The Last Song

Never underestimate me


Quando entrei no estúdio de novo, vi Frank jogando dama com a Sofia

_ EEEE GANHEI! – Sofia gritou, batendo na mesa

_ desisto – ele jogou a peça que estava na mão dele no tabuleiro

_ perdendo de novo para ela Frank? – Sofia veio até a mim sorridente

_ eu sou mais inteligente do que ele – Sofia sorriu

_ é, você tem razão - eu disse rindo

_ hey! – protestou Frank, eu ri mais ainda

_ ok, vamos! Ta na hora – segurei a mão da Sofia

_ vamos – Sofia sorriu para mim – Tchau gente

_ Tchau – todos deram tchau para ela. Estávamos saindo, quando encontro Victória, cacete aquela mulher não ia embora não

_ ainda está ai?

_ você me persegue ou o que? – disse ela séria

_ olá de novo – Sofia falou sorrindo

_ Oi linda – Victória sorriu para ela

_ sabe, eu gostei de você e meu pai também!

_ Sofia! – falei sério

_ desculpa

_ hum... isso é verdade?

_ crianças – sorri falso e cheguei perto dela - ... nem se eu tivesse desesperado eu iria gostar de você – sussurrei

_ eu digo o mesmo – ela sussurrou de volta

_ bem, vamos – puxei Sofia de lá

_ Até amanhã Way – não respondi, aquela mulher me irritava. No carro tive uma conversa com Sofia

_ vamos combinar uma coisa...

_ depende.

_ hey, escuta. Não coloque palavras na minha boca

_ aaa pai, vai falar que você não gostou dela, eu achei ela bonita

_ é ela é bonita... quer dizer... Sofia, fica calada, por favor

_ ok, estou em greve de palavras com você – ela ficou com a cara emburrada e virou para a janela do carro. Chegando em casa, Sofia foi direto para o quarto, sem nem falar com a Maria. Mais tarde eu fui conversar com ela.

_ oi... - não tive resposta – será que a greve de palavras pode acabar agora? - de novo sem resposta – Sofia...

_ ok, a greve acabou – ela virou para mim – pai, posso te fazer uma pergunta?

_ pode

_ como era a mamãe?

_ por...porque você está perguntando isso agora?

_ você nunca fala dela, fala como ela era... hen? Por favor?

_ Sofia ta na hora de você dormir – tentei fugir do assunto

_ você nunca fala, por que?

_ Eu não quero falar sobre isso agora... vai dormir – ela deitou e eu cobri ela

_ eu sou parecida com ela? - ela me perguntou já deitada

_ é - sorri, dei um beijo no rosto dela – boa noite

_ boa noite... pai? – eu virei para ela antes de sair do quarto - eu te amo

_ eu também – encostei a porta. Não gostava de lembrar de Alice, mas era inevitável, Sofia sempre perguntava sobre ela e eu não conseguia responder. Lembrar de Alice ainda me doía.

_ cigarro faz mal – Maria apareceu na varanda

_ ainda não está dormindo? – falei jogando o cigarro fora

_ não consegui... que carinha é essa hen?

_ Alice.

_ Sofia perguntou por ela de novo?

_ aham... já faz tanto tempo, e eu não consigo...

_ eu te entendo, mas não vai doer se você falar sobre ela para Sofia...

_ eu não consigo, eu tento mas... lembrar dela ainda é difícil – falei de cabeça baixa

_ você consegue sim... você tem que continuar com a sua vida, conhecer pessoas novas... isso vai te ajudar – não falei nada, Maria passou as mãos nos meus cabelos fazendo carinho - pensa bem nisso... vou dormir, boa noite.

_ boa noite – fiquei por algum tempo ainda ali, até o sono vir que não demorou muito.

No dia seguinte...

_ Boooooom dia – Sofia pulava na minha cama, me acordando – BOM DIAAAA

_ que animação é essa as... SEIS DA MANHÃ... Sofia por deus – cobri a minha cabeça com o edredom

_ pai, vamos levanta. O dia está lindo! Olha! – ela abriu a cortina do meu quarto

_ vamos fazer um trato... eu durmo mais 10 minutos e você amanhã ta livre pra dormir mais 10 minutos também.

_ está, feito. Mas vamos levanta!

_ se eu acordar agora o trato não vai valer – falei ainda debaixo do edredom

_ ok... - ela ficou em silêncio, não era bom. Mas estava com tanto sono que nem liguei voltei a dormir. Acordei com um som de alguma coisa caindo... - o que...

_ desculpe.

_ o que você está fazendo ai?

_ vendo sua foto com a mamãe

_ Sofia o que eu falei em mexer nas minhas coisas?

_ desculpe.

_ tá, essa passa, vem aqui. - ela subiu na minha cama – você me perguntou ontem uma coisa e ficou sem resposta

_ vai me falar como era a mamãe?

_ aham, sua mãe era linda, que nem você, era geniosa, que nem você – ela riu. Falei tudo, foi bom eu conversar com ela... Sofia sem duvidas era a única razão de eu ainda estar vivo. - agora vai lá pra baixo porque pelo cheiro a Maria ta fazendo chocolate quente

_ verdade, eu pedi pra ela... Mas vou te esperar

_ vai indo primeiro que daqui a pouco eu desço ok?

_ sim – ela me deu um beijo e um abraço apertado – queria ter conhecido ela...

_ e eu queria que ela estivesse aqui agora

_ hey... pai você ta chorando?

_ não.. é impressão sua... vai lá daqui... daqui a pouco eu desço

_ está bem – ela desceu da cama e saiu do quarto. Eu simplesmente desabei... lembrar da Alice ainda era difícil demais. Depois de alguns minutos eu tomei um banho e desci. Depois do café da manhã fui levar Sofia no colégio – você vem me buscar de novo?

_ não... a Maria vai vir... amanhã eu passo o dia todo com você tá?

_ tá... tchau

_ tchau – dali, fui direto pra gravadora – cheguei na hora?

_ chegou. Que milagre é esse? – perguntou Mikey

_ Sofia acordou mais cedo...

_ como se a Sofia fosse culpada de você ser lerdo.

_ cala a boca – Ouvimos a porta ser aberta e Victória entrando com pressa

_ olá, desculpe o atraso...

_ 1 minuto, tinha que ser punida

_ a é, e com que senhor Way?

_ você nem queira saber. - ficamos nos encarando

_ vamos acabar com isso... então Victória, conte o que você ia falar ontem e alguém interrompeu... -Mikey falou isso olhando pra mim

_ bem... Tenho algumas idéias para os próximos shows, que vocês vão fazer logo depois que o CD lançar e elas são... - mesmo não querendo eu não podia negar, ela era bonita. Ta vou ser direto, ela era linda, mas não fazia meu tipo... nem um pouco – então Way, o que você achou?

_ que?

_ ai não – disse Mikey batendo na testa

_ você estava prestando atenção no que eu falei?

_ claro

_ então o que eu falei?

_ haaam...

_ ta não prestou atenção, só fingiu... como sempre

_ a...

_ shiu... continuando... - espera, quem ela pensa que é pra mandar eu calar a boca. Ela terminou de falar.

_ gostei da idéia – disse Ray

_ eu não

_ você nem estava prestando atenção, então não tem direito de opinar em nada – Victória falou

_ mas...

_ shiu

_ eu...

_ shiu

_ e...

_ shiiiu... pronto agora vocês avaliem e me dêem a resposta. E explica a ele o que eu falei – ela saiu, todos ficaram me olhando

_ o que é?

_ shiiiiiu – o resto da banda fez ao mesmo tempo, cruzei os braços e fiquei calado, se eu falasse mais alguma coisa, eles iam me jogar pedras. Eles falavam qualquer besteira, já que Mikey ria escandalosamente, Mikey ria de tudo então não conta, decidi sair um pouco daquela sala, quando vejo Victória falando no celular. Esperei ela terminar para “falar” com ela.

_ Olá Chuck! – apelei para o boneco assassino

_ vai para o inferno! – ela virou para mim, guardando o celular no bolso da calça – o que você quer?

_ qual é o seu problema comigo? Porque me mandou calar a boca?

_ eu não mandei você calar a boca idiota, eu disse só “Shiu”

_ é a mesma coisa...

_ não é não... e eu que te pergunto, qual é o seu problema comigo?

_ todos que você pode imaginar... vamos fazer uma coisa, eu não gosto de você nem você de mim... então porque não dirigimos uma palavra se quer um ao outro.

_ Boa idéia, não sabia que você pensava

_ eu não sou um marionete igual a você, sem cérebro... ah! quer escutar uma piada de loira?

_ ah não!

_ Sabe como se afoga uma loira? - perguntei, ela só negou com a cabeça – cole um espelho no fundo de uma piscina.

_ idiota – ela me deu um tapa – você só tem essa?

_ quer outra?

_ não, obrigada...

_ eu insisto... sabe como os neurônios de uma loira morrem? - ela de novo negou – eles morrem de solidão

_ essa é mais idiota que a outra, chega né.

_ é fácil apagar sua memória... Por que apagar a memória de uma loira é só assoprar o ouvido dela

_ CHEGA! Que inferno! sério, ainda ta pra nascer um cara mais idiota e chato do que você

_ como se você não gostasse – cheguei perto dela

_ se você falar mais uma idiotice – ela agarrou a minha blusa - eu te castro manualmente, eu estou falando sério, não me subestime Way!

_ eu pago para ver – ela me largou e saiu andando. Depois de um tempo, ela saiu falando que ia comprar café. Eu dei graças a Deus, não agüentava mais ver a cara dela.

_ café pra vocês.. e para você Way, um especial

_ não sabia que você era tão prestativa Chuck

_ muitas coisas você não sabe de mim Inútil. - estava desconfiado daquele café, mas bebi mesmo assim, quando eu bebi o primeiro gole

_ mas... o que tem nesse café? - comecei a tossir

_ achei que estava muito doce, e coloquei sal sabe, para tirar um pouco do doce que estava, está bom querido?

_ sua louca, psicopata... -ela chegou perto de mim

_ isso é pelas piadas, espertinho – ela sorriu

_ eu preciso de água - sai da sala, os caras riam alto. Acho que bebi uns 10 copos de água – desgraçada. Loura psicopata.