Na Ilha Yami, Kurou estava observando imagens da Ilha Machi, estava vendo os acontecimentos de pouco tempo atrás, ou seja, da batalha dos heróis contra seu exército. Enquanto observava, sério e em silêncio, as imagens, na frente dele, o chão estava repleto de sangue e, próximo a isso, estava Xanxus, ferido e caído no chão, aos pés de onde Kurou estava sentado e observando seus monitores. Os androides e os outros seres que estavam no mesmo lugar, não fizeram nada quanto à situação de Xanxus.

— M-maldito...o que diabos...é você!? – Diz Xanxus, ferido e tentando se levantar.

— Ora, vejo que ainda se mantem consciente! Como esperado do líder da VARIA, você é mais resistente do que eu pensava, devia ter calculado melhor minha força. – Diz Kurou, olhando para Xanxus, aparentemente decepcionado. – Mas fique quieto, sim? Estou terminando de analisar as imagens.

Após mais alguns minutos, Kurou desligou seus monitores e se virou para Xanxus e seu exercito, e começou, sorridente, a bater palmas.

— Não esperava menos dos heróis dos dez mundos daqui! São fantásticos, muito poderosos! E o trabalho de equipe deles não é nada mal, mesmo que ainda deixe a desejar.- Diz Kurou, rindo. – Mas estou insatisfeito de saber que meus androides duraram pouco contra o verdadeiro poder deles, vou fazer melhorias imediatamente. Além disso, estou intrigado com uma coisa: eles deveriam estar mais fracos devido a minha máquina ter sugado as forças deles, mas eles estavam cem por cento lá...fora que o processo de extração de energia dos outros mundos está mais lento que o esperado...

— Tem alguém ajudando eles e estragando nosso jogo? – Pergunta um homem misterioso, e sorridente.

— Tenho quase certeza de que a culpa é do velhote do Zen, mas ainda quero descobrir como aquela múmia esta conseguindo fazer tantas coisas. – Deduz Kurou. – Mas, meu caro, está errado quanto a uma coisa: ele não está estragando nosso jogo, mesmo que a participação dele tenha sido um imprevisto, tudo está indo conforme o meu plano.

— Não tem problema eles terem libertado três reféns e destruído seu receptor da Ilha Machi? – Pergunta outro homem misterioso, mais sério.

— Claro que não, como puderam ver a pouco, já estou ficando bem mais poderoso, mesmo que eles libertem todos os reféns, já terá sido tarde. – Diz Kurou, apontando para Xanxus. – Ainda mais se eu conseguir anular a proteção que o velhote deu para aqueles dez.

— Você...já sabia que eu e o outro cara perderíamos!? – Diz Xanxus, incrédulo. – Você me usou como um peão!?

— Você deveria saber, que as primeiras peças a serem jogadas são as de sacrifício. Você e Freeza foram o teste, para ver o desempenho dos dez heróis, já sabia que não podiam vencer. – Diz Kurou, pisando em Xanxus. – Mas você me surpreendeu: conseguiu ferir bastante dois deles, isso vai afetar a próxima fase do jogo, com certeza! Bem...imaginei que ia te matar com meu novo poder, mas parece que ainda não sou forte o suficiente. Sendo assim, pode voltar para o seu mundo, ao menos dou o direito de morrer em casa.

No mesmo instante, dois androides pegaram Xanxus a força e o levaram para dentro de uma máquina grande. Era o teleportador, Xanxus tentou se livrar dos androides, mas além de bem ferido ele estava fraco, por alguma razão. Antes de Kurou ligar a máquina, ele se virou e fez questão de dar uma resposta para o homem derrotado.

— Ah sim, respondendo sua pergunta anterior: eu sou, apenas, um gênio que irá dominar todos os mundos de seres inferiores como você. – Diz Kurou, sorrindo e apertando o botão, acionando a máquina e mandando Xanxus de volta para seu lugar.

— Bem, agora que o tutorial terminou, vamos às preliminares do jogo! – Diz Kurou, se dirigindo para seu exercito. – Nove de vocês vão, através do teleportador, para cada uma das sete ilhas restantes, os outros dez ficam aqui, e mandarei mais androides para as ilhas...depois de ter feito melhorias, é claro. Agora não é mais um teste: façam o possível para enfraquecer os dez heróis, não precisam se importar com os reféns, isso é trabalho para os androides.

— E os outros que estão com eles? – Pergunta um ser misterioso.

— Ah...esses ai vocês podem matar, se assim quiserem. – Responde Kurou, sorrindo.

Ao mesmo tempo, no meio do espaço, os heróis, a bordo do Shooting Star, estavam descansando dos acontecimentos da Ilha Machi. Chopper e Sakura haviam cuidado dos ferimentos dos que lutaram na ilha, todos estavam com curativos e sentados no convés do navio, e nenhum deles estava com risco de morte. Os dois médicos estavam na enfermaria cuidando dos três reféns que eles haviam libertado, eles já estavam lá por um bom tempo. Depois de mais um tempo, Sakura e Chopper saíram da sala, e todos queriam saber do estado dos três resgatados.

— Deu trabalho, tivemos que nutri-los, hidrata-los e enche-los de remédios, até que recuperassem suas forças. – Diz Sakura, aparentemente cansada. – Chopper e eu demos remédios e aplicamos soro neles, agora só precisam descansar e recuperar suas energias.

— Eles devem acordar mais tarde, mas eles vão ficar bem! – Conclui Chopper, contente.

Todos ficaram aliviados com a notícia, principalmente Natsu, Luffy e Naruto.

— Mas quanto a vocês! – Diz Sakura, apontando seu dedo para os feridos. – Tiveram sorte de não terem recebido nenhum ferimento fatal! Mas Tsuna, Natsu e Happy, vocês são os mais feridos aqui!

— Há há há...foi mal... – Dizem Tsuna, Natsu e Happy, sem graça.

— Enfim...devido aos ferimentos de vocês e a exaustão, na próxima ilha vocês estão proibidos de lutar. – Diz Chooper. – Tem que dar tempo para seus corpos ficarem totalmente recuperados de novo.

Com exceção de Ichigo e Tsuna, os outros não gostaram da notícia de Chooper.

— Mas ainda estou ótimo para lutar! – Diz Goku.

— Não sejam egoístas, nós estamos aqui! Temos o direito de lutar também! Se liga! – Diz Naruto, fazendo sinal de positivo.

— É como combinamos, essa é nossa estratégia. Depois vocês vão poder lutar, se acalmem. – Diz Kurama.

— Exato, e essa estratégia mostrou que foi a coisa certa a fazermos mesmo. – Diz Uryuu, olhando os feridos.

— Temos que tomar mais cuidado nas próximas batalhas, todos nós. – Diz Robin, preocupada.

— Sim...já vai ser difícil cuidar dos próximos reféns, se vocês se machucarem muito será pior... – Diz Chopper, preocupado.

— Falando nisso, descobrimos que essa aventura é bem mais perigosa e difícil do que parecia. – Diz Zoro, sério.

— Sim, temos que levar mais a sério isso. Os androides não são brincadeira, achar os toneis também, e ainda tem os vilões. – Diz Gray, pensativo.

— Além disso tudo, temos que ser rápidos, o tempo não está ao nosso lado. – Diz Ace, sério. – Já vimos que as ilhas são absurdas, precisamos ficar prontos pra tudo.

— E temos que nos virar dependendo da situação da ilha. – Completa Hiei.

— Mas fomos bem lá atrás! Fiquei surpreso com a força de todos. – Diz Renji.

— Verdade, não podemos esquecer da nossa primeira vitória. Tivemos um bom trabalho de equipe! Vamos melhorar isso na próxima. – Diz Erza, sorrindo.

— Sim! Fiquei muito surpreso com a força do Tsuna! Você é forte pra caramba! – Diz Natsu, animado.

— Ah...q-que nada! Não sou isso tudo... – Diz Tsuna, sem graça.

— Não seja bobo Tsuna, você é demais! – Diz Yamamoto, contente.

— E eu fiquei surpreso com a transformação do Tentomon! – Diz Killua, animado.

— Obrigado! Há há há há! – Diz Tentomon, feliz.

Então, um som começou a tocar no navio, Izzy foi na mesma hora para os painéis, apertou alguns botões e viu que era Zen que estava ligando.

— Já estão mais calmos? – Pergunta Zen, desconfiado.

— Oi tio! – Diz Luffy, feliz.

— Sim, desculpe por antes Doutor Zen. – Diz Izzy, envergonhado.

— Ah, tudo bem. Agora me contem tudo! – Diz Zen, animado.

Então todos contaram o que houve na Ilha Machi para o Zen, ele ouviu toda a história e depois resolveu falar.

— Hum, entendi. Parabéns por terem conseguido! Fico feliz de saber que todos estão bem, ao menos fora de perigo. – Diz Zen, aliviado. – Mas estão certos em tomar mais cuidado agora, os androides de Kurou foram feitos para lutar contra vocês! Eu não ficaria surpreso se, da próxima vez, eles estarem mais fortes. Certamente ele vai adapta-los.

— Hum? O que foi Tsuna? Tá se sentindo mal? – Pergunta Yusuke, confuso.

— Ah! Não, não! Só estou preocupado com o Xanxus... – Diz Tsuna, preocupado.

— Tsuna, mole como sempre. – Diz Reborn, sorrindo.

— Hunf, fracote. – Comenta Hibari.

— Dois comentários desnecessários de vocês... – Diz Tsuna, nervoso.

— Hum, eu acredito que Kurou deve tê-lo mandado de volta para seu mundo. – Diz Zen, pensativo. – De qualquer jeito, vou dar uma olhada aqui e da próxima vez que ligar eu te conto.

— Certo! Obrigado! – Diz Tsuna, aliviado. – Ah, falando nisso: tinha um dispositivo estranho lá na ilha, acho que era um teleportador...e eu o destruí. Fiz certo?

— Ah, são os receptores de Kurou! Eu os vi quando Kurou os fez, são dispositivos instalados em cada ilha que apenas recebem coisas, ou seres, enviados pelos dois teleportadores principais. E como sabem, só o de Kurou é que funciona. – Explica Zen. – Isso explica como os androides e os vilões estão indo para cada ilha, fez bem Tsuna! Recomendo que destruam os receptores de cada ilha, e os geradores também, assim podemos impedir incidentes futuros.

— Mas...o Xanxus sumiu no receptor...como? – Diz Tsuna, confuso.

— Kurou devia estar observando, quando Xanxus pisou no receptor, Kurou deve ter acionado o teletransporte reverso da máquina dele. Tendo a máquina principal, se tem o controle dos receptores. – Responde Zen.

— A propósito, como estão nossos mundos? – Pergunta Naruto.

— Já tem um tempo que as coisas se acalmaram, a desgraça não acabou, mas está tudo mais calmo que antes. – Diz Zen. – Ah, não houve nenhuma fatalidade, se é o que querem saber.

Todos ficaram aliviados em saber disso.

— Muito obrigado mesmo tio! – Diz Gon, feliz.

— Você está se cuidando Doutor Zen? – Pergunta Chopper, preocupado.

— Ora, sim! Estou muito bem com seus remédios! E não se preocupem, podem deixar o concerto do teleportador e a monitoração dos seus mundos comigo! – Diz Zen, determinado. – Agora vão dormir, em breve chegarão à outra ilha! Boa sorte!

No mesmo momento em que Zen desligou a comunicação, Matt saiu do deposito, todo sujo de uma espécie de tinta amarela.

— Aquelas frutas que trouxeram não eram comida! Só sai tinta deles! – Diz Matt, preocupado. – Temos que arrumar comida sem falta na próxima ilha, até lá, temos que racionar agora e para o café da manhã.

— Poxa, foi mal! – Diz Trunks.

— Ah...queria comer muito... – Diz Luffy, triste. – Ah! Lembrei! Killua e Gon vão fazer o que eu quiser por uma hora amanhã! Isso compensa!

— Droga...ele lembrou disso... – Comenta Killua, preocupado.

— Mas nós não temos o que fazer com essa tinta! – Diz Gabumon.

Então, Gon teve uma boa ideia.

— Temos sim! Matt, guarda essa tinta! Tenho uma ideia muito legal! – Diz Gon, animado.

— E o que é? – Pergunta Matt, confuso.

— Há há há! Amanhã conto pra todos! Vamos comer agora! – Diz Gon, entrando na cozinha.

Após um jantar racionado feito por Matt, todos foram dormir, esperando chegar à próxima ilha, a Ilha Kuraido!