The Life Of Lia: SPN

1x14 Dead Man's Blood


Narradora On

Três semanas depois...

Oklahoma, 12:40 pm

ㅡ Me passa a calda de caramelo, por favor. - Lia pede e John entrega.

ㅡ Já ouviu falar em diabetes? - John pergunta ao ver a garota encher de calda suas panquecas.

ㅡ Sim, e você já ouviu falar em colesterol alto? - a garota ergueu a sobrancelha com um sorriso sacana.

ㅡ Esperta. - John riu comendo seu bacon frito.

ㅡ John, lembra de Daniel Elkins? - Fred pergunta enquanto se concentrava no notebook a sua frente.

ㅡ Claro, o que tem ele?

ㅡ Está morto. - John e Lia param de comer. - Despedaçado na própria casa. - Fred diz suspirando no fim.

ㅡ Elkins? - Natália pergunta pensativa. - Não é um dos caçadores que te ensinou sobre caça?

ㅡ Isso mesmo, grande homem. - John responde.

ㅡ A polícia acha que tinha sido um urso, mas viram sinais de roubo. - Fred troca olhares com John. Natália automaticamente se lembra de Dean e Sam, os dois eram exatamente assim quando trocavam olhares.

ㅡ Vamos investigar? - Lia pergunta.

ㅡ Partimos em vinte minutos. - John responde.

ㅡ Onde? - a garota pergunta.

ㅡ Colorado. - Fred responde.

Natália Waldorf On

Eu quase não terminei meu almoço e partimos para Colorado, eram umas dez horas de viagem mas com meu pai me deixando pilotar o mustang metade do trajeto e as conversas com ele me distraíram. Eu estava muito feliz em estar com meu pai, parecia um sonho. Mas eu também estava com saudades de Dean e Sam, eu os deixei, mesmo eles dizendo que tudo bem, eu me sentia mal por sair como eu sai. Saudade das minhas brincadeiras com o Sammy, do beijo do Dean e de resolvermos casos juntos. John estava dirigindo na frente com sua pick-up indo para a cabana de Elkins mas ele parou pouco antes de chegarmos, encostando o carro e meu pai fez o mesmo. Acabamos indo até a cabana caminhando, mas aconteceu que vimos o impala estacionado lá e meu coração acelerou, Dean e Sam estavam lá.

Eu quis correr para dentro da cabana mas John e meu pai me impediram, disseram que deveríamos apenas vigiar caso fosse outra armadilha e que alguém pudesse ter seguido eles até lá. Acabamos por segui-los até uma agência de correios, eles pegaram algum envelope lá e entraram de volta no impala e permaneceram lá. John saiu do carro e eu e meu pai acompanhamos e vimos John bater na janela de Dean e eu ri com o susto deles. John entra no banco de trás do impala e eu entro junto, meu pai entra pela outra porta, ficando ao lado de John.

ㅡ Pai? Lia? Sr. Waldorf? - Sam pergunta se virando para trás no carro sem acreditar no que via. Dean estava igualmente surpreso.

ㅡ Olá. - eu sorri, recebendo o olhar dos dois.

ㅡ Qual é garoto, me chame de Fred. - Sam sorriu assentindo.

ㅡ O que fazem aqui? - Dean pergunta.

ㅡ Estão bem? - Sam também pergunta depois.

ㅡ Estamos bem. Vimos a notícia sobre Daniel e viemos o mais rápido. Vimos vocês na cabana dele. - John os responde.

ㅡ E porque não entraram? - Sam franziu o cenho.

ㅡ Ficamos cuidando se não foram seguidos. - eu respondo.

ㅡ Fizeram um bom trabalho em cobrir os rastros. - meu pai os elogia.

ㅡ Aprendemos com o melhor. - Dean diz olhando o pai.

ㅡ Espera, então vieram para ver esse Elkins? - Sam interroga confuso.

ㅡ Sim, ele era um grande homem. Ele me ensinou muito sobre caça.

ㅡ Mas você nunca o mencionou para nós - Dean comentou e dessa vez eu franzi o cenho.

ㅡ É, nós tivemos uma briga. Eu não o via à anos. - John olhou para a carta nas mãos de Dean - Quero dar uma olhada nisso.

John pega a carta e a lê, logo entrega para meu pai que começava a ler também.

"Se estiver lendo essa carta, é porque estou morto." - meu pai leu e olhou para John logo em seguida, indignado.

ㅡ Aquele filho da puta. - John diz sério, eu olho para meu pai e ele estava do mesmo jeito.

ㅡ Então estava com ele esse tempo todo? - meu pai pergunta irritado.

ㅡ Estava. - John diz igualmente irritado, eu troco olhares com os garotos que estavam como eu; confusos.

ㅡ O que estava com ele? - Sam pergunta.

ㅡ Quando revistaram a casa viram alguma arma? Uma antiguidade. Um revolver Colt? - John perguntou e eu soube sobre o que se tratava. Eles me disseram sobre ela em uma das nossas conversas sobre o demônio dos olhos amarelos.

ㅡ Eu achei um estojo vazio. - disse Dean.

ㅡ Então, eles pegaram. - meu pai diz pensativo.

ㅡ Os assassinos do Elkins? - perguntou Dean.

ㅡ É, precisamos rastreá-los. Vamos. - John diz, meu pai sai do carro e John sai em seguida. Eu encaro os meninos que me olhavam com uma interrogação enorme sobre suas cabeças.

ㅡ O que ta acontecendo? - Sam me pergunta eu apenas nego e saio do carro também.

ㅡ Espere, vocês vão vir com a gente? - Sam perguntou, ele e Dean saíram do carro também.

ㅡ Se o que Elkins falou é verdade, precisamos achar o revólver. - John diz.

ㅡ O revólver? Por quê? - Sam perguntou confuso.

ㅡ Porque é importante. - John.

ㅡ Pai, não sabemos quem foram os assassinos. - disse Dean ao meu lado, ele estava tão próximo que eu podia sentir seu perfume.

ㅡ Foram as criaturas que o Daniel caçava. Vampiros. - meu pai diz e eu fico confusa dessa vez.

ㅡ Que? - pergunto e vejo meu pai afirmar.

ㅡ Vampiros? Achei que eles não existiam. - Dean disse, franzindo o cenho.

ㅡ Você nunca os mencionou, pai. - Sam.

ㅡ Achei que estavam extintos, eu pensei que Elkins e outros os exterminaram. Eu estava errado. - John fala.

ㅡ A maioria das histórias de vampiros é uma porcaria. Uma cruz não os repele, a luz do sol não os matará, nem uma estaca no coração. Mas a sede de sangue, essa parte é verdadeira. - meu pai explica recebendo nossa atenção.

ㅡ Eles precisam de sangue humano fresco para sobreviver. Eles já foram pessoas, então você não saberá que é um vampiro até que seja tarde demais. - John diz também. Faço uma anotação mental para pesquisar mais tarde sobre isso.

[...]

Fomos para um hotel e pegamos três quartos, não sabíamos o quanto iríamos esperar para saber algo sobre os vampiros. Eu fiquei com um quarto só pra mim, meu pai dividia um com John, e Sam e Dean ficaram em outro, aparentemente eles estavam cansados. Passei no quarto de John e meu pai dormia em uma das camas e John estava em uma mesa escutando o rádio da polícia, esperando por algo que nos levasse até os sangue-sugas.

ㅡ Como sabe que vamos encontrá-los pelo rádio da polícia? - perguntei parando ao lado de John.

ㅡ Eles vão precisar se alimentar em algum momento, Lia. - ele me responde. Eu o encarava em silêncio enquanto minha mente calculava uma pergunta para ser feita da melhor forma. Ele percebe minha incomodação e suspira. - Algum problema?

ㅡ Sim. - suspirei abaixando a cabeça e encarando meus sapatos. - Lembra quando me pediu para não contar coisas para eles? Sobre os olhos amarelos?

ㅡ Já conversamos sobre isso. - eu percebo ele armando suas defesas arrumando sua postura na cadeira e cruzar os braços. Eu toco em seu ombro e ele volta a relaxá-los.

ㅡ Eu lembro o que conversamos. Mas isso foi a cinco anos, John. Estamos perto agora, talvez seja a hora de falar tudo o que sabemos. - vejo seu olhar entristecer.

ㅡ Quando for a hora, eles vão saber. - eu afirmo, mas antes de poder falar qualquer coisa meu celular toca, quando olho o identificador vejo que é Dean.

ㅡ Oi - falo ao celular me afastando alguns passos de John.

ㅡ Onde você está? - ele pergunta.

ㅡ Com seu pai. - sussurrei olhando meu pai dormir na cama ao lado.

ㅡ To no seu quarto. - ele diz me fazendo abrir um sorriso.

ㅡ Eu to indo para aí. - respondi desligando a ligação.

ㅡ Dean? - John pergunta com um sorriso leve no rosto.

ㅡ Sim, ele me pediu ajuda com umas coisas no porta-malas do impala… - John corta minha desculpa mal elaborada.

ㅡ Não precisa mentir pra mim, Lia. - ele riu.

ㅡ Como você...

ㅡ Conheço meu filho, aqueles sorrisos não foram só por me ver. - senti minhas bochechas corarem.

ㅡ Vigia meu pai em minha ausência, por favor. - sorri piscando um olho antes de sair do quarto.

Quando entrei no meu quarto Dean me abraçou sem nem esperar eu fechar a porta. Seu abraço era desesperado e forte, seus braços em volta da minha cintura fazendo pressão contra seu corpo, eu sentia sua respiração bater na minha orelha esquerda enquanto eu cheirava seu perfume na camisa verde musgo e sentia seu cabelo nas pontas dos meus dedos. Era a saudade nos controlando.

ㅡ Senti tanto sua falta. - falei ainda no abraço.

ㅡ Não imagina o quão difícil foi pra gente continuar sem você. - ele diz afastando seu tronco para me olhar mas ainda com as mãos no meu quadril.

ㅡ Me desculpa, mas eu precisava disso. - falei baixando minhas mãos em sua nuca foram para seu peito.

ㅡ Não precisa se desculpar, Lia. Nós entendemos você. - Dean me beija logo em seguida, foi um beijo lento como os segundos que pareciam passar como horas quando eu estava longe dele e foi um beijo suave como se agradecesse por me ter ali. Foi perfeito, nos afastamos com pequenos sorrisos.

ㅡ Então, conseguiu as respostas que queria? - ele me pergunta puxando minha mão para sentarmos na cama.

ㅡ Bom, não foram as respostas que eu imaginava. É tão intenso e pior. - vi o semblante dele ficar confuso e preocupado. - Mas meu pai está de volta, na verdade ele nunca se foi, o que importa é que ele está aqui e está bem.

ㅡ To feliz por você. - Dean deposita sua mão em minha perna acariciando. Acho que estávamos mais carinhosos que antes por culpa da distância.

Me inclino para beijá-lo, sentindo seus lábios novamente, sua mão vai para meu rosto e eu faço o mesmo acariciando seu maxilar. Escuto alguém limpar a garganta atrás de nós e nos afastamos rápido com o susto. Era meu pai em pé na porta.

ㅡ Dean Winchester, sério? - meu pai me pergunta arqueando a sobrancelha e cruzando os braços.

ㅡ Pai, eu…

ㅡ Sr. Waldorf, eu não tenho nenhuma má intenção com sua filha e … - Dean se levanta começando a se explicar, mas meu pai corta sua frase.

ㅡ Não temos tempo pra papinho, garoto. Bem-vindo a família. Agora vamos atrás daqueles vampiros. - eu e Dean ficamos boquiabertos com meu pai o vendo sair do quarto logo em seguida.

ㅡ Uau, nunca foi tão fácil. - Dean fala.

ㅡ Vamos logo. - peguei um casaco e o puxei para fora do quarto.

[...]

Narrador On

John e Fred terminaram de conversar com um policial em cena e começam a caminhar de volta para Dean, Sam e Lia, que estavam encostados no impala.

ㅡ Não sei porque não podemos ir com eles. - Sam disse encarando o pai se aproximar.

ㅡ Oh, não me diga que já está começando. - Dean.

ㅡ O que está começando? - Sam franziu o cenho.

ㅡ O que descobriram? - Lia para John e Fred que chegaram até eles.

ㅡ Foram eles. Estão indo para o Oeste. Teremos que voltar atrás para contornar esse desvio. - John responde.

ㅡ Como você pode ter tanta certeza? - Sam desconfiava do pai e não escondia.

ㅡ Sam... - Dean o repreendeu.

ㅡ Eu só quero saber que estamos indo na direção certa.

ㅡ Estamos. - John diz.

ㅡ Como sabe? - Sam perguntou desafiador.

ㅡ Encontrei isso. - John estende a mão.

ㅡ É um ... um canino de vampiro. - Dean fala perplexo.

ㅡ Não, são presas, são dentes que surgem no ataque. - Lia responde enquanto analisava a presa em suas mãos. Dean a encarou como quem pergunta como ela sabe e ela dá de ombros.

ㅡ Mais alguma pergunta? - John perguntou, olhando sério para Sam.

ㅡ Está bem. Vamos sair daqui. O sol está se pondo. - Fred diz, querendo sair do clima que tinha formado ali entre John e o filho mais novo.

ㅡ Dean, por que não repara os arranhões antes que enferrujem? Não teria te dado o carro se soubesse que ia arruiná-lo. - John fala ao passar pelo impala indo para sua pick-up que estava na frente. Dean ficou chateado, Lia pegou em sua mão dando um sorriso de apoio mas depois se afastou para entrar no mustang com o pai.

Alguns minutos dirigindo…

ㅡ Então, você e Dean Winchester? - Fred perguntou a filha enquanto olhava a estrada.

ㅡ É loucura, mas, nem sempre a gente se deu bem. E de uma hora pra outra aconteceu. - deu de ombros.

ㅡ Você está feliz?

ㅡ Agora? Totalmente. - sorriu ao responder.

ㅡ O que está acontecendo? - Fred franziu o cenho encostando o carro na estrada, os dois Waldorf encaravam Sam sair do impala e John gritando com ele, Dean os olhava perdido.

ㅡ Precisamos conversar. - Sam disse encarando o pai. Lia e Fred saem do carro e vão até eles.

ㅡ Sobre o que? - John.

ㅡ Sobre tudo. Aonde vamos? Por que essa arma é importante? - Sam e John estavam cara a cara, os três na volta sabiam que aquilo se tornaria uma briga.

ㅡ Sammy, vamos lá, podemos fazer perguntas e ter respostas depois que matarmos todos os vampiros. - Dean se aproxima deles, Lia tenta fazer o mesmo mas Fred agarra seu braço a impedindo.

ㅡ Não temos tempo para isso. Dean está certo. - John

ㅡ Última vez que te vimos, você disse que era muito perigoso ficarmos juntos. Agora, do nada, você precisa de nossa ajuda. - Sam gritava querendo muito suas respostas. - Agora, obviamente, algo grande está acontecendo, e queremos saber o que!

ㅡ Volte para o carro. - John fala com uma ordem.

ㅡ Não. - Sam o desafiava com o olhar.

ㅡ Eu disse para voltar para o maldito carro. - John estava sem paciência.

ㅡ Sim. E eu disse que não. - Sam responde no mesmo tom, Lia se desfaz da mão do pai que a prendia e foi até o lado de Sam.

ㅡ Pronto. Sam, você disse o que queria. - Dean afastava o irmão e Lia pegou no braço do amigo.

ㅡ Podemos conversar sobre isso depois, Sammy. - Lia fala, ajudando Dean a afastá-los. John aos pouco deu passos para trás.

ㅡ Por isso eu saí de casa. - Sam fala baixo voltando para o carro.

ㅡ O que disse? - John avança e Sam volta a ficar cara a cara com o pai. Lia revira os olhos e Dean segue o irmão cansado. Fred se aproxima sem saber o que fazia, afinal tentou impedir que a filha se metesse, mas era óbvio que a menina já estava pronta para esse tipo de coisa entre os Winchester’s.

ㅡ Você me ouviu. - Sam fala alto.

ㅡ Sim, você saiu de casa. E nós precisávamos de você e você foi embora. - John disse gritando e cutucando o peito de Sam.

ㅡ John… - Lia fala tentando chamar a atenção.

ㅡ Sam… - Dean tenta com o irmão mas John e Sam pareciam não ouvi-los.

ㅡ Foi você quem disse "nunca mais volte" e foi você quem bateu a porta. Você estava chateado por não poder mais me controlar! - Sam esbraveja.

John perde o controle agarrando Sam pela camisa com raiva mas Dean e Natália os afastam ficando no meio dos dois.

ㅡ Parem com isso os dois! Por favor. - Lia pedi olhando Sam que nem se deu ao trabalho de olhar a amiga, apenas encarava o pai.

ㅡ Você também. - Dean fala ao pai.

John volta para sua pick-up e Sam entra no impala. Dean olha para Lia agradecendo pela ajuda e caminha até o impala, Lia ia acompanhá-lo mas Fred a segura.

ㅡ Natália é melhor não.

ㅡ Agora não, pai! - Lia puxa seu braço e entra no impala.

[...]

Os cinco observavam de trás de umas árvores um celeiro onde era o ninho dos vampiros. Um carro entra no celeiro enquanto um dos vampiros fecha a porta.

ㅡ Filhos da puta. Então eles realmente não têm medo do sol? - Dean pergunta com o cenho franzido.

ㅡ A luz solar direta dói como uma queimadura desagradável. A única maneira de matá-los é decapitando a cabeça. E sim, eles dormem durante o dia, mas não significa que não vão acordar. - Fred responde.

ㅡ Então, entrar lá não é a melhor opção. - Dean fala, Lia olha o pai e observa suas expressões.

ㅡ Na verdade - John disse se levantando - esse é o plano.

ㅡ Como é que é? - Lia pergunta sem acreditar.

Eles pegam armas dentro do porta-malas de seus carros, cada um dos cinco segurava um facão em mãos. Lia ainda tinha algumas facas escondidas pelo corpo por precaução.

ㅡ Então... Vocês querem saber sobre a Colt. - John disse, suspirando.

ㅡ Sim, senhor. - Sam afirma.

ㅡ É só uma história. É uma lenda. Pelo menos é o que pensávamos. - John olha para Fred e Lia. - Nunca acreditei nela até ler a carta de Daniel.

ㅡ Pra mim parece conto de fadas. - Natália diz se encostando no mustang do pai.

ㅡ Você sabia? - Sam pergunta com o cenho franzido para Lia, a mesma nota a reação de Sam.

ㅡ A pouco tempo. - ela responde, como forma de defesa.

ㅡ Em 1835, quando o cometa Halley passou na mesma noite em que aqueles homens morreram no Álamo, dizem que Samuel Colt criou uma arma. Uma arma especial. - John começa a contar.

ㅡ Ele fez isso para um caçador, um homem como nós, que andava apenas a cavalo. Conta a história que ele fez treze balas, e esse caçador usou a arma meia dúzia de vezes antes de desaparecer, a arma junto com ele. E de alguma forma Daniel colocou as mãos nela. - Fred termina de contar.

ㅡ Dizem... dizem que esta arma pode matar qualquer coisa. - Natália fala com o olhar perdido.

ㅡ Qualquer coisa. Como algo sobrenatural? - Dean perguntou.

ㅡ Como o demônio. - Sam fala pensativo.

ㅡ Encontrando o revólver, podemos matá-lo - Fred diz.

[...]

John, Fred, Sam, Natália e Dean entraram no celeiro pela janela, tudo um maior silêncio. John e Fred foram atrás do revólver, enquanto os outros três mais novos soltavam as pessoas presas no local. Os Vampiros dormem em redes, Dean e Natália se aproximaram de um tipo de cela cheia de pessoas, Lia acabou batendo o pé em uma lata no chão, os três olham preocupados mas nenhum vampiro escutou. Dean olhou o cadeado e decidiu que era melhor quebrar as dobradiças da porta da cela. Ele pegou um pé de cabra e quebrou uma das dobradiças enquanto Natália ficava de guarda. Sam tentava soltar uma garota que estava amarrada em uma das colunas, mas a garota acorda e começa a se mexer.

ㅡ Ei, vou soltar você. - Sam sussurra. Mas a garota da um rugido sobrenatural, fazendo Sam recuar. Os vampiros começam a acordar.

ㅡ Sam! - Dean puxa o irmão.

ㅡ Corram! - Fred grita ao fundo do celeiro junto com John.

Os três correm o mais rápido que podem para fora do celeiro, a luz do dia ainda estava forte, eles sobem a colina onde estavam os carros. Os três olham para trás sem ver Fred e John.

ㅡ Pai? - Lia grita, logo eles veem John e Fred subirem a colina.

ㅡ Eles não vão nos seguir agora. Vão esperar até a noite. - John disse ao chegar, ele e Fred estão ofegantes.

ㅡ Um vampiro nunca esquece do seu cheiro. - comentou Fred, suspirando.

ㅡ O que diabos vamos fazer agora? - Dean pergunta.

ㅡ Procurar uma funerária. - John diz.

ㅡ Sangue de morto? - Lia pergunta franzindo o cenho.

[...]

Dean fingia arrumar o carro quando uma mulher se aproximou, junto com um homem. Os dois eram vampiros, e aquilo era a armadilha perfeita.

ㅡ O carro está com problemas? - ela pergunta sorrindo - Posso te dar uma carona até a minha casa.

ㅡ Não sou chegado a necrofilia. - Dean respondeu fazendo careta.

ㅡ Hm. - ela diz, dando um tapa no rosto de Dean. O outro vampiro se aproxima olhando ela agarrar o rosto dele e o levanta no ar.

ㅡ Eu normalmente não sou tão amigável até o segundo encontro, mas… - Dean agarra o pulso dela.

ㅡ Você sabe, nós podemos nos divertir. Eu sempre gosto de fazer novos amigos. - ela abaixa Dean até a altura dela e o beija.

ㅡ Agora você está bem encrencada. A minha garota não vai gostar disso. - Dean fala quando a mulher para de beijá-lo.

Uma flecha parte as costas do outro vampiro que estava perto. Um segundo depois, o mesmo acontece com a vampira, que soltou Dean na hora. Sam, Lia aparecem e John e Fred estavam com bestas nas mãos.

ㅡ Isso quase não dói. - a vampira fala.

ㅡ Aguarde, vadia. - Lia para ao lado de Dean pegando na mão dele.

ㅡ Essa flecha está encharcada no sangue do morto. É como veneno para você, não é? - Dean pergunta com um sorriso no rosto.

[...]

ㅡ Joga isso no fogo. Açafrão, repolho e trílio. - John entregou um saquinho para Dean. - Vai ajudar a disfarçar o nosso cheiro e o dela até chegar a hora.

Eles estavam em volta de uma fogueira, Sam e Lia se mantinham atentos com um facão por precaução.

ㅡ Coisinha fedorenta, hein! - Dean cheira fazenda careta.

ㅡ Essa é a ideia. - Fred diz ao lado da filha.

ㅡ Vocês tem certeza que eles virão atrás dela? - Sam pergunta apontando para a vampira amarrada e apagada.

ㅡ Quando os vampiros se casam, é pra sempre. Ela vale tudo pra ele. - John responde.

ㅡ Mas o efeito do veneno vai passar logo. - Fred comentou - Vocês precisam ser rápidos.

ㅡ Meia hora vai servir. - Natália responde.

ㅡ Depois, vocês vão sair daqui o mais rápido. - John fala sério, chamando a atenção dos três jovens.

ㅡ Mas… - Sam acaba sendo interrompido.

ㅡ Vocês não vão poder matar todos. - Dean fala.

ㅡ É loucura, eles são muitos só para vocês dois. - Lia fala encarando o pai e John.

ㅡ Estaremos com ela de vantagem e com o Colt. - Fred fala sem olhar a filha.

ㅡ Mas depois. Nós vamos nos encontrar, certo? - Sam pergunta, mas o silêncio se instala. Fred e John desviam o olhar para baixo.

ㅡ Inacreditável. - Lia comenta negando. - Vai nos jogar pra fora do plano? Depois de tudo?

ㅡ Ainda querem caçar aquele demônio sozinhos. Não podem nos tratar assim. - Sam deu um passo a frente.

ㅡ Assim como? - John pergunta.

ㅡ Como se fossemos crianças.

ㅡ Vocês são nossos filhos, já está decidido. Queremos vocês a salvo. - John fala.

ㅡ Pai, com todo o respeito, mas, isso é um monte de porcaria. - Dean fala calmo.

ㅡ Como é que é? - John pergunta surpreso com Dean.

ㅡ Vocês sabem o que nós três caçamos. Você nos mandou em expedições, não pode estar tão preocupado. - Dean responde firme.

ㅡ É diferente dessa vez. - John olha para Fred que estava calado, os dois escondiam algo e Lia os encarava como quem tentava desvendar.

ㅡ Por que nos manter fora da grande luta? - Dean.

ㅡ Esse demônio é um filho da puta cruel. Achamos que… não vamos sair vivos dessa luta. - Fred diz, ainda evitando o olhar da filha, ele sabe o dom da menina.

ㅡ E se morrerem? - Lia estava pela primeira vez se alterando, finalmente fazendo o pai e John olhá-la. - Vou perder meu pai de novo? Vai deixar seus filhos pela mesma coisa que matou a mãe deles?

ㅡ É para te proteger, Lia. Você não entenderia. - Fred fala com o olhar triste e Lia fica totalmente magoada.

ㅡ Estive pensando. - Dean começou. - Somos mais fortes juntos, em família.

ㅡ Você não vai. - Fred diz para Natália e vira as costas e se afasta.

ㅡ Estamos perdendo tempo aqui. Façam o trabalho de vocês e saiam daqui. - John fala. - Não banque mais a esperta. - John aponta para Lia e segue Fred.

[...]

Dean, Sam e Lia estavam no celeiro dos vampiros libertando os prisioneiros deles, depois voltaram correndo para vigiar a situação de John e Fred com a troca.

ㅡ Como estão? - Dean perguntou tentando olhar entre as árvores por trás de Lia.

ㅡ Até agora tudo certo.

Fred segurava a vampira, Kate. Enquanto John pegava o colt que estava no chão onde o vampiro, Luther, colocou. Antes que John pegasse a colt, Kate se desamarra e soca Fred o fazendo ser jogado contra o carro, ela chuta John que deixa o colt cair.

ㅡ Vamos. - Lia pega uma das bestas e Dean também, enquanto Sam estava com o facão.

Os três saem de trás das árvores para ajudar John e Fred. Lia e Dean acerta uma flecha em dois dos vampiros. Sam tenta acertar Luther com o facão mas o vampiro é mais rápido e desarma Sam, o pegando com um mata-leão. Dean e Lia dão um passo mas Luther os faz desistir.

ㅡ Um passo e eu quebro o pescoço dele. - Luther fala. - Larguem os facões. - ele pedi para Dean e Lia que estavam com as armas em mãos depois que se desfizeram das bestas.

ㅡ Por que não nos deixam em paz? - Luther perguntou com ódio no olhar. - Temos tanto o direito de viver quanto vocês.

ㅡ Eu não concordo. - John fala levantando a Colt e apontado para a cabeça de Luther. O disparo foi feito e Luther cai no chão morto.

[...]

Lia assistia Dean e Sam arrumarem suas coisas, a garota pensava em todas as formas de como aquilo acabaria. Realmente qualquer um podia morrer no final. Mas era um risco, eles eram cinco e o demônio era um só, se pelo menos John e Fred parassem de tentar protegê-los.

ㅡ Crianças. - John e Fred entram no quarto chamando atenção dos três.

ㅡ Sim, senhor. - Dean

ㅡ Vocês desobedeceram uma ordem. - John fala firme.

ㅡ Sim, mas salvamos os dois velhotes ai. Acho que nós… - Natália se levanta nervosa mas é interrompida pelo pai.

ㅡ Estavam certos. - Fred surpreende a filha, Dean e Sam trocam olhares desconfiados.

ㅡ Como assim? - Dean pergunta franzindo o cenho.

ㅡ Vocês tem razão. Somos mais fortes juntos. Mesmo isso trazendo tanto medo para nós. - John fala.

ㅡ Então vamos caçar aquele filho da puta. Juntos. - Lia fala com um sorriso no rosto.