The New Barbie

Flash Back: Certo ou Errado?


Sentei-me em meu lugar de sempre ainda com meu sorriso vitorioso. Não tem como ele ganhar essa.

Como posso ter tanta certeza? Simples. Tudo começou no domingo às 16h28min da tarde, quando estava eu, Liz, Meg, Mi e o grupinho de monstros na “área verde dos populares” da escola. Essa área verde dos populares é só uma frescura para separar os populares do povão. Acontece que na escola, tem tipo um quintal aberto enorme, e lá, só os populares ficam e o resto do povão fica do outro lado que é o lado fechado e cheio de bancos. Voltando. Foi naquela tarde que...

FLASH BACK (ON)

- Estão muito ansiosos pela competição? – perguntou Lucy batendo palminhas toda animada.

- É. Tanto faz. – respondi indiferente.

- Não me preocupo quando só estou competindo com amadores. – respondeu Zac olhando para mim.

- Não tem como você competir com você mesmo Zac. – respondi irônica.

- Claro que não... Infelizmente. Porque se desse para competir comigo mesmo, a competição teria mais graça e me deixaria ansioso pelo resultado. Mas como eu já sei que vou ganhar, a competição perde a graça. – falou ele em tom calmo ainda olhando para mim.

- Então sai dessa droga se está tão insatisfeito assim. – disse a ele, como ele falara comigo no primeiro dia de aula.

Não esperei que ele me respondesse. Apenas levantei, limpei minha saia e saí batendo os pés em direção ao dormitório feminino.

Estava andando pelos corredores até que uma plaquinha me chama a atenção: “Dormitório Masculino”.

Fiquei olhando a placa por algum tempo enquanto discutia com meus próprios pensamentos.

Isso é trapaça Samantha, não pode fazer isso! – A parte consciente de mim explicava-me.

Pense em como será bom esfregar na cara daquele metido quando você ganhar. – A parte inconsciente de mim falava.

Isso é errado. Não sabote o trabalho dos outros Sam. Vai se arrepender depois. – Se pronunciou a parte consciente.

No amor e na guerra vale tudo, querida. E isso com certeza é uma guerra! – gritou a parte inconsciente.

Não faça isso Sam. – implorava a parte consciente.

Anda logo! Quer ganhar ou não? – disse a parte inconsciente.

É claro que a parte inconsciente ganhou, afinal, eu queria mesmo vencer isso e isso realmente era uma guerra.

Sem hesitar, abri a porta e entrei.

O dormitório dos garotos era exatamente igual ao nosso.

Se eu não lesse a plaquinha, acharia que esse fosse o dormitório feminino.

Eu sabia o número do quarto de Zac porque Logan dividia o quarto com o demo, então em uma das nossas conversas, estávamos falando sobre escola e bla bla blá, até que surgiu dormitório e o lindo e maravilhoso número 14 – número do quarto deles.

Antes de entrar, aproximei meu ouvido da porta e fiquei atenta a qualquer som que saísse de dentro do quarto.

Nada.

Encostei na maçaneta e a girei bem lentamente.

Fui abrindo a porta na mesma velocidade. Assim que a abri por completo, não vi ninguém.

O quarto dos garotos era exatamente igual ao nosso. A única diferença é que nas três camas e nos três criados-mudo tinham coisas diferentes. E o cheiro era de perfume masculino.

Na primeira cama tinha uma bola de futebol americano e no criado mudo do lado direito da mesma, tinha uma foto da Tabitha com o Zac.

Ótimo, essa é a cama do Zac.

A segunda cama tinha um livro, acho e no criado-mudo, um despertador.

Não faço a mínima ideia de quem seja essa cama.

E na última cama tinha uma almofada toda preta com frases de famosos, e no criado-mudo uma foto da Belimbecil.

Cama do Logan, é óbvio.

Sem demora, fui até o criado mudo onde tinha a foto de Zac e Tabitha e abri uma das gavetas.

Primeira gaveta: Nada, só um monte de fotos e lápis.

Segunda gaveta: um álbum de fotografia.

Terceira e última gaveta: Livros e cadernos.

Bingo!

Abri o primeiro livro e na mesma hora, uma folha caiu do mesmo e foi parar no chão.

- Droga. – reclamei sussurrando.

Peguei a folha e li.

Era seu discurso!

Um sorriso malicioso surgiu em meus lábios e o coro de aleluia imaginário surgiu em minha cabeça.

Comecei a ler. Estava falando sobre melhorar a comida, o uniforme, e uma reforma na quadra poliesportiva. Também estava falando dos ótimos professores e alunos, etc.

Muito bom. Que droga!

Peguei um estojo que tinha jogado no fundo da gaveta e o peguei.

Abri, peguei uma borracha e apaguei e reescrevi tudo em uma das folhas do caderno.

O texto original, eu o peguei, o rasguei em um milhão de pedacinhos e o joguei no vaso sanitário do quarto deles.

Saí com o mesmo cuidado com que entrei e voltei para a Área Verde dos Populares. Fingi que nada tinha acontecido e fiquei conversando com Logan.

FLASH BACK (OFF)