The New Hogwarts I - The Beginning of New Legends

Epílogo: Depois do "Felizes para Sempre"


Dezoito anos depois...

– Jason Valentine Slytherin, onde está minha varinha?! – Um rapaz de quinze anos, de cabelos pretos, olhos negros e pele pálida, gritou pela casa.

Ele estava vestido com calças jeans pretas, camiseta branca e jaqueta preta por cima, além de tênis também pretos. Ele abriu a porta de um dos quartos e ficou paralisado ao encontrar a pessoa que ele menos esperava ver ali.

– Oi, mãe. – Disse sem graça.

A mãe dele era ninguém menos do que Jacky, já em seus trinta e cinco anos.

– Algum motivo em especial para estar gritando pela casa, Mason? – Jacky arqueou uma sobrancelha e manteve a face dura.

– Jay pegou minha varinha. – Ele reclamou.

– Seu irmão não pegou nada. Eu peguei. – Ela respondeu, estendendo a varinha preta para ele, que rápida e relutantemente a pegou. – Seu pai fez o favor de quebrar a minha. – Ela parecia calma por fora, mas Mason sabia que estava zangada e era homicida quando ficava assim. – Eu precisava resolver alguns assuntos e peguei a sua. Algum problema?

– Não, claro que não, mãe. – Mason levantou os braços em rendição, apavorado.

– Ótimo. – Jacky sorriu e saiu dali.

– Estou frito. – Mason tremeu, afinal ela havia ficado calma demais. Isso nunca era um bom sinal.

– Está sim. – Uma voz atrás de si o fez virar-se.

Encontrou seu irmão mais novo, de onze anos, Jason. Ele tinha cabelos pretos, olhos laranja, como um dos olhos da mãe, e era pálido como ela, tendo também o rosto semelhante ao de Jacky, mas com traços do de Valentim. O menino estava usando bermudas jeans pretas, camiseta branca de mangas longas dobradas até o cotovelo e tênis pretos.

– Pelo menos você ainda terá um ano letivo antes de ela te matar. – Jason riu. – Vamos, irmão. Precisamos pegar nossas coisas. Papai e mamãe estão esperando para nos levar para a estação. – Disse e os dois saíram dali.

Os dois irmãos arrumaram suas coisas e foram até a Mercedes de Jacky. Valentim já estava sentado no banco do carona e os meninos foram para o banco de trás. Não tardou para que Jacky pisasse fundo no acelerador, dirigindo-se à velha Estação King Cross.

– Precisa ir tão rápido? – Valentim assustou-se com o ponteiro que marcava 150 km/h.

– Eles estão esperando. – Ela respondeu sem tirar os olhos da estrada.

O despertador tocou no castelo de Wonderland e Alice, já com trinta e cinco anos, o desligou sem abrir os olhos ou se mexer.

– Precisa ir acordar sua filha ou ela vai perder o expresso. – Hatter, que estava dormindo ao seu lado, declarou, também sem ao menos se mexer.

– Antes das dez horas da manhã, ela é sua filha. – Alice sorriu com os olhos fechados.

Hatter revirou os olhos e se levantou preguiçosamente. Saiu do quarto e foi andando até outro quarto próximo ao seu. Abriu a porta e avistou uma menina e um menino dormindo ali. Ela era pálida, de cabelos ruivo-alaranjados lisos e tinha olhos verdes que estavam fechados enquanto dormia. Parecia bastante com Alice, mas também tinha muitas semelhanças com o pai. O menino era pálido como a irmã e o pai, tinha os cabelos loiros da mãe e os olhos azuis da mesma, que no momento, estavam fechados. Era uma figura mais nova de Hatter. Hatter sorriu como um maníaco antes de pegar sua varinha e apontá-la para o pescoço.

– Sonorus. – Disse baixinho. – ACORDEM! – Gritou.

O feitiço ainda fez sua voz ficar mais alta e a menina acordou com um sobressalto.

– Ficou maluco?! – A ruiva questionou. – Espere. Por que eu ainda faço uma pergunta dessas?

– E eu não vou para Hogwarts ainda. – O menino falou. – Não precisava me acordar também.

– Tanto faz, Edward. – Hatter deu de ombros. – Miranda, vá se arrumar que hoje você irá para Hogwarts pela primeira vez.

– Tudo bem, tudo bem. – Miranda levantou os braços em rendição. – Mas precisava acordar a todos no castelo também?

– Não acordei todos no castelo. – Hatter retrucou.

– Acordou sim. – Ouviram três vozes dizerem em uníssono atrás do Chapeleiro.

Hatter virou-se e encontrou três figuras, duas sendo de cabelos brancos, apesar de não serem velhas.

– Mirana, Hansel, Alicia. Bom dia. – Hatter sorriu nem um pouco envergonhado e saiu dali.

– Tio Hatter é um pouco... – Alicia pareceu não encontrar uma palavra adequada e franziu o cenho. – Esquisito. – Falou, ainda parecendo insatisfeita.

Alicia era alta e magra. Pálida como Mirana e com os mesmos cabelos brancos, mas tinha os olhos azuis de Hansel e um rosto mais próximo do pai do que da mãe.

– Deixe isso para lá. – Miranda saiu do quarto. – Alicia, nós temos que nos arrumar. Vamos para Hogwarts.

– Tem razão. – Alicia concordou e as duas entraram no quarto da ruiva, expulsando um insatisfeito Edward.

Depois de aproximadamente uma meia hora, as duas tomaram café com os pais e o irmão mais novo da ruiva. Logo depois, Mirana, Alice, Hatter e Hansel, juntamente com o pequeno Edward, levaram as duas para fora do castelo e aparataram na Estação King Cross.

– Conhecendo, eu diria que Jacky e Soluço vão ser os primeiros a chegar... – Mirana começou.

– E Jacky vai nos estrangular por chegarmos ‘atrasadas’. – Alice completou, fazendo aspas com as mãos e rindo.

– Mãe. – Uma garota de longos cabelos pretos cacheados arrumados e olhos verdes, que era uma Merida de onze anos, cutucou uma Merida de trinta e cinco anos. – Mãe, acorde.

– O que? – Merida perguntou sem abrir os olhos.

– Temos que ir para a Estação. – A menina disse, já estando arrumada para ir.

– Ellen, minha querida, me dê só mais cinco minutos. – Merida pediu, virando-se na cama de modo que ficasse de costas para a filha.

– Você disse isso cinco minutos atrás. – Ellen revirou os olhos. – Até o papai já acordou e ele não sai da cama sem o ‘Sono da Beleza’. – Ela fez aspas com as mãos.

– Só mais uns minutinhos. – Merida pediu de novo.

– Mãe! – Ellen gritou. – Se você não levantar dessa cama agora eu vou chamar a vovó!

Merida estremeceu à menção de sua mãe, Elinor, e levantou-se da cama num pulo, logo correndo para o banheiro para se arrumar. Ellen riu e foi até a cozinha do Castelo de Highland, tomar café com o pai e o irmãozinho mais novo, que era ruiva e tinha olhos azuis, de nome Harris, em homenagem ao irmão que Merida perdera na 3ª Guerra Bruxa.

Depois de alguns poucos minutos, Merida apareceu já arrumada. Tomou café da manhã rapidamente e puxou a filha e o marido para fora do castelo, onde aparataram até a Estação King Cross.

– Jacky vai me matar. – Merida murmurou ao olhar o relógio e partir correndo, arrastando também Heitor, Harris e Ellen, até o lugar onde havia marcado de encontrar os amigos.

Rapunzel, já com trinta e cinco anos, soltou de sua cama e correu até o quarto do filho, animada.

– DIEGO! – Chamou e o menino levantou da cama num pulo, assustado.

– Mãe! – O garoto reclamou. – Não me assuste assim.

Ele tinha cabelos castanhos como os pais, mas tinha os olhos verdes da mãe. Tinha o porte físico de Flynn e um rosto parecido com o dele, mas o tom de pele era o mesmo de Rapunzel.

– Tudo bem, tudo bem. – Rapunzel se defendeu. – Mas se arrume que precisamos ir para a Estação.

– Mas já? – Ele olhou para o relógio na cabeceira da cama.

– Você conhece sua tia Jacky e nós temos que chegar lá antes dela se quisermos ficar vivos. – Rapunzel riu. – Vou chamar sua irmã.

– Kath detesta quando acordam ela cedo. – Diego advertiu.

– Eu sei. – Rapunzel riu. – Será divertido. Kathryn! – Já saiu chamando.

Diego assentiu e rapidamente foi até o banheiro para se arrumar. Apareceu fora do castelo alguns segundos depois, animado para ir para Hogwarts. Logo Rapunzel e Flynn/Eugene aparataram com os filhos até a Estação King Cross e seguiram até onde deveriam encontrar os outros.

Soluço e Astrid estavam tomando café da manhã calmamente quando um menino apareceu e se juntou a eles. O garoto era loiro, tinha olhos verdes, era alto e musculoso, tendo o rosto bastante parecido com o do pai. Sentou-se entre os pais tomou seu café da manhã.

– Oi, Leon. – Astrid cumprimentou.

– Bom dia, mãe. – O garoto respondeu, ainda tomando seu café da manhã, quieto.

– Animado para ir para Hogwarts, filho? – Soluço se juntou à conversa.

– Claro, pai. – Leonidas respondeu, dando um sorriso sem muito entusiasmo.

– Então vamos logo. – Astrid se levantou e puxou Soluço e Leonidas para fora de casa, onde aparataram para a Estação King Cross.

– Finalmente. – Elsa disse quando Elena sentou-se a mesa para tomar café da manhã.

– Eu tenho uma boa desculpa. – Elena se defendeu, embora não estivesse nem de longe preocupada. – Fiquei até tarde enviando os relatórios para o ministério. Fui dormir de quatro horas da manhã.

– Ela tem razão. – Andersen concordou.

– Você sempre concorda com a mamãe, pai. – Um garoto que era a figura de Andersen de olhos azuis falou. Ele tinha quinze anos.

– Andy está certo. – Anna se juntou a conversa. – Mas não é só a Elena que está atrasada. – Disse ao ver dois meninos e duas meninas, todos os quatro de onze anos, sentando-se. – Helena, Elsa, Chris e Jamie. Vocês deveriam ser os mais interessados em acordar cedo. Vocês vão para Hogwarts pela primeira vez.

– Eu sei. Eu sei. – Christian levantou os braços em rendição. – Você disse isso pelo menos dez vezes quando foi me acordar.

Ele era um Kristoff de cabelos ruivos e olhos azul-água. Tinha até o mesmo porte físico que o pai tinha em sua idade.

– Mamãe fez mesma coisa. – Elizabeth disse, olhando para Elena.

Ela tinha os cabelos castanho-escuros de Elena e os olhos verde-floresta de Andersen, preservando o mesmo rosto que a mãe quando a mesma tinha sua idade.

– Nem me fale. – Helena revirou os olhos.

Assim com Elizabeth, ela era a figura de Elena quando tinha onze anos, tendo os mesmos cabelos castanho-escuros e olhos azul-gelo.

– Foi o papai que me acordou. – James falou. – Não foi muito diferente.

Ele tinha os cabelos brancos de Jack, mas tinhas os olhos azuis da mãe. Podia-se dizer que era muito parecido com o pai, mas seu rosto trazia alguns toques do de Elsa.

– Onde estão Olaf, Kristen e Sophie? – Kristoff se juntou à conversa.

– Tio Olaf ou meu irmão Olaf? – Christian arqueou uma sobrancelha.

– Seu tio Olaf está andando por aí, então é seu irmão mesmo. – Anna respondeu.

– Olaf ainda está se vestindo, Kristen vai demorar pelo menos duas horas antes de sair do banheiro e Sophie está brincando com neve no meu quarto. – Foi Elizabeth “Elsa” quem falou.

– Acho que nem o trabalho no ministério é tão cansativo quanto cuidar de filhos. – Elena riu, divertindo-se.

– Falou a senhorita Ministra da Magia. – Elsa também riu.

– E você, senhorita Diretora de Hogwarts. – Elena respondeu e as duas riram.

– Assim não vale. – Anna cruzou os braços. – Eu sou só vice-diretora de Hogwarts.

– E diretora da casa da Grifinória. – Elsa adicionou.

– Que seja. – Anna revirou os olhos.

– Parando a brincadeira, a Elena tem razão. – Elsa concordou.

– E você só tem dois. – Anna falou. – Soph e Jamie nem são tão trabalhosos assim. Tente cuidar do Chris, do Olaf e da Kristen.

– Graças a Merlin, Andy e Helena são comportados. – Elena disse. – Se estresse matasse, Elsa já teria conseguido me enterrar. – Disse olhando para a filha.

– Também não exagere, mãe. – Elizabeth revirou os olhos.

– Mas ela está certa. – Jack concordou ao se sentar em seu lugar.

– Mais um atrasado. Não pode dizer que sou só eu. – Elena declarou.

– Você me nomeou como Chefe do Departamento de Aurores. Eu estava ocupado. – Jack se defendeu.

– Sim, sim. Estão todos ocupados. – Uma garota com praticamente o mesmo rosto que Anna, mas com cabelos loiros e olhos castanhos, falou ao entrar no lugar e se sentar em sua cadeira.

– Oi, Kris. – Andersen “Andy” II cumprimentou.

– Andy. – Kristen respondeu.

– Estamos fritos. – Kristoff de repente declarou ao olhar o relógio.

Todos na mesa seguiram seu olhar e imediatamente se levantaram. Elsa correu até o quarto de Elizabeth e pegou Sophie. Anna foi até o quarto de Olaf e pegou o filho. Logo todos estavam fora do Castelo de Arendelle e aparataram para a Estação King Cross. Correram apressados até onde os outros já esperavam.

– Oi. – Elsa sorriu.

– Estão atrasados. – Jacky revirou os olhos.

– Para você, todo mundo está atrasado. – Alice respondeu. – É mais apressada do que o Coelho Branco.

– Eu cheguei antes de todos vocês e eu vim de carro. – Jacky falou.

– Mas quebrou inúmeras leis por excesso de velocidade. – Valentim se meteu na conversa.

– Que seja, vamos logo. – Mason interferiu antes que a mãe lançasse uma Maldição da Morte no pai.

– É verdade. – Jacky concordou e olhou seu relógio de pulso. – Eu ainda vou ter que ir ao ministério.

– Chefe do Departamento de Mistérios, não é? – Astrid perguntou enquanto andavam em direção à parede que ficava entre as plataformas nove e dez.

– Sim. – Jacky concordou.

– Ela já não havia destruído esse departamento uma vez? – Andersen arqueou uma sobrancelha e olhou para a esposa.

– Sim. – Elena respondeu. – Então imaginei que se ela fosse chefe desse departamento, não o destruiria de novo.

– Boa sacada. – Soluço elogiou.

Assim que chegaram à porta da Plataforma 9 3/4, todos começaram a passar pela parede e logo estavam em frente ao expresso de Hogwarts.

– Não se metam em confusões. – Elsa aconselhou.

– Traduzindo: Façam de tudo para não pararem na sua sala. – Jamie riu.

– Isso mesmo. – Elsa o acompanhou no riso.

– Boa sorte, meninos. – Os adultos ali presentes disseram a seus filhos.

Andersen II, que era da Corvinal, entrou no expresso com Kristen, que era da Lufa-Lufa, Mason, que era da Sonserina, e Kathryn, que era da Grifinória, e foram procurar por seus amigos. Olaf, Edward, Harris e Sophie só iriam para Hogwarts em alguns anos, então ficaram juntos aos pais. Jamie, Helena, Elizabeth, Chris, Jay, Diego, Leon, Ellen, Alicia e Miranda ainda se viraram para os pais antes de entrarem.

– Nos vemos lá. – Elena, Elsa, Anna, Jack, Soluço, Jacky, Mirana, Alice, Rapunzel e Merida disseram juntos, pois apesar de terem outros empregos, todos eram também professores em Hogwarts.

Os dez meninos assentiram e adentraram no trem. Kristoff, Andersen, Astrid, Valentim, Heitor, Flynn, Hansel e Hatter tiveram que ir embora trabalhar, deixando apenas os dez ali, olhando o expresso partir.

– Isso trás muitas lembranças. – Merida disse. – Lembram quando éramos nós no lugar deles?

– Não dá para esquecer, não é? – Rapunzel respondeu.

– Acho que não. – Soluço concordou. – Éramos os Dez de Hogwarts.

– Mas acho que este ano, nós teremos alguns substitutos. – Elena falou enquanto olhava o trem partir.

Todos riram e assentiram, mas logo saíram dali, afinal eram todos muito ocupados. Elena era Ministra da Magia, Rainha de Arendelle e Professora de Transfiguração. Elsa era Diretora de Hogwarts, Rainha de Arendelle e Professora de Feitiços. Anna era Vice-Diretora de Hogwarts, Diretora da Grifinória, Rainha de Arendelle e Professora de Herbologia. Jack era Chefe do Departamento de Aurores, Rei de Arendelle e Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Soluço era Chefe do Departamento de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas, Diretor da Corvinal, Rei de Berk e Professor de Trato de Criaturas Mágicas. Rapunzel era Chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia, Diretora da Lufa-Lufa, Rainha de Corona e Professora de Astronomia. Jacky era Chefe do Departamento de Mistérios, Diretora da Sonserina e Professora de História da Magia. Mirana era Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia, Rainha de Wonderland e Professora de Poções. Merida era Chefe do Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas, Rainha de Highland e Professora de Animagia. Alice era Chefe do Departamento de Transportes Mágicos, Princesa de Wonderland e Professora de Estudo dos Trouxas.

Dentro do trem, James, Helena, Elizabeth, Christian, Leonidas, Diego, Ellen, Miranda, Alicia e Jason não estavam encontrando cabines vazias, então acabaram por seguir até a última cabine do trem. A mesma cabine onde seus pais sempre estiveram durante seus anos em Hogwarts.

A Cabine dos Dez.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.