The Powerful

Capítulo 30: Os fantasmas.


- Esse lugar tem alguns livros – Jasper disse enquanto entrava na sala, – eles devem nos dar alguma informação.

Alice sentou o seu lugar e apoiou os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos.

- É bom mesmo. Não aguento mais as respostas vagas da Sra. Glow.

E assim começou a pesquisa. Como não tinham muitos livros, em algumas horas nos acabaríamos esse trabalho. Amanhã era sábado, e pelo menos isso teríamos a nosso favor.

- Gente, olha isso – Rose chamou com um livro grosso na mão. – Acho que agora vocês vão saber pelo menos com quem estamos lidando.

Cheguei atrás dela e olhei o livro.

- Esse livro era da Alma. Parece que ela sabia desenhar muito bem – a loira elogiou.

Virou uma página e um desenho de uma pessoa que eu já conhecia estava ali. Dr. John. Na página ao lado podíamos ver anotações dela sobre ele. Novamente Rosalie virou a página, revelando um senhor calvo com os cabelos brancos. Era exatamente igual ao quadro que tinha perto da escadaria da biblioteca. Na folha ao lado tinha outro desenho. Um homem mais jovem, vestido com roupas de guerra. Sua cabeça tinha uma mancha do lado direito.

- Eca – Alice gritou. – Rose, porque você não disse que tinha um suicida de verdade?

Todos olharam pra baixinha, que revirou os olhos impaciente.

- Ele claramente deu um tiro na cabeça, gente. Olha só – apontou pro outro lado da cabeça do homem, e realmente tinha uma mancha mais fraca ali.

- Eca, Rose – falei parando de encarar a foto. – Passa logo a página.

Assim o fez, revelando dois desenhos de uma mesma mulher. No primeiro era um close do rosto dela – jovem, porém com um olhar de dar medo. Na foto ao lado, era uma de corpo todo, e a mulher segurava um bebê enrolado em mantas. Em cima da foto estava escrito com a mesma letra de antes “Green Jane”.

- Quem deu nome pros fantasmas não era nem um pouco criativo – disse Emmett me tirando dos devaneios. Ele sentou e cruzou os braços. – Eu to com sono e nem pude aproveitar a boate. Podemos dormir agora?

Ele era mesmo uma criança. Acabamos de descobrir os fantasmas que enfrentaríamos e ele pensando só na diversão. Edward foi até o irmão e deu um tapa em sua nuca.

- Acorda gigante e presta atenção – o sir gentileza sentou em seu lugar e fez sinal pra que eu fosse pro meu. – Eu e Bella temos algo a contar.

Todos estavam atententos encarando ele, e ao ouvirem meu nome se viraram pra mim. Os olhares estavam curiosos, então ninguém hesitou em sentar pra ouvir o Cullen.

- Ontem à noite, nós vimos Dorothy – falou de uma vez só, sem dar tempo deles se prepararem.

Ouvi um barulho estrondoso e me virei pra ver Emmett caído com a cadeira. Por incrível que pareça ninguém riu, nem eu, já que se eu não soubesse da história, provavelmente teria tido o mesmo fim.

- Como assim? Vocês a viram? – Rose perguntou. – Sonharam, você quis dizer?

- Não Rose – eu intervi. – ela realmente apareceu pra gente.

- E aí? O que ela fez? – Alice pulou da cadeira e veio pro meu lado. – Ela machucou vocês? Bellinha, fala comigo! – Ela me examinava pedaço por pedaço e me chacoalhava um pouco, sem me dar chance de falar.

- Nós estamos bem, Allie – Edward me tirou da enrascada. – Ela só nos mostrou a história dela – antes que alguém abrisse a boca, ele completou. – A real.

- Como assim a real? – Jasper que perguntou exaltado.

Respirei fundo e olhei pra Edward. Juntos, narramos toda a história. Pedaço por pedaço, sentimento por sentimento – claro que essa parte cada um narrou sua versão. No final os quatro estavam com um olhar tristemente amedrontado e perdido, bocas abertas e corpos paralisados.

É, não era uma história muito feliz.

- Então, como já sabíamos, temos que encontrar o tal escolhido o mais rápido possível. Não podemos deixar brecha alguma – Jazz falou pensativo. – Essa semana o portal abre, e nós não sabemos o dia certo.

- Eu vou saber quando acontecer – Rose disse com uma voz meio sem vida. – Não vai demorar muito. Dois ou três dias, no máximo.

A notícia pareceu deixar o grupo ainda mais tenso. Era como uma contagem regressiva pra nossas possíveis mortes. Ta, meio exagerado. Quem sabe uma morte. Chega! Que espécie de pensamento é esse? Claro que vamos sair todos bem daqui, e iremos pra casa…

Espera. Eu não quero ir pra casa. Na verdade, eu não quero ir pra nenhum lugar longe deles.

- Bella, vamos subir? – Ed me chamou.

Só aí vi que todos estavam de pé me olhando. Quanto tempo fiquei em alfa?

Peguei a mão de Edward e puxei a fila, rumo ao meu quarto. Lá nos despedimos com abraços apertados e demorados. O clima ficou meio mórbido depois do assunto “fantasmas”.

- Eu to meio tensa, sabe? – falei encarando o teto.

- Eu sei uma excelente maneira de melhorar isso – ele disse no meu ouvido.

Em segundos ele ficou por cima de mim e me beijou. Seus lábios macios e doces se encaixavam ao meu com facilidade, era como uma peça de quebra cabeça. Sua língua pediu passagem – que eu logo cedi. Com um cotovelo ele apoiava na cama, enquanto a mão do outro braço percorria a lateral do meu corpo.

Seus beijos foram pro meu pescoço. Lá ele me dava leves mordidas e uns sopros frios que me deixavam excitada com extrema facilidade. Tentei puxar sua blusa, mas ele parou o que estava fazendo e tirou minhas mãos dali.

- Amor, hoje você só vai relaxar – sorriu e veio sussurrar no meu ouvido – e gozar, é claro – sua voz rouca fez com que eu untasse. Qual quer coisa que ele me falasse eu acataria.

Aproveitando a minha interrupção, ele se apoiou nos joelhos, que estavam cada um de um lado do meu quadril, e tirou minha blusa, deixando meu sutiã vermelho exposto.

- Vermelho Bella? – o sorriso cínico surgiu. Meu rosto corou, devido ao olhar que ele me lançava. – Combina completamente com você, gostosa.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele já levantava minhas costas e abria o fecho da peça que cobria meus seios. Se livrou dele, jogando no chão.

- Eles são perfeitos, como tudo em você – me olhou nos olhos ao falar isso.

Se era pra deixar sem graça, que avisasse logo.

Um gemido saiu da minha garganta quando senti seus lábios envolverem meu mamilo. Ele começou chupando, mas depois dava leve mordidinhas, me levando ao delírio.

- Não me… Não me tortu- re Edward – eu disse meio perdida.

Ele deu um beijo ali, e sentou novamente, dessa vez pra arrancar minha saia. Ao se desfazer dela, lambeu os lábios olhando minha calcinha. Me olhou, deu uma piscadinha e arrancou a peça, caindo – literalmente – de boca, segundos depois.

Sua língua quente e úmida passava por toda a extensão lentamente, me deixando cada vez mais molhada.

- Ed…

Tentei, mas antes que eu pudesse falar qual quer coisa, ele começou a fazer movimentos circulares, fazendo com que eu me sentisse anestesiada. Enquanto eu chamava o seu nome em meio a gemidos, ele fazia movimentos ainda mais rápidos, dessa vez passando a língua de cima pra baixo. Eu já estava quase no ápice, quando dois dedos mágicos me invadiram, deixando-me ainda mais descontrolada. Senti meu corpo em espasmos, e nesse momento ele chupou toda a extensão, fazendo com que eu tivesse tremedeiras ainda mais intensos.

- Eu quero… você… agora – disse ainda meio tonta.

- Não tenha dúvidas de que terá – ele falou baixo. – Eu seria um idiota se não te comesse agora.

Ed POV

Bella era, sem dúvidas, feita sob medida pra mim. Seus seios durinhos e apontados pra cima, deixavam o Jr. cada vez mais duro e pulsante. Minha cueca parecia pequena demais pra ele, então resolvi liberá-lo da tormenta.

Tirei minha calça e a boxer em um movimento só, olhei pra gostosa em baixo de mim e ela mordia o lábio inferior e seus olhos brilhavam. Ia começar a agir, quando senti sua mão pequena alcançar meu membro. Ela passava os dedos bem de leve por toda a extensão, me deixando louco.

O “Edzinho” já estava pedindo arrego. Relutante tirei sua mão dali e posicionei meu membro na entrada quente e apertada dela. Rebolei de leve, fazendo-a gemer.

- Vai logo, Edward – pediu com a voz arrastada e rouca.

Dei o sorriso que eu sabia que ela amava e entrei com tudo. Bella fechou os olhos e gemeu. Ela estava encharcada. Coloquei suas pernas em volta da minha cintura, aumentando a minha área de ação. Os movimentos começaram lentos e eu sabia que ela não aguentaria muito tempo assim.

- Mais… rápido e… e fundo – ela pediu num sussurro contido. Tive a impressão de que se ela falasse, acabaria gritando.

Obedeci a ordem. Ela rebolava no mesmo ritmo que eu, gemia e falava coisas desconexas. Senti que ela iria gozar logo, então aumentei o ritmo e a força. Ela agarrou os lençóis da cama enquanto eu trabalhava. Senti suas paredes se fechando e apertando meu membro. Foi o bastante pra me fazer ir junto com ela.

Quando terminamos, puxei seu corpo pra junto do meu. Com facilidade ela se aninhou ao meu lado.

- Eu já te disse isso mil vezes, mas eu juro que não canso – disse fazendo um cafuné em sua cabeça.

- O que? – ela perguntou de olhos fechados.

- Que eu te amo – beijei sua testa.

Ela abriu seus lindos olhos chocolates e me olhou sorrindo.

- Eu nunca canso de ouvir – e deitou denovo.

Acabei adormecendo com ela nos meus braços. Tinha jeito melhor?

Bella POV

Acordei da melhor maneira possível, com beijos do homem mais gostoso da terra.

- Bom dia minha princesa – ele sorriu pra mim.

- Bom dia, Ed – dei um beijo nele.

- O pessoal vai pra praia – disse meio desanimado. – Daqui a pouco Alice e Rose vão estar aqui, e não irão aceitar outra resposta que não seja “sim”.

Eu ri. Me lembrei do meu segundo dia no castelo. Típico delas.

- Perdi alguma piada? – ele me olhava com uma sobrancelha arqueada.

- Não, só lembrei do dia que elas vieram me acordar pra ir pra praia, na primeira semana.

Ele fechou a cara. Ok, perdi alguma coisa.

- Eu não gosto da primeira semana – anunciou. – Tinha que ter deixado meu lado irracional agir, e ter te agarrado logo no primeiro dia, quando você caiu em mim – e fez um bico fofo.

Sorri e subi nele, colocando meus braços em seu peito e apoiando minha mão nestes.

- Talvez não tivesse tanta graça – falei sorrindo.

Ele revirou os olhos e negou com a cabeça.

- Sempre teria graça, se tratando da gente e dos nossos amigos insanos que estão atrás daquela porta – apontou pra entrada – tentando descobrir se nós estamos ou não no meio de um sexo selvagem.

Como é que é? Olhei pra porta e tudo me parecia normal. Ele segurou minha mão.

“Rose, olha aí. Quero saber o que esta acontecendo” Emmett.

“Acho que eles já sabem que estamos aqui” Rose. “Bom dia Ed e Bella.”

Quer amigos mais estranhos que os meus? Um fica querendo saber da vida sexual dos outros, a outra vê através das paredes, enquanto eu estou aqui ouvindo os pensamentos deles com o meu namorado telepata. Super normal.

“Eu ouvi isso, Bella” Ed pensou e eu imediatamente larguei a mão dele, sentindo minhas bochechas corarem. “Mas eu concordo totalmente.”

Nesse momento, ele não estava mais segurando a minha mão, mas sim minha bunda.

Bateram na porta – o que me fez levantar e colocar o pijama correndo. Joguei a calça de Edward pra ele e fui abrir a porta. Assim que o fiz já fui logo falando.

- To sabendo da praia – todos abriram e fecharam a boca. Sorri. – Encontramos vocês lá – Alice levantou um dedo. – Nós vamos mesmo, Allie.

Ela sorriu.

- É meio confuso se tratando de você – deu de ombros. – Eu até vejo algumas coisas, mas acho que não são cem por cento certas. Vamos gangue – chamou.

Eles saíram e eu fechei a porta.

- Tenho que ir no meu quarto – Edward anunciou levantando.

- Eu vou me arrumar e a gente passa lá – fui até meu armário. – Não quero ficar longe de você.

Ganhei de brinde meu sorriso preferido.

- Vai se arrumar logo, gostosa – mandou. – Antes que eu te agarre e a gente não saia mais desse quarto – completou.

(...)

- Aqui Bella – Alice gritou da areia acenando com os dois braços.

Que ridículo. Como se essa praia fosse realmente muito cheia. Edward riu ao meu lado e depositou um beijo em minha bochecha.

Rose, como sempre, estava igual uma madame, com um chapéu enorme tampando a cara, óculos escuros e um biquíni super lindo. Emmett estava na água com Jasper, enquanto Alice tinha uma revista na mão. Me acomodei – com Edward ao lado.

- Ei Ed – Emm vinha correndo em nossa direção.

- Emmett Cullen – dei um salto, devido ao grito de Rose. – Se você me molhar vai ficar uma semana sem sexo – apontou o dedo pra ele, que imediatamente parou no lugar.

- Mas Ursinha, eu só quero falar com meu irmão – ele era uma criança. – Não vou te molhar – seus olhos eram suplicantes.

Rosalie abaixou o óculos, olhou pra ele e voltou a sua posição inicial. Emmett veio – agora andando – até nós dois.

- Ei, a água está uma delícia – sorriu. – Vocês não querem entrar?

Edward não pareceu gostar muito da idéia, mas eu levantei – recebendo um abraço apertado do grandão.

- Essa é a minha cunhada – falou contente.

Nos viramos pra ir pra água, mas Edward gritou.

- T-rex, se ela voltar com um arranhão eu acabo com a sua raça – disse descontraído.

Eu ri. Ele era tão fofo sendo protetor. Apesar que se tratando de mim, todo cuidado é pouco.

O dia passou voando. Estava me sentindo uma criança ao lado do grandão. Ele bolava altos planos – que não saíram do papel. O primeiro envolvia Mike, e esse eu descartei de cara. Na verdade, em nenhum deles eu precisava me mover, tudo que ele queria é que eu não deixasse Edward ouvir, nem Alice ver nada.

- Emmett, eu sei que você vai aprontar – Jazz gritou da areia.

- Bella! – O grandão esbravejou comigo.

- Desculpe, me distraí – coloquei os braços pro alto. Isso fez com que eu lembrasse de uma coisa. – Emmett – chamei.

- Fala – ele estava meio abaixado olhando pros lados. Eu que não queria saber o que se passava naquela cabeça. Coitado do Edward, que tem que ouvir isso todos os dias.

- Sabe quando eu fiquei apagada? – ele fez que sim com a cabeça. – Então, - reforcei minha barreira – o que rolou quando o Edward testou o poder dele com o Jazz?

O grandão arregalou os olhos e começou a rir. Ele se engasgou e quase engoliu um pouco de água, mas logo se levantou pra rir mais. É, acho que não adiantou muito a barreira, já que a praia inteira nos olhava. A gargalhada devia ser ouvida do castelo fácilmente.

- Foi assim, - começou – estavamos lá em baixo na central enquanto Alice ficava lá em cima com você. Rose não quis fazer parte da experiência pois disse que “não seria cobaia de ninguém” – fez aspas no ar.

“Edward segurou minha mão, mas nada de diferente aconteceu. Só ele me ouvindo e etc.” Fez uns sinais com a mão. “Ele falou pra eu dar um abraço, mas eu sou macho demais.” Bateu no peito. “Aí, como só restou o Jazz, ele mesmo foi o parceiro de Edward.”

- Ta, e cadê a graça? – perguntei ansiosa.

Ele sorriu.

- Você sabe que o Edward estava super empolgado e feliz por todos estarmos melhorando – eu assenti. – Sabe também que todos andamos muito tensos ultimamente e o Jazz sente tudo isso – mandei que ele prosseguisse, com um gesto de mãos. – Eles deram um abraço meio afastados, mas Jasper conseguiu captar algumas palavras do Ed – ele prendeu uma risada.

- E aí, e aí? – eu estava quicando.

- Bom, aí que o Edward ficou ainda mais feliz, e como eles estavam juntando os poderes, Jazz sentiu isso intensamente e praticamente agarrou o Edward – riu alto.

Meu queixo caiu. Como assim? Jasper era o mais macho, adulto e corajoso que eu conhecia naquele lugar, e agora eu descubro que ele andava agarrando meu namorado por aí?

- O melhor foi que ele ficou todo o triste quando o Edward gritou e brigou com ele – passou a mão nos cabelos. – Muito gay né? – Ele estava super animado.

Encarei meus amigos na areia, e resolvi que da próxima vez que o bicho pegasse, era pra Rosalie que eu iria correr.

- Emm, Bella – Jasper chamou. – venham já pra areia que nós vamos pro castelo!

Será que todas as falas dele soariam estranhas a partir de agora? Eu nunca tinha percebido esse seu lado afeminado.

Fomos da praia direto pro banho, e do banho direto pro almoço.

- Hoje nós vamos sair né? – Rose perguntou enquanto esperávamos a comida.

- Ah, por favor – Alice disse. – Eu preciso de música e bebida pra encarar essa semana.

-Então ta combinado – Ed disse. – Hoje nós vamos pra boate.