P.O.V. Dafne Volturi.

Ta, eu não devia ter mexido no grimório da minha mãe. Foi burrice.

Eu não sei onde eu to, eu só tava cansada do meu tio no meu pé tentando tirar o meu sangue.

Eu acordei numa praia e lá na frente tinham enormes portões. Era uma cidade grega.

Consegui passar pelos portões sem problemas. Mas, todo mundo ficava me encarando. Eu li o nome da cidade e fiquei meio perdida.

—Com licença? Isso é algum cenário de filme?

—Não sei o que é filme ou cenário. Mas, pelo preço certo, posso te arrumar um.

—Não, obrigado.

Então, uma mulher desesperada vem correndo carregando um bebê e gritando:

—Fogo! Fogo!

O povo todo saiu correndo parecia um estouro de manada. O exército começou a se mobilizar com baldes.

—Isso não vai prestar.

Eu segui os soldados, me coloquei diante da edificação que pegava fogo, respirei fundo.

—Ok, vovó Ester se algum dia eu precisei que me ouvisse, me ouça agora.

Então, eu comecei a pronunciar o feitiço.

—O que é isso?!

—É a garota!

—Não. Eu consigo. Eu consigo! Eu posso te derrotar! Você não pode levar essas pessoas!

Então, eu senti a mão da minha vó.

—Vovó.

Ela me ajudou e todo o coven Mikaelson. Até mesmo a Dhalia.

—Eu consegui.

Eu senti o gosto do meu próprio sangue e senti a escuridão me dominar.

Quando eu acordei tinha um pano molhado na cabeça. E estava numa cama que eu não conhecia.

—O que?

—Oh! Você acordou.

—Quem é você?

—Pitágoras.

—O carinha dos triângulos?

—Você sabe que tenho pensado em triângulos?

—Eu sei o que está pensando agora e está certo. Seu amigo Jason e eu viemos do mesmo lugar, mais ou menos.

—Qual é o seu nome?

—Dafne. Eu tenho que me alimentar. Ou eu vou petrificar.

—Petrificar?

—Algum voluntário?

—Vai comer carne humana?

—Não! Vou beber seu sangue. Vai, deixa de ser bundão. Estende o pulso ai.

—Não!

—Eu não vou te matar. Prometo.

Eu agarrei o pulso dele e o mordi. Quando o coração dele começou a desacelerar eu parei e forcei o meu sangue pela garganta dele.

—Eca!

—Olha o ferimento.

—Sumiu.

—De nada. E não morra com o meu sangue dentro de você. Sai do organismo em um dia.

—E o que acontece se eu morrer com o seu sangue dentro de mim?

—Você vai voltar, vai ter que se alimentar de sangue humano e virar um vampiro.

—Como você?

—Eu tenho o coração batendo. Eu sou uma híbrida. Posso fazer outros híbridos, mas ai é mais complicado.

—Híbridos como você?

—Não. Diferentes.

Bateram na porta.

—Abra em nome do Rei.

—Abre a porta.

Ele nem se mexeu. Então eu fui e quando eu abri disse:

—Achou!

—Você parou o incêndio. O Rei deseja lhe ver.

—Eu já contava com isso. Bora filho, não podemos deixar o Rei esperando.

Quando chegamos ao palácio, o homem estava sentado no seu trono.

—Como você parou o incêndio?

—Como você acha que eu parei o incêndio?

—Se eu soubesse, não perguntaria.

—Magia. E não, a resposta é não. Eu não vou trabalhar pra você. Eu sou uma bruxa. Eu sirvo a natureza e não a um homenzinho pequeno com sede de poder. Quer alguém que faça magia? Pede ajuda pra sua mulher.

—Pasifae?

—Ela é uma bruxa das trevas. Uma das mais poderosas que eu já encontrei.

—Ousa acusar minha esposa de bruxaria?!

—É a verdade querido. No momento em que você morrer, ela vai se livrar da sua filha e tomar o seu Trono.