The Dark Princess

Capítulo Bônus - O causo da Princesa de Gelo.


4 Dias atrás...

Juliet P.O.V.

Já era de tarde, o sol ia se pondo no reino de gelo. Eu estava na sacada do meu quarto admirando a paisagem.

Via meio distante a vila, onde os súditos brincavam com seus poderes de neve e conversavam. Suspirei meio entediada, esperando que a noite chegasse, para que eu finalmente pudesse sair um pouco.

(???): - Er... Filha?! – Alguém me chamou. Olhei para trás e meus pais estavam entrando no meu quarto.

– Sim?! – Respondi me virando.

(Mãe): - Sabe, estamos fazendo os preparativos para o aniversário de cem anos do nosso reino, por que não compareceu?

– Er... Eu estava ocupada! – Menti. Na verdade essas comemorações são uma perda de tempo, todos falam, falam e nunca chegam a uma conclusão.

(Pai): - É o que a senhorita estava fazendo? Sabe que eu não gosto de mentiras! – Ele perguntou me encarando.

– E-eu... Estava na minha aula de etiqueta real! – Falei.

(Mãe): - Certo então... Deixe-a, só estava fazendo os seus deveres. – Em seguida minha mãe deixou o quarto.

(Pai): - Acho que como uma princesa e futura rainha, a senhorita deveria comparecer a essas reuniões. – Disse ele enquanto deixava o quarto.

Depois disso apenas me joguei na minha cama e esperei que a noite chegasse.

Meus pais são do tipo: Super-protetores e que seguem as velhas regras, haja o que houver. Tive que mentir. Na verdade, como eles ficaram o dia todo fora, aproveitei, para ir ver o povoado, meus pais odeiam que eu faça isso, eles dizem que uma princesa não deve se misturar com a plebe e tal. Resolvi fazer umas coisas de gente normal tipo, andar pela vila e tentar patinar um pouco. (Sim, sou proibida de fazer isso).

Já eram cause 6:30, resolvi arrumar meus equipamentos, enquanto não anoitecida.

Revirava meu guarda-roupa atrás do meu vestido branco de babado inglês, mas não o encontrava.

De repente fui surpreendida por alguém.

(???): - Princesa?!

– Gahhh! – Gritei assustada me virando para trás. Era Sarah, uma serviçal do castelo. – Que susto Sarah! – Comentei, em seguida voltei a procurar pelo meu vestido.

(Sarah): - Perdão alteza! Eu vim lhe perguntar se a senhorita vai hoje comer o jantar?

– Não, deixe para outra hora! – Falei sem tirar os olhos da gaveta.

(Sarah): - Certo! – Falou ela deixando o quarto.

– Espera! – Falei fazendo sinal para que ela permanecesse ali. – Sarah, você por acaso viu meu vestido branco de babado inglês?

(Sarah): - Não estou lembrada... Diga-me melhor como ele é.

– Ele é branco, uma cor branco gelo, com babados ingleses na barra da saia e nas mangas, e ele... Está só um tiquinho encardido.

(Sarah): - Princesa, se refere a aquele “trapo”?! Francamente eu já vi panos de chãos mais bonitos que aquele “vestido”.

– Você está exagerando Sarah! – Comentei.

(Sarah): - Aquele pano estava rasgado, manchado, encardido e coberto de umas manchas que parecem... Sangue?

– Era molho de Tomate! – Falei tentando cobrir a suspeita. Poxa aquele era o meu vestido de luta!

(Sarah): - Aquilo não é coisa de estar no meio das roupas de uma princesa! – Comentou. – Alias... Por que queria o vestido, princesa?

– Ahh... Eu ia joga-lo fora... Mas como você já fez isso... Obrigada!

(Sarah): - Se precisar de algo é só chamar! – Falou ela enquanto deixava o quarto.

Puxa... Agora terei que arrumar outro vestido. Comecei a revirar meu guarda-roupa atrás de um vestido não muito chamativo e confortável.

No fundo do guarda-roupa achei um, azul claro, mangas compridas e na altura dos joelhos, com um pouco de brilho meio desbotado. Perfeito.

Já eram cause sete horas, vesti a minha roupa e calcei minhas botas pretas. Abri a porta lentamente e espiei o corredor, não havia ninguém por lá.

Sai e fechei a porta com delicadeza, caminhei alguns centímetros pelo corredor até que alguém gritou:

(???): - Juliet!!! – Gritou a pessoa me assustando.

– Ahh! – Gritei. Olhei para trás é era Natan, uma tremendo puxa saco da família real. Meu grito foi tão alto que pude perceber pessoas se aproximando para ver o que estava acontecendo. Rapidamente puxei Natan para trás de uma coluna, tapei a sua boca com minha mão e esperei que o corredor novamente se esvaziasse.

Alguns serviçais e o Rei deram uma breve espiada, conversaram um pouco e cada um foi para o seu canto, o corredor ficou vazio de novo e eu saltei Natan.

– Pelo amor de Glob! Que negócio é esse de me assustar?

(Natan): - D-desculpe-me princesa. Eu apenas queria te dar uma ótima noticia! – Disse ele sorrindo. “Eu devo ser educada com esse esquisito!”, pensei.

– Pois bem Natan, que boa notícia é essa?

(Natan): - Eu acabei me tornando membro da guarda real! Não é legal?

– É sim! – Como ele conseguiu? Ele é um tremendo fracote esquelético.

(Natan): - E... O rei disse que admirava a persistência, já que eu não parava de pedir para ele isso. E ele também disse que tinha uma função especial para mim!

– Sério? Que tipo de função? – Fingi interesse, mas apenas estava querendo acabar com essa conversa.

(Natan): - Ahh... Bom... O rei me disse que é uma função muito importante, alguma coisa de ir à frente para ativar as armadilhas e proteger os soldados realmente bons. – Tinha que ser.

– Bom... Eu tenho que ir, Tchau! – Falei saindo.

(Natan): - Ei aonde você vai vestida assim? Ahh... Você vai sair escondido?

– Err... Bem... Eu... – Suspirei. – Natan, sabe guardar segredo?

Ele olhou para mim, encarou o chão e em seguida disse:

(Natan): - Sim.

– Okay... Eu saio todas as noites para me aventurar por ai... Acho que faço isso por que meus pais nunca me deixam ficar longe desse castelo! Por favor, não conte isso para eles! – Implorei.

(Natan): - Pode deixar princesa, seu segredo estava a salvo comigo. – Disse sorrindo.

– Certo! – Falei indo embora.

(Natan): - M-mas como você conseguiu ultrapassar a cúpula? – Nosso reino é coberto por uma cúpula de gelo impenetrável que protege o reino e conserva o frio.

– Bom... Há alguns anos eu achei uma caverna perto da cascata congelada, onde há um túnel que leva para fora da cúpula. – Contei, e em seguida sai antes que ele pudesse me fazer mais perguntas.

Deixei o castelo sem problemas, a guarda estava espalhada pela pelos arredores. Andei calmamente até à floresta de pinheiros perto da cascata congelada.

Ultrapassei as águas congeladas e entrei na caverna que ficava atrás da cascata.

Na úmida e gélida caverna andei alguns metros até o túnel que levava para fora da cúpula. Cheguei ao local, onde haviam algumas folhas espelhadas pelo chão. Agachei-me e as espalhei até achar uma tábua, que no caso cobria o túnel.

Achei a tábua e com cuidado a retirei, desci pela escada que havia no interior do buraco.

Já no fundo do túnel, fui andando. Já podia ver a luz de Ooo e fora da cúpula, o vento do mundo lá fora, não o vento gelado e forte que estou acostumada a sentir, mas sim a brisa úmida e serena de uma noite qualquer.

Estava cause no fundo do túnel quando me interromperam:

(???): - Hamm... Princesa, onde pensa que vai? – Me virei para trás a fim de ver quem era, eram os guardas do meu reino.

– O –o que? Como me encontraram? – Perguntei surpresa e confusa ao mesmo tempo.

(Guarda): - Não importa... Princesa, a senhorita deve ir imediatamente até o reino... O Rei quer falar com vossa alteza.

Sem pensar duas vezes disparei um raio congelante contra eles e corri na direção oposta, mas fui pega por dois soldados.

– Ei exijo que me larguem! – Falei.

(Guarda): - Desculpe princesa, mas temos ordens do rei pedindo que a levemos até o castelo. – Em seguida sai carregada por dois soldados.

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Chegamos ao castelo, os guardas me levaram até o trono onde estavam os meus pais, e pela cara deles o negócio ia ser feio.

(Guarda): - Aqui esta ela vossa majestade! – Disseram os dois me deixando e em seguida saindo.

Meu pai me olhou de um jeito frio, em seu rosto pude ver a expressão e raiva.

(Pai): - Muito bem... ONDE JÁ SE VIU UMA PRINCESA DEIXAR O SEU REINO E FICAR SE ARRISCANDO POR AE? ISSO É UMA TREMENDA FALTA DE POSTURA! – Comentou ele.

Apenas continuei calada e o escutando.

(Mãe): - Você poderia se machucar! – Falou minha mãe preocupada.

– M-mas eu sei me cuidar! E-e como descobriram meu segredo!

(Pai): - O Sr. Natan nos contou! – Grrr... Eu já devia saber.

– Bom... Eu não faria isso se não me deixassem isolada aqui! – Falei.

(Pai): - ISSO PARA MIM É UMA TREMENDA FALTA DE OBJETIVO NA VIDA, não sei quem colocou isso na sua cabeça minha filha. Mas de uma coisa eu sei... – Ele fez uma pequena pausa e em seguida continuou. - Juliet, sabe daquela escola de boas maneiras que seus primos entraram?

– Sei, por que!

(Pai): - Faça suas malas minha filha, pois você vai para lá!

– O que?

(Mãe): - Seu pai e eu conversamos com os donos e já está tudo pronto! Não fique triste querida, nós só queremos o melhor para você!

– Como assim, você não me deixam fazer nada, nem ir até o meu próprio reino eu posso, que tipo de preocupação é essa? – Perguntei nervosa.

(Pai):- Não questione a sua mãe mocinha, você vai para a essa escola de qualquer forma! Estamos entendidos?

Apenas abaixei a cabeça e fui para o meu quarto, me tranquei lá e fiquei reclamando bem baixo.

(Pai): - É bom você estar arrumando suas malas! – Falou meu pai do outro lado da porta.

Fui até meu guarda-roupa e peguei algumas roupas e objetos pessoais. Teria que partir justo agora que eu estava conhecendo Ooo melhor. Pensei nas aventuras que vivi nos últimos dias, nos amigos. Uma lágrima de tristeza escorreu pelo meu rosto.

Suspirei e fui até a sacada, olhei um pouco pelo horizonte, além da cúpula. E tomei uma decisão, a de fugir.

Peguei minha mala, terminei de juntar umas poucas coisas e fui até a sacada, fiz um escorregador de gelo e desci. Sem olhar para trás segui caminho até Ooo.

Bem tarde da noite, quando as estrelas brilhavam magicamente no céu, finalmente cheguei ao local, a casa dos heróis Finn e Jake. Bati na porta e esperei que alguém atendesse.

(Finn): - Sim, pois não? – Finn atendeu a porta ao que tudo indica ele estava já dormindo. – J-Juliet? O que faz aqui? – Perguntou ele surpreso quase cochilando.

– E-eu queria perguntar se podia passar a noite aqui, tem problema?

(Finn): - Lógico que não! – Disse ele me convidando para entrar. - Então princesa, por que está aqui?

– E-eu queria... Escrever um livro sobre os maiores heróis de Ooo. – Menti. - Então vim para passar um tempo aqui com vocês, tem problema?

(Finn): Um livro? Oba! – Falou ele comemorando. – Pode ficar! – Disse ele sorrindo.

– Okay obrigada! – Falei colocando minha mala ou lado do sofá e me ajeitando para dormir.

(Finn): - O que? Princesa, não pode dormir ai! Eu insisto que durma na minha cama e me deixe dormir aqui!

– De jeito nenhum, você já fez demais em me deixar ficar aqui! Não se preocupe comigo!

(Finn): - Tem certeza? Se precisar de algo é só chamar! – Disse ele saindo.

– Certo! – Falei me deitando no sofá e em seguida dormi.

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4 Dias depois...

Era uma manhã calma em Ooo, estava um frio bem aconchegante. Abri os meus olhos lentamente, e olhei para a janela... Neve?!

– Mas o que é isso? – Falei me levantando com um pulo do sofá. Olhei pela janela e neve em pleno o verão?

Sai e fui até fora da casa e fiquei encarrando toda aquela neve. Em seguida Finn e Jake, apareceram boquiabertos com o que estava acontecendo.

(Finn): - Mas que negócio é esse! – Finn estava de casaco e observava toda aquela neve assustado.

(Jake): - Aposto que é culpa do Rei Gelado! – Dizia Jake nervoso, ele usava um agasalho e um gorro.

Finn e Jake começavam a debater sobre que achavam que era coisa de um tal “Rei Gelado” e como iam quebrar o narigão dele ou ao do tipo. Olhei para o lado e percebi que uma nuvem enorme cobria um reino todo de neve bem perto dali.

Mostrei a cana para Finn e Jake, eles concordaram que algo estranho estava acontecendo e então seguimos para lá.

Continua...