P.O.V Autora Gente, vai ter uma música nesse capítulo, e como eu sei que é super chato a música ficar carregando enquanto a gente lê, vai adiantado pra vocês! Boa leitura! [Música: http://www.youtube.com/watch?v=3XHDZCZDh_M&NR=1]

PS: como o vídeo é acústico e eu não encontrei outro melhor, tem umas falações no início e no final do vídeo. Primeiro é o Harry apresentando a banda (Danny, Dougie e Tom) e dizendo o que cada um vai fazer: Danny e Tom no violão e Dougie só como segunda voz (muito engraçada a careta que ele faz!). Enfim, beijos!

P.O.V Nick

Então ela saiu pela porta de vidro levando consigo a minha felicidade, mas deixando aqui comigo, em troca, a segurança de que era recíproco.

Assim que ela deixou a porta pra se fechar sozinha, a porta do quarto se abriu e dela saiu um Locke muito assanhado e com a cara inchada. Eu ri.

- Qual é?

- Sua cara está impagável! Imagina se a Macy vir isso. – Eu gargalhei. No momento que eu calei a boca ele se arrumou, ajeitou o calção – única peça que usava – e arrumou o cabelo. Eu ri ainda mais.

- Cala a boca seu otário. Que cê tá fazendo aqui fora? – Acho que fiquei branco. Como a Mel disse eu não queria responder a perguntas, não agora.

- Perdi o sono. Mas já tava entrando. Por quê?

- Levantei e não te vi no beliche.

- Já to indo mamãe. – Risos – Vamos.

Entramos no quarto, ele se jogou no beliche deixando uma perna pendurada pra fora da cama e eu me deitei no meu. Pensava em quão maravilhosa havia sido minha madrugada. Sem perceber, peguei no sono e sonhei com quem sempre desejei sonhar. Melanie.

.........

Acordei e vi que não tinha mais ninguém no quarto. “Droga” Dormi demais. Tomei um banho rápido, coloquei a primeira roupa que vi e corri pro salão.

.........

Cheguei lá e a gangue – incluindo as meninas – já estava reunida. Claro. Corri meus olhos pela mesa, procurando algum sinal da garota mais linda do mundo, mas não a encontrei. Meu primeiro instinto foi correr e perguntar onde ela estava, mas me contive e me aproximei lentamente da mesa.

- Bom dia galera.

- Bom dia dorminhoco. – Macy falou. – Já estávamos perguntando se você se combinou com a Mel pra acordar tarde... – Risos.

- Mel? Cadê ela? – Não aguentei e perguntei.

- Serve essa? – Ela falou atrás de mim. Eu confesso que me assustei e dei um pulo – o que fez todos na mesa rirem -, mas vê-la foi a melhor coisa da minha manhã. Sorri, ela também.

- Tá. Vou pegar minha comida. – Pra quem fica curioso, a “cantina” do Fresh Air é como a lanchonete das escolas de filmes, que é igual às da realidade, pelo menos na minha escola. Você pega uma bandeja, coloca tudo que for comer e volta pra mesa. Foi o que eu fiz. Quando cheguei na mesa, percebi que tinha um lugar discretamente reservado pra mim ao lado dela, ideia que me fez sorrir. Sentei e comecei a comer.

Depois de acabar, fiquei conversando completas besteiras com a minha galera. Não sei quanto tempo depois, mas sei que aconteceu eu fiquei omisso na conversa e me pus a pensar, lembrar, pra ser mais específico, de ontem. Só acordei quando alguém perguntou:

- Nick, tá pensando em que? – Nesse momento tive uma das ideias mais loucas da minha vida.

- É isso. – Sussurrei. – Mel, vem cá. – Peguei-a pela mão e me levantei da mesa ouvindo risadinhas atrás de nós e algum palhaço, que reconheci como o Pete, dizendo:

- Não leva ela pra muito longe Nicholas. – Depois ouvi um baque surdo, o que devia ser um soco dado pelo Tyler. Achei bem feito, mas não me voltei para olhá-los, apenas segui minha intuição e imaginação.

........

Puxei-a – literalmente – até a sala de instrumentos, não me importando com o que as pessoas que olhavam pensavam. Chegando lá, as portas estavam abertas – graças – e não havia ninguém dentro. Melhor ainda. Puxei um banquinho pra ela se sentar.

- Senta aqui. – Falei e fui buscar o violão, que depois do meu, era meu preferido – de lá.

- Nick?

- Não, não. Senta. – Falei sorrindo. Apesar de perceber que ela estava receosa, ela sentou-se e esperou sorrindo a conclusão da minha loucura.

- Não é minha, mas diz tudo... – Falei isso e comecei a cantar: It's all about you (it's all about you) It's all about you baby It's all about you It's all about you

É tudo sobre você (É tudo sobre você) É tudo sobre você baby É tudo sobre você (É tudo sobre você) Sobre você Yesterday you asked me something I thought you knew So I answer you with a smile, it's all about you Ontem você me perguntou Algo que pensei que você sabia Então te disse com um sorriso "É tudo sobre você"Then you whispered in my ear and you told me too Said you'd make my life worthwhile, it's all about you Então você sussurrou em meu ouvido E me disse também Disse "Você faz minha vida valer Então é tudo sobre você" And I would answer all of your wishes If you asked me to But if you deny me one of your kisses Don't know what I do E se você me pedisse qualquer dos seus desejos eu realizaria Mas se você me negasse um dos seus beijos Não sei o que eu fariaSo hold me close and say three words like you used to do Dancing on the kitchen tiles, Yes you make my life worthwhile So I told you with a smile It's all about you Então, abrace-me forte E diga três palavras como você costumava fazer Dançando nos azulejos da cozinha É tudo sobre você It's all about you (it's all about you) It's all about you baby It's all about you (it's all about you) It's all about you baby...

É tudo sobre você (É tudo sobre você) É tudo sobre você baby É tudo sobre você (É tudo sobre você) Sobre você

Terminei a música, respirei fundo e olhei pra ela. De início não entendi sua expressão, mas depois entendi que ela estava meio pasma com aquilo tudo. Botei o violão do chão e olhei de novo pra ela.

- Bom... Eu sei que é meio louco e muito rápido, mas é assim que eu me sinto. – Sorri torto. Ela, ainda calada, sorriu estranha. – Mel?

- Foi... Foi lindo! – Enfim conseguiu falar. Uma lágrima desceu pelo seu rosto.

- Mel? – Me levantei rapidamente e me aproximei limpando a lágrima em seu rosto.

- Ah, não é nada. Me emociono fácil. E isso... Isso foi... – Ela não terminou com palavras, mas com um gesto. Me abraçou forte, como eu havia feito de madrugada. – Obrigada. – Disse mordendo o lábio. Eu sorri.

Ficamos um tempo ali, abraçados, acho que apenas alguns segundos, porque ouvimos alguém batendo palma. Olhamos e percebemos que não era só um alguém. Eram vários. Todos estavam lá. Macy, Kia, Haiden, Annie, Locke, Paul, Clarck, Pete (PETE!), Tyler – que me olhava com uma cara estranha, Bryan, até mesmo Bryan estava lá. Minha nossa! Estamos...

- Vocês estão encrencados. – Disse Locke. Eu já imaginava.

- Han?

- Como vocês ousam... Estar ASSIM e não nos contar? – Kia.

- Ah Mel, foi lindo. Não sabia que cantava Nick. – Annie falou e Haiden concordou.

- Nossa. Foi meloso. Mas foi bonito cara. – Pete disse.

Tyler só fez uma careta pra mim e pra Mel e depois sorriu.

.........

Nós dois, ambos vermelhos, fomos escoltados de volta para o salão com uma parada básica e uma separaçãozinha rápida. As meninas puxaram Mel pra um canto, eu já podia imaginar o que aquelas mentes férteis iriam perguntar. Mas estava mais preocupado com o que Tyler iria falar. Me preparei para o pior.

- Então... Você a Mel né? – Ele perguntou com cara de psicopata e os outros me olharam curiosos.

- É. – Me limitei a responder.

- Desde quando? – Perguntou.

- Desde... – Pensei, quando havia sido? Ontem ou hoje? Ele iria me matar de qualquer jeito. – Ontem. – Ele levantou uma sombrancelha e Locke entendeu. Eu tava ferrado.

- AAAAAAAAAAAAAAAAH! Por isso que você tava lá fora naquela hora que eu levantei. – Olhei pra ele com cara de: Cala a boca, grandão! Mas ele não entendeu. – Tomar um ar. Sei... – E me olhou com cara de pervertido.

- Lá fora? – Perguntaram. Antes que alguém inventasse coisas eu me meti.

- Foi sim. Ontem, eu não tava conseguindo dormir e resolvi tomar um ar – Falei olhando pra Locke – De verdade. Mas quando cheguei lá fora, ela estava lá também. Começamos a conversar e... Rolou.

Uns sorriram largamente. Outros – mais especificamente Peter e Tyler - fizeram careta. Sorri.

- É melhor cuidar bem dela Nick. Ou vai se ver comigo. – Ele falou se virando pra ir embora. Eu não aguentei e falei:

- Vai fazer o que? – Gargalhei. Ele se virou com cara de cão raivoso, me olhando como se pudesse me fuzilar e voltou em minha direção. – Opa. É minha deixa. – Disse e saí correndo e rindo muito.

.........

Enquanto eu fugia de uma morte certa eu as vi. Conversando num canto, pulando e gritando que nem galinhas. Mel estava no meio, séria, feliz? O que era aquilo? Diminuí o ritmo percebendo que nada havia atrás de mim e fui me meter. Eu tenho que rever meus ânimos, to pedindo pra ser morto. Culpa da Mel. Sorri.

- Licença meninas. Posso roubá-la? – Perguntei sorrindo malicioso. Ela sorriu também.

- NA...

- Já era... – Interrompi. Puxei-a pelo braço e saímos correndo dali.

.........

Quando chegamos a um lugar seguramente distante dos dois bandos paramos, sentamos na grama e começamos a rir.

- Ah. Muito obrigada. – Ela falou entre risos e arfadas.

- É. Aproveite enquanto não estou morto.

- O que?

- Eu também provoquei Tyler. As garotas eu posso agüentar unhadas e tapas, mas o TJ tem músculos pra me bater. – Ela riu depois ficou séria.

- Quem ele pensa que é?

- Seu irmão mais velho? – Ele me fuzilou – Tá. Seu melhor amigo desde fraldinha. – Falei sorrindo.

- Você tá que tá. Que houve? – Perguntou sem se aguentar e sorriu também.

- A culpa é sua!

- Minha culpa? Ah tá bom! – Ela deu um soco leve no meu braço.

- Sério. – Ela riu jogando a cabeça pra trás.

- E porque seria minha culpa? – Fez uma carinha de anjo que, sinceramente, combinou perfeitamente com ela. Com aqueles olhos... Ah Mel! – Hein?

- Porque você me fez ficar assim. Não é motivo bastante?

- Não. Não é! – Falou deitando e me puxando junto.

..........

Ficamos lá por um tempo, conversando e rindo bastante. Tudo muito fácil. As coisas se desenrolavam sem esforço algum.

.........

Quando percebemos que já estava na hora do almoço resolvemos voltar para o salão, apesar de não estarmos com fome. Queríamos achar graça da cara de nossos amigos que, possivelmente, ainda não estavam acostumados com a situação.

.........

Chegamos ao lugar e como de praxe seguimos – de mão dadas – para a nossa mesa. Eles, como esperávamos, ficaram... Boquiabertos com a cena. Rimos bastante.

........

Depois de almoço básico – da minha parte e de Mel – ficamos na mesa conversando bastante, escutando perguntas meio indiscretas, principalmente da parte de Locke, Pete, Macy e Kia – que parou quando percebeu as caretas que Tyler fazia. Pra nossa sorte ou azar, o Diretor do acampamento, Sr. Isaac Rhyk começou a falar:

- Hum. Boa... – Olhou no relógio – Tarde campistas. – Sorriso – Hoje temos alguns avisos pra vocês. Amanhã teremos a disputa de corrida entre os chalés pela manhã. A tarde será a prova de natação e canoagem no rio. – Falou e ouvi alguns campistas perguntarem qual o rio. – Essa canoagem será realizada no rio que fica atrás do terreno do Fresh Air. – Sorriso – Lembram da surpresa que falei na reunião de Boas Vindas? Foi aberta uma passagem para esse rio na parte de trás do local – Vivas dos campistas – Mas é estritamente restrita a passagem de campistas sem autorização ou fora de horário de provas do Camp. - Vaias – A passagem será guardada pelos vigias do acampamento. O que me lembra... Fui advertido da presença proibida de campistas fora dos chalés após o toque de recolher. Por favor, obedeçam às regras, pois se encontrarmos os responsáveis e engraçadinhos que burlam as regras, teremos que mandar para casa. Obrigado, podem voltar às suas atividades normais. – Sorriu e saiu com sua cadeira de rodas pela rampinha.

Olhei pra Melanie tentando reprimir um sorriso. Sabia que ele havia falado sobre nós, sobre ontem... Hoje. Ah sei lá!

Ela me olhou também e riu, também havia entendido.

.........

Depois de termos saído de lá. Fomos andar pelos jardins do Fresh, só eu e Melanie. Resolvemos ir até o local onde foi aberta a passagem pro rio. Como avisado pelo Sr. Rhyk, a entrada/saída estava vigiada por um segurança numa guarita. Assim que nos viram eles ficaram tensos, talvez pensassem que fôssemos querer sair a qualquer custo. Sorri.

- Não queremos sair Pietro. Só olhando. – Falei e ele relaxou. Pietro era relativamente novo no Fresh Air, ele havia entrado ano passado e talvez ainda não tivesse tão acostumado com o comportamento dos “anjos” do Fresh Air. Longa História...

Ele sorriu de volta e falou alguma coisa com os outros homens e voltaram às suas posições. Tentamos olhar pelo portão, mas era totalmente fechado. Desistimos e fomos andar pelo lugar. Eu havia me esquecido que era realmente enorme, digo enorme mesmo. Imagine um terreno com 50 km², cercado e preenchido por jardins, com doze chalés em forma de “U” no meio e várias construções ao redor, sala de reuniões, sala de música, sala de jogos, piscina, uma quadra, uma pista de atletismo média e outras coisas.... Essa é uma área isolada depois da cidade de Tuscon, perto do território do Colossal Cave Mountain Park, junto dos rios, uma região muito agradável.

..........

Já estava anoitecendo e nós ainda estávamos lá, no gramado, sentados e conversando bastante. Ela não parava de falar, mas eu não tinha do que reclamar, ela ficava tão linda falando, me contando sobre ela. Sim! Foi o momento que nos conhecemos melhor, pude saber algumas coisas que não sabia...

- Ah Nick?

- Hum?

- Sobre o violão, quando começamos? – Ela sorria, não pude deixar de sorrir também. Olhei no relógio, já marcavam 19h30min.

- Amanhã. Depois da prova de corrida. – Sorriso

- Tudo bem. – Ela falou e bateu palmas, parecia uma criancinha quando ganhava doce. – Que horas são?

- Sete e meia.

- Vamos?

- Vamos. – Me levantei e dei a mão pra ajudá-la. Ela a pegou e seguimos assim, de mãos dadas para o salão.

...........

- Nossa! Só o que fizemos hoje foi comer e conversar. – Ela falou séria. Eu gargalhei.

- É verdade. Mas pense bem... Estaremos preparados amanhã.

- Pra quê? – Ela estancou e olhou pra mim confusa. – Eu ri.

- Eles com certeza me botarão pra correr. Sou o mais rápido sabe... – Falei sorrindo.

- Ah. E muito humilde também.

- Você é rápida?

- Por quê? – Sua cara era de espanto agora.

- Melhor que não seja... – Falei e saí andando.

- Nick? Ah qual é! Por quê? FALA! – Apenas gargalhei e continuei. Ela vinha atrás de mim desesperada, me perguntando sempre POR QUÊ. Até que desistiu, pegou minha mão e seguiu calada.

.............

Mais uma vez naquele dia, fomos para “O Grande Salão” jantar. Ninguém merece. Foi isso o dia todo. Nossa!

..............

Estávamos nós, decidindo quem representaria os dois chalés na corrida de amanhã.

- O Nick é rápido. – Ouvi alguém falar. Eu sabia que sobraria pra mim...

- O John também. – Sorri ao pensar que não correria.

- Então coloquem os dois. – O sorriso se desfez.

- Como?

- Disseram que seriam dois de cada aliança. Temos aqui os dois mais rápidos.

- Mas... – Uma voz feminina. – Deveria ter uma menina também.

- Vocês ficam com a natação. – Ouvi também um tumulto, mas esse logo encerrou.

Eu estava completamente entediado. Quer dizer... Se eu não estivesse olhando para a garota mais linda do mundo que estava sentada na minha frente, eu já teria morrido de tédio. Mas ela era o que me segurava aqui.

De vez em quando ela encontrava meu olhar e sorria. Eu sorria também. Depois ela se distraía com as meninas, conversando sobre várias coisas que eu não prestava muita atenção, mas parecia ser sobre roupas. O que me lembra... Eu não falei como ela estava linda hoje né?

Ela usava um short curto preto, um tênis verde limão, que eu me arrisquei a olhar uma ou duas vezes e desisti. Sinceramente, como ela usava aquilo? Dava dor nos olhos. Sorri. Usava também uma blusa preta com uma lua na frente, do tipo folgadona... Eu não sei como elas chamam isso. Eu hein. Não ligava muito pra roupas, ainda mais de garotas... Mas a Mel é tão... Espontânea. Ela demonstra isso até nas roupas.

P.O.V Autora Gente, vai ter uma música nesse capítulo, e como eu sei que é super chato a música ficar carregando enquanto a gente lê, vai adiantado pra vocês! Boa leitura! [Música: http://www.youtube.com/watch?v=IFVUe9QO62U]

ps: só botem pra tocar quando eu avisar!

................

- Então? Já se decidiram? – O senhor Rhyk falou. Todos afirmaram com as cabeças. – Botem em papéis e me tragam. – Arranjamos um pedaço ridículo de papel e botamos o meu nome e o do John. Sim, ficou decidido que nós dois correríamos pelos chalés 4 e 5 amanhã.

Todos o fizeram e entregaram ao senhor Rhyk. Ele repetiu os nomes:

- Chalés 2 e 7: Lucas e Patrick. Chalés 3 e 6: Liza e Gabreel. Chalés 8 e 9: Amanda e Pyne. Chalés 4 e 5: Nicholas e John. Chalés 1 e 12: Giulia e Aston. – Eu fiz uma careta. Inevitável. – E, por fim, Chalés 10 e 11: Ashley e Thomas. – Uma pausa. – Todos de acordo? – Dissemos um sim em uníssono. – Ok. Agora vamos às cores e posições. As equipes serão divididas em cores. Um representante de cada união aqui na frente, por favor. – Um de cada equipe se levantou sem demora.

Eu não queria ir, mas fui forçado. John era muito envergonhado. “Eu mereço.” Levantei e fui lá pra frente. Tinha uma urna com seis papéis dentro.

- Cada papel contém a cor do time e a posição que irão ficar. – Senhor Rhyk falou. – Representante dos chalés 1 e 12, aqui na frente. – É claro que o representante desses chalés era o Aston. Ele passou por mim com um sorriso quase que macabro no rosto. Eu não me intimidei. Pôs uma mão na urna e escolheu um papel:

- Cor: Azul. Fileiras 3 e 7. – Ele disse sorrindo. Escutamos os gritos de alegria dos chalés 1 e 12. Assim se seguiram em ordem até chegar a mim. Assim que disseram “Representante dos chalés 4 e 5” Gritaram e bateram palmas pra valer. Bando de otários. Olhei pra ele e sorri. Botei a mão na urna e fiz o mesmo que todos.

- Cor: Branca. Fileiras 1 e 5. – Mais gritos e urros. Sorri e desci com o papel na mão.

Depois dessa besteira toda – que finalmente acabou -, o jantar foi encerrado de verdade e pudemos ir pra nossos chalés. É claro que os caras não foram. As meninas já estavam de agonia com as conversas idiotas que eles tinham e se pronunciaram:

- Nós já vamos garotos. Até amanhã. – Macy disse e as outras concordaram. Olhei pra Mel e ela deu um sorriso amarelo de desculpas pra mim. Estava cansada daquela besteira também. Pronunciei um “tudo bem” sem emitir som nenhum e ela sorriu.

Elas se despediram de nós, com um beijo em cada respectivo par. Percebi pelo canto do olho Haiden sorrir pro Mike e ficar vermelha. Hum. Preciso descobrir o que foi isso. A Mel ainda estava com uma das mãos em meu ombro. Ela percebeu também. Olhou pra mim e sorriu. Retribuí. Eu não conseguiria ficar longe dela, então decidi rápido o que fazer.

- Hey caras. Eu vou acompanhar as meninas até o chalé. Volto já. – Disse e eles olharam desconfiados pra mim. – A única que me interessa é essa aqui ok? – Disse apontando e pegando a mão da Melanie. Sorrindo, fomos pra fora do lugar.

................

Estávamos de mãos dadas caminhando um pouco atrás das quatro serelepes companheiras de quarto da Mel. De vez em quando elas olhavam pra trás e pronunciavam baixinho: Que fofos!

Toda vez que isso acontecia nós caíamos na gargalhada. As coitadas olhavam pra trás sem entender nada.

...............

Chegamos, mais uma vez, em frente ao chalé 4, nos despedimos das quatro e ficamos pra... Despedir-nos um do outro. Ah. Você entende...

- Então... Você vai correr amanhã. – Ela disse sorrindo.

- Eu falei que sempre sobrava pra mim. – Falei sorrindo também.

- Não. Você falou que eles com certeza me botarão pra correr. – Falou tentando imitar minha voz. - Sou o mais rápido sabe... – E fez uma pose de... Machão. Eu não me aguentei e ri. Bastante.

- Eu não disse isso. – Falei rolando os olhos.

- Não? Tá bom. Você tava se achando. – Disse me dando um tapa de leve. Sorri ainda mais.

- Tá. Mas eu num tava certo? – Levantei uma sobrancelha. Ela sorriu, depois ficou séria.

- Que curiosas. – Falou olhando pra trás. – Vem. – Pegou minha mão e me levou pra longe da porta.

- O que?

- Elas estavam escutando a conversa. – Falou cruzando os braços, com raiva. Ela fica mais fofa ainda com raiva. Eu ri alto. Ela me fuzilou com o olhar. Parei de rir.

Tive uma ideia. Ultimamente ando cheio de ideias né? Olhei pra trás e pude perceber três – de quatro - cabecinhas espiando pela porta de vidro.

PLAY NO VÍDEO!

- Que tal se elas espionassem isso aqui. – Falei acabando a distância entre nós.

Beijei-a com toda a vontade que me dominava. Foi intenso. Como um vulcão em erupção. Suas mãos estavam em meus cabelos, me puxando pra mais perto. As minhas viajavam por suas costas, às vezes levantando sua blusa. Quando me dava conta disso, eu me acalmava. Mas era quase impossível com ela ali, em todo lugar. Continuamos em nosso beijo apaixonado. Agora suas mãos também subiam e desciam por minhas costas. Estávamos passando um pouco do limite por hoje. Mas... Minha nossa! Eu não conseguia ser o Nicholas sensato nessas situações. Eu estava perdidamente apaixonado por ela. Tudo era em seu favor. Tudo era pra ela. Eu a amo. Mas um nível a mais disso é errado... Muito errado.

Eu continuava a beijá-la perdendo a noção do normal, do certo. Era viciante, eu estava viciado... Seus lábios macios roçando nos meus... Suas mãos pequenas em minhas costas, me arranhando por cima da camisa... Suas tentativas ofegantes de respiração eram inebriantes. Quando mais eu tentava me separar dela, menos eu queria... “PARE!”

Quando nos separamos, arfantes, foi quase impossível me segurar para não beijá-la novamente. Seus lábios inchados e macios eram... Viciantes? Sim! Eles eram.

Ela abriu os olhos. E mais uma vez eu me vi perdido naquela visão. Eram tão azuis, tão claros que chegavam a parecer brancos. Quanta beleza numa pessoa só.

- Tenho que ir. – Ela falou quebrando o silêncio. Ela sorria de uma forma tão acolhedora, que pela primeira vez, não doeu a ideia de deixá-la ir. Sorri também.

- Queria que o dia nunca acabasse. Só assim eu estaria sempre com você. – Disse pegando suas mãos e entrelaçando nas minhas. Ela me olhou e seus olhos pareceram encher de lágrimas.

- Ah Nick. – Disse e me abraçou forte. Nesse momento eu agradeci mentalmente a meus pais por terem me “forçado” a vir. Se eu não tivesse vindo... O que seria de mim sem ela? Mel. “Minha Mel” Ousei pensar.

- Minha Mel. – Sussurrei, esperando que ela não ouvisse. Não sabia o que pensaria... Ah. Eu a amo tanto. Ela olhou pra mim, sorriu e nos separou, deixando apenas nossas mãos juntas.

Olhou para elas. Olhei também. Reparando o contraste que não contrastava tanto. Tínhamos quase o mesmo tom de pele. Ela chegava a ser mais branca... Mas o que diferenciava eram os tamanhos. Sua mão era tão pequenina que cabia dentro da minha... Ou quase. Sorri.

- Ficamos bem assim. – Eu disse rindo.

- É. Ficamos. – Ela olhou pra mim e sorriu. Chegou perto, ficou na ponta dos pés e colou nossos lábios num beijo rápido. De despedida. – Tenho que ir. – Disse e foi. Entrou pelas portas e desapareceu na escuridão do chalé.

Engraçado. Nunca tinha percebido que ela ficava na ponta dos pés pra me beijar. Sorri.

- Baixinha.

Segui para o que agora parecia estar ao contrário. Meus amigos já não eram mais tão acolhedores quanto àquela garota. Aquela que eu ouso chamar de minha.