Percy escancarou a porte ofegando.

- Tenho más notícias. – ele disse. – venham comigo. Rápido.

Todos estavam na sala. Estavam concentrados em uma MI.

- Isso é péssimo! – disse Annabeth para uma garota ruiva da MI - Você tem certeza Rachel?

- Essa foi a profecia. – ela respondeu – Foi Delfos, não eu.

- Profecia? - perguntei – Essa é a Rachel E. Dare?

- Sou eu sim, prazer Anne. – respondeu a ruiva da MI – É, uma profecia.

- Posso ouvi-la?

- Claro.

Uma deusa de corpo mortal,

O mundo há de salvar,

Seus amigos e irmãos hão de ajudar,

Mas na batalha final,

A morte há de ceifar,

A vida mortal da deusa,

Que poderá não mais voltar.”

Fiquei pálida.

- Que deusa? – Perguntou Haley. Eu havia me esquecido de que ele não sabia.

Olhei para Annabeth. Ela entendeu e assentiu.

- Haley, pode vir aqui um momento, por favor?

- Hãm, claro.

Eles saíram da sala em direção à cozinha. Annabeth iria explicar a ele o que eu era. E ele também.

- Eu vou morrer. – Eu disse baixinho.

- Na verdade não. – Disse Rachel na MI. Eu tinha me esquecido dela. – Você é uma deusa, deuses não morrem.

- Mas são banidos para o Tártaro! Ou para algum abismo do Duat! – eu já estava gritando. – Rachel eu vou morrer! “Que poderá não mais voltar”! Eu vou morrer! – agora eu já estava quase chorando. Eu não sabia por que estava fazendo tanto drama.

- Poderá! - Respondeu Rachel.

- Mas para eu voltar eu vou ter que morrer! – Gritei sentindo meus olhos lacrimejarem. Credo, eu estava me achando estranha. Fazendo tanto drama. Eu nunca tive medo de morrer, não sabia por que agora eu estava assim.

Toc-toc. Nos entreolhamos. Annabeth e Haley estavam na cozinha. Os outros estavam todos aqui.

- Quem pode ser? – perguntei baixinho. Já tinha voltado ao meu normal.

Todos negaram com a cabeça. Percy destampou Contracorrente, os magos pegaram seus cajados e varinhas. Preparei uma flecha em Pansélinos.

A porta foi destrancada. Por ela entraram uma mulher punk com cabelos coloridos, uma garota de minha idade e um menino com uns dois anos a menos que a menina.

- Aaaah! – Gritou a menina. – O que é isso?

O menino estava em choque, assim como a mulher.

- São mortais. - Eu disse guardando Pansélinos. Todos guardaram suas armas. – Devem ser os nossos colegas de cabana.

A mulher punk estava quase desmaiando.

- Mo-mortais? – Perguntou a menina.

- Sadie você tem alguma coisa para apagar a memória? – perguntei. Ela levantou as mãos, impotente – Zia? – Negou com a cabeça. – Merda – falei baixinho. – Oi, como é seu nome garota?

- A-Amy Cahill.

- Amy? Eu te conheço! – Mais um dos livros de papai. – aqueles são Dan e Nellie, não?

Ela assentiu.

- Co-como você sabe?

- Olha, você já leu Percy Jackson ou Crônicas dos Kane?

Ela assentiu.

- Então, tudo é real. Aqueles são Percy, Sadie, Carter, Walt, Zia e Jaz. Eu sou Anne Riordan, a filha de Rick. Meu irmão Haley está na cozinha junto com Annabeth. E eu sou uma deusa assim como Haley.

Ela piscou algumas vezes e desmaiou.

- Maravilha! – Eu disse. – Percy, a leve para o sofá, por favor.

Dan parecia que ia desmaiar a qualquer momento, então ele também desmaiou. Eta povinho fraco.

Nellie saiu do transe e deu um sorrisinho.

- Legal! Gostei do seu cabelo! – ela disse apontando para Sadie.