The Auror
Capítulo 20 - A Dança
No dia seguinte, Adam acordou. Mas não estava em casa.
Abriu os olhos e percebeu que estava na casa de repousos. O mesmo quarto que Zoey tinha ficado.
Viu ela e Eleanor em pé ao lado da cama discutindo.
- Ele chamou por seu nome a noite toda, não custa você ficar aqui até ele acordar! – Dizia Eleanor.
- Olhe só, - Zoey encarou Adam. – o belo adormecido já acordou. Vou embora. – Zoey deu as costas e saiu do quarto.
Adam tentou gritar para que ela voltasse, mas não conseguia reproduzir nenhum som de sua boca.
- Ei, você está melhor? – Perguntou Eleanor, se aproximando dele.
Adam assentiu. Respirou fundo, e depois de um longo esforço, conseguiu falar.
- Que horas são?
- É de manhã, não se preocupe. – Eleanor sorriu. – E é fim de semana.
- Eu tenho que treinar os outros.
- Você não pode. – Disse ela. – Ontem você desmaiou de repente. Antony ficou preocupado. Terá de ficar de repouso.
- Não posso. – Adam curvou as costas na cama, tentando se levantar.
- Para de ser teimoso! – Exclamou ela.
- Eleanor, eu tenho que ir. – Ele já tirava o lençol de cima dele, e se levantava. Vestiu seu casaco que estava acima de uma poltrona ao lado da cama.
- Você que sabe. – Ela franziu a testa.
- Esteja lá as três.
- Aonde você vai?
- Atrás de Zoey.
- Você não tem jeito mesmo. – Disse Eleanor. – Ela não quer vê-lo. Mas se insiste: ela está na área rural, na casa de uma garota chamada Tori.
Adam não hesitou, correu para a área rural. Bateu nas portas de todas casas de campo, até Tori aparecer na porta, sorrindo.
- Com licença, - Disse ele – Zoey está?
- Vá embora! – Gritou ela de dentro.
- Zoey, eu preciso falar com você.
- Eu não! – Ele ignorou. Tori deu passagem, sorrindo. Ele entrou, e foi até perto do sofá, onde Zoey estava parada de braços cruzados olhando pela janela. Ela fingiu que não estava vendo-o.
- Não faça essa cara. – Disse ele, com um sorriso. – Me desculpe. Se você quer saber, eu não gosto de Gwen.
- Você a beijou!
- Foi um erro! – Adam levou sua mão até o rosto de Zoey. Pôs o polegar próximo ao pescoço e acariciou em movimentos circulares. – Olhe para mim.
Ela o encarou. Seus olhos brilhando. Lágrimas prontas para sair.
- Eu te amo. – Disse ele.
- Eu não te reconheço. – Ela olhou nos fundos dos olhos. – Você mudou. Nós mudamos.
- Quero estar perto de você. – Ele se aproximou. Ela se aproximou.
Os rostos colados. Zoey abaixou a cabeça. Adam a abraçou.
Ele ouviu os gemidos baixos de Zoey, com a cabeça em seu ombro.
- Shhhh. – Disse ele. – Não chore.
Ficaram abraçados lá por um bom tempo. Zoey temendo o momento em que teria de se separar do corpo quente de Adam.
- Eu também te amo. – Disse ela.
Ele acariciou suas costas. Tori, que estava parada ainda na porta, sorriu para Zoey. A garota retribuiu com um sorriso.
Tori sussurrou á ela:
- Boa sorte. – E subiu as escadas.
- Eu te prometi uma nova vida, não foi? – Disse Adam. Os dois ainda abraçados.
- Sim. – Sussurrou Zoey em resposta.
- E você terá uma nova vida. Feliz. Comigo.
Ela se encheu de alegria. Era fantástica a sensação de ficar ali abraçada com Adam. Ela se deu conta que o amava muito. Tanto, que nem poderia expressar.
- Eu te amo, - Disse ela, o rosto ainda repousado no ombro do garoto – eu tento demonstrar. Do meu jeito, mas tento.
Adam riu.
Tori voltou com um rádio na mão. Colocou-o em cima de uma prateleira e uma música lenta começou a tocar.
- Me concede essa dança, linda dama? – Perguntou ele, sorrindo.
- Claro, belo adormecido. – Ela segurou na mão dele. Ele pôs sua mão nas costas dela. Os dois dançaram. Dançaram tanto que perderam a noção do tempo.
Era como se todo mal lá fora não existisse. Eles estavam felizes. E é isso é o que importa quando você ama. O mal não existe. Só o amor e a felicidade.
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