Meses se passaram desde que os heróis dos dez mundos vigiados por Zen foram para a Dimensão do Equilíbrio. Zen continuava a inventar coisas e a observar os heróis, mas, desde que eles partiram, Zen tem feito vários androides para acompanha-lo. Eles tinham aparências de animais, eram pequenos e muito melhores do que os androides que Kurou fazia. A maioria deles estavam espalhados pela Ilha Yoku, mas Zen deixou um grupo de dez em cada uma das outras ilhas. A Ilha Yami já estava de volta, não em sua totalidade, mas em um ano ela voltaria ao normal de vez! Zen estava trabalhando em um grande projeto, e, graças a isso, vivia muito distraído.

Senhor! Senhor! Senhor Zen!— Diz um dos androides.

Zen se assustou e bateu a cabeça.

— AI! – Diz Zen, passando a mão na cabeça. – Poxa! Hachi! Eu já disse várias vezes pra não me assustar assim!

Mas já está na hora senhor, a criança já esta aqui.

— O QUE!? – Diz Zen, assustado. – Por que não me disse antes!?

Eu tentei, mas o senhor estava distraído. O Go esta com a criança na parte norte da ilha.

— C-certo! Estou indo! – Diz Zen, correndo para a saída de sua oficina.

Depois de correr bastante, Zen avistou um garotinho de cabelos cinza, montado no androide em forma de cachorro chamado Go. O garoto ria sem parar, enquanto o robô tentava tira-lo de cima. Zen, ao avistar a criança, teve o mesmo sentimento de quando viu Kurou pela primeira vez.

Jovem mestre, por favor! Não sou cavalo!— Diz o Go, se mexendo sem parar.

— Ora, vejo que esta se divertindo! – Diz Zen, se aproximando do garoto.

O garoto parou de bagunçar na mesma hora, ele ficou tímido.

— Não pare! Estava bem engraçado! – Diz Zen, rindo.

Senhor!

— Há há há! Escute garoto, meu nome é Zen! Vou cuidar de você a partir de hoje! – Diz Zen, estendendo sua mão para o garoto.

— Você...é papai? – Pergunta o menino, pegando a mão de Zen.

— Isso mesmo! Eu sou “papai”! – Diz Zen, colocando a criança em seu colo. – Esta com fome?

O garoto balançou a cabeça, e então, Zen e Go começaram a voltar para casa. Mas, no meio do caminho, Zen percebeu que o menino não parava de olhar para o céu. Já estava de noite, e o céu estava cheio de estrelas, Zen não pôde deixar de pensar em Kurou.

— Gosta das estrelas? – Pergunta Zen.

— O que são? – Pergunta o menino.

— É complicado dizer...tão complicado quanto contar quantas tem. – Diz Zen, olhando o céu.

— Muitas? – Diz o menino, surpreso.

— Sim! Muitas! – Diz Zen, rindo. – Mas posso dizer o que eu gosto de pensar. As estrelas são provas de vida, todos que passam pelo mundo, quando partem, viram estrelas. De lá podem vigiar os que ficaram aqui em baixo, por isso tem tantas.

— Nossa! – Diz o menino, olhando para as estrelas, sorridente.

Depois de chegar em casa, comer, e tomar banho, o garoto começou a correr pela casa de Zen, vendo tudo. Então, ele parou bem na frente de um porta retrato, o garoto ficou encarando a foto sem parar. Zen viu que era a foto dele e de Kurou, quando ainda era bem pequeno.

— Papai, quem é? – Pergunta o menino, apontando para a imagem de Kurou.

Zen pegou o garoto no colo, e respondeu em tom triste.

— É meu primeiro filho...seu nome era Kuroujite, é seu irmão mais velho. – Diz Zen.

— Onde ele tá? – Pergunta o menino, curioso.

— Ele se foi...não esta mais aqui. – Responde Zen, tristemente.

— Nossa...então, meu irmão é uma estrela agora! – Diz o menino, contente.

Zen ficou surpreso em ver o jeito que o garoto entendeu as coisas, em sua inocência, ele não viu tristeza no fato de Kurou, seu irmão, ter morrido.

— Papai, não fica triste! O maninho vai ficar vendo a gente de lá! – Diz o garoto, apontando para cima.

Zen quase começou a chorar, ele olhou para a foto de Kurou e logo em seguida para o rosto do garoto em seus braços. Então, ele logo abriu um grande sorriso e levantou o menino bem alto.

— É verdade! Este é um começo de um novo ciclo! – Diz Zen, rindo. – Ah, falando nisso, se importa se eu escolher seu nome?

O garoto ficou muito contente em ouvir isso, ele balançou sua cabeça negativamente várias vezes.

— Ótimo! Seu nome vai ser: Kibo! – Diz Zen.

— Eba! Kibo! – Repete Kibo, rindo.

— Vamos lá, meu filho, quero mostrar muitas coisas pra você! – Diz Zen, correndo pela casa, juntamente com Kibo.

E assim como tudo na vida tem um começo e um fim, um novo ciclo começou! Depois de Kurou, uma nova vida surgiu! Kibo, o raio de esperança de Zen, proveniente de todas as ações dos heróis dos dez mundos!