Elsa saiu correndo da aula de DCAT assim que percebeu as paredes a sua volta começando a congelar. Jafar gritou para que ela voltasse, mas não só ela não o fez, como também Elena a seguiu sem se importar com quantos pontos o professor tiraria dela.

– Elsa! – Elena chamou, mas a loira continuou correndo.

Elsa acabou saindo do castelo e correu até próximo ao lago. Parou lá, na sombra de uma árvore, e caiu de joelhos no chão, encolhendo-se. Em alguns minutos, Elena chegou a ela e abraçou a loira, mas a mais nova se afastou.

– Não chegue perto. – Elsa advertiu. – Vai acabar se machucando.

– Você não pode me machucar. – Elena se aproximou com cautela e tocou o braço da outra.

Elsa esperou que o braço da irmã mais velha congelasse, que ela se afastasse e que a chamasse de monstro, mas apenas uma camada fina de gelo apareceu nos dedos nela e, para a surpresa de Elsa, Elena sorriu.

– Vai ficar tudo bem, Elsa. – Elena abraçou a gêmea mais nova, que rapidamente retribuiu o abraço.

– Parece que tudo está dando errado. – Elsa deixou as lágrimas correrem livremente pelo rosto.

– Eu não penso assim. – Elena se afastou da irmã mais nova o suficiente para olhá-la nos olhos e tentar passar toda a tranquilidade que sentia. – Eu sei que eu tive vontade de matar aquele maldito professor inúmeras vezes por ele ter feito o que fez, mas recentemente eu percebi que eu até deveria agradecer a ele. – Ela sorriu, deixando Elsa ainda mais confusa.

– Por quê? – A mais nova perguntou.

– Porque nós não somos daquele jeito. – Elena respondeu. – Nós não somos normais. Não nascemos assim. E eu prefiro viver a realidade, por pior que ela seja, do que viver o resto da minha vida numa mentira, por mais que pareça boa.

– Não tem medo de machucar as pessoas? – Elsa se encolheu.

– É claro que tenho. – Elena falou. – Todos tem medo de alguma coisa. Eu não sou de ferro. Mas não vou deixar que esse medo atrapalhe a minha vida. E você também não devia deixar.

– Elena, você sabe se controlar melhor do que eu. – Elsa argumentou tristonha. – Eu vou destruir tudo. Eu sempre destruo tudo o que eu toco.

– Não comigo aqui. – Elena sorriu e colocou a mão no ombro da loira. – E eu sempre vou estar com você. Nunca vai precisar ficar sozinha. Eu prometo.

Elsa abraçou Elena novamente e a morena sorriu. Passaram alguns minutos daquele jeito até que Elsa a soltasse.

– Nós sempre estaremos juntas, não é? – Elsa perguntou já meio esperançosa.

– Sempre. – Elena assegurou e se levantou.

A morena estendeu o braço e ajudou a loira a levantar também. Logo, as duas retornaram ao castelo.

Voltariam para a aula, mas a professora Minnie apareceu e as impediu.

– Meninas, o Diretor precisa falar com vocês. – A professora falou. – As três.

Assim que disse isso, Jafar apareceu no alto das escadas, trazendo Anna com ele. Minnie guiou os três para a gárgula que era a entrada da sala do diretor e disse a senha. Deixou as meninas sozinhas e as três subiram as escadas.

Mickey os esperava com uma expressão infeliz no rosto e com um gesto, ordenou que as três se sentassem. Assim que fizeram, as três irmãs Gryffindor olharam pesarosas para o Diretor.

– Meninas, sinto muito, mas não tenho boas notícias. – Ele começou.