O Sr. e a Sra. Dashmouth estavam esperando ansiosamente a volta das filhas para casa. A esposa já estava de acordo com a solução que o marido havia encontrado, mas agora faltava conversar com as duas filhas, as maiores preciosidades de suas vidas. A carruagem podia ser avistada, chegando à casa. Ela parou fazendo um pouco de poeira do chão se levantar. Rodolph desceu de seu acento na cochia e abriu a porta para as madames.

_Olá pai, mãe. Não tivemos sucesso na cidade, o professor de Frances se mudou para a capital, e não tem previsões de volta, não há outro por aqui. _ disse Marriah, entrando pela porta e se acomodando na poltrona de tecido verde, proxima a mãe.

Os pais se entreolharam, Jenney já estava subindo as escadas quando a mãe a chamou e pediu para que ficasse na sala, pois tinha algo importante a comunica-las.

_Queridas, minhas filhas, receio ter algo sério para lhes contar. _ disse a Sra. Dashmouth, que estava proxima a Marriah, acariciando seus cabelos.

Jenney se sentou e esperou que a mãe continuasse.

_Estamos com problemas financeiros. Na verdade, muitos problemas.

As filhas se entreolharam e em seguida olharam espantadas para os pais. Queria respostas, queriam saber o porque.

_Mas... Mãe, estavamos bem a um dia atras. _ disse Jenney, um pouco autoritaria.

_Jenney, estavamos, voce disse tudo. Na verdade faz quase um mês que soube que estamos na pobreza. _ disse o Sr. com vergonha de adimitir sua situação. _ E é por isso que quero que controlem os gastos, e esquecam essa historia de professor de linguas. Vamos viver regrados agora.

_O que? Não pode fazer isso com a gente. Eu aposto que o senhor perdeu tudo no jogo de poker com o senhor Grunh. _ disse Jenney, quase dando um escandalo. Marriah, permaneceu quieta e pensativa.

_Silencio Jenney, respeite seu pai. Ele perdeu o dinheiro apostando em novos negocios, mas nem sempre as coisas são certo. _ disse Diane, tentando controlar a situação.

_Pai a unica coisa que quero saber é o que vamos fazer agora? Dá para viver ou vamos ter que vender a casa? _ disse Marriah, pensando como adulta.

Os pais se entreolharam e Sebastian repsirou fundo.

_Já encontrei uma solução. Na verdade eu penso nessa solução desde que soube da falencia. Já fiz meus contatos e agora só me resta conta-la a vocês duas.

_Sim, pois bem... Então fale. _ disse Marriah, curiosa.

O pai se levantou e começou a andar pela sala, enquanto falava.

_Queridas, eu tenho um amigo que me arranjou uma solução. Este amigo meu conheçe bem um Duque, chamado Launchier. Ele tem um titulo louvavel, uma riqueza imensa e muito amor para dar.

_Ah o que é? Quer que nós nos casemos com o Duque papai? Hahaha _ Riu Jenney, fazendo ironias.

_Bom, vocês duas não! é claro que nao. _ Nesse momento o Sr. precisou mesmo de muito folego. _ Apenas você, Marriah.

Marriah se pos palida, calada, paralisada, seus olhos se esbugalharam.

_Não pode obriga-la a se casar pai. Ela não pode assumir um erro que é do senhor. _ Jenney ficou histerica, e defendeu a irmã de todos os modos.

_Isso só seu pai pode decidir minha querida _ disse a Sra. Dashmouth. Ela estava acariciando os cabelos de Marriah, esperando alguma reação da filha.

_Diga algo Marriah. Diga sim. _ Disse o pai, aflito.

_Não posso. Não o amo. Não o quero. _ Marriah disse apenas essas oito palavras e saiu da sala, rapido, na verdade correndo. Foi para o jardim, e Jenney foi atras dela.

_Ela não vai aceitar Sebastian _ disse a esposa, procurando o bem estar da filha.

O marido se sentou, passando as maos pelos cabelos que ele quase não tinha.

_Isso não está mais no poder de decisão dela. Quem decide sou eu, e ela vai se casar com o Duque. E não quero mais saber.

No jardim, Marriah estava sentada na grama, com as pernas cruzadas, olhando o lago, olhando os animais que eram livres. Jenney se sentou ao seu lado e enxugou uma de suas lágrimas que caia pelas maças rosadas de seu rosto.

_Não posso Jenney, não quero um casamento arranjado. _ Ela implorava.

_Não acontecerá isso, vamos procurar uma solução... E vamos encontra-la querida.

As duas se abraçaram e continuaram olhando a relva, que ainda era de primavera. E apenas ficaram lá, esperando um milagre, uma resposta, um amor de verdade.

Marriah não queria que seu destino fosse aquele, mas se fosse, ela só tinha o que lamentar.