Nunca iria me imaginar em Paris, mas estava adorando a ideia de estar lá. Ainda no aeroporto comprei um chapéu francês para "entrar no clima". Era bem bonito, vermelho com detalhes brancos, era de se usar de lado, inclinado sobre a cabeça.

Ficamos uns 30 minutos esperando o ônibus que iria nos conduzir até o hotel, quando chegou nos espantamos com o tamanho, caberia umas 50 pessoas lá dentro, sendo que estávamos apenas em 32, sendo trinta alunos, a nossa professora de francês e a vice-diretora do colégio.

O ônibus até que era bem interessante, tinha uma entrada onde podia conectar o seu celular para tocar música, achei bem legal. Um garoto do terceiro ano colocou umas bens estranhas que ninguém além dele conhecia, ou pelo menos acho que não. Foi um longo caminho, mais uns quarenta minutos.

Por fim o hotel onde ficaríamos. Era razoável, aparência um pouco acabada, mas uma bela pintura azul bebê. Entramos e a professora definiu com quem teríamos que dividir os quartos, dividiram em meninos em meninas, sendo que cada quarto teria três pessoas. Por mais uma bela obra do destino, junto a mim ficaram Carter e Gary, seu melhor amigo. Achava que ele havia ficado bravo ou coisa parecida comigo, por contar para sua mãe que tinha usado drogas, mas no fim ele agradeceu, mesmo estando junto de Dawn ainda, aquela louca e manipuladora. Queria dar um jeito de fazer ele perceber aonde estava se metendo, e não que descobrisse da pior maneira o possível , igual a mim.

Esse primeiro dia era livre para nós alunos fazermos o que quiséssemos e ir aonde bem entender. Finalmente quando Melissa larga um pouco do colo de Justin, a chamo para ir dar uma volta, e para nossa surpresa no caminho encontramos Chloe.

— Adan eu disse que não ficaria perto se essa garota estivesse, mesmo que sejam amiguinhos agora. - esbraveja Melissa.

— Eu sei, ela que...

— Me desculpem. - interrompe Chloe. - Principalmente a você Melissa, sento muito de verdade. É que para mim as coisas são tão fáceis, ou pelo menos eram, que quando vocês não concordaram com minhas ideias ou apenas por não gostarem de mim, eu pirei e não sabia como reagir. Desde sempre as coisas eram do meu jeito, e agora percebi que elas não são bem assim. Vocês tem todo o direito de não quererem minha companhia, mas pelo menos aceitem meu perdão.

- Eu já aceitei. - digo. - Mel?

Ela me olhou, depois olhou Chloe. Fico vários segundos observando a situação. No fim um longo suspiro profundo.

— Odeio o fato de ter inimizade. Aceito seu perdão com uma condição.

— Qual, faço qualquer coisa. - responde Delarriva.

— Desejo uma lavagem a seco do meu vestido que você manchou aquele dia. - retruca.

— Certo, com certeza.

— Sério que achou que era verdade? Estou zoando garota.

— Obrigada, vocês não tem ideia de como me sinto bem agora.

Do nada ela vem em nossa direção e nos dá um abraço espontâneo, sem mais nem menos. Juro que percebi lágrimas também, mas como não vi não posso afirmar nada.

— Porque não vem dar uma volta aqui por perto com a gente? - convido.

— Claro!

Visitamos alguns lugares que achávamos interessantes onde tiramos inúmeras fotos para postarmos, ou melhor para elas postarem, não gosto de postar fotos, quase nem tenho redes sociais. Prefiro ficar sozinho sem amizades virtuais, afinal sempre eram três ou quatro amigos mesmo. Nunca nós imaginaríamos fazer essas coisas com Chloe ao nosso lado, a mesma que um dia já foi inimiga coletiva de todo o colégio. Nem eu, nem Melissa ainda confiávamos totalmente nela. Amiga ou inimiga? Duvida cruel, mas era melhor apenas aproveitar o momento.

Acho que mais ou menos duas horas depois retornamos ao hotel. Entro no meu quarto e lá me deparo com uma cena nojenta que quase me fez vomitar. Carter e sua namoradinha transando bem na luz do dia. Isso porque estava proibida a entradas de garotas nos dormitórios masculinos. Ambos já estavam nus, não nego que o corpo de minha ex era lindamente esculpido, seus seios eram de deixar qualquer um babando. Enquanto a Carter digamos que senti inveja, barriga bem definida e músculos na quantia "certa", sem exagero. Senti algo mais, porém não sei como explicar, pois também não sei ao certo o que foi. Além de tudo isso o cheiro de drogas no ar, chegava dar para ver a fumaça no ambiente. Eu me assustei, eles se assustaram, dei meia volta e me retirei como se nada tivesse acontecido. Chegou até ser um pouco cômico.

Como "desver" uma cena? Essa era a única coisa que martelava em minha cabeça, sentei no corredor ao lado da porta, queria entrar no quarto pois estava exausto, mas não podia. Fiquei ali por mais de uma hora ouvindo os gemidos de Dawn e os momento de tesão de Carter, foi intenso. Tinha também o estalar da cama antiga, que rangia conforme rolava os movimentos bruscos de sexo.

Ela finalmente sai do quarto, olha diretamente para mim com uma cara monstruosa.

— Vou fazer da sua vida um inferno, começando por agora. Ficou com tesão ao me ver?

— Na verdade senti nojo de você.

— Pois não pareceu, pela sua cara ao entrar no quarto você com certeza deve ter sentido inveja de Carter.

— Não. - digo esbravejando.

— Então sentiu inveja de mim. - diz.

— Cale a boca.

— Quer saber, não adianta gastar saliva com uma criança como você. Até mais garotinho.

Franzo as sobrancelhas e a acompanho com meu olhar até desaparecer de vista. Finalmente consigo entrar, olho diretamente para Carter que sorri tirando sarro.

— Queria estar no meu lugar não é? Não o culpo, ela é sua atual ex namorada. - ri.

— Sim, minha ex que graças a um cara que achava que se importava, percebi como ela é problemática e má influência.

— Nossa, calminha. Não fale assim da minha namorada hein! - ri novamente.

— Não adianta querer conversa com você, esta drogado. Idiota!

Ele apenas ria sem parar de tudo que falava, parecia uma hiena, só que bem menos inteligente que elas.

— Fico putinha em Adan. Apenas senta e relaxa.

— Ia ficar aqui pra descansar antes do jantar, mas prefiro ficar sentado na sacada do que ficar escutando asneiras suas.

Já estou quase me retirando do quarto quando ele me agarra pelos braços e me beija rapidamente com um leve encostar de lábios.

— Por que fez isso seu, seu...

— Era o único jeito de te fazer calar a matraca e parar de reclamar. Além do mais, sei que gostou, eu beijo super bem. - quase nem era convencido ele.

— Achei que você fosse mais esperto, me tirou de uma emboscada e acabou caindo na mesma armadilha por vontade própria. Tenho coisas melhores a fazer, até mais... - me retiro, mas não nego que meu coração batia em uma velocidade incontrolável. Só para detalhar mais os fatos, ele ainda estava totalmente nu. RECEBI UM BEIJO DE CARTER ENQUANTO ESTAVA SEM ROUPA!

Desço até o refeitório, vários alunos já se encontravam lá esperando a janta. Aliás o hotel além de ser muito bom em relação a hospedagem, é de incrível grado em relação as refeições, todas francesas e tipicas da região.

Como Melissa e Justin ainda não haviam chegado, provavelmente estavam fazendo as mesmas coisas que Dawn e Carter. Sento-me ao lado de Chloe, que estava lendo uma revista de moda local.

— Já desceu? Disse que ia descansar. - diz confusa.

— Se eu te contasse você não iria acreditar, esquece...

— Pela sua cara é melhor esquecer mesmo, mas vindo de você aposto que é algo em relação a Carter.

Por que todos me ligavam a esse garoto? Já estava farto disso, olha que nem sabiam do beijo, apenas Melissa, pois se soubessem ai que não me deixariam em paz. Ignorei, nada mais.

Quando finalmente estavam começando a servir a comida, uma garota que nunca havia visto na vida se aproxima de nossa mesa. Ela era linda, cabelos ruivos, ou nem tanto, puxava para um tom dourado, olhos claros em um belo tom de verde e um físico bem definido. Com certeza ela fazia algum esporte, tinha aparência de atleta ou algo parecido.

— Posso me sentar aqui com vocês? As outras mesas estão lotadas. - pergunta a misteriosa.

— Claro digo instantaneamente. - Chloe me olha com um olhar de "que merda se ta fazendo".

— Prazer, sou do segundo ano. Me chamo Gewn. Gewn Collins.

— Olá, sou Adan Blake, essa aqui é Chloe Delarriva.

— Nossa, então é você a neta do falecido fundador do colégio? O grandessíssimo Sr. Delarriva Torrez... bla bla?

— Sim, sou.

— Também é aquela famosa pessoa egoísta que faz de tudo para manter sua imagem perfeita no topo das "mais, mais"?

Chloe desvia o olhar abalado com o pré julgamento feito pela garota. Tento então amenizar a situação.

— Gente, menos papo. O jantar já está quase chegando.

— Desculpem, perdi a fome. - murmura Chloe ao se levantar e retirar.

— Falei alguma coisa de errado? - pergunta Gewn.

— É que ultimamente ela está sendo muito julgada pelas coisas cruéis que fez, e ela tá tentando mudar e se redimir com as pessoas. Sente-se mal ao saber como era com os outros.

— Droga, eu sempre estrago tudo.

— Bem vinda ao clube.

— O pior é que a culpa nem é minha, o clube de luta me ensina a ser dura com as pessoas.

— Você é do time de luta do colégio? - pergunto confuso.

— Sou! O que? Difícil aceitar o fato de uma garota lutando não é mesmo?

— Não, não é isso. Achei super legal. É que eu meio que percebi que você tem porte de atleta.

— Tenho porte masculino quis dizer?

— Claro que não, eu só...

— Não é só porque gosto da mesma fruta que você que eu deixo de ser uma mulher sabia? - diz num tom alterado.

— Você é...

— Sim, sou lésbica. Algum problema, vai me julgar também como todo mundo? Jogar a culpa na luta livre? - interrompe-me.

— Calma... Eu não tenho preconceitos, você nem me espera terminar as frases. Olha ta tudo bem você ser gay, eu não ligo, ainda mais pelo fato da gente ter acabado de se conhecer.

— Acho que me exaltei um pouco. Perdão Adan Blake. Afinal se tivesse algum tipo de preconceito eu te metia a porrada. - ri sarcasticamente.

— Eu vou ver como Chloe está.

— Espera, eu vou com você. Fui eu que gerei tudo isso.

Fomos os dois ao quarto onde ela estava. Achei que estaria chorando, mas estava apenas sentada de pernas entrecruzadas e abraçada com o travesseiro. Olhava para o nada.

— Sinto muito, não queria te ofender. - diz Gewn.

— Ta tudo bem, eu mereço mesmo. - responde.

— Claro que não garota. Anime-se. Vamos comer e pensar em coisas positivas. Se quiser depois te ensino uns golpes de luta livre.

— Essa é nova pra mim, gostei.

— Está olhando para uma futura representante no mundial. Agora vamos descer e jantar aquela deliciosa comida francesa.

— Ta legal.

Percebi então que não servi pra exatamente nada, fui ignorado pelas duas que desceram sem mim e sem sequer me agradecer de nada. Virei as pupilas dos olhos, respirei e desci novamente. Sozinho.

Sentamos e comemos. Ainda era estranho ficar tanto com Chloe do meu lado, mas já que estava junto de uma outra pessoa nem liguei tanto. Ainda não via Melissa e Justin. Enquanto a Carter, estava com Dawn e Gary em uma mesa bem perto da onde estava. O prato estava delicioso, foi servido o tão famoso Ratatouille, que é um prato a base de legumes. Não podia faltar berinjela nem tomate. Com o restante dos ingredientes pode-se lidar mais à vontade, já que o pimentão e a abobrinha não são obrigatórios na receita. Aprendi tudo isso com a professora que ficava sempre falando das comidas típicas da região.

Depois dessa maravilha de sabores consigo subir ao meu quarto, me despeço das duas e finalmente deito na cama. Estico os pés, após tirar meus tênis já gastos de uso. Viro-me de barriga para cima, e fico vendo a parte de cima da beliche, onde a propósito Carter dormiria, enquanto Gary tinha uma cama do outro lado do quarto.

Estava tudo no maior sossego, até chegar os dois já gritando e varzeando o bom momento de reflexão em que me encontrava.

— Dá para fazerem silencio por favor, estou tentando pensar.

— Para de ser tão chato e de reclamar tanto. Parece minha mãe com os deveres de casa. - retruca Carter.

— Talvez se fizesse seus deveres não seria tão ignorante como é.

— Talvez se cuidasse mais da sua vida eu não teria vontade de socar sua cara.

— O que essa garota fez contigo em? Você nem fala mais comigo e Melissa.

— Ela abriu meus olhos para a realidade.

— Te tirando dos seus amigos?

— Me mostrando a verdade deles, a má influencia que faziam.

— Seu idiota! Não vê que ela é que é a má influencia.

— Cale a boca agora.

— Gente por favor parem de brigar. Se alguém ouvir estamos encrencados. - interrompe Gary.

— A gente ainda não acabou essa conversa ouviu? Criança!

Já era a segunda vez que ouvira isso, até falando igual ela esse imbecil estava. Meus nervos estavam a flor da pele, demoro para conseguir pegar no sono. Principalmente porque ele não parava de roncar e Gary não desligava seu maldito Game Boy com aquela música irritante de games antigos.

Finalmente depois de um bom tempo, consigo me desligar desse mundo.

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Logo de manhã no dia seguinte a professora Margaret resolve dar mais aulas chatas sobre o idioma, para caso a gente se perca na pequena excursão dentro da cidade que iríamos fazer em poucas horas.

Melissa vem correndo animada em minha direção depois de não ter dado sinal algum durante toda a noite.

— Aonde estava, não te vi mais ontem depois que voltamos do nosso curto passeio.

— Era isso que vim te contar. Adivinha...

— Você vai pintar seu cabelo de preto? Sabia!

— Não seu idiota. Eu, Justin e Kimberly ficamos a noite toda ensaiando e finalmente terminamos nossa música autoral. Aliás só para deixar claro, jamais pintaria meu cabelo totalmente de preto.

— Sério? Terminaram? Que legal... E agora, como vão fazer?

— Bom primeiramente vamos tocar hoje a noite pra todos do hotel. E depois quando voltarmos ao Delarriva eu mostro pro diretor.

— Excelente ideia. Estarei ansioso.

Justin chega e entra na conversa.

— E nós estaremos nervosos. - ri.

— Ai amor, não precisa. Estarei contigo.

— Para sempre. - ele diz.

— Para sempre. - ela retribui.

— Quanta melação, assim as aulas da Srta. Margaret parecem um belo filme de ação.

Rimos os três juntos. Senti falta disso na noite que passou, tudo que aconteceu foram brigas e discussões, fora os papos sobre preconceito. Bizarro!

E assim fomos, para o passeio escolar, acompanhado de um guia com um enorme mapa, onde eram os pontos que iríamos passar. Só de olhar para o tamanho daquela lista já me cansava e buscava uma cama em meus pensamentos.

Passamos pela Torre Eiffel, Catedral de Notre-Dame, Museu do Louvre, o Arco do Triunfo e outras atrações. Falando desse modo parece até que estávamos andando em um parque de diversões. Um gigantesco e colossal parque.

Nem preciso dizer que esse "passeio" durou um dia inteiro. Todos os alunos estavam exaustos, e a única que ainda escutava animada e empolgada as explicações do guia, era a professora. Nessas horas queria ser nossa vice diretora, ela apenas ficava no hotel cuidando das papeladas e dos emails.

Voltamos depois de uma longa, longa, longa, e bota mais mil vezes essa palavra, caminhada.

Reunimos-nos todos na área de lazer do hotel, onde formamos uma roda e a banda do colégio se posicionou dentro desse círculo. Kimberly ligou seu teclado, Justin ajustou sua guitarra e Melissa segurava o microfone com suas mãos já tremulas. Murmurei a ela "calma", ela sorriu e parou de tremer. E então, começaram a tocar...

A música era simplesmente demais, sem palavras. Sem encaixava perfeitamente na voz de Melissa, e as partes onde Justin cantava eram muito bem pensadas para seu timbre único e gracioso. Tudo isso em perfeita harmonia com o teclado. Justin balançava inúmeras vezes sua mecha azul do cabelo, deveria ser uma mania, ou algo do tipo. E no final "Bammm" uma explosão, onde os dois mesclaram suas vozes no refrão da música que criaram. Para encerrar ambos ergueram os punhos para o alto enquanto estavam apoiados um nas costas dos outros, não tinha como serem mais perfeitos. Não preciso nem dizer que adoraram a música, Melissa acabou se emocionando com as palmas e elogios de colegas, professora, e das pessoas hospedadas no hotel. Corro e a abraço emocionado, digo que ficou tudo muito lindo, e ela me retribui com um aperto ainda mais forte. Demorou para que todos acalmassem as peles e parecem de falar da música. Apesar de tudo, enquanto cantava com sua voz angelical, tudo que pensava era em nosso beijo, e nossas trocas de olhares durante a apresentação só me faziam lembrar o quando gostei da sensação ao beija-la. Mas logo passa a ideia, eramos apenas e muito bons amigos, os melhores amigos!

Mais um belo dia então se passa, na verdade de belo só os monumentos e depois a bela apresentação da banda, pois pernas que é bom ninguém mais tinha, em sentido figurado. Novamente tudo que desejava era minha cama. Nessas horas, aquele simples aglomerados de algodões costurados, eram tudo que mais desejava. Eram como o paraíso em meio ao inferno. Carter sai do banho com a toalha pendurada na cintura, mas não consigo deixar de olhar novamente seu corpo, acho que sentia inveja. Ele me olha de volta, desvio o olhar rezando para ele não ter visto. Escuto ele rindo baixo.

— Qualquer dia faço um strep para você. - diz brincando.

Gary entra logo em seguida no quarto, dizendo que estava ajustando o Wi-Fi para vir com mais intensidade em nosso quarto. Nessa horas era até que bom ter um amigo nerd, Carter tinha muita sorte de ter um melhor amigo assim. E novamente pega seu vídeo game portátil e começa a jogar.

— Boa noite Adan. - diz Carter repentinamente. - Durma bem amigo.

Depois disso juro que meu ódio subiu, mas ao mesmo tempo felicidade. Por que ele era tão bipolar daquele modo? Uma hora me xingando, na outra me tratando carinhosamente! Eu queria respostas, mas não tinha coragem de perguntar. "Boa noite"? "Durma bem"? E no dia anterior me chamar das piores coisas possíveis? Não aguentava mais ficar perdido em meus pensamentos. Mas por fim cedi...

— Boa noite Carter! - sorrio.