Jumin sentia que aquilo já havia acontecido diversas vezes. Era uma estranha sensação de déjà vu, quase como se uma estranha invadisse o grupo da RFA o tempo todo, mas isso era impossível, a não ser que ela possuísse um botão de reset, e ficasse fazendo aquilo vez atrás de vez.

Sinceramente, Jumin esperava que não.

Porque aquilo significaria que ele sempre seria “o outro”. Ele sabia que, não importa a situação, ele sempre se apaixonaria por ela, era a única garota capaz de tocá-lo tão profundamente. E isso, por mais que parecesse bom e maravilhoso no início, machucava muito no fim. O deixava destroçado, com o coração partido, a alma mais danificada e o mais falso e quebrado dos sorrisos que ele jamais daria.

Inicialmente, ela o adoraria, o trataria bem e docemente, o fazendo cair de amores por ela. E Jumin acreditaria que tinha uma chance. Até que, é claro, ela o trocasse por 707 sem pensar duas vezes.

Ah, 707.

Ele sim era um herói. Quem não gostava de um homem com bom humor e, mesmo assim, que faz de tudo para deixar você bem e não é tão feliz quanto aparenta? Obviamente tudo daria certo no final, e ele ficaria com ela. Jumin não poderia nem dizer que desejava que els não fossem felizes, porque vê-la sorrindo já o deixava satisfeito. Saber que ela estava feliz o fazia suportar melhor o fardo que era amá-la.

Mesmo assim, ele queria que ela dormisse e acordasse ao seu lado. Queria lhe presentear com as mais belas joias, que nunca brilhariam mais que seus olhos. Queria que ela lhe direcionasse os sorrisos amorosos que dava para 707, para que ele então pudesse desfazê-los com um beijo. Ele a queria, com todas as qualidades e defeitos que pudesse ter.

Mas ele não tinha, e nem nunca teria.

Não enquanto 707 ainda existisse.

Por isso, Jumin realmente esperava que ela não tivesse um botão de reset, porque ele não merecia sofrer assim por toda a eternidade, ninguém merecia.

E, se ela realmente tivesse esse botão, ele apenas torcia para que, um dia, ela o escolhesse. Apenas uma vez seria o suficiente. Ele lhe daria todo o amor que tinha, e mesmo que ela não o amasse na mesma intensidade, apenas tê-la ao seu lado seria o suficiente. Se 707 era quebrado em sua metade, Jumin era em seu inteiro, e ela era a única cola que ele conhecia. Por isso, ele pedia apenas uma chance, para mostrar que ele também poderia fazê-la feliz.

Mas ele sabia que não, ela nunca ficaria com ele por tempo o suficiente para saber sua história.

Ela nunca ficaria ao seu lado até o fim da jornada, ela nunca o escolheria para sempre.

Ele sempre seria temporário, passageiro, porque assim que tivesse a chance, ela escaparia do abraço dele.

O abraço pelo qual ele esperou tanto...

Ela correria para os braços de Luciel, 707, Seven, Saeyoung. Como queira chamar.

Não importava o quanto Jumin a amasse. Ela sempre escolheria 707.

Seu único consolo era o fato de que ele pelo menos teve a chance de segurá-la por entre seus braços por um pequeno tempo, no qual ele pôde se iludir e pensar que ela o escolheria, mesmo que soubesse que daqui a pouco aquilo seria apenas uma lembrança, porque seus braços não mais a sentiriam e seus olhos a veriam embalada no carinho de outro.

Sua infância e ambiente o haviam danificado tanto enquanto crescia, e ver que ela estava feliz com outro que não era ela apenas o despedaçava cada vez mais.

Jumin a amava.

A amava tanto que doía.

E doía tanto quanto a amava.

Se ao menos ele tivesse mais uma chance...

Diria enquanto havia tempo que era perdida e totalmente apaixonado por ela, e que gastaria todo seu dinheiro apenas para fazê-la feliz.

Quem sabe assim, ela o escolhesse.

Quem sabe assim...

Reset.

Era uma garota nova, desconhecida. Chegara no grupo da RFA sem mais nem menos, do nada. Mas ela o cativava de um modo estranhamente bom. Ele tinha a impressão de que a adoraria, mas um sentimento incômodo estava instalado lá no fundo.

Estranho.

Jumin tinha a impressão de que já havia passado por aquilo antes...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.