The Powerful

Capítulo 3: Vamos a la playa


Tive um sono pesado e só acordei com alguém batendo na minha porta insistentemente. Sem me importar em como estava vestida, levantei e fui atender. Como um furacão Allie passou por mim e foi direto pro meu armário, na porta restou Rose com uma cara mal humorada, mas arrumada pra um belo dia de praia.

- Ela te acordou também? – perguntei coçando os olhos.

Rose afirmou e entrou no meu quarto, se jogando logo em seguida de costas na minha cama. Alice dançou de um lado pro outro a procura de alguma coisa que eu procurei não me interessar, pro meu próprio bem.

- Achei! – disse batendo palminhas. – Vem Bella, let’s go to the beach!

Eu sabia que não adiantava discutir, então relutante, me vesti e a deixei pentear meu cabelo. Quando chegamos à sala principal, Emmett e Jasper esperavam por nós conversando no sofá. Subtamente Rose virou a pessoa mais animada do mundo - comigo e com Alice pelo menos. - No caminho pra praia resolvi tentar entender o jogo dela.

- Rose, por que você esnoba o Emm? – Perguntei quando estávamos a uma distância segura do grupo.

- Pra ele me dar valor, oras – disse jogando os longos cabelos pra trás com a mão.

- E você tem certeza que isso dá certo? – Perguntei desconfiada. Não era possível que era só fazer isso.

- Quer ver? – ao ver minha resposta afirmativa ela apressou o passo.

Rose passou imponente pelos três que conversavam mais a frente, e assim eu pude ver Emmett a seguindo com o olhar. Já na praia ela estendeu uma canga e tirou o chapéu – juro que vi o grandão babando. Ri comigo mesma e fui parabenizá-la.

Depois de torrarmos no sol, resolvi ir com Emmett pra água. Eu já o considerava um amigo. Ele não era muito provido de inteligência, mas era bem divertido e amigável.

- Acho que eu vou esperar mais um pouco – eu disse ao ver que a água estava congelando.

- Por que Bella? – perguntou já entrando no mar, sem que a temperatura o abalasse.

Eu não respondi pois sabia o que ele faria. Ao analisar a minha expressão o grandão abriu um super sorriso. Arregalei os olhos e sai correndo e gritando “Não Emmett” igual uma maluca pela areia.

Pude ver meus amigos rindo – Alice rolava, literalmente, em sua canga de tanto rir. Jake, Leah e Seth pareciam se divertir também. Eu já sabia que aquilo não ia durar muito. Veja bem, eu tenho dois pés esquerdos, correr na areia era como uma sentença de morte.

Não deu outra. Depois de míseros três minutos correndo eu tropecei e fui de cara na areia. Emmett me pegou no colo já rindo. Eu não queria mais saber de brincar, eu tava machucada e meu joelho latejava com a areia que permanecia em cima do arranhão.

- Emm – falei chorosa. – Ta doendo.

Ele me olhou descrente, apontei meu joelho que estava ralado e fiz a melhor cara de coitadinha que pude – não precisei fingir muito. Ao ver meu machucado ele correu em direção as meninas e me colocou em uma cadeira.

- Bellinha, ta doendo muito? – Perguntou Allie com seus olhinhos repletos de preocupação. – Eu vou cuidar disso – e abriu um sorriso expontâneo.

Primeiro pegou uma garrafa com água mineral e limpou bem o lugar ralado. Segurei um grito, mas logo depois a dor passou. Depois ela guardou a garrafa e deu um beijo ao lado do machucado, assim como Renée fazia quando éramos mais novas.

- Você é uma fadinha mesmo – disse Jasper após ver a atitude de minha irmã.

Alice virou instantaneamente um pimentão, e deu um sorriso meigo mostrando suas covinhas. Depois saiu correndo e voltou com um band-aid rosa das princesas.

- Pronto Bellinha, agora você vai ficar bem – sorriu pra mim. Depois virou com uma cara de dar medo pra Emmett. – Nunca mais machuque minha irmãzona, você entendeu? – Falou com um dedo levantado pra ele.

Emmett ao ver a cara da baixinha mudou de expressão. Como alguém do tamanho dele poderia ter medo dela? Rose, Jasper e eu rimos ao vê-lo assentir com a cabeça abaixada.

O restante do dia foi tranqüilo; consegui pegar uma cor, passei um tempo com os índios e me sentia bem relaxada ao lado dos meus amigos. Emmett e Alice, como boas crianças, fizeram um castelo de areia ao lado de Rose e a nomearam rainha – ela nem se sentiu a maioral por isso, imagina. É totalmente vaidosa, então tudo que faça o ego dela aumentar, a mesma vai amar.

Eu e Jazz lemos boa parte do tempo, debatemos um pouco sobre esportes – que mesmo sem habilidade pra praticar, eu sabia a teoria, - e falamos sobre matérias da faculdade – ele iria começar filosofia – enfim, éramos os intelectuais do local.

- Bella tenho fome, vamos nos arrumar pro almoço? – pediu a baixinha ofegante da corrida que dera de onde Emmett e ela estavam, até mim.

- Claro que você tem fome, ficou igual um bife á milanesa rolando por ai e correndo de lá pra cá – disse sorrindo. – Vamos pro castelo – peguei na mão dela e me levantei. Arrumamos rapidamente nossas coisas e rumamos pro castelo.

- Eu também vou – anunciou Jazz, já de pé, e veio correndo atrás da gente.

Alice abriu um sorriso maior ainda. Deixamos Emmett e Rose na praia – ele porque era incansável e ela... Bem, ela queria “tomar mais sol”.

Me engana que eu gosto.

Tagarelei o caminho de volta inteiro. Allie ainda estava anormalmente quieta e Jasper parecia que não ouvia o que eu falava.

- Ta tudo bem com você Allie? – Perguntei realmente preocupada.

Ela fez que sim com a cabeça, e depois eu a vi corar – novamente. – Então, pelo rabo do olho vi Jasper olhando pra ela com um sorriso bobo nos lábios. Bufei. Eles deviam ser mais práticos. Estava mais do que na cara que um queria o outro e eles só ficavam de sorrisinho pra cá, elogios pra lá. Teria que falar com Alice, e não demoraria muito.

Subimos as escadas e nos despedimos de Jazz, que iria para o corredor dos meninos. Discretamente enrolei minha irmã e a levei pro meu quarto, com a desculpa dela escolher minha roupa pro almoço – ela simplesmente AMA isso.

- Allie, qual é a história entre você e o Jazz? – Perguntei enquanto a baixinha revirava meu armário.

Ela ficou paralisada com a cabeça la dentro no meio das roupas. Depois saiu e suspirou cansada.

- Você sabe qual é a história – disse meio tímida.

Com essa eu tive que rir. Instantaneamente as feições dela se tornaram severas, jogando em seguida um par de meias dobradas como uma bola na minha cabeça. Ela estava definitivamente brava.

- Calma fadinha, eu não estava rindo de você. É só que está tão na cara que vocês gostam um do outro, não sei pra que tanto charme – disse cautelosa com medo de acordar a fera dentro dela.

Ainda a encarando, vi suas expressões faciais relaxarem, seus olhinhos brilharam e sua boca se curvou em um sorriso enorme e brilhante. Então começaram os pulinhos e as palmas, como de custume.

- Você acha Bellinha?

Ufa! O monstro sumiu.

- Sim meu amorzinho – respondi com um sorriso.

Então ela adquiriu uma feição travessa, que logo foi se transformando em safada e depois eu só conseguia enxergar determinação nela. Pegou uma roupa no meu armário, colocou em cima da cama e saiu saltitante do meu quarto sem dizer uma palavra. Isso só pode significar uma coisa: ela iria aprontar.

Tomei um banho relaxante, esquecendo completamente dos outros habitantes do castelo. Era fascinante estar naquele lugar, tudo era tão brilhante e rústico. Só sexta eu iria pra tal boate, quem sabe lá eu não descolo um gatinho?

Depois de relaxar o máximo que pude, me enrolei na toalha e fui pro quarto me arrumar. Alice havia escolhido um vestido rosa claro, soltinho e curto. Pra completar, uma sapatilha branca. Eu estava me sentindo uma menininha, como ela. Aposto como ela vai combinar a roupa comigo, mesmo sendo totalmente diferente de mim fisicamente, ela adorava falar pro mundo que era minha irmã. Eu não era diferente.

Penteei meu cabelo e o deixei solto, pra combinar mais com o estilo que minha irmã havia escolhido pra mim. Fiz uma maquiagem bem leve, só realçando meus lábios com um gloss e meus olhos com um lápis preto.

Olhei no relógio e eram 11:40, resolvi ligar pra minha mãe e agradecer a viagem.

De primeira ela atendeu, já fazendo milhões de perguntas – agora eu sei da onde veio toda energia de Alice. – No final mandei um beijo pra ela em nome da baixinha e desliguei antes que ela prolongasse mais a conversa.

Renée era péssima em despedidas.

Agora – meio dia – resolvi rumar pro quarto da pequena e ver a nossa combinação. Chegando lá bati e tentei entrar, mas a porta estava trancada e ninguém respondia. Bati novamente e ouvi algo caindo lá dentro.

- Oi Bella – disse Rose que surgiu ao meu lado. – Por que você está aqui fora?

- Alice ta fingindo que não está ai – eu disse dando de ombros.

- MARY ALICE SWAN, dá pra parar de palhaçada e abrir essa droga de porta? – Gritou Rosalie.

Em segundos a porta já estava abrindo, mas nem sinal da diabinha. Assim que entramos ouvimos a porta bater atrás da gente, fazendo com que nós duas dessemos um gritinho de susto. Viramos pra porta e eu achei que ia enfartar ali mesmo.