27 de novembro
General Mercy Hospital

Outra seção irritante de terapia Olivia estava. Ainda não tinham ideia onde August e Emily estavam, então veio para o hospital numa inútil tentativa de acalmar sua mente. Ao menos, Porter estaria preso em um jaula onde pertencia pelos próximos dez anos.

Elliot estava com ela, o que era maravilhoso, já que ela não precisaria passar por toda essa dor sozinha. E hoje sua terapeuta sugeriu que ela tentasse dar alguns passos.

"Você esta pronta, Olivia?" perguntou, recebendo apenas um aceno de cabeça como resposta."Ok, então Elliot, vá para seu lado e permita-a que apoie em você"

Elliot lhe fez o que foi dito e assim como a terapeuta, porém de seu outro lado. Ele sussurrou em seu ouvido: "Você pode fazer isso, Liv"

Olivia apoiou-se contra os dois, e fez muito esforço para mexer suas pernas, porém seu sucesso "Eu não consigo fazer isso" ela sussurrou.

"Sim, você consegue, Depois de tudo que já passou em sua vida, deixará que Porter ganhe por não movimentar suas pernas?" questionou Elliot.

Olivia pareceu concordar com Elliot "Não, eu não vou deixá-lo ganhar"

E com isso, reuniu todas as forças de seu corpo e com muito esforço, mexeu sua perna brevemente.

Elliot sorriu "Vê? Eu disse que conseguiria"

Ela sorriu, tentando evitar que lágrimas caíssem de seus olhos. Embora não desse nem um passo pequeno, esse já era um grande progresso.

"Muito bem, Olivia" confraternizou a mulher "Agora, tente dar um passo"

Olivia fechou os olhos, se concentrando ao máximo para levar toda sua força às suas pernas. Era difícil, não podia negar, mas após um bom tempo, arrastou uma de suas pernas pelo chão, e depois a outra. Seus olhos brilhavam de felicidade.

Porém, esses movimentos realmente a cansaram. Caiu em exaustão em sua cadeira de rodas.

Elliot beijou sua cabeça, tão feliz quanto ela. Desde o sequestro de August e Emily, finalmente algo estabilizou-se em sua vida.

"Estou muito feliz com seu progresso, Olivia. Creio que mais alguns meses de terapia e você recuperará o movimento completo de suas pernas" disse a terapeuta, com um sorriso em seu rosto.

Olivia deu-lhe um sorriso franco. A verdade era que estava cansada de ser presa a essa cadeira, de precisar estar acompanhada o tempo todo, caso tivesse dificuldades em subir um degrau ou algo assim, mas acima de tudo, sentia falta de sua liberdade.

Após esse glorioso momento, os dois se dirigiram de volta para a delegacia. Embora Elliot insistisse para que ela fosse para seu apartamento, ela implorou para que fossem para a delegacia. Seu apartamento não era casa para ela sem os gêmeos.

Ao entrarem da delegacia, John foi o primeiro a perguntar: "Então, como foi? Chato como sempre?"

Olivia sorriu "Bem, hoje não foi tão entediante"

Fin levantou uma sobrancelha "Sério? Por que depois de todas as semanas você chegar aqui reclamando o quão chato é, acho difícil o status mudar"

"Não importa se é chato ou não." interrompeu Elliot "O importante é que Liv conseguir dar um passo hoje"

Os dois calaram-se imediatamente. Viram como Cragen chegou por trás deles Eu ouvi corretamente? Liv conseguiu mexer suas pernas? Eu não posso acreditar!"

Ele cautelosamente foi e abraçou-a "Estou muito orgulhoso para você, Liv. Creio que logo você estará caçando os caras ruins novamente"

Fin e John fizeram o mesmo, cada um lhe dizendo uma frase de apoio.

Embora estivesse muito feliz, aqueles movimentos realmente a cansaram "El, pode me levar para o berço? I'm really tired"

Ele acenou com a cabeça e silenciosamente a levou para cima. Pô-la em uma das camas e viu como fechou seus olhos pesarosamente. Saiu e fechou a porta para que ninguém incomodá-la.

Ao voltar para o esquadrão, John o chamou "Elliot, nós prendemos hoje Michael Robinson. Foi ele quem roubou aqueles testes de DNA de Olivia, quem Jeremy Carter acusou a Olivia de ter matado aquelas duas crianças, e se não me engano, ele foi preso cinco anos atrás como um dos estupradores de Olivia,"

Elliot lembrava-se perfeitamente o dia em que Jeremy Carter deu-lhes a lista com os nomes de todos os sujeitos que haviam estuprado sua parceria, que roubaram um pedaço de sua alma, que tornaram-na uma pessoa muito diferente. Inicialmente só queria matá-los! Mas, infelizmente ainda havia alguns deles que estão soltos, que nunca foram pegos, que nunca serão julgados pela dor que trouxeram a vida de sua melhor amiga.

"Vocês já o interrogaram?" questionou Elliot.

"Ainda não" mas mal acabou de falar isso, Elliot saiu em disparada para a sala de interrogatório.

"Michael Robinson? Lembra-se de mim?"

"Como poderia esquecer? Você colocaram-me na cadeia por algo que não fiz" gritou Robinson.

"Por algo que não fez? Você estuprou minha parceira a sangue frio, que também o identificou como um de seus estupradores. Então não venha com essa conversa que não fez nada!"

"Ela queria aquilo" riu "O que vocês querem comigo?"

"A verdade" disse Elliot, depois mostrando-lhe fotos dos corpos dos meninos encontrados "Você matou estas duas inocentes vidas. Por quê?"

Michael riu "Eu fiz isso por causa de Jeremy. Eu não queria sequestra-los, ou muito menos mata-los. Mas era o único jeito de chegar àquela prostituta"

"Prostituta? Você quer dizer Olivia? Ela não é uma prostituta" ranziu Elliot.

"Não? Então por que ela dormiu comigo e todos aqueles homens de bom grado?" indagou Robinson.

"Você e todos os outros forçaram-na! E ela não teve escolha, não podia lutar porque Jeremy mantinha uma arma para sua cabeça!" gritou Elliot.

Michael tinha um sorriso sádico em seu rosto "Você não sabe de bada. Jeremy apenas precisou usar a arma nas primeiras vezes. Na segunda semana, parou de lutar. Embora me deixasse mais excitado quando ela lutava, era satisfatório vê-la sobre nosso poder, nosso controle" provocou.

Elliot não falou nada. Ele odiava ouvir alguém falando sobre o pior momento da vida de sua parceira. Vendo essa reação, Robinson pôs-se a falar: "Eu me lembro perfeitamente da primeira vez com ela. Ainda era selvagem, mas não sabia que eu adorava. Eu rasguei sua roupa, ou o que restava dela. Jeremy não se dava o trabalho de deixá-la com mais que uma calcinha e soutian, quando deixava.

Como ainda era muito rebelde, Carter teve de amarrar seus pés e mãos contra as pontas da cama, algo que não impedia-a de lutar como o inferno. Meu primeiro movimento foi enfiar minha língua em sua boca. A prostituta me mordeu. Não sabia que seria pior para ela.

Para começar meu momento de prazer, enfiei meus dedos dentro dela, até sentir que estava molhada. Você sabe, um homem não pode ter sexo com uma mulher sem que ela queria.

Depois, para minha felicidade, entrei pela primeira vez dentro dela. Inicialmente, fui devagar e manso, sendo que cada vez que entrava e saia dela, recebia um gemido prazeroso.

Então, fui indo mais rápido e mais selvagem, cada vez mais. Ela tentava recuar, mas as cordas a restringiam.

Nosso momento de felicidade não durou muito, no máximo três horas. Mas como eu sou muito próximo de Carter, ele me permitiu que brincasse com seus brinquedos, chicotes, cordas, cigarros e tal. Foi um dos melhores momentos da vida da prostituta!"

Elliot se sentia doente em ouvir como sua melhor amiga foi brutalmente estuprada. Ele queria espancar este cara por trazer-lhe tanta tristeza, e pôr imagens em sua cabeça que ele provavelmente nunca esqueceria.

"Esta foi a primeira vez. Já na segunda vez-"

"Pare!" interrompeu Elliot "Ninguém precisa ouvir suas memórias doentes! Tudo que quero saber é se você sabe ou não onde Jeremy mantêm as duas crianças!"

"Mesmo se soubesse, por que lhe diria?"

"Nós podemos falar com o promotor, que dará-lhe uma pena justa" assegurou Elliot.

"Você pode me mandar para a cadeia para o resto de minha vida, que ainda não trairei Jeremy"

Elliot desistiu. Esse imbecil nunca lhe diria onde as crianças estão. Ignorou os olhares de Cragen, John e Fin, que também assistiram ao interrogatório, e provavelmente sentiam-se doentes como ele, e dirigiu-se para o berço.

Olhou para Olivia, que ainda dormia pacificamente naquela pequena cama. Encarou o armário a sua frente, e num piscar de olhos, enchia-o de murros e socos.

"El? O que aconteceu?" perguntou Olivia, meio grogue.

Elliot olhou para ela, que estava meio sentada na cama. Sentia-se culpado por acordá-la, mas ainda sim quer abraça-la, por tudo que tinha passado.

Caminhou lentamente até ela, dizendo: "Michael Robinson esta em custódia aqui"

Olivia ergueu uma sobrancelha "Quem é esse?" virou os olhos, fingindo não saber que esse sujeito era.

Elliot sentou-se ao seu lado "Você sabe quem ele é, Liv. Ele matou aquelas crianças mês passado, roubou os testes de DNA e especialmente, estuprou-a quando era refém de seu pai" disse-lhe Elliot.

Olivia engoliu um nó na garganta "O que ele lhe disse?" perguntou, sem ousar a fazer contato visual.

"Confessou que matou as crianças, mas também nos contou sobre a primeira vez que a estuprou, detalhadamente" lamentou ele.

Olivia congelou. Com exceção de sua terapeuta, não havia contado a ninguém sobre essas terríveis memórias que a atormentavam até hoje e sinceramente, preferia que morressem com ela "Quem ouviu?" perguntou em um sussurro praticamente sem som nenhum.

"Apenas eu, John, Don e Fin" respondeu Elliot "Eu sei o que você esta pensando, mas nós não a julgamos e muito menos pensamos menos de você, Liv"

Ela não respondeu nada, mas também não permitiu que lágrimas caíssem de seus olhos, embora estivessem marejados d'água.

"It's ok to cry, honey, Através de tudo que esta passando, é um mistério que você não tenha quebrado ainda" disse Elliot, então abraçou-a.

"Eu não sei se consigo seguir em frente" sussurrou, em desespero "Quando finalmente consigo ter minha vida de volta, meu pai vem e ruína tudo novamente" pela primeira vez em dias, uma única lágrima escorreu por sua bochecha. "Eu não posso seguir em frente sem eles"

"Nós vamos tê-los de volta, Liv" assegurou Elliot, abraçando-a ainda mais forte.

"Mas e se for tarde demais? E se apenas os recuperarmos mortos?" indagou Olivia. Odiava ser pessimista, mas não sabia se ainda era possível ter suas crianças de novo em casa.

"Não vamos pensar no pior, ok?" enxugou com seu polegar algumas lágrimas que caíram de seus olhos.

"Deixe-me falar com Robinson" pediu Olivia, depois de algum tempo em silêncio.

"O que? Olivia, você perdeu sua cabeças? Ele não é apenas um estuprador qualquer, é seu estuprador. Você tinha que ver as terríveis coisas que disse sobre quando a violentou." afirmou Elliot.

"Eu não me importo El. Tudo que quero saber é se sabe ou não onde os gêmeos estão" implorou ela.

"Embora não concorde com sua decisão, vamos falar com capitão, e talvez ele permita essa loucura"