O resto da semana se passou indistinto e logo já era sexta-feira à noite. Todos conheceram os demais professores e até gostaram de alguns. Havia a professora de transfiguração Minnie Mouse, que era também a vice-diretora da escola e diretora da Grifinória e que se provara ser muito atenciosa e bondosa com os alunos, apesar de ficar furiosa quando faziam algo errado. O professor de Animagia não havia chegado e só o conheceriam na terça-feira, quando teriam aula com ele. O professor de história da magia era praticamente insuportável. Com a substituição do mais que antigo fantasma Binns, fora colocado no cargo um homem chamado Pitch Black. Ele realmente assustava os alunos, mesmo os da Sonserina.

Já estavam todos em seus respectivos salões comunais. No da Grifinória, Elsa e Elena estavam sentadas nas poltronas que havia em frente à lareira, Anna e Alice estavam sentadas em uma das mesas e Anna não parava de falar. Merida continuava andando pelo salão comunal, ainda resmungando sobre de quem havia sido a culpa pela poção que fizera na segunda ter explodido. No da Sonserina, Jacky estava sentada em uma das poltronas, lendo um livro, enquanto Jack fazia algumas faíscas verdes com a varinha. No da Lufa-Lufa, Mirana assistia quieta Rapunzel conversar animadamente com os demais alunos. No da Corvinal, Soluço jogava xadrez de bruxo com Wilbur.

– Que tédio! – Jack exclamou, ainda andando de um lado para o outro pelo dormitório da Sonserina.

– Quieto Frost. Eu estou lendo. – Jacky disse, sem tirar os olhos de seu livro.

Os dois começaram a discutir e logo aquilo se transformou num pequeno duelo.

No da Grifinória, Anna e Alice continuavam sua incansável conversa, com Anna sendo a que mais falava. Merida soltou um longo suspiro quando as duas voltaram a falar depois de um minuto de silencio, mas continuou a resmungar.

Elsa e Elena reviraram os olhos, mas continuaram quietas em seus lugares. Em dado momento, todas foram para suas camas e logo adormeceram, mas diferentemente do que desejavam, não foi um sono tão tranquilo.

Já pela madrugada, os alunos do primeiro ano da Grifinória, mais especificamente Merida e Alice acordaram ouvindo gritos vindos do mesmo dormitório que elas. As meninas rapidamente levantaram de suas camas e olharam em volta.

– De onde vem isso? – Merida perguntou assustada.

– Elsa, Anna e Elena. – Alice disse e correu até as camas das meninas.

– Acordem! – Pediram, mas as três continuavam naquele mesmo estado.

– Sabe a algum feitiço para acordá-las? – Merida perguntou desesperada.

– Eu sei! – Alice lembrou e apontou a varinha para Elsa. – Ennervate.

Assim que atingida pelo feitiço, Elsa parou de gritar e aos poucos abriu os olhos. Logo ela se sentou e olhou assustada para os amigos a sua volta. A essa altura, Merida já havia repetido o feitiço com Elena e com Anna. As duas pareciam estar no mesmo estado que Elsa.

Elena se levantou cambaleante e tentou ir até a cama de Elsa, mas logo caiu no chão. Merida foi até a garota e a ajudou a se levantar.

– Qual o problema, Elena? – Merida perguntou ainda assustada.

– Minha perna. – A morena respondeu.

Ela colocou Elena de volta em sua própria cama e todas olharam aterrorizadas a enorme e recente queimadura na perna direita. Elsa se levantou e foi até sua irmã, abraçando-a, enquanto Anna se encolheu em sua cama.

– Elsa. – Elena chamou num tom que só a loira poderia ouvir. – Seus dedos.

A loira rapidamente olhou para as próprias mãos e viu que os dedos estavam congelados. Ela rapidamente os escondeu por entre as vestes para que Merida, Alice e Anna não pudessem ver.

– Afinal, o que aconteceu aqui? – Alice perguntou assustada e confusa.

– Não sei. – Elena respondeu e logo olhou para Anna, que ainda estava encolhida em seu lugar. – Tudo bem, Anna?

– C-claro. – Anna respondeu, gaguejando um pouco.

Mesmo a contragosto, as outras duas estudantes voltaram para suas camas. Elsa, Elena e Anna não conseguiram dormir pelo resto daquela noite, com medo de que, caso fechassem os olhos, voltassem àqueles terríveis pesadelos.