- E foi isso o que aconteceu... – Rachel acabava de contar a Kurt e alguns detalhes que não havia contado a Santana sobre o seu fim de semana conturbado, ela estava mais feliz e não tinha o que reclamar: Havia beijado Finn, tinha enfrentado Quinn e estava com os seus amigos em NY.

- OH MEU DEUS! VOCE BEIJOU O FINN? – Kurt gritava e Rachel tentava acalmar ele até que Santana acabou jogando um sapato em Kurt – Ai doeu sabia? – Ele reclamava de dor e as duas: Rachel e Santana caiam na risada.

- Pára de gritar, caralho! – Santana falou em tom de voz autoritário, mas Kurt nem ligou, ele ainda estava gritando, mas era baixo, Rachel colocou a mão na testa e ficou pensando em quanto os seus amigos eram idiotas – Ok, mas e ai? O que vai acontecer com vocês agora? – Santana falou olhando para a Rachel.

- Não sei, eu ainda tenho que conseguir o numero do Ryder, Sam me pediu, mas eu não sei como falar com ele – Rachel tirava umas cartas do correio e ficou espalhando na mesa até que viu uma coisa: Uma carta com seu nome, na verdade era um cartão postal, ela pensou que até seria de Shelby, sua mãe que estava na Itália se apresentando, mas viu que era de Finn – OLHEM GENTE! UMA CARTA DO FINN, MEU DEUS! ESTOU CHOCADA! – Todos correram para o lado de Rachel para ler a carta – Bom vamos ver o que está dizendo.

“Oi Rachel, eu sei que deve estar se perguntando por que estou te enviando essa carta, pois já existe e-mail certo? Ok, vou começar: Rachel me desculpe se te beijei naquele dia na festa, eu havia bebido demais e queria te explicar porque eu acho que você confundiu as coisas, eu tenho a Quinn, MINHA NAMORADA, por favor, quero continuar seu amigo mas não confunda meus sentimentos por você...Eu te adoro menina da Broadway, até logo”.

Rachel se sentiu devastada por essa carta, como Finn poderia ter dito aquilo? Ela sabia que Finn estava gostando dela e não poderia se enganar já que toda a vez na hora de arrumar as suas roupas em NYADA, ele observava ela até a hora que ela ia embora. Santana e Kurt se sentaram nas poltronas do lado deles e observaram Rachel ali.

- Rachel... Sinto muito – Santana dizia olhando para o rosto de Rachel que estava para chorar.

- Tudo bem... Santana e Kurt, eu vou dormir, mas, por favor, não me incomodem – Rachel falava com o tom de voz choroso, ela necessitava de um tempo para processar tudo àquilo que tinha lido e dormir era a única. Apenas saiu da sala, foi direto para o quarto, olhou no relógio que era 22h30min, acabou pegando no sono minutos depois.

(...)

Rachel já tinha tomado café e estava a caminho de NYADA, ela pegou o primeiro metro que passou. Estava com varias coisas na sua cabeça, pensando praticamente, ela tinha que colocar as coisas no seu lugar e precisava logo.

Quando chegou em NYADA, no primeiro momento que abriu a porta, viu Finn de um lado e Ryder de outro, ela queria falar com Finn mas estava com raiva e muito magoada com aquela carta. Ela apenas se dirigiu a Ryder com uma cara seria, Finn nem havia percebido que ela havia passado, mas nem quis falar com ela, ele sabia que ela estava ainda com raiva dele. Ela chegou perto de Ryder e começaram a conversar:

- Oi Ryder – Rachel chegou perto dele com um pouco de vergonha.

- Oi Rachel! Tudo bem? – Ryder falava animado.

- Tudo bem! Ryder eu tenho uma pergunta para você... – Rachel ficou mais vermelha que antes.

- O que? – Ryder perguntou curioso.

- Você é gay? – Rachel perguntou aquilo na lata, ele ficou ainda parado por alguns minutos sem reação.

- Sim, mas porque pergunta? – Rachel ficou um pouco aliviada com a resposta dele, ela já sabia que Ryder era gay, mas queria ter certeza disso.

- Porque tenho um amigo afim de você... Ele é o Sam. – Rachel explicou para ele e Ryder mordeu os lábios.

- Conheço ele, é bem bonito, na verdade é gostoso. – Ryder falou animado como se Sam fosse um pedaço de mau caminho.

- Hahaha então, você poderia me passar seu numero, ele quer há muito tempo. – Rachel finalmente perguntou, ela deu um pulo de vitória na sua cabeça.

- Claro, anota ai! – Ryder passou o numero a Rachel, e ela ficou muito feliz com a reação de Ryder, ele tinha mordido os lábios e isso sabia no que ia dar.

Rachel ligou para Sam depois de uns minutos para contar a novidade, ele finalmente tinha atendido, o telefone já tinha dado desligado três vezes.

- Sam! Eu consegui o numero do Ryder – Rachel.

- Oh meu Deus, me passe, por favor – Sam.

Rachel passou o numero para Sam, que tinha o tom de voz tão animado que acabou desligando na cara de Rachel. Ele ligou de volta e pediu desculpas a Rachel, mas desligou educamente.

(...)

- Oi Rachel – disse Finn ainda na sala de dança, ela estava tanta felicidade por ter ajudado Sam que nem Finn conseguiria tirar essa felicidade.

- Oi Finn – Rachel falava organizando as suas coisas sem olhar no rosto de Finn.

- Então... Recebeu minha carta? – Finn falava no tom de voz sério, sabia que havia magoado Rachel mas não iria deixar isso acontecer de novo.

- Claro... – Rachel falou arrumando as coisas e saindo rapidamente da onde estava.

- Aonde você vai? Me desculpa se te magoei! – Finn gritava para que Rachel parasse e conversasse com ele.

- Claro Finn, deixe para lá – Rachel não olhou para trás para falar com Finn e continuou seu caminho até a porta deixando Finn sozinho e triste.

(...)

Quando Rachel voltava para casa, pensava em varias coisas: “Por que Finn a havia magoado tanto? Talvez Santana estivesse certa nesse sentido, ele não me amava, nunca me amou e ainda o que será que aconteceria com Sam e Ryder? Será que eles namorariam ou será que Ryder magoaria seu amigo gay?”. Perguntas como essas passavam na mente de Rachel mas ela nem ligava, ela estava atolada de tarefas para a semana e não poderia se perder em pensamentos “insignificantes”.

Quando Rachel chegou em casa cansada, ela tirou as roupas da sua bolsa e um bilhete se soltou da sua bolsa, era um poema de romance que dizia.

As palavras são como os patifes desde o momento em que as promessas os desonraram. Elas tornaram-se de tal maneira impostoras que me repugna servir-me delas para provar que tenho razão.”

Rachel conhecia essa frase como ninguém, era de William Shakespeare, seu ídolo mas quem poderia ter lhe mandado aquilo...Finn ou outra pessoa?