The Fulcrum

Capítulo 1


The fulcrum

Autor: Juliana Alves

Beta: Michelle Neves

Categoria: Humor, Suspense.

Advertências: Spoiler 2x15

Classificação: PG-13

Capítulos: 2

Completa: [x] Yes [ ] No

Capítulo Um

Lizzie estava pensativa, nunca tinha mentido tão descaradamente como tinha feito naquele dia. Cometer perjúrio não era o que tinha em mente quando entrou no FBI, mas também não pretendia ter o 4º criminoso mais procurado dos EUA como a única pessoa que podia confiar. Respirando fundo ela olhou novamente para sala do juiz e esperou que Cooper confirmasse sua história.

Após quase uma hora, depois do surgimento de uma nova evidência, o juiz Denner afirmou que prosseguiria com o caso, ou seja, ela iria testemunhar numa audiência pública.

Assim que retornou para o Post Office ela foi chamada para a sala de Cooper, apreensiva ela tentou transparecer calma.

- Mandou me chamar, senhor?

- Sente-se. – Pediu ele e esperou ela se acomodar. – Agente Keen, precisamos conversar seriamente.

- Claro. Sobre o quê? – Questionou ela e se fez de desentendida.

- Não se faça de boba, Keen. – Falou ele com firmeza. – Eu acabei de cometer perjúrio por você, acho que mereço saber a verdade.

Sem opções Lizzie apenas afirmou com um aceno de cabeça, ele tinha razão depois de mentir por ela, Lizzie se via na obrigação de contar a verdade.

- Eu omitir alguns fatos sim – Começou ela. – Mas não menti ao dizer que fiz tudo ao meu alcance para encontrar Berlin.

- Inclusive matar um oficial da lei?

- Não.. eu.. não fui eu quem o matou. Foi Tom. – Sussurrou ela.

- Seu marido está morto, Elizabeth. – Falou Cooper com a voz baixa. Talvez sua agente estivesse começando a ver coisa onde não existia.

- Não, Senhor. Tom não morreu. – Falou ela e desviou os olhos do dele. – Na verdade eu o mantive preso no barco.

- Mas.. como.. explique-se melhor, Elizabeth.

- Quando eu atirei nele eu fui embora da cena do crime e o deixei lá. No primeiro momento eu pensei que o tinha matado, mas quando a perícia disse que só havia um corpo deduzi que ele tinha sobrevivido e comecei uma procura por ele. Encontrei-o alguns dias depois. – Respirando fundo Lizzie reviveu cada momento enquanto relatava isso a Cooper. – Eu tinha descoberto dias antes que Tom trabalhava para Berlin e sabia que ele não me contaria nada, então me aproveitando de que todos pensavam que ele estava morto o mantive em cativeiro.

- Você o estava torturando por informações?

- Um pouco. – Falou ela com frieza e Cooper só conhecia uma pessoa que tinha esse mesmo olhar, sem qualquer piedade, Reddington. – Mas foi preciso, e conseguimos parar Berlin.

- Mas a vida de um homem foi perdida. Uma vida inocente.

- Eu sei, eu tentei impedir. – Falou ela arrependida. – Mas Aleko, o que estava me ajudando, ele me segurou. Eu até atirei nele, mas era tarde demais.

- Você atirou no Aleko? – Perguntou Cooper incrédulo. – Você sabe que a balística vai identificar a arma como sendo sua. Talvez seja essa a prova que conseguiram, será presa por assassinato e eu por perjúrio.

Lizzie sabia que Cooper tinha razão, eles estavam numa cruzada e a culpa era dela. Porém, se ela não tivesse arriscado tudo para encontrar Berlin muito mais vidas seriam perdidas.

Antes que pudesse falar alguma coisa o celular de Lizzie começou a tocar, indecisa sobre se atendia ou não ela olhou para Cooper esperando uma autorização.

- Vá. Preciso processar tudo que me falou. – Disse ele aborrecido.

Atendendo o celular Lizzie saiu da sala de Cooper e foi para o próprio escritório.

- Agente Keen? Aqui é a Dra. Selma Orchard. Eu preciso falar com você urgente, eu consegui o que queria. – Falou a mulher do outro lado da linha.

- Estou a caminho. – Disse Lizzie e saiu do Post Office rapidamente.

~.~

Quinze minutos e alguns leis de trânsitos quebradas, Lizzie chegou ao seu destino. O consultório da Dra. Orchard ficava ao lado de uma pequena cafeteria, a fachada era simples, quem passava nem percebia a importância do trabalho lá feito.

Assim que entrou foi recebida pessoalmente pela médica, o ambiente estava vazio, parecia que não haveria mais consultas naquele dia.

- Agente Keen, ainda bem que veio.

- Pode me chamar de Elizabeth. – Sorriu Lizzie – Você conseguiu?

- Sim, foi difícil e eu não sei se dará certo.

- Eu sei os riscos, mas preciso saber do que aconteceu naquele incêndio.

- Ok. Está tudo pronto. – Falou Dra. Orchard.

Lizzie a seguiu por alguns corredores até que chegaram a uma sala bem equipada com vários instrumentos e um desfibrilador, ela não podia negar que ficou apreensiva, mas se isso a levaria para a verdade valeria a pena.

Sentando na cadeira indicada pela médica, Lizzie assistiu ela se movimentar de um lado para outro pegando seus equipamentos e ligando Lizzie em vários aparelhos.

- Pronto. – Falou ela e sorriu. – Eu vou injetar essa substância em você e iremos tentar recuperar sua memória.

- Estou pronta.

Dois minutos depois Lizzie começou a sentir o efeito da substância, sua cabeça ficou pesada e seus olhos se fecharam gradualmente.

- Elizabeth, preste atenção a minha voz. Você me dirá o que vê e...

A garotinha brincava de um lado a outro do grande jardim ela estava abraçada com seu coelhinho da sorte que seu tio favorito tinha dado, o amigo mais próximo de seu pai.

- Liz. – Gritou seu pai, Edward. – Vem cá.

- Oi papai. – Falou ela ofegante da corrida.

- Você lembra que hoje começaríamos a brincar com os números?

- Siiim. – Gritou ela entusiasmada. – Vamos montar o quebra cabeça.

- Isso mesmo. – Sorriu Edward e sentou a filha ao seu lado de frente para mesa.

A pequena olhava entretida seu novo brinquedo e estava totalmente alheia do ambiente ao redor. Elizabeth Scott era uma criança diferente das demais, esperta demais para passar despercebida.

Minutos depois ela ouviu o som de carro e saltou da cadeira, ela conhecia aquele motor e sabia que seu tio tinha acabado de chegar.

- Liz, papai vai guardar o quebra cabeça, mas não diga nada ao seu tio. É um segredo só nosso, está bem?

- Sim, papai. – Falou ela e se voltou para a porta. Duas batidas na porta e ela correu para atender.

- Quem é? – Perguntou ela e cobriu a boca para esconder o risinho.

- Sou eu, Lizzie. – Falou a voz grave do outro lado. Em seguida a porta foi aberta e ela saltou em cima dele, abandonado o coelho.

- Tio Reeeeed. – Gritou ela. – Estava com saudades.

- Eu também minha pequena. – Ele sorriu e beijou sua testa. – Cadê seu pai? Você não deveria ter atendido a porta sozinha.

Lizzie não gostava de ser repreendida, principalmente por Reddington, mas ela sabia que ele fazia isso para seu próprio bem.

- Raymond, que bom que veio, meu amigo. – Edward falou entrando na sala. – Estava com saudades, a missão foi longa dessa vez.

- Eu vou para onde você manda, Capitão – Sorriu Reddington debochado e estufou o peito orgulho, ele ainda estava vestido em seu uniforme da marinha. – Só vim informar que a missão foi um sucesso.

- Acredito que saiu tudo como o planejado. Sem qualquer vestígio de quem fez.

- Nenhum vestígio.

- Você é um excelente primeiro-tenente. Em breve tomará meu lugar. – Sorriu Edward.

- Boa tarde, Raymond. – Falou a Sra. Scott. Ela vinha com algumas xícaras de chá numa bandeja. – Acredito que Ed não o convidou para o jantar.

- Não se preocupe com isso Sra. Scott, eu voltarei para casa, estou morrendo de saudades da minha esposa e da minha filha.

- Tio Red, quando a Jennifer vai vim brincar comigo?

- Eu vou trazê-la esse final de semana. O que acha? – Perguntou ele e olhou para o chefe em aprovação, Edward afirmou com um aceno de cabeça.

- Eeeba, vamos brincar muito. – Disse Lizzie e abriu um grande sorriso mostrando as covinhas.

- Isso mesmo, agora se me dão licença irei para casa.

Lizzie abriu os olhos assustada, seu coração corria e seu corpo estava trêmulo, Dra. Orchard olhava para ela preocupada.

- Elizabeth, que bom que voltou. – Respirou aliviada. – Tem certeza que quer continuar?

- Sim. Só preciso de um tempo. – Sussurrou ela.

- Tem certeza? É melhor continuar em outra sessão.

- Eu não tenho tempo para outra sessão. – Falou ela. – Eu preciso saber o que aconteceu naquela noite.

- Certo. – Respondeu Dra. Orchard. – Continuaremos então.

Era manhã de natal quando Edward pegou Lizzie nos braços e a levou até o quarto, colocando-a no armário entregou a ela o coelho:

- Fique aqui, querida. Seja lá o que aconteça, precisa ficar aqui e não saia até que eu venha te buscar, entendeu?

- Sim, papai. – Falou Lizzie e viu sua mãe entrar no quarto também.

- Não sairei sem a Liz. Liz!

- Ela não irá com você. – Falou Edward firmemente.

- Ela está em perigo aqui, Edward.

- Eu a protegerei, mas não conseguirei fazer o mesmo com você, Anne.

Antes que pudessem falar mais alguma coisa ouviram movimentos na andar de baixo, os dois se entreolharam.

- Lizzie, fique aqui. – Edward repetiu e saiu do quarto arrastando Anne pela mão.

Ao descerem as escadas viram Reddington e mais dois homens.

- O que você está fazendo aqui, Raymond?

- Cadê ela?

- Ouça você está em apuros. – Falou Anne.

- Por sua causa. – Falou Reddington bravo. – Você contou a ela!

- Contei.

- Ela é apenas uma criança. – Esbravejou ele. – Uma criança inocente. Ela não poderia saber a localização de um material tão importante.

- Eu tive que dizer.

Dra. Oschard aplicou uma dose de lidocaína quando as máquinas começaram a disparar indicando uma taquicardia. Ela esperou alguns minutos antes que Lizzie abrisse os olhos.

- Ei, você está bem? – Perguntou ela e entregou um copo com água a Lizzie.

- Eu estou bem. – Falou ela um pouco fraca.

- Ainda quer continuar?

- Claro. – Falou ela. – Mas antes...

Ela pegou o celular que estava na mesa ao lado e discou o número conhecido.

- Dembe, diga a Red que daqui a duas horas venha me buscar. – Ela pediu e passou para ele o endereço. – Tenho algo importante para falar.

~.~

Dembe desligou o telefone e encarou Red.

- Ela estava estranha. – Disse ele.

- Você acha que ela estava em perigo?

- Não, mas ela tem algo de muito sério para falar pude notar no seu tom de voz.

- Certo. – Falou Reddington e mordeu a bochecha. – Vamos acabar logo com isso.

Olhando para o homem que estava em sua frente ele sorriu:

- Então.. onde estávamos? Ah sim.. onde está Tom Keen? – A frieza em sua voz deixou o homem ainda mais aterrorizado e sem mais demorar ele informou.

~.~

- Eu aplicarei mais uma dose, mas se você tiver outra taquicardia eu paro o processo. Você me entendeu?

- Sim. Eu.. só vamos acabar com isso, ok? – Lizzie disse com pressa.

A discussão era grande no andar de baixo, Lizzie estava começando a ficar com medo. Ela podia ouvir as vozes de seu pai e de Reddington, sua mãe também gritava algo sobre o Fulcrum.

- Raymond, você não pode fazer isso. – Gritou Anne. – Sua família está em perigo.

- Eu fui acusado de ser um traidor, acabei de abandonar minha família. – Falou ele. – Não me diga o que fazer.

- Você não pode ficar com o Fulcrum. – Falou ela. – Você precisa devolver, eles vão te matar se não o fizer.

- Eles vão me matar se eu devolver. – Gritou Reddington. – E eu não colocarei Lizzie em perigo. Se souberem que ela sabe a localização do Fulcrum ela será morta.

- E você acha justo sequestrar a minha filha para saber onde está a porcaria desse documento? – Falou Edward pela primeira vez.

- Eu não estou sequestrando-a, estou protegendo-a. – Disse ele e lágrimas encheram seus olhos. – Capitão, o senhor não pode fazer isso. Quando descobrirem que o verdadeiro traidor é você Lizzie estará ainda mais em perigo.

- Eu não posso deixar você levar minha filha. – Disse Edward e encarou Reddington, mas esse estava encarando a escada e sem mais demora subiu os degraus.

- Ei, Lizzie. – Falou ele e sorriu. – O que faz aqui? Vamos para o quarto, sim?

Lizzie olhou mais uma vez para trás, a tempo de ver seus pais discutindo, mas Reddington estava falando alguma coisa sobre eles viajarem e ela não entendeu muito bem o que eles falaram. Porém, antes que a porta fosse fechada ela escutou:

- Você achou mesmo que ele deixaria isso acontecer e não viria aqui buscá-la? – Questionou Anne.

- Você não pode culpá-lo. Ela é a única coisa que o mantém vivo.

A porta fechou e Reddington se abaixou em seus joelhos e encarou ela, os olhos dele estavam cheios de lágrimas, ele não sabia como perguntaria isso para ela. Ele sabia que Lizzie estava muito acima da media, mas ela era apenas uma criança e isso o deixava revoltado, como puderam fazer isso com uma menininha.

- Lizzie, você poderia me dizer onde está o Fulcrum?

- Está aqui. – Ela falou com uma voz pequena e apontou para cabeça.

- Eu sei, querida. Mas eu quero que você diga qual o local que o seu pai guardou. – Falou ele gentilmente.

Ela apontou novamente para cabeça e antes que Reddington pudesse insistir mais ele ouviu movimento nas escadas. Muitos passos para serem apenas as pessoas que estavam na casa. Apontando para o armário ele falou:

- Lizzie, fique aqui, não vá a lugar algum.

Com arma em punho ele saiu do quarto, Lizzie correu para o armário e abraçou-se com o coelho e fechou os olhos com força e esperou que o medo fosse embora. Porém, mais gritos foram ouvidos e um som de briga se instalou em todo o ambiente. Tiros começaram a soar cada vez mais alto e uma fumaça a fez tossir cada vez mais forte. Sem saída, ela começou a gritar.

Antes que desmaiasse duas mãos a puxaram do armário, e ela encarou o homem. Ela o reconheceu imediatamente, ele estava com a testa sangrando e mancava um pouco, mas ela reconheceria seu tio Red em qualquer lugar.

Reddington estava tomando cuidado para não ser emboscado e ferido mais uma vez, mas com todo aquele fogo era difícil enxergar qualquer coisa. Ao longe ele avistou a porta de saída e foi naquela direção, porém antes chegasse lá uma parte do teto caiu em cima deles, no último segundo ele empurrou Lizzie para longe.

A menina gritou de dor quando a madeira que estava em chamas tocou em sua mão, quando ela tentou correr para Reddington uma pessoa a segurou e a tirou dali. A última imagem que teve foi a dele no chão.

- Elizabeth, abra os olhos. – Ela ouviu a voz da Dra. Orchard ao longe.

- Não era o meu pai. – Sussurrou ela. – Não foi meu pai que ficou no incêndio. Foi ele.. foi..

Dembe e Reddington entraram no exato momento que ela encarou a porta, então seus olhos se cruzaram com o dele.

- Tio Red.

~.~

Dois dias depois da sua sessão com a Dra. Orchard, Lizzie estava mais uma vez na corte do Juiz Denner agora no banco dos réus com Cooper e Sra. Wright. O juiz a encarou e relatou o caso para o júri e apontou as evidências que tinha contra ela. Lizzie estava ficando cada vez mais nervosa com a proximidade de seu depoimento.

Fechado os olhos Lizzie tentou conter o mar de pensamentos, sua cabeça estava a ponto de explodir desde o momento que toda a memória retornou, sobre seu pai, sobre Reddington, sobre o Fulcrum.

Reabrindo os olhos ela tentou suprimir o sorriso ao se lembrar dele, após ele levá-la para seu hotel eles passaram a noite quase toda conversando sobre sua infância e seu pai. Sobre como ele era o tio favorito dela. E finalmente ela descobriu a real ligação que tinha com ele, não era só por causa do Fulcrum, era por ele ter jurado protegê-la em qualquer circunstância.

Porém, antes que fosse embora ele tinha dito que iria atrás de Tom, ele evitaria que ela fosse presa por assassinato e com um sorriso ele a deixou. E até aquele momento Lizzie não tinha ouvido falar dele.

- Eu convido a acusada Elizabeth Scott Keen para dar seu depoimento à corte. – Falou o Juiz Denner e a encarou.

Com uma confiança que não sabia que tinha Lizzie foi até o banco de testemunha e fez seu juramento.

- Ontem eu conversei com a Agente Keen para avaliar se o assassinato do Oficial Eugene Ames desencadearia uma ameaça a segurança nacional. – Começou ele. – Ela me contou uma grande história sobre como o trabalho dela era de grande importância. Estou correto, Agente Keen?

- Sim, meritíssimo. – Falou ela e o encarou friamente. Denner ficou um pouco surpreso com a reação dela, quando a interrogou dias antes ela não tinha aquela frieza no olhar, mas agora...

Ele poderia dizer que já tinha visto uma grande cota de assassinos inescrupulosos que deixava qualquer um com medo em apenas olhar. Porém, nada mais o deixou tão assustado quanto agora, Lizzie o encarava como se ela soubesse todos os seus segredos, todas as suas trapaças.

- Vo..você me falou algo sobre ter parado um homem chamado Berlin, certo? – Questionou ele e desviou o olhar do dela.

- Sim.

- Qual era a importância dele?

- Ele estava ameaçando a população. – Falou ela. – Uma ameaça direta a segurança nacional.

- Entendo. Você disse também que fez tudo isso com a intenção de pará-lo de encontrar um documento, um documento que ninguém nunca viu. – Denner falou e não conseguiu esconder o sarcasmo na voz.

- Isso mesmo.

- Então, todos devemos acreditar na sua palavra?

- Sim, meritíssimo. Quem o tiver em mãos será muito poderoso.

- Acredito que sim. – Debochou ele mais uma vez. – Segundo o que a Agente Keen me informou há alguns dias o Fulcrum é um arquivo de extorsão que prova a existência de uma organização clandestina que se cair em mãos erradas haverá uma mudança na balança do poder do mundo inteiro.

- Exato, Richard. – Sussurrou ela, a voz cortante e ameaçadora.

- E você é essencial. – Sorriu ele. – Segundo as evidências um homem foi morto e você é a única suspeita. Tudo por causa desse.. Fulcrum. Um que você afirmou não saber onde está ou com quem está.

- Aprendi algumas coisas sobre o Fulcrum esses dias. – Disse ela e olhou perigosamente para ele.

- Que bom, você poderá compartilhar conosco. – Falou ele e esperou.

[Flashback on]

Edward entregou mais um arquivo para ela, eles estavam na mesa do café e Lizzie sorria para seu novo desafio. Da última vez que tinha feito isso ela conseguiu ganhar uma boneca.

- Vamos lá, Liz. – Falou ele e sorriu. – Como é o nome dele?

- Richard Denner.

- O que ele é?

- Advogado.

- O número do arquivo?

- D8757836. – Falou ela e sorriu.

- Essa é minha garotinha. – Falou Edward. – Você lembra o que ele fez?

Lizzie pensou por um segundo e acessou sua preciosa mente fotográfica.

- Ele recebeu suborno para entregar seu cliente.

- Você lembra o por quê?

- Porque ele queria ser juiz do tribunal superior.

- Muito bem. – Disse Edward e fechou a pasta. – Próximo!

[Flashback off]

Olhando ao redor Lizzie viu seus poucos amigos a encarando, totalmente alheios do que ela tinha descoberto ou de como ela estava a um passo de se tornar mais parecida com o 4º criminoso mais procurado do FBI.

- Eu descobri que o Fulcrum não é um arquivo.. ou uma coisa. – Disse ela e olhou para a porta de vidro embaçado que tinha na entrada da sala. Ela sorriu um pouco ao ver movimento do lado de fora.

[Flashback on]

Sam entrou na sala e encontrou Lizzie comendo pipoca enquanto assistia a um filme de adolescente.

- Ei, pai. Você tem que ver esse filme. É hilário.

- Imagino. – Disse ele e suspirou. - Liz, eu... você sabe que eu tenho que fazer isso, não é? – Dizendo isso ele colocou uma pasta na mesa que estava do lado dela.

- Chegou mais uma?

- Infelizmente sim.

- Pai, você disse a alguns dias que tio Red estava vivo. – Começou ela. – Tinha como eu.. falar com ele?

- Não, Liz. É muito perigoso. – Disse Sam. – E ele não sabe o que você faz.

- Certo. – Falou ela triste. – Vamos começar.

- Ok. Nome?

- Richard Denner.

- O que ele é?

- Juiz. – Falou ela e estreitou os olhos. – Ele conseguiu.

- Pois é. – Sorriu Sam, ela estava com a memória cada vez mais poderosa. – Número do arquivo?

- D8757836.

- Crimes?

- Recebeu suborno para subir de cargo, denunciou um amigo para tomar seu lugar no tribunal superior de justiça. – Contou ela nos dedos. – Cometeu perjúrio, acusado de tentativa de homicídio e sonegador de impostos.

- Muito bem, Liz. – Sorriu Sam. – Cada dia mais eficiente.

[Flashback off]

Juiz Denner não gostou nem um pouco do pequeno sorriso que ela tinha dado, ele percebeu tarde demais que ela era uma ameaça impossível de parar.

- E o que é o Fulcrum? – Perguntou ele com receio.

- Eu, Richard. – Sorriu ela perigosamente. – Eu sou O Fulcrum.

O silêncio se instalou por poucos segundos antes de escutarem tiros no lado de fora da sala, todos se abaixaram com medo. Lizzie ao contrário saiu da cadeira onde estava e foi em direção a esposa e filha do oficial Eugene Ames.

- Eu não o matei. – Falou ela suavemente. – Mas me sinto responsável por ele ter sido arrancado de vocês. Aqui nessa conta está uma quantia que ajudará vocês. Espero que isso seja o suficiente. E mais uma vez... Eu sinto muito.

Dizendo isso ela saiu da sala com todos a olhando chocados, Ressler olhou na direção da porta na hora que ela pegou uma arma da mão de Reddington e deu a mão a ele. Ainda em choque de tudo o que tinha acontecido os jurados e os agentes presentes ficaram estarrecidos quando dois policiais entraram na sala escoltando um homem.

- Quem.. quem é você? – Perguntou o juiz.

- Eu sou Tom Keen. Eu matei Eugene Ames.

Continua...