The Last Song

God! I was dead?


Entramos na sala de parto, deixaram o Gerard entrar, mas só se ele vestisse uma roupa especial. A dor só aumentava cada vez mais. Eu gritava, xingava, fazia qualquer coisa para amenizar um pouco a dor, o que foi totalmente inútil.

_ AAAAAH! TIREM ISSO DE MIM!

_ calma, vamos fazer força no 3 ok? 1...2...3... FORÇA! – fiz toda força que eu pude, até deitar outra vez na maca

_ Eu não consigo mais – Senti a mão do Gerard em minha cabeça, eu fechei meus olhos e sorri – eu não tenho mais...

_ eu estou aqui contigo – ao ouvir a voz dele, eu abri os olhos e olhei para o médico fazendo um sinal positivo com a cabeça e comecei a fazer força – força Vick!

_ AAAAAAAAH! – esgotei, sorri quando ouvi um choro de criança. Tinha conseguido. Senti um beijo em minha testa, sorri. Não sei o que estava acontecendo, senti meu coração começar a acelerar de uma forma absurda. Meus olhos começaram a embaçar, ao fundo eu ouvia a voz do Gerard me chamando, mas estava muito baixa. Depois de um tempo só vi tudo preto. Deus! Eu estava morta?

Gerard’s POV

Foi tudo muito rápido, Vick estava bem e de uma hora para outra ela estava passando mal. Parecia que tudo estava acontecendo de novo.

_ Vick? Vick? – eu chamava por ela, ela desacordou. A única coisa que eu pude pensar era, ela estava morta! Eles me tiraram dali de dentro a força – espera espera espera... – me deixaram do lado de fora, pensando o pior. Respirei fundo e fui até aonde os garotos estavam me esperando.

_ então? – Mikey perguntou quando me viu chegando

_ ele nasceu, mas a Vick começou a passar mal logo depois e... eu não sei o que está acontecendo lá dentro agora – Mikey me abraçou, sabia muito bem o que eu estava pensando.

_ ela vai ficar bem... Vick é forte! – concordei com a cabeça, ouvimos a voz do Frank, olhei para trás e vi ele e o Ray vindo com uma “bandeja” com dois copos da StarBucks

_ pensei que ia demorar mais. Que cara de enterro é essa? – Mikey olhou para mim – gente, o que está acontecendo?

_ Bem, a Vick passou mal depois do parto e... a gente não sabe o estado dela ainda – disse Mikey sério

_ A Vick sai dessa... Toma, vai melhorar – Frank me ofereceu o copo, olhei sério para ele – que? Você adora café e te relaxa

_ Frank – disse Ray baixo, peguei o copo da mão dele e bebi um pouco, é ele tinha razão aquilo ia me relaxar, eu acho

_ bem agora é esperar – disse Mikey sentando numa cadeira ali perto.

2 horas depois.

Eu acabei dormindo ali na sala de espera, sentado na cadeira

_ Gerard?

_ Ham?

_ estamos indo pra casa, você vai junto?

_ Não Frank, eu vou ficar aqui até poder visitar a Vick

_ tudo bem, qualquer coisa liga ok? – concordei, ele sorriu, acenou e saiu dali. Eu continuei ali, esperando alguma noticia, boa, de preferência.

Victória’s POV

Abri meus olhos e dei de cara com o excesso de claridade neles, fechei de novo. Quando abri outra vez, já acostumada com a claridade, vi que estava ainda no hospital. Olhei para os lados e não vi ninguém, o que me deixou desesperada. Para tentar me acalmar eu tentei voltar a dormir de novo e esquecer que eu estava sozinha num quarto de hospital cheio de agulhas e fios em mim, que merda! Passou alguns segundos e eu só fiquei de olhos fechados mentalizando alguma coisa para me distrair, quando eu ouvi uma voz bem conhecida perto de mim, era ele.

_ eu fiquei com tanto medo de te perder – ele passava a mão no meu rosto

_ não perdeu – sorri e abri meus olhos – oi

_ oi – ele sorriu

_ eu ainda estou cansada, você acredita? – ele riu, eu soltei uma risada fraca – como ele é?

_ bem, ainda não vi ele direito. Mas bebe tem a mesma cara, não dá para diferenciar e – dei um tapa nele – que? Eu estou falando sério

_ cala a boca – eu sorri

_ arrume um jeito para fazer isso? – eu mordi meu lábio

_ estamos num hospital, e você está me fazendo ter vontade de fazer coisas proibidas num hospital, shiu

_ já disse, arrume um jeito para calar? – ele deu um sorriso de canto de boca. Droga, porque ele tinha que fazer aquilo, ele era um idiota, sabia que era irresistível

_ me beija logo e para de ladainha – ele riu e me beijou. Eu fiquei com tanto medo de ir e não provar mais aquele beijo, meu deus, obrigada por me deixar ainda aqui. Ouvimos a porta ser aberta, nós dois olhamos para ela e estava a enfermeira vindo com uma espécie de carrinho, sei lá

_ Olá gente, tem alguém aqui que está com saudade da mamãe – eu sorri, a enfermeira o colocou em meu colo. Gerard era um palhaço, era claro que ele já tinha alguns traços... Dele – ele já tem um nome?

_ Arthur – sorri pegando na mãozinha dele – né meu amor?

_ para de mimar o garoto, ele vai ficar mal acostumado

_ shiu, calado. Liga para o seu pai não, ele é bobo

_ Vick! – eu ri

_ viu como ele é bobo – eu ri outra vez – quer segurar ele?

_ não, eu sou desajeitado, depois, talvez

_ ok, você que sabe

_ bem, eu tenho que levar o pequeno Arthur de volta, mais tarde ele volta mãe – a enfermeira sorriu, eu entreguei ele para ela, ela colocou ele de volta no “carrinho” e saiu do quarto. Olhei pro lado e vi o Gerard olhando para a porta

_ que foi?

_ Arthur já está se dando bem desde agora e AI! – dei um tapa forte nele – que?

_ aproveite que eu estou desabilitada a te espancar, seu safado – ele riu – ri agora, vai ver quando eu chegar em casa

_ o que vai fazer?

_ te abusar sexualmente – ele me olhou assustado – é bom mesmo você se assustar

_ ciumenta

_ vai atrás da enfermeira então – fiquei emburrada, ele segurou meu rosto e me beijou outra vez. Não preciso falar que eu esqueci completamente do ciúme né? Maldito homem que beijava bem.