15 de janeiro
General Mercy Hospital
Fazia dias desde que Olivia estava internada no hospital e o mais longe que foi, foi para o tribunal, o que Olivia contava como desvantagem. Desde então, um terapeuta viria diariamente para seu quarto e ajudaria-a com os movimentos de sua perna. E por mais que odiasse esses tratamentos, Olivia não poderia reclamar, já que estava recuperando o movimento de suas pernas.
Em dois dias seria o aniversário dos gêmeos e Olivia estava se crucificando por não poder comemorar com eles, já que os médicos gostariam de mantê-la internada por ao menos uma semana, o que era considerado uma tortura.
"Olá Olivia" disse Karen, a terapeuta ao entrar no cômodo "Como nós estamos hoje?"
"Pity" ela responde sarcasticamente.
Karen sorriu tristemente "Você esta pronta para os exercícios de hoje?"
"Whatever" respondeu.
Para ser honesta, hoje não era seu melhor dia. Olivia apenas queria ser esquecida. Provavelmente estava com um astral baixo por causa do aniversário dos gêmeos, mas não sabia ao certo/
Karen pegou um andador e levou até Olivia "Hoje nós tentaremos andar com a ajuda do andadador, ok?"
Ela assentiu com a cabeça, então sentando-se. Tomou o andador em suas mãos e tentou levantar-se, porém não foi bem sucedida. "Eu não consigo fazer isso"
"Olivia, olhe parar mim" Karen pediu "Depois de tudo que você passou, acha que não pode fazer isso? Você é mais forte do que se dá crédito, Olivia. Pode acha que não consegue, mas eu sei que consegue"
Olivia acreditou no que ouvira. Ela não poderia simplesmente ficar presa a essa cadeira para o resto de sua vida. Reuniu todas as forças de seu corpo e com muito esforço, conseguiu equilibrar-se em suas duas pernas. Suas pernas tremiam violentamente. Era muito peso para aguentarem.
"Muito bem, Olivia. Você acha que consegue dar um passo?" perguntou a mulher.
Olivia pensava que não conseguiria mas nada a impediria de tentar. Arrastou o andador um pouco para a frente e lentamente deu um passo, depois outro, depois outro. Ambas mulheres sorriam. Olivia simplesmente não podia acreditar que depois de tanto tempo, estava recuperando suas pernas.
"Nós podemos parar agora ou tentarmos andar sem a ajuda do andador. O que diz?"
"Vamos tentar sem" Olivia concordou.
"Ok. Esse passo pode ser mais difícil, já que demorará um pouco a conquistar seu equilíbrio, então poderá cair" disse a terapeuta e ela assentiu.
Depois de algumas respirações profundas, foi tirando suas mãos lentamente do andador até conseguir tira-las totalmente.
Estava apavorada de cair, para ser honesta. Era algo super ousado para ela, mas não podia esperar para que andasse novamente. E sua esperança de voltar era tanta que conseguiu dar alguns passos sem perder o equilíbrio.
Elliot estava boquiaberto. não era para qualquer um entrar num quarto de hospital e ver uma pessoa paraplégica andando. Mas ao mesmo tempo não podia parar de sorrir.
Olivia estava exausta. Todo aqueles exercícios realmente acabaram com suas forças, então Karen ajudou-a a deitar-se novamente na cama. Pela primeira vez a presença de Elliot foi notada "Vê, detetive, Olivia esta cada vez mais perto de andar novamente"
Elliot sorria para Olivia, quem sorria de volta "Olivia, eu estarei de volta amanhã" finalizou Karen, então saindo do cômodo.
Assim que apenas os dois estavam no quarto, Elliot sentou ao seu lado na cama, passando seus braços ao seu redor. "Estou tão orgulhoso de você, Liv! É tão bom vê-la andando!" exclamou Elliot.
"É bom estar andando novamente" disse Olivia, ainda incapaz de parar de sorrir.
Depois de Elliot dar-lhe um selinho, Olivia pergunta-lhe "O que nós vamos fazer para o aniversário dos gêmeos?"
"Nós podemos dar-lhe uma festa!" sugeriu ele.
"Elliot, nós estamos em um hospital. Não é um lugar para fazer festas" ela argumentou "Você perguntou o que eles querem?"
"Disseram que queriam passar o dia com você" respondeu.
Olivia suspirou "Mas seria tão triste passar seu próprio aniversário em um hospital"
"Liv, eles não se importam onde estão, apenas em estar com você" disse Elliot.
Olivia assentiu com a cabeça "Você esta certo, mas ainda me sinto culpada por não poder comemorar com eles"
Elliot concordou "Eu sei, Liv, eu sei"