Os estranhos (prólogo)

pov. Nanami

Eu acordei um pouco estranha depois de ontem, mas mesmo assim fui para a escola. Insisti para que Tomoe não fosse comigo hoje, desde que ele voltou ao normal, eu não consigo encara-lo direito, eu tenho agido como uma idiota!

Eu estava andando pelo corredor do colégio, e vi vários grupos murmurando animados, já outros um pouco mais quietos, mas pelo que percebi o assunto era o mesmo em todos eles. Os murmúrios ficaram um pouco maiores quando um garoto e uma garota passaram acanhados pelo corredor.

Ele era mais alto que eu, loiro, e de olhos quase negros. E ela era bem baixa, com cabelos longos e brancos quase prateados, e lindos olhos cor lilás bem escuros. A jovem parecia um pouco assustada, e andava bem perto do garoto.

Eles dois então aceleraram o passo e foram para sala, então finalmente consegui lembrar de onde eu o conhecia, ele era meu colega de classe, ele sempre foi muito quieto, e sentava no fundo, para alguns era como se ele não estivesse lá, mas com toda certeza, aquela garota era nova.

Os alunos, entraram na sala e logo em seguida o professor. Ele pediu para que a aluna nova fosse à frente, ela se apresentou como Yuki, Kimie Yuki, que por sinal era o mesmo sobrenome do loiro, o que fez os garotos da sala sorrirem por saber que eles eram parentes.

O tempo de algumas aulas passou bem rápido, outras nem tanto. Kurama observou atentamente a dupla por todo o tempo, a garota o encarou friamente por um momento, mas por sorte ele não reparou.

Finamente a aula acabou, e quando cheguei ao templo, reparei que estava um pouco mais organizado que de costume.

Tomoe apareceu no corredor, senti meu rosto queimar. Ele estava com um espanador na mão e parecia estar com pressa.

– O que houve?- perguntei

– O Deus de um templo importante esta para vir - ele falou ajeitando uma mecha de cabelo

– Ah sim... Vou tentar não estragar tudo dessa vez - murmurei um pouco chateada- vou só trocar de roupas...

– Não! - exclamou ele- ele esta para chegar!

– Ta bom! Calma! - falei um pouco irritada

Então de repente, suas orelhas de raposa se movimentaram, e ele sorriu de leve.

– Chegaram