The Dawn is Your Enemy

Plans, plans and more plans


Após Finn ter ativado o painel, o grupo voltou para o Reino Doce. Já estava entardecendo e faltavam algumas horas para o pôr do Sol. Assim que chegaram, eles se depararam com uma multidão em pânico.

— O que está acontecendo no reino? – perguntou o cachorro.

— O MUNDO VAI ACABAR! O MUNDO VAI ACABAR! – gritou um dos cidadãos do Reino Doce enquanto corria em pânico.

Parece que alguém deu com a língua nos dentes. Os cidadãos do Reino Doce ficaram correndo de um lado para o outro em pânico. Jujuba estava correndo para conter a multidão com um megafone.

— Acalmem-se, acalmem-se! O mundo não vai acabar! – disse a princesa enquanto corria de um lado pro outro.

O grupo decidiu ajudar a princesa, já que os guardas banana decidiram entrar em pânico junto com a multidão. Infelizmente para eles, a multidão estava tão fora de controle que nem o grupo conseguiu controlar todos que estavam correndo por aí.

— Eles são muitos! Nós não vamos conseguir! – Sunny reclamou da situação.

— Deixem isso comigo.

Jake se esticou todo e usou o seu corpo para agarrar a multidão descontrolada, como uma serpente que usa o seu corpo para agarrar a sua presa. O caos era tanto que Jake teve que se enrolar a multidão toda múltiplas vezes para que ninguém escapasse.

— Bom trabalho, Jake. – disse a princesa, elogiando o cachorro.

Jujuba se aproximou da multidão, ainda apavorada.

— Escutem bem. Não sei quem disse para vocês que o mundo vai acabar, mas não é verdade. O mundo não vai acabar! – disse a princesa com o seu megafone.

— Mas ouvimos os guardas banana dizendo que o mundo vai acabar. – disse um cidadão apavorado do Reino Doce.

— Não é verdade. Os guardas banana não são muito inteligentes, e vocês sabem muito bem disso. Além disso, eles acreditam em qualquer coisa.

— Isso é verdade. Eles são muito burros. – disse um dos guardas banana, para a frustração da princesa.

Jujuba suspirou, mas teve uma ideia de como acalmar a multidão.

— O Lich virou um bebê gigante e o Rei Gelado não fez mais nenhuma estupidez graças ao Finn e ao Jake. Enquanto eles estiverem aqui, este mundo estará a salvo. Vocês entenderam bem?

Os cidadãos presos pelo Jake falaram um com o outro depois do que a princesa falou. Parece que isso fez com que eles se acalmassem.

— A princesa tem razão. Enquanto Finn e Jake estiverem aqui, nós estaremos seguros. – disse um dos cidadãos do Reino Doce.

A multidão concordou com o que o cidadão disse. Jake soltou a multidão de seu corpo, fazendo com que o cachorro voltasse ao tamanho normal. Enquanto a multidão discutia com o que a princesa falou para eles, a mesma foi em direção ao grupo.

— O que foi aconteceu? – o garoto perguntou.

— Um dos guardas banana ouviu uma conversa entre mim e Cornelius. Acho que ele acabou ouvindo de nós que o mundo está correndo grave perigo de ser destruído.

— Bem, é no que dá ter guardas com um cérebro do tamanho de um amendoim. – disse Jake.

A princesa riu.

— Eu tenho que agradecer a você, Jake. Se não fosse por você, eu não teria conseguido controlar a multidão.

— Não foi nada.

— Desculpe por interromper a conversa, mas aonde está mestre Cornelius? – Usagi perguntou.

— Oh. Ele está no salão principal. Ele está esperando por vocês.

O grupo foi em direção ao castelo, mas não antes de agradecerem a princesa. No entanto, assim que eles ficaram bem longe da princesa, ela ficou irritada.

— Maldição! – a princesa reclamou enquanto chutava o muro do castelo.

Nervosa, ela deu vários socos no muro do castelo com bastante força.

— Meu plano não funcionou como eu queria. Fazer com que o guarda banana acreditasse na conversa deu certo, mas não era o que eu queria.

Tudo isso o que aconteceu era parte do plano da princesa para que ela tivesse a sua reputação limpa. Felizmente para ela, ela teve outro plano em mente.

— Graças as câmeras que instalei nos outros reinos, eu posso causar uma catástrofe e alertar a todos os cidadãos sobre o perigo que estamos correndo.

Ela deu um sorriso meio diabólico em seu rosto.

— Felizmente eu sei qual reino eu irei atacar. Eu estava reservando este plano caso este reino fosse uma ameaça para o meu, mas graças ao comportamento de certos indivíduos, eu posso iniciar o plano sem problemas. E depois disso, colocarei a culpa nesta tal de Roxanne.

É o plano perfeito para ela. Nada poderia dar errado.

—--

Assim que entraram no salão principal, Cornelius foi até o grupo para saber do painel.

— Bem-vindos de volta. Ativaram o painel? – o mestre perguntou.

— Sim, mas não foi como a gente esperava. – respondeu Finn.

Cornelius ficou confuso.

— Como assim? – novamente o mestre perguntou

Finn e os outros contaram o que ocorreu na floresta.

— E foi isso o que aconteceu. – disse a garota com máscara de coelho.

Cornelius ficou quieto durante a explicação. Não disse absolutamente nada.

— Então ela ficou mais forte…

— Tão forte que ela conseguiu segurar a lâmina da espada da Sunny sem se cortar. – disse Moonman.

— Isso não me preocupa. O que me preocupa é o plano dela. Ela poderia ter matado Finn para que ele não ativasse os painéis, mas ela não fez isso. – o homem careca falou.

— Ela também disse que magia não afeta os painéis. – falou o garoto.

— E isso é verdade. Os painéis são imunes a magia. – disse o homem careca.

— E o que nós podemos fazer? – perguntou Finn

Cornelius analisou a situação. Roxanne não quer o garoto morto, e ela não quer destruir o mundo. Ela quer que ele ative os painéis. Cornelius achou que ela queria o santuário, mas ele descartou a ideia assim que ele se lembrou que a feiticeira queria que o garoto deixasse de ser um herói e aceitasse o seu potencial.

— …eu achei o que você disse hoje de manhã uma simples besteira, mas Roxanne quer mesmo alguma coisa com você, Finn.

— Está falando daquele papo dele deixar de ser herói? – perguntou o cachorro

— Como eu disse, eu achei que fosse besteira, mas depois de hoje, não há como discordar.

— Tá, mas o que faremos agora? – perguntou Sunny

— Eu preciso da ajuda de vocês neste momento. Finn, eu quero que você volte para casa e descanse. O segundo painel será ativado amanhã. Precisamos que você fique em boa forma amanhã.

— E se a Roxanne aparecer? – o garoto perguntou.

— Eu quero que fique com isso.

Cornelius entregou para o garoto um telefone sem fio. E quando eu digo sem fio, eu digo literalmente, pois o telefone é um telefone com fio com a cabo arrancado.

— …o que eu faço com isso?

— Isso é um comunicador mágico. Ele parece um telefone quebrado, mas ele funciona muito bem. Use-o para me chamar caso Roxanne apareça.

Jake pegou o telefone quebrado da mão do garoto.

— Qualé, isso nem deve…

Assim que Jake apertou um dos botões, uma tela holográfica mágica apareceu bem na frente dele. Esta tela continha os botões numéricos de um telefone comum, além de um botão enorme escrito “Chamar Cornelius”.

— …eu retiro o que eu ia dizer neste momento.

Jake desligou a tela holográfica do telefone e o devolveu para o garoto.

— Vamos, Jake. Já está anoitecendo.

Finn e Jake saíram do castelo, mas sem antes de despedirem de Cornelius e seus aprendizes. Assim que eles foram embora, Cornelius chamou a atenção de seus aprendizes.

— Preciso falar com vocês. Venham comigo.

—--

Cornelius e seus aprendizes foram até o laboratório da Princesa Jujuba. Ele deu uma olhada no corredor para ver se não havia ninguém por perto e fechou a porta.

— Precisamos dar um jeito de vigiar o Finn enquanto o santuário não aparecer neste continente.

— Tá, mas como? Não podemos ficar perto dele por muito tempo. Ele pode suspeitar e... bem, você sabe. - disse Moonman.

— É, eu sei. Não conhecemos muita gente neste continente. Até mandaria um dos guardas banana para vigiá-lo, mas eles não são muito inteligentes. - disse Cornelius.

Usagi tentou falar algo, mas ela foi interrompida quando Jujuba entrou no laboratório.

— Ué, o que vocês estão fazendo aqui? – perguntou Jujuba

— Oh, nós estávamos tendo uma reunião secreta. Aparentemente Roxanne ficou mais forte, e ela está interessada no Finn. Precisamos que alguém vigie o garoto enquanto não estivermos por perto. Até enviaria um dos meus aprendizes, mas vou precisar deles enquanto estivermos aqui.

Jujuba teve uma ideia.

— Bem, eu sei como ajudar. A casa de Finn e Jake pertencem a uma amiga minha, e ela pode nos ajudar. Dá só um minuto…

Jujuba pegou um celular e começou a discar…

—--

O dia de Marceline estava tranquilo. Era um dia perfeito para ela compôr novas músicas. Ela conseguiu compôr metade uma música, mas ainda estava faltando as letras. Infelizmente para ela, seu trabalho teve que ser interrompido quando ela ouviu o seu celular tocar. Ela pegou o celular e o atendeu.

— Alô, Marceline falando.

— Marceline?

— Bonnibel? O que você quer, eu estou meio ocupada.

— Desculpe te interromper, mas preciso de sua ajuda.

— Tudo bem, mas o que você precisa?

— Preciso que você vigie o Finn por alguns dias. Tem uma feiticeira poderosa que está rondando pela Terra de Ooo, e ela está interessada no Finn por algum motivo.

Marceline se perguntou o porque ela pediria ajuda para esse tipo de coisa.

— …olha, a gente já tá namorando faz um tempo, mas eu não sabia que você está a fim do garoto. Se quiser que eu termine com você para que uma feiticeira não acabe namorando ele, não tem problema.

— O QUÊ?!? Não é esse tipo de interesse! Essa feiticeira é perigosa! Ela pode fazer alguma coisa com ele. Eu preciso que você vigie ele por alguns dias.

— Ok, ok. Eu vigio ele. Além disso, eu já ia ir para a casa na árvore para dar um susto no Jake assim que eu terminasse de compôr a minha canção.

— Muito bem. Outra coisa, eu preciso que você vá com ele e alguns humanos até a praia amanhã. Isso é importante.

— Tudo bem, mas eu vou precisar do meu protetor sol… espera, VOCÊ DISSE HUMANOS?!?

— Sim. Eu disse isso mesmo. Quatro humanos chegaram neste continente a procura do Finn. A história é meio longa, mas ele deve explicar para você amanhã, entendido?

— …entendido.

— Muito bem. Até mais.

Jujuba encerrou a ligação. Marceline não conseguiu acreditar no que acabou de escutar. Humanos ainda existem. Ela achou que Finn fosse o último, mas parece que isso não é mais o caso.

— Isso é interessante. Bem, eu acho que o garoto não se sente mais sozinho neste mundo… ou quase, já que tem a Betty.

Ela pegou a sua jaqueta, apagou a luz de sua casa e foi direito para a casa na árvore.

— Espero que não se incomode de dormir perto de você, Finn. E espero que você tenha bastante medo, Jake. – disse a vampira enquanto ela ria.

—--

Fonte de energia milenar detectada. O sistema precisa de mais dados para verificar a origem da fonte.

Finalmente. Só mais um painel precisa ser ativado. Você está fazendo tudo direitinho, garoto. E depois disso, vamos fazer com que você aceite o seu potencial.