Elsa imediatamente se abaixou ao lado da irmã desacordada e Anna fez o mesmo.

– Elena. – Elsa chamou, segurando a morena que permanecia completamente imóvel. – Elena! – Deixou algumas lágrimas caírem.

– Elsa. – Mirana chamou e se abaixou perto da loira, retirando a mão de Elena de cima do machucado, que havia sido disfarçado por ter sido limpo quando a morena caiu na água. – Isso aconteceu no Castelo de Gelo. Eu e Alice vimos quando a encontramos lá.

Elsa virou-se novamente para a irmã, que começava a tossir sangue.

– Me ajudem a levá-la ao castelo. – A loira pediu.

Os demais assentiram e Andersen cuidadosamente pegou Elena nos braços. Jack, Soluço, Merida, Jacky e Kristoff foram à frente, na tentativa de não permitir que alguém os impedisse de passar.

Ao chegarem ao castelo, alguns estudantes, principalmente os que entraram em Hogwarts junto com todos eles pareciam preocupados e impediam quem quer que tente impedi-los, pois mesmo que elas não tivessem culpa alguns ainda tinha medo das Gêmeas Gryffindor.

Andersen entrou na enfermaria segurando Elena com Elsa, Anna, Mirana, Alice e Rapunzel logo atrás. O rapaz a colocou numa das camas vazias do local e logo a enfermeira se aproximou, mandando que todos saíssem. A mulher trancou a porta e deixou todos preocupados do lado de fora.

Depois de várias horas, Elsa, Anna, Andersen, Jack, Jacky, Mirana, Merida, Rapunzel, Soluço, Alice e Kristoff ainda estavam ali, sentados no chão, esperando.

– É culpa minha. – Elsa murmurou encolhida perto da parede, chorando. – Aquela coisa devia ter caído em cima de mim.

– Elsa, não é assim. – Anna respondeu, tentando alegrar a irmã.

– Você não sabe. – A loira retrucou. – Você não estava lá.

– Elsa. – Jack se aproximou da loira. – Você não precisa se afligir. Vai ficar tudo bem.

– É bem o tipo de coisa que ela diria. – Elsa sussurrou com um sorriso desanimado.

– Acho que sim. – Jack sorriu. – Convivi com ela por bastante tempo e eu a conheço. Eu sei que ela não ia querer que você ficasse desse jeito. Você devia saber. Você a conhece melhor do que ninguém, assim como ela também conhece você melhor do que você mesma.

– Obrigada, Jack. – A loira sorriu para o albino. – Eu sei que tudo pode acabar bem, mas também pode ser que não seja assim. E se ela morrer, eu nunca vou me perdoar.

Foi então que as portas da enfermaria foram abertas e todos se levantaram. A enfermeira saiu de lá parecendo cansada e abatida, mas com um sorriso meio esperançoso meio desesperado no rosto.

– E então? – Elsa foi a primeira a perguntar.

– Não posso lhes dizer nada com clareza ainda. – A enfermeira respondeu. – Os ferimentos em sua maioria foram bastante profundos. Apenas o tempo dirá se ela vai ficar bem, mas por enquanto, ela não corre risco de vida.

Elsa suspirou aliviada, assim como Anna e os outros ali.

– Podemos vê-la? – Anna questionou, colocando a mão no ombro de Elsa.

– Apenas um de vocês que seja da família. – A mulher respondeu.

Elsa se virou para Anna com uma expressão suplicante.

– Pode ir. – A ruiva sorriu.

– Tem certeza? – A loira perguntou com um meio sorriso no rosto.

– Claro. – Anna balançou a cabeça em aprovação e Elsa a abraçou, o que ela imediatamente retribuiu.

Elsa e Anna se separaram e a loira ainda olhou para todos os amigos, que sorriram de forma encorajadora, antes de entrar na enfermaria.

O lugar estava completamente vazio e um pouco escuro. Na única cama ocupada estava uma morena, deitada e de olhos fechados. A face serena denunciava que estava num sono tranquilo apesar de todos os curativos colocados em si.

Elsa sentou-se numa cadeira que havia próxima à cama e ficou ali, olhando para a irmã. Olhando apenas o rosto adormecido e calmo, ninguém poderia dizer que ela estava machucada, mas a loira sabia que a realidade era outra.

As imagens de quando aquele candelabro caiu em cima de Elena quando a morena tentou salvá-la invadiram a mente de Elsa e a loira fechou os olhos com força, deixando as lágrimas escorrerem livremente por seu rosto.

– Por que está chorando? – Uma voz baixa e rouca se fez ouvir pela enfermaria e Elsa abriu os olhos, olhando para a irmã que a fitava com um sorriso de canto.

– Oi. – Elsa segurou a mão da morena que não estava enfaixada por cima do lençol.

– Oi. – Elena manteve o sorriso fraco no rosto e apertou levemente a mão de Elsa que segurava a sua. – Como você está?

– Você quase morreu algumas horas atrás e está preocupada comigo? – Elsa perguntou embora já soubesse muito bem a resposta.

– Foi isso que eu quis dizer com: “Como você está?” – Elena riu baixa e fracamente.

– Eu estou bem. – A loira respondeu, já sabendo que a irmã não descansaria até que soubesse.

– Isso é bom. – Elena suspirou aliviada e sua face se contorceu de dor ao fazê-lo.

– O que foi? – Elsa perguntou, alarmada.

– Parece que suspirar está na lista de coisas que eu não posso fazer. – Elena sorriu um pouco.

Elsa riu baixo. Mesmo naquelas condições, Elena ainda fazia de tudo para amenizar a situação e não deixar a loira preocupada.

– Você quase me matou de susto, sabia disso? – Elsa falou, deixando o sorriso sumir de seu rosto.

– Eu não tenho culpa se você é exagerada. – A mais velha brincou, ainda conseguindo arrancar um mínimo sorriso da loira.

– Não faça mais isso comigo. – Elsa pediu com algumas lágrimas nos olhos.

– Fique longe de candelabros e eu prometo não fazer. – Elena sorriu fracamente.

Elsa riu e decidiu deixar a conversa com a irmã para outra hora, visto que a morena precisava descansar bastante.

– Irmã. – Elsa chamou quando Elena já estava quase adormecendo. – Eu te amo. – Sorriu.

– Irmãzinha. – Elena chamou como costumava chamar Elsa quando as duas eram menores. – Eu te amo mais.

Disse isso e adormeceu mais uma vez. Elsa sorriu e deixou uma lágrima solitária escorrer por seu rosto, mas não de tristeza. Ela não podia estar mais feliz, afinal tinha a irmã mais maravilhosa do mundo e sua família voltaria a ficar unida, uma vez que nenhuma das duas jamais se afastariam de Anna novamente, assim como não se afastariam de Mirana, Merida, Alice, Rapunzel, Soluço, Jacky e Jack, que já faziam parte da família.