e ela lutando daquela forma pra não abrir o berreiro, era de partir coração.

- Alice… - Jazz ao ver aquilo desmontou toda a sua cara de raiva, mudando pra uma expressão torturada.

Foi minha irmã ouvir aquilo, que começou a chorar. Ela sentou em sua cadeira, apoiou os braços cruzados na mesa, e sua cabeça neles.

- Eu… Eu quero ir pra… Pra minha casa – choramingou. – Por que a gente tem que fazer isso? – lamentou.

Até que em um rompante ela se levantou olhou o anel e o jogou no quadro. Assim que a jóia bateu na tela um barulho muito alto e forte se fez no lugar.

Nós fechamos os olhos e esperamos. Minha barreira continuava firme e forte protegendo todos.

Cof. Cof.

- Alice? – Jasper chamou.

- Oi – ouvi minha irmã responder.

Abri os olhos e uma fumaça tomava conta do lugar. Quando ela começou a sumir, quase tive um ataque cardíaco. Uma luz estava formada exatamente no lugar onde o anel tinha sido jogado. Uma luz amarela.

- Quem são vocês, e o que estão fazendo aqui? – lá estava a bela e pequenina Alma nos encarando com uma cara muito, mas muito, brava.

Olhei pro lado a tempo de ver os olhos da minha irmã brilhando e o seu doce sorriso voltando pra sua face. Assim que o olhar da fantasma bateu aonde o meu estava preso, ela desmanchou o seu olhar “vou matar todo mundo” e fez uma expressão de dúvida. Ela estava visivelmente confusa.

- Você – apontou pra minha baixinha. – Me diga o que está acontecendo.

Alice deu um passo a frente e nos olhou sorrindo.

- Meu nome é Alice Swan, e eu sou uma guardiã – sorriu ainda mais. – Esses são Jasper, Rosalie, Emmett, Edward e a minha irmã, Bella – apontou pra cada um enquanto falava.

O olhar dela se prendeu em mim, e eu vi sua expressão de torturada.

- Bela? – ela perguntou pra minha irmã, que só afirmou. Depois ela foi olhando pra cada um, e isso pareceu deixá-la mais triste. – Vocês são como nós eramos – ela concluiu.

- Sim, nós somos – Alice falou enquanto pegava seu anel no chão, e o colocava de volta no dedo. Assim que o fez, seus olhos perderam o foco, e em segundos ela sorriu. – E você vai ter uma grande surpresa em dez segundos – avisou.

- Como é que é? – foi só Alma falar, que um brilho rosa apareceu escandalosamente, como nunca vimos antes.

- VOCÊS TEM ESTRUME NA CABEÇA? – Não sei o que foi melhor; Ver Belatrix puta, ou a cara da Alma ao ver a fantasma.

Ninguém falou nada. Todos estavam olhando de uma fantasma pra outra esperando alguma atitude. Alma estava boquiaberta e com os olhos arregalados, encarando sua fiel amiga, que estava de costas pra ela.

- Bela? – foi um sussurro, mas audível devido a falta de sons externos.

Dorothy se virou rapidamente e pareceu não acreditar no que via.

- Alma? – perguntou, vagando lentamente até o brilho amarelo.

As duas se encararam de perto, sorriram e depois se abraçaram. Esquisito, se permite dizer. Era total clichê. “Amigas se reencontram após séculos - literalmente”. Primeira página no jornal de fofocas fantasma.

- Como você veio parar aqui? – Dorothy que poucos minutos atrás estava falando estrume por aí, agora era o ser mais simpático.

- Não sei, eu não me lembro de muita coisa – respondeu a baixinha de longos cabelos negros. – Eu morri, e depois estava recebendo algo como ensinamento – fechou os olhos e esfregou a cabeça. – Eu não… sei.

- Calminha aí, pare de se esforçar – pediu a fantasma rosa acudindo a amiga. – Vocês, me expliquem – se virou pra gente.

Emmett até então quieto, resolveu se pronunciar.

- O Jasper ficou puto e deixou todo mundo nervoso – disse. – Depois a Alice pirou, e chorou. Foi de cortar o coração – fez uma cara triste. – Aí ela jogou o anel longe, bateu no quadro e levantou uma poeira – durante toda a explicação ele fazia mímicas. – Quando tudo baixou, a outra Alice apareceu toda furiosa.

Era agora que as fantasamas piravam!

Alma deu uma risadinha, chamando a atenção dos presentes. Emmett sorriu pra ela, e a mesma caiu na gargalhada. Agora eu sabia o porquê dela se reconhecer no sorriso da minha irmã. Eram idênticas.

- Nossa – Dorothy estava radiante. – É tão bom ter você de volta – declarou emocionada.

Alma se virou pra amiga e sorriu sinceramente.

- Depois que você se foi, tudo perdeu a cor e todos mudaram – disse triste. – Ninguém aguentou muito tempo – e se sentou em sua antiga cadeira.

Dorothy baixou a cabeça e fitou as mãos.

- Eu não queria… - tentou falar mas foi impedida por… Edward?

- Não foi culpa dela – afirmou com a voz forte.

A baixinha levantou a cabeça e olhou dele, pra mim, pra outra fantasma.

- Se tem duas de nós, - começou pensativa. – têm dois dos outros também – falou animada.

Emmett puxou o anel e jogou no quadro. Nós esperamos, mas nada aconteceu. Rose deu de ombros e fez o mesmo. E novamente, só o barulho no anel no chão.

- Não está dando certo – Edward falou.

Vi que Dorothy o encarava com expectativa. Cutuquei meu namorado que logo entendeu. Respirou fundo, tirou o anel do cordão e mirou no quadro. Nada.

- Só falta o… - Alice olhou pros lados. – Jazz?

Me virei e vi Jasper com a cara enfiada dentro de um livro. Lia alguma coisa muito concentrado. Quando terminou, bateu as páginas, fazendo que que todos dessemos um pulinho.

- Alma – a fantasma quase desfaleceu. Alice bufou e eu ri. – Eu vou fazer uma pergunta um pouco inconveniênte, se importa?

A fantasminha sorriu, e abaixou os olhos envergonhada. Minha irmã estava prestes a morfar e voar no pescoço da outra ela.

- Você… Morreu… Aqui? – perguntou com cuidado.

Ela disse um sim quase inaudível.

- Isso deve ter alguma coisa haver – falou com os olhos presos no quadro. Tirou o anel, e decido jogou no mesmo lugar que os outras haviam jogado minutos atrás.

Outro barulho se formou junto com fumaça, e uma luz branca surgiu.

Cof. Cof.

E lá estava a versão Old times do Jasper.

- Alma? – sorriu. Ao ver Dorothy, ele arregalou os olhos. – Bela?

Fico pensando se vai ser assim sempre que a gente encontrar um novo fantasma pra se juntar a trupe. “Fulano?” “Bela?”

Ao contrário do que eu esperei, a versão séc. XV da minha irmã, não teve nenhuma atitude. Ficou só ali olhando.

- Olá John, quanto tempo – hoje Dorothy estava distribuindo abraços. Imagina que um dia eu já tive medo dela. Logo dela.

As duas explicaram a história e nos apresentaram. O mais engraçado foi a hora que ele conheceu Jazz. Ele chegou perto e o encarou.

- Estranho… Muito estranho – foi o que ele disse. – Alma, a gente pode conversar? – perguntou de repente.

- Claro – e sumiram.

Eu estava começando a desconfiar que fantasmas tinham um manual. Qual era a deles com essa de desaparecer do nada? No natal eu mandaria sininhos pra eles prenderem no pescoço.

- Agora eu quero saber por que vocês estavam indo se enfiar lá em baixo – cruzou os braços.

- O Edward e a Bella foram lá hoje cedo investigar e descobriram uma porta trancada, aí chamaram a Rose pra ver o que tinha lá – Emmett e sua língua de cinco metros contaram tudo.

- Não é seguro, me intenderam? – disse séria. – A qual quer hora eles vão começar a ganhar força, e não vai ser fácil. Então, aconcelho manterem os olhos abertos – e advinha o que aconteceu?

É isso aí, não preciso nem falar.

- Já vi fantasmas de mais por hoje – Rose disse. – Vamos dormir, ursão – e saiu puxando Emm – Boa noite e até amanhã.

- Vamos também, Jazz – Alice disse, e nós fomos logo atrás deles.

Se hoje o dia já foi conturbado, não queria nem ver como iria ser o resto da semana. Se tivessemos o resto da semana, é claro.

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N/A: Demoreeei, mas postei!

Resolvi dar uma mudada no final que eu tinha em mente, e isso fez com que eu adicionasse mais esses dois personagens.

Antes que me perguntem, eu ainda não decidi se eu vou colocar todos eles ou não. To pensando ainda =)

É isso, espero que gostem!

Beeeeeeeeeijos, Rafa.