Já se foram todos embora. Estou sozinha em frente á campa da minha mãe. Já não tenho lágrimas… estou simplesmente a olhar e a lembrar-me dos bons momentos… Agora estou sozinha… ela foi-se.
Passei os últimos 3 dias no quarto a chorar, não comi, não bebi, não fiz nada…
Hoje foi o funeral da minha mãe. O meu pai esteve cá, mas também já se foi embora, ele está diferente…

como se uma parte dele tivesse ido com a mãe, mas isso não muda o facto de eu o odiar…
Quando cheguei a casa fui para o quarto, chorei um pouco e adormeci.
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Acordei e olhei par o relógio, 15h.
-Lilian! - é o meu pai- Desce! - o que é que ele quer?
Desci e quando cheguei lá abaixo ele estava sentado no sofá com um copo de whisky ao lado… Será que ele esteve a beber? E se esteve… será que bebeu tanto ao ponto de me fazer mal?
-Vamos relaxar um pouco e esquecer esta situação toda da tua mãe e tal…- a voz dele estava estranha- Tira a roupa. Vamos ter um tempo de qualidade entre pai e filha…
A resposta á minha pergunta: sim, ele bebeu o suficiente para me fazer mal, apesar de só o facto de ele existir já me fazer mal…
Bem, eu já não sou nenhuma puta para ser fodida assim, quando eles querem, por isso…
-Não. - eu disse.
-O quê? - ele ficou admirado com a minha resposta.
-Não, não vou fazer isso. – disse simplesmente.
Ele soltou uma gargalhada ameaçadora, levantou-se e veio até mim- Não vais fazer? - eu neguei com a cabeça.
Nem sequer tive tempo para pensar… senti a minha cara a arder. Ele deu-me uma chapada. A seguir outra do outro lado. Senti lágrimas passarem pelas minhas bochechas e solucei- Ainda não vais fazer?
-N- não.
Um soco no estômago. - Tira. A. Roupa!
Fiquei quieta. O meu pai agarrou-me pelo cabelo e puxou-o até ao chão. – Não vais fazer o que eu mandei? - largou o meu cabelo.
Tirei o casaco. Tirei a blusa. Desapertei o cinto e tirei as calças. Estava só de roupa interior.
-Linda menina! - deu-me outro estalo- Mas para a próxima vais fazer logo que eu mandar ok? - acenei com a cabeça.