VIOLETTA

—Para onde está me levando? - perguntei enquanto o León me arrastava pelas ruas, o que estava acontecendo? Quando saímos da escola, ele estava com o rosto inexpressivo, mas agora havia preocupação nos seus olhos. Eu sentia algo estranho, uma vontade de fugir dali, algo sombrio, perigoso. - León, o que está acontecendo? - perguntei e ele permaneceu calado, ainda me puxando, senti que ele estava tenso, do nada ele parou de andar, me fazendo bater o corpo nas costas dele, percebi que ele estava ofegante olhando para todos os lados, como se tivesse procurando algo suspeito, só que a rua estava deserta.

Aquele incomodo voltou e eu comecei a ficar preocupada, aquilo estava me assustando, eu nunca tinha sentido isso.

—L-León... - minha voz foi interrompida por uma gargalhada sinistra, eu me assustei quando o León me soltou e começou a gritar, ele caiu de joelhos no chão com as mãos na cabeça.

[...]

LUKA

—Tem algo estranho. - falei parando de andar e eles fizeram o mesmo, eu estava sentindo isso desde que saímos de Arkyos, uma energia que eu conhecia muito bem, mesmo sendo quase impossível ele estar aqui, era melhor eu me preocupar.

—O que foi, Luka Chan? - perguntou Yukine e eu resolvi ignorar o fato de que ele me chamou de Luka Chan.

—Yori. - respondi e Joker franziu o cenho.

—Seu irmão? Pensei que o tivesse matado.

—E matei, mas eu estou sentindo uma energia igual a dele.

—Caramba, parece que todo mundo que morre quer voltar. O meu tio maluco que morreu quer reencarnar no corpo de outra pessoa, não sei quem. E o meu outro tio quer matar a princesa de Arkyos, é mole isso? Eu tenho um bando de loucos na minha família! - reclamou Katrina e Ian riu, uma reação muito diferente da do Joker.

—O que foi, Joker? - perguntei e todos encararam ele.

—Tem algum demônio por perto. - murmurou sem nos encarar.

—É lógico, olha o Luka aí. - replicou Yukine apontando para mim.

—É o Yori, não é? - perguntei e ele assentiu me encarando. Senti minha cabeça latejar e eu travei o maxilar, a dor aumentou e um grito escapou da minha garganta, pus as mãos na cabeça e caí de joelhos no chão.

[...]

VIOLETTA

Acordei com a cabeça latejando e percebi que não conhecia o local em que eu estava, era como um grande campo rodeado por árvores e ao longe se notavam montanhas, o estranho era que estava de noite, olhei para o lado e vi um León todo machucado.

—Olá, doce anjo. - escutei uma voz masculina dizer, olhei para trás e vi um homem de cabelos brancos que batiam na altura dos ombros e olhos azuis, ele parecia ter seus 32 anos.

—Quem é você? - perguntei tentando me levantar, mas não consegui, foi aí que eu percebi correntes de luz vermelha amarrados nos meus braços e na minha cintura, que me impediam levantar.

—Que falta de educação a minha, me chamo Julian, sou o seu tio, princesa.

[...]

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.