The Human Magic

Tentando Entendê-la


Agora que possuo tais vestimentas devo dizer que me sinto uma pessoa adequada para estar em um lugar como esse.

Você não entraria no palácio de Buckingham utilizando roupas como aquelas.

Meu velho traje de confiança contava com alguns furos e marcas de desgaste, apesar de saber um pouco sobre costura eu não tinha mais tecidos ou linhas para continuar com os remendos então eu tinha que me mexer o mínimo possível durante minhas performances de rua, sem falar que alguns buracos podiam ser facilmente escondidos por conta das cores.

Agora que estou trajada tive que seguir as ordens daquela bela mulher e seguir até a sala de jantar que ficava no nível inferior dessa mansão.

Eu observei com certa atenção a estrutura local, de fato elas me lembravam as belas mansões de meu velho e amado país, uma mistura da arquitetura contemporânea com um toque mais clássico.

Me parece que nossos mundos não são tão diferentes assim pelo visto.

Apesar da bela construção em que estou, não podai deixar de notar que estava sendo escoltada por uma bela empregada.

Ela é a única governanta da casa pelo o que estou vendo o que é impressionante já que esse lugar está extremamente limpo.

Mas a ideia de ter uma empregada a minha disposição ainda soa como surreal, um dia atrás eu estava dormindo no chão ao lado de uma panela de água quente para me aquecer e agora estou aqui. Uma mudança drástica e exagerada de cenário acabou acontecendo repentinamente.

Agora eu seguia descendo as escadarias, ela não havia muitos degraus de um andar para o outro mas também não era tão pequena, percebo que seu material é resistente, sem falar da sua cor branca, poderia facilmente dizer que ela é feita de mármore ou alguma outra pedra decorativa como porcelanato. Claro falo isso baseado em minhas vivências, já que desconheço totalmente á respeito da arquitetura inglesa.

O que me fez acabar pensando um pouco, essa bela mulher proprietária dessa grande mansão pode ser extremamente rica.

Talvez possa ser um questionamento que possa ser jogado na mesa para uma eventual conversa já que estávamos indo para a salão de jantar.

Quando cheguei ao primeiro andar podia ver acesso á outros cômodos do qual me seria mostrado mais tarde, seguindo mais um pouco adiante pela parte direita chegamos ao salão.

Era uma área extremamente grande, como esperado, possuía uma série de decorações em volta, belos vasos e algumas esculturas peculiares, mas o que chamava certa atenção era a mesa farta.

De formato retangular e de tamanho médio, haviam alguns pratos comuns para o café matinal, haviam algumas cadeiras em volta dela, Lady Lissandra estava sentada em uma das extremidades com um livro em mãos, enquanto a outra por sua vez seria ocupada por mim já que Katherine a puxou para mim, agradeci à ela por tal ação então me sentei ali mesmo.

Continuando seus afazeres como governanta ela me servia em um prato uma fatia do que parecia ser uma torta, mas eu me questionava após ela o fazer.

Naturalmente eu deveria agradecer mais uma vez, o que foi feito e em seguida comer um pedaço, mas eu não tenho muita experiência, quero dizer, frutas não deveriam ser...azuis?

Ai me veio á mente, como estamos em outro mundo, as coisas podem ser bem diferentes, até mesmo nas opções alimentares.

— Ora, não fique encarando por muito tempo, coma enquanto não está frio. (Lissandra)

— Claro, era isso que eu estava prestes á fazer... Com certeza. (Maxine)

— Minha Senhora, está lendo durante as refeições novamente? (Katherine)

—Não se preocupe, apenas um mau hábito momentâneo. Sabe que não gosto de ter enigmas em minha mente por muito tempo.(Lissandra)

Ela parecia concentrada em seu livro enquanto tomava sua xícara de chá, ou café, não consigo ver daqui mas era uma bebida quente por conta do vapor que exalava.

— Não sabia quais seriam as suas preferências então pedi para Kath preparar um pouco de cada coisa que poderiam agradar o paladar jovem. (Lissandra)

— Agradeço pelo esforço minha cara Katherine, mas não precisava se dar ao trabalho por mim. (Maxine)

—Não será problema algum, como vai passar um tempo conosco uma boa refeição é o mínimo que posso fazer. (Katherine)

— Pode agradecê-la a vontade, caso tenha alguma preferência pessoal pode pedir diretamente para ela. (Lissandra)

— Vou tomar nota disso... (Maxine)

Bem, não conheço muitas coisas que estão na mesa, a maioria das frutas são semelhantes as do meu mundo mas tudo é um pouco diferente, posso estar olhando para aquela maçã e de fato não ser uma.

Não quero causar uma má impressão, então acabei pegando uma fatia daquela mesma torta de antes.

Além do mais estava curiosa, uma fruta azul utilizada como ingrediente.

Eu não podia ser muito exigente, afinal de contas meu café da manhã em meu velho mundo era uma simples fatia de pão vencido com chá instantâneo.

Bem...é hora da degustação.

Monch...

Nada mal, nada mal mesmo.

Embora não tenha nenhuma referência para uma fruta desse tipo, seu gosto é parcialmente ácido no começo mas com um toque doce no final completamente diferente de algo que já havia comido, fora a suavidade da massa dessa torta recém feita, estava bem quente mas não ao ponto de me queimar em uma mordida.

— Algum plano para hoje, Senhora Liss? (Katherine)

— Por enquanto, resolver esse grande quebra-cabeças que acabou aparecendo em nosso lar, mas infelizmente não estou chegando á lugar nenhum. Tenho algum compromisso para o resto do dia? (Lissandra)

— Não que eu saiba, pelo menos hoje a Senhora está livre, posso consultar sua agenda se quiser.

—Não será necessário obrigada, além do mais, se houver algo importante ele, ela ou eles que esperem, ou resolvam-se sozinhos. (Lissandra)

Claro que isso não é da minha conta, posso ignorar seu modus operandi estou livre para isso, mas não posso evitar de notar tamanha negligência, mas não ousaria questioná-la por isso, deve ter seus motivos, mas sinto que não deveria estar ouvindo uma coisa dessas.

— Bem...descobriu algo em sua pesquisa? Quero dizer, você parece esperta, além de bonita é claro, mas não acha que foi...rápido de mais? (Maxine)

— Me bajular não vai lhe dar benefícios, mas sim andei estudando um pouco ao seu respeito. Mais precisamente de seu mundo. (Lissandra)

— Interessante, poderia saber o que a Senhorita descobriu? (Maxine)

— Para o meu azar, nada, mas conseguir achar alguns livros mencionando coisas á respeito que encaixam com sua descrição, mas são só velharias baseadas nos pensamentos teóricos de uma velha era, heh, os velhos daquela época estariam orgulhosos se a vissem aqui. (Lissandra)

Ela seguiu mencionando um pouco sobre ás teorias que descobriu á respeito de meu mundo.

Basicamente era um tipo de estudo que contava á respeito de multi dimensões da qual tudo poderia ser possível, algo completamente diferente, ou igual, não tinham dado um conceito concreto.

Eles descrevem o meu mundo como algo imaginário, um lugar do qual seres não possuem a capacidade de magia mas são tecnologicamente e estruturalmente avançados e em processo constante de evolução, isso por um lado não está errado.

Estávamos na era da comunicação, em meu belo país os tais "telefones móveis" estavam sendo implementados, mas apenas poucas pessoas o possuíam.

— Estudo intrigante, devo dizer que a maioria das informações está correta mas... (Maxine)

— Não diz nada que queremos saber. (Lissandra)

— Verdade. (Maxine)

— Entretanto, não é como se eu não tivesse saído do lugar, foi apenas uma pesquisa rápida, terei que procurar outras fontes em breve, mas pude descobrir outras coisas. (Lissandra)

— Coisas úteis eu suponho? (Maxine)

— Isso vai depender dos nossos testes, caso algum resultado seja favorável podemos descobrir um meio para lidar com você. (Lissandra)

— Ótimo, isso é realmente...espera, você disse testes? (Maxine)

— Não se preocupe, nada acontecerá com você...eu acho. (Lissandra)

Isso não me passou nem um pouco de confiança da sua parte.

[...]

A minha refeição matinal terminou com um ar misterioso.

Novamente cedi a boa vontade dessa mulher e a segui até um dos aposentos.

Ele se encontrava no andar superior dessa mansão, depois de novamente subir as escadarias ela me orientou.

Quando as portas foram abertas pude ver que se tratava de uma biblioteca.

Nunca havia entrado em um lugar como esse mas já ouvi falar.

Um local com uma coletânea de livros e outros artigos de leitura, mas acredito que há uma grande diferença entre as bibliotecas convencionais de meu mundo e os estranhos livros em posse dessa mulher.

Cada um deles possuí algum formato e tamanho diferente, sem falar dos outros artigos que esse lugar possuí.

Havia uma mesa com alguns adereços acima dela, o que parecia ser um tipo de bola de cristal, uma caneta tinteiro, uma pena dentro do suporte para tintas e outras coisas das quais não consigo dizer, mas passam um certo ar de mistério.

— Vejo que a Senhorita realmente é uma leitora assídua. (Maxine)

— Essa coleção não é nada demais, apenas alguns livros que eram de meu interesse e acabei os adquirindo. (Lissandra)

— Interessante, quantos já leu?

— Toda essa sessão e metade do outro lado, no geral são títulos repetidos e outras versões mais resumidas, fora é claro, edições de colecionador, pergaminhos, escrituras e textos antigos. (Lissandra)

Me pergunto quanto tempo levaria para ler isso tudo.

Embora levantasse certo questionamento, poderia dizer facilmente que ela apenas falou isso para se exibir, mas também parece ser a cara dela se interessar por esse tipo de coisa.

E de maneira impressionante enquanto observava uma de suas estantes com aquele mesmo movimento rápido de antes ela faz com que uma varinha apareça em sua mão.

Não só isso como aproveitou desse truque e a utilizou para fazer com que um dos livros flutuasse até sua outra mão.

— Bem, então o que faremos nesse lugar maravilhoso, acredito que não estou aqui para presenciar mais uma vez dos seus truques impressionantes. (Maxine)

— Seja paciente, nem mesmo eu sei como lidar com essa situação, isso torna as coisas um tanto interessantes. (Lissandra)

— Interessantes o quanto? (Maxine)

— Teremos que usar um sistema antigo de precisão mágica para determinar o seu dom em potencial. (Lissandra)

— E bem...isso vai doer? Ou me causar alguma sensação esquisita? (Maxine)

— Você quer sentir uma dessas coisas? (Lissandra)

— Eu prefiro me abster. (Maxine)

— Heh, não se preocupe, nada vai lhe acontecer dessa vez. Agora sente-se por um momento. (Lissandra)

Acabei me acomodando em uma das cadeiras em frente aquela grande mesa enquanto ela folheava as páginas de seu livro.

Esse lugar parece ser bem aconchegante, além da mesa posso ver uma outra poltrona em um canto isolado com uma pequena mesa, talvez ela a utilize para dar suporte á sua xícara de chá acompanhada de um petisco, de fato um ambiente propício para espairecer um pouco.

— Atente-se por um momento, essa bola de cristal parece comum, em seu mundo possuí algo parecido? Não pareceu surpresa quando a viu. (Lissandra)

— Temos algo parecido, mas suponho que não seja a mesma coisa, a televisão de duas cores chega a ser bem mais atrativa do que isso. (Maxine)

— Televisão..? (Lissandra)

— Não se preocupe, apenas um tesouro da tecnologia de meu mundo. (Maxine)

— Enfim... Ela é uma versão melhorada e refeita por mim do que era conhecido antes como um espelho-guia, reunindo seus fragmentos consegui manipular essa relíquia e deixá-la em um formato mais favorável. (Lissandra)

— Bem, impressionante eu suponho? Para quê ela serve? (Maxine)

— Não a chame de "ela" prefere ser chamada de "Senhora" é um artefato volátil então trate-a com respeito. (Lissandra)

Mais uma vez me surpreendo com um pedido inusitado do qual tomei nota.

Tratar um objeto inanimado como um ser humano chega a ser um tanto...surreal, porém mais uma vez repensando pelo lado de estar em outro mundo as coisas aqui podem funcionar de outra forma, então o que seria considerado insanidade em meu mundo pode ser a coisa mais habitual nesse lugar.

— Ela possuí um acervo antigo de conhecimento histórico de Aldorin, mais precisamente á respeito da magia e outros conceitos relacionados, como havia dito, ela é a junção de vários fragmentos do que antes era um espelho guia, mas será mais apropriado chamá-la de esfera. (Lissandra)

— Então, essa esfera-guia, serve apenas para fins educativos? (Maxine)

— Sim e não, existem vários tipos desse mesmo artefato, no meu caso eu apenas o remodelei para que ficasse conveniente para minha pessoa, mas há espelhos que possuem algumas outras funções, alguns para comunicação e outros para auxiliarem na busca da verdade, mas também há aqueles que acumulam um grande conhecimento...Observe. (Lissandra)

Ela posicionou sua mão em frente à esfera por alguns segundos e ela começava a brilhar.

— Senhora Esfera, mostre um pouco sobre os métodos antigos para avaliação e mediação de magia em um indivíduo. (Lissandra)

Pedindo com uma certa educação aquele mesmo artefato começou a brilhar em minha frente.

Mas a observando por um pouco mais de tempo, ela revelava alguns fragmentos do que parecia ser um tipo de texto, mais precisamente o alfabeto desse mundo.

Porém quando desviei o olhar por alguns instantes as letras acabaram se adaptando se tornando similares as de meu mundo.

— Eu...consigo ler. (Maxine)

— Ela se adapta de acordo com a língua do indivíduo que está a observando, embora nosso dialeto seja compreensível para ambos, acredito que nossos idiomas sejam completamente diferentes. (Lissandra)

— Entendo, isso de fato é um grande artefato. (Maxine)

Acredito que em meu mundo isso poderia valer uma fortuna, a capacidade de traduzir textos de um idioma para o outro de imediato é um método único e extraordinário, talvez leve alguns anos até que haja alguma forma desse tipo de função ocorra em meu mundo, talvez por meios tecnológicos, quem sabe.

Continuei observando atentamente o texto que aparecia naquela esfera, eu sabia ler, isso é um fato mas eu não era uma leitora assídua dada as minhas condições de sobrevivência, mas felizmente estou familiarizada com o nosso alfabeto tradicional então posso lê-lo.

A magia, um fator natural para todos os seres vivos desse mundo, desde o seu nascimento portam consigo em sua origem a mana, uma parte da essência de sua vida.

Desde sua existência vários ainda tentavam desbravar os mistérios por trás dela, afinal se tratava de um fenômeno natural e maleável de acordo com a vontade de seu usuário.

Ao longo das eras os meios de se medir a capacidade mágica de um indivíduo foi-se aperfeiçoando, mas antigamente existiam apenas três tipos de seres: Os Conjuradores, Os Comuns e Os Sensitivos.

Conjuradores por sua vez eram os indivíduos que não só podiam sentir a magia mas também manifestá-la em sua forma natural, de acordo com sua vontade e capacidade mágica grandes feitos poderiam ser realizados para com ela.

Os comuns que são os casos mais raros são indivíduos desprovidos da Capacidade de utilizar e sentir a mana ao seu redor, muitas das vezes tais características eram atribuídas para seres vivos irracionais e plantas no geral.

Os Sensitivos por sua vez em sua grande maioria são pessoas comuns com a capacidade de sentir a mana ao redor e visualizar a forma da magia em si, porém não podem utilizá-la em todo o seu potencial, entretanto, um mesmo sensitivo poderá manipular a magia se for apto para suportá-la, caso o contrário uma conjuração simples ou até mesmo a manipulação pode exigir muito de seu corpo, ocasionalmente levando á fadiga e desgaste.

Tais métodos de medição eram utilizados para determinar quem poderia utilizar ou não a magia para contribuir com suas nações de maneira efetiva.

Os textos continuavam com uma explicação detalhada sobre essas três classes de usuários de magia, mas conforme foi-se prolongando ela pediu para que a esfera encerrasse sua oratória.

— Foi uma apresentação interessante...Mas essas informações nos ajudariam em..? (Maxine)

— Por enquanto nada, mas ao menos podemos determinar seu tipo de aptidão para magia, no momento você se aproxima mais da classe dos sensitivos. (Lissandra)

— E isso é uma coisa boa? (Maxine)

— De fato, você está limitada, embora seja uma pessoa de outro mundo, por alguma razão você também possuí mana, mas não pode manifestá-la, então a aproximação com os sensitivos faria mais sentido até o momento. (Lissandra)

— Como pode ter certeza? (Maxine)

— Além da inspeção que fiz contigo na noite em que nos conhecemos eu posso sentir sua presença, ela fraca, mas se eu não a sentisse ou você não teria mana alguma, ou estaria morta. (Lissandra)

— Bem, devo agradecer por ser livre da segunda opção. (Maxine)

Uma sensitiva a magia então...

Isso soa um tanto interessante, mesmo sendo um conceito tão vago posso deduzir o que isso quer dizer.

A capacidade de sentir a magia ao redor mas não poder manifestá-la, de fato um dilema peculiar.

Não que eu esteja empolgada com essa informação, isso tudo soa como uma conversa caótica.

— Lá se foram minhas chances de me tornar uma usuária de magia...Quer dizer, eu seria uma bruxa ou uma feiticeira se pudesse fazer magia? (Maxine)

— Bruxos, magos, feiticeiros, conjuradores, apesar das sutis diferenças, são apenas meros títulos para usuários de magia no geral. (Lissandra)

— Achei que haveria alguma diferença nesses conceitos.

— E há, mas isso não vem ao caso já que são mínimos detalhes, mas resumindo o seu caso em específico ,você não pode fazer magia, mas assim como as criaturas comuns desse mundo pode vê-la, senti-la e quem sabe manipulá-la.

— Manipulá-la? Como isso seria possível? (Maxine)

— Nesse caso seria problema seu. Não posso lhe ensinar algo do qual você nem sequer teria a capacidade de o fazer, seria apenas perda de tempo.(Lissandra)

Acabei recebendo uma resposta dura ao invés de uma explicação.

— Tenha em mente que não falo como se você fosse ser minha aprendiz, você está longe de ser considerada apta para ser aprendiz de qualquer outro bruxo, mas não posso deixa-la livre sem saber o básico, posso não me importar com muita coisa, isso é um fato, mas não iria conseguir dormir a noite. (Lissandra)

— Bem, agradeço pela empatia. Então, o que eu deveria fazer? (Maxine)

— Eu não sei, isso é uma coisa que talvez tenha que descobrir por si mesma, mas até lá sugiro que faça outra coisa importante.

Utilizando sua varinha vários livros se empilham em minha frente.

Todos de vários tamanhos, alguns mais finos e outros mais grossos, uma grande pilha.

— Estude, leia, aprenda, se desenvolva, o que preferir. Infelizmente por conta do ocorrido da noite passada não há muito o que posso fazer, sem falar que tenho que resolver algumas coisas. Katherine poderá lhe ensinar o básico, mas o restante poderá descobrir por si mesma, está livre para utilizar a biblioteca da Casa, embora não possa o fazer, peço que não coloque fogo em nada. (Lissandra)

— Pode deixar...Milady. Mas sabe talvez tenha um problema...eu não sei ler o alfabeto do seu mundo.(Maxine)

— Meio que já esperava por isso, pedirei para Kath lhe ensinar o básico, quando tiver algum conhecimento veremos o que podemos fazer ao seu respeito, até lá sugiro que pratique com entusiasmo.

E então uma sentença foi lançada sobre mim.

Não sei o que isso quer dizer mas talvez minha estadia nesse lugar tenham os dias contados.

Acabei sendo tirada de meu amado país para me tornar uma desnorteada em outro mundo...parando para pensar não é tão diferente de como era minha vida antes.

Mas não importa...quero dizer nada mais importa agora que estou aqui, o que vai acontecer no dia seguinte eu não sei, só posso ter fé por enquanto e torcer para algum milagre acontecer.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.