The Humans In Aaa
Another dimension
POV - May
– Cara, acorda. - Fionna me cutucava bruscamente - São duas horas da tarde, precisamos ir ao reino doce.
Abri meus olhos lentamente. A iluminação do quarto fez com que eu cobrisse novamente a cabeça.
– Acorda logo. - Fionna tirou o edredom, o qual eu me cobria, e jogou-o no chão.
– O que? Por que temos que ir ao reino doce? - Perguntei, levantando-me aos poucos.
– Gumball tem uma coisa para nos contar, ele descobriu algo sobre Ice Queen.
– Ah, certo. Nikoru já acordou? - Perguntei, procurando a menina de cabelos negros.
– Faz tempo. - Fionna deu de ombros - Ela e Cake resolveram esperar lá fora.
Caminhei lentamente até o guarda-roupa e vesti uma blusa preta sem estampa. Eu já estava de calça jeans então foi só necessário colocar meu all-star.
– Vamos May - Chamou Fionna.
Assim que chegamos no castelo, Gumball nos recebeu como sempre, mas por algum motivo ele estava um pouco mais frio comigo. Soltei um leve suspiro e tentei prestar atenção no que ele dizia.
– Eu consegui fazer contato com outra dimensão, que vocês chamam de mundo real, mas parece realmente muito longe. Eu preciso ter certeza que o portal está funcionando, por isso vou tentar teleportar alguma coisa de lá para o nosso mundo.
Gumball me encarava com uma expressão séria e desviava no mesmo instante. Eu estava confusa e ao mesmo tempo irritada, o que havia de errado com ele?
– E o que você vai tentar teleportar? - Perguntou Fionna pensando em coisas pequenas, talvez como um anel.
– Eu não sei, ele vai teleportar qualquer coisa que estiver à sua frente. - Gumball direcionou-se à máquina, já cobrindo seus olhos com a blusa. -Cubram os olhos também, o portal tem uma voltagem de luz muito alta, e pode até mesmo cegar.
Nós obedecemos o príncipe. Todos presentes no local cobriram seus olhos e esperaram que Gumball apertasse o botão e o portal pudesse teleportar tal objeto. Apesar de não conseguir enxergar, senti uma luz ofuscante em minhas pálpebras.
E então todo o comodo se desintegrou, o portal possuía uma força que fez com que todos fossem arremessados.
– Podem abrir os olhos agora. - Disse Gumball se aproximando do portal.
Assim fizemos, quando abri meus olhos não podia enxergar absolutamente nada, minha visão estava embaçada e escura. Mas logo a imagem foi se formando.
Algo caiu de impacto no chão, uma espécie de tiara cor de rosa, pela qual Nikoru foi ao encontro. Ela rapidamente reconheceu o pequeno objeto.
– É a minha tiara! - Ela disse em um misto de confusão e alegria.
POV - Nikoru
De súbito, coloquei a mesma em meus cabelos, puxando minha "quase franja" para trás.
– Que tal? - Sorri, enquanto fazia pose para meus amigos.
Todos riam da minha testa aparente, e das caretas que fazia.
– Não acredito que você usava isso. - Marshall surgiu misticamente, assuntando todos nós. - Que coisa de criança.
Observei o sorriso sarcástico da aparição, lembrando-me da noite do baile, quando aquelas longas presas tocaram meus lábios. E então, corei.
– Quando você chegou aqui? - Fionna, May e Gumball perguntaram, em uníssono.
– Ah, vocês sabem, eu estou sempre os espionando. - Marshall colocou a mão nos olhos, e depois tirou-as, mostrando um par de olhos demoníacos. - Então não foi difícil me misturar a "multidão" para chegar aqui. - O mesmo pairava no ar, com seus cabelos movendo-se de uma maneira engraçada.
– Bom... - Gumball interrompeu, tirando a tiara de meus cabelos. - Se isso conseguiu chegar até aqui, imagino que um de nós também consiga se teletransportar.
– Tem certeza? Não é muito arriscado? - Cortei a teoria com uma pergunta. - E se acontecer algum tipo de... Mutação?
– Por que você não tenta? - "Marsh" encostou sua cabeça na minha, com seu sorriso maléfico pregado em seu rosto. - Seria engraçado te ver com duas cabeças, ou quatro braços.
– Caham... - Gumball novamente interrompeu, dessa vez com a mão fechada nos lábios, fingindo uma tosse. - Nikoru, isso seria basicamente impossível.
Então o mesmo se dirigiu a uma espécie de gaiola, e tirou de lá um rato, que possuía um corpo parecido com as balas que eu costumava comer na minha dimensão.
Gumball colocou-o na plataforma, e o acariciou para tentar acalmá-lo.
– Pronto, Ciência? - O ratinho, que aparentemente chamava-se Ciência, respondeu, acenando com a cabeça.
Todos nós protegemos nossos olhos novamente. Era possível sentir a luz do aparelho através das mãos, e ouvir aquele barulho estranho.
Quando abrimos novamente, o rato havia sumido.
– Agora, vamos trazê-lo de volta. - O rosado explicou, fazendo com que automaticamente nós fechássemos os olhos.
O processo se repetiu, e quando vimos, lá estava ele. Intacto.
– Bom, como nada aconteceu, acho que posso tentar. - Disse, aproximando-me da máquina, que agora não parecia tão assustadora assim.
– Então eu também vou! - Virei-me para trás, esperando encontrar May com um sorriso, mas quem estava ali, era Fionna.
– Tudo bem, coloquem isso. - Gumball nos entregou um par de óculos, e nós os colocamos.
Demos as mãos, e juntas subimos na plataforma.
– Prontas?
– Sim! - Respondemos.
De súbito, uma luz branca tomou nossos corpos, e comecei a sentir uma sensação estranha.
Era como se a luz estivesse me levantando, separando assim, todas as partículas do meu corpo.
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