Prólogo

Há anos a Terra foi invadida por outros seres, com a intenção de tomar seus corpos e apagar suas memórias. Mas ainda restam alguns resistentes, que lutam pela sua sobreviência e que vivem fugindo do que são chamados parasitas.

Alguns Hospedeiros, como são chamados os corpos, são resistentes e quando uma alma toma o seu corpo, ele luta para continuar lá e faz da vida dessa alma, uma tortura. Outros são mais fáceis e assim que são tomados, somem do corpo e restam apenas as memórias.

Os humanos automaticamente odeiam as almas, por as julgarem mal, por vê-las como aliens que invadiram a Terra. Mas para as almas não era assim. As almas são como viajantes, estão sempre indo para lugares diferentes e vivendo novas vidas, literalmente. Cada alma vive uma vida inteira normal assim que ela está no corpo de seu hospedeiro. Almas podem tomar além dos corpos humanos, por exemplo: animais como golfinhos e aranhas, plantas também... E a cada vida, uma nova experiência. Mas eles podem morrer sim, porque apesar de toda essa aparente força, eles são frágeis, são apenas um pequeno corpo prateado, com vários tentáculos.

Tem almas que vão contra a sua própria espécie, que não aceitam sua forma de vida e que mesmo sendo algo errado de se fazer, são amigos dos humanos, porque quando você passa a conviver com pessoas diferentes, você passa a entender também o lado deles e vê, que talvez, eles possam estar certos em odiar tanto esses parasitas. E isso aconteceu comigo.

Prazer, me chamo Peregrina e sou uma alma.