The Dawn is Your Enemy
Finn and Flame Princess: Part 1
Isso deveria ser um sonho para o garoto. Seu anjo. Sua musa. Sua princesa. Bem na sua frente.
— Phoebe? – disse o garoto.
— Ainda surpreso? E oi Marceline.
— E aí. O que veio fazer aqui?
— Bem, eu estou tirando o dia de folga e estou sem nada para fazer. Queria saber se o Finn não gostaria de sair comigo.
O garoto não acreditou no que ouviu. Ela queria sair com ele. Depois de todos esses meses. E ele achava que ela ainda não gostava dele depois do incidente no Reino de Fogo.
— Sim! E-e-eu posso sair com você! Mas antes, você poderia descer lá embaixo? Eu tenho que fazer uma coisa primeiro. Não vai demorar nada.
— Oh, tudo bem.
Ela e BMO desceram até a cozinha. Finn voltou a sua atenção para a vampira e foi até ela como um desesperado.
— O QUE EU FUI FAZER?!? – disse o garoto.
— Ué, não tá feliz de ver ela depois de todo esse tempo?
— Sim, mas aquilo saiu da boca pra fora! Eu estou com medo, Marceline. MEDO!
— O que? Medo de fazer outra burrada?
— Sim. Eu tenho medo de fazer mais uma burrada. Se eu fizer mais uma, acabou pra mim. Ela provavelmente nunca mais vai querer me ver.
Marceline viu o quanto o garoto estava apavorado. Isso não era novidade para ela. Meses atrás, ela ficou sabendo que a Princesa de Fogo terminou com ele depois da idiotice que o garoto fez. Desde então, ela só via o garoto deprimido toda vez que ela fazia uma “visita surpresa” (assustar Finn e Jake). Ela estava cansada de ver o garoto daquele jeito.
— Deixa eu te contar uma coisa, Finn: séculos atrás, eu e a Jujuba nos amávamos, mas várias coisas aconteceram e nós nos separamos por causa dos erros que nós cometemos. Séculos depois, nós voltamos. Foi um começo complicado, mas nós estamos juntas agora. Está entendendo o que eu quero dizer?
— …não? – disse o garoto.
— Você ainda tem tempo de consertar o erro que causou e ser feliz ao lado dela de novo. Eu sou imortal e a Jujuba sempre dá um jeito de prolongar o tempo de vida dela. Você e a princesa são mortais. Vocês não durarão muito tempo neste mundo. Agora me diga: você a ama ou não?
—…sim, eu a amo. Eu a amo de todo o meu coração.
— Então seja o Finn de antes. O Finn que era feliz e não esse Finn cabisbaixo, triste e depressivo. Faça isso por ela.
As pessoas cometem erros o tempo todo. Como os humanos diziam milênios atrás, errar é humano, e erros podem ser consertados. Finn ainda tinha uma chance com ela. Isso é, se ele não fizer besteira.
— Obrigado Marceline. Você é a única pessoa que eu conheço que não pediu para eu desistir dela.
— Nah, não tem problema. O importante é que você merece ser feliz de novo. Agora vai até lá embaixo e leva ela para sair.
O garoto desceu até a cozinha e viu a sua amada jogar BMO na mesa. Ela parou de jogar assim que viu o garoto.
— Já está pronto? – perguntou a princesa.
— Oh, sim. Mas aonde você quer ir? – perguntou o garoto.
— Eu não sei. Tem algum filme bom passando no cinema? – perguntou a princesa.
— Bem, deve ter algum. Eu nem cheguei a ver qual filme está em cartaz. – disse o garoto.
— Que tal a gente ver qual está passando e…
A princesa nem deve ter notado quando ela viu o garoto no quarto dele, mas ela viu a espada de grama enrolada no braço dele. Ela ficou chocada.
—…meu Glob. Então os rumores eram verdadeiros. – disse a princesa, chocada.
— Huh? O que era verdadeiro? – perguntou o garoto.
— Seu braço. Ouvi dizer que você perdeu o seu braço, mas ganhou outro dias depois.
— Oh, sim. Isso é verdade. Eu perdi o meu braço.
— Eu… eu sinto muito. – disse a princesa.
— Pelo que? – perguntou o garoto.
— Por não ter feito nada para ter te ajudado. Eu estava tão ocupada no meu reino que…
O garoto colocou a mão no ombro dela.
— Não precisa se culpar. Você tinha que cuidar do seu reino. Eu tive que cuidar de alguns assuntos pessoais. – disse o garoto
Finn nem sequer tinha notado de cara, mas ele percebeu que a sua mão não estava queimando quando ele colocou a mão nela.
— Huh? Porque eu não estou sentindo dor? – perguntou o garoto.
— Surpreso? Agora eu consigo controlar a minha matriz elemental. Ou seja, adeus luvas de papel-alumínio. – disse a princesa, sorrindo.
O garoto sorriu. Nunca mais ele iria sentir mais uma queimadura quando ele quisesse tocar nela de novo. No entanto, esse “de novo” dependeria de como o garoto se comportasse pelo resto do dia.
— E então, vamos? – disse a princesa.
— Oh sim, vamos.
Os dois desceram até a entrada e saíram de casa. Sem que os dois percebessem, Marceline saiu de casa também, invisível para que os dois não notassem a presença dela. Ela pegou o seu celular e ligou para alguém.
—--
Enquanto isso no Reino Doce, Jujuba, Cornelius e os seus três aprendizes estavam construindo algo para ajudar a localizar o santuário. Jujuba teve a ideia de construir um satélite que orbitará ao redor de Ooo. Esse satélite detectará ondas multidimensionais, permitindo localizar o santuário com mais facilidade.
O que eles não sabiam é que o satélite também está sendo programado para reativar o sistema de vigilância, fazendo com que todas as câmeras transmitam os seus dados para o computador do Reino Doce.
— Princesa? – Cornelius chamou a atenção da Jujuba.
— Hmm? – disse a princesa.
— Eis a peça necessária para o satélite.
Ele entregou para ela um chip azul com um emblema parecido com os painéis que o Finn ativou nos últimos dias.
— Esse é o chip necessário para encontrar o santuário?
— Isso. Com ele, poderemos localizá-lo sem problemas.
— Ei princesa.
Moonman chamou a atenção da princesa.
— Aonde essa peça vai? – perguntou Moonman, segurando um cilindro de metal em sua mão.
— Tem uma engrenagem perto de você? – perguntou a princesa.
— Aquela coisa redonda?
— Sim, isso mesmo. Você precisa colocar ele no buraco.
— …colocar esse cilindro grande e duro no buraco da engrenagem.
— É isso mesmo.
O aprendiz começou a rir feito um maníaco. A princesa não entendeu absolutamente nada.
—…o que? O que foi que eu disse?
— Ignore-o, princesa. Ele é muito, mas muito imaturo. – disse Usagi.
— Tá, mas o que foi que eu fal…
Foi então que a Jujuba entendeu o porque dele estar rindo.
— Moonman! Tenha mais respeito diante da princesa!
— …eu não posso acreditar nisso. – disse a princesa, irritada.
— Eu avisei para ignorá-lo. – disse Usagi.
—…ainda bem que eu estou de bom humor hoje, senão eu mandaria ele para a masmo...
A princesa foi interrompida quando ela ouviu um toque de celular ecoando pela sala. Era o celular dela. A princesa pegou e atendeu.
— Marceline? – disse Jujuba
— Sim, sou eu. Duas perguntas: você está perto de um computador? Cornelius e os aprendizes dele estão aí?
— Sim e sim. Porque?
— Coloca no viva voz.
Ela chamou a atenção do velho e mestre e seus aprendizes. Depois disso, ela colocou o celular no viva voz.
— Sim, Marceline? O que houve? – perguntou Cornelius.
— Só avisando que vou seguir Finn o dia todo. No entanto, eu vou ter que ficar invisível o dia todo. Não quero arruinar o encontro dele.
— Espera, espera, espera… encontro? – perguntou Moonman.
— Sim. Ele está com a ex-namorada dele. Vou mandar uma foto. Bonnie, seu computador tem o aplicativo de mensagens instalado?
— Sim. Dá só um minuto.
Jujuba foi até o computador do Reino Doce e abriu o aplicativo. Segundos depois, uma foto apareceu na tela do computador. Uma foto mostrando Finn e a Princesa de Fogo. A princesa ficou com raiva só de ver a foto, pois ela lembrou que seus planos foram pro ralo.
— O quê?!? Marceline, o que ele está fazendo com ela?!?
— Ele está levando ela para um encontro, tem algum problema?
— …não.
— Eu irei vigiá-los pelo resto do dia. Eu não vou deixar que Roxanne atrapalhe o encontro dos dois.
— Faça isso, Marceline. Pela segurança do garoto e dessa princesa.
— E falando em princesa… Jujuba, posso falar com você em particular? Tem uma coisa que preciso te perguntar.
— Oh, um assunto particular? Quer que a gente se retire? – perguntou Cornelius.
— Não, não. Continuem a montar o satélite. Eu vou sair da sala, mas já volto.
Jujuba desligou o viva-voz e saiu da sala. Ela andou até o seu quarto para não ser interrompida por ninguém.
— Fala, o que foi? – perguntou a princesa.
— Eu quero que você seja honesta comigo. Sem mentiras e sem desculpas, entendido?
— Sim, mas o que aconteceu?
— Finn me disse que você planejou destruir o Reino de Fogo. Isso é verdade?
A princesa quase teve um troço quando ouviu isso.
— C-c-como assim destruir o Reino de Fogo?
— Foi o que ele me disse. Isso é verdade?
— Não! Absolutamente não! Porque eu faria algo tão horrível como esse?
— Porque eu te conheço faz tempo, Bonnie. Você sempre tomou decisões bastante duvidosas ao longo dos anos.
— Mas eu nunca faria algo tão louco como esse!
— Você tem certeza disso?
A princesa não disse absolutamente nada. Ela não podia mais inventar mais mentiras. Ela desligou na cara da vampira.
— Isso é pelo bem do meu reino, Marceline. – disse a princesa.
—--
– Bonnie? Bonnie?
A vampira olhou para o seu celular e viu que a ligação havia sido encerrada.
—…eu espero que você não esteja escondendo nada de mim, Bonnie. – disse a vampira.
A vampira guardou o celular e continuou a seguir o garoto. Ela teria tempo demais para se preocupar com a princesa mais tarde.
—--
Enquanto isso, Usagi, Sunny e Moonman ficaram olhando para a foto que Marceline mandou para a Jujuba. Sunny ficou feliz em ver que o garoto estava junto de sua princesa de novo.
— Então essa é a sua princesa, Finn… – disse Sunny.
—…com ciúmes? – perguntou Moonman.
— N-não! Deixa de ser otário, Moonman! Eu estou feliz por ele. Feliz por ele estar junto dela de novo.
— De novo? Alguma coisa aconteceu com eles? – perguntou Usagi.
— Finn fez algo que não devia ter feito e eles se separaram. Ele ficou desesperado para ter outra chance com ela. E parece que agora ele está tendo essa chance. – disse Sunny.
— É, mas… você sabe o que vai acontecer quando nós encontrarmos o santuário, né? – perguntou Moonman.
—…eu sei. Eu só quero que ele aproveite o resto do dia junto dela, porque depois disso, ele nunca mais poderá vê-la de novo.
— É uma pena, mas não há nada a ser fei… huh?
Moonman olhou atentamente para a princesa novamente. Foi então que ele notou algo interessante nela.
—…Usagi. Sunny. Olhem bem para a princesa. E quando eu digo olhem bem, eu digo para olharem para o rosto dela.
— O que? Por acasa ela tem algo no rosto que… não pode ser. – disse Usagi.
— O que? É a Roxanne? – perguntou Sunny.
— …não. Olhe bem para ela… e faça a comparação.
Sunny olhou para o rosto da Princesa de Fogo na foto.
— Não. Não pode ser!
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