Capítulo 61 - Derrotando o Minotauro!

Minon continuava a pressionar sua mão contra o pescoço de Gigan, ele não estava conseguindo respirar. Sua força era tão tremenda que o pescoço do Querubim chegava a querer se partir.

– Vou te matar lentamente, Querubim. Mas acho que mesmo assim você morrerá depressa de qualquer jeito. Eu estou quase quebrando o seu pescoço! – intimidou o Minotauro.

Belfrior estava completamente paralisado por Mothen, e para deixar “completamente paralisado”, o anjo caído prendeu o Serafim em um tipo de teia grudenta criada por sua saliva. O anjo estava preso em uma espécie de casulo, como uma presa de aranha. Mas felizmente, a mente de Belfrior voltara ao normal.

Acalme-se, Belfrior. Relaxava o anjo. Ele apenas me deixou aqui para morrer. Eu ainda tenho uma carta em minha manga.

– É o fim da linha, Serafim. – Expressou Mothen, fitando o casulo que ele criara, preso em uma enorme teia grudenta. – Você jamais conseguirá sair daí!

Minon apertava mais ainda a sua mão contar o pescoço de Gigan. Ele demonstrava um sorriso de vitória sobre o inimigo abatido. O Querubim não aguentaria por mais muito tempo. Simplificando, ele tinha somente alguns segundos antes que o seu pescoço seja completamente destroçado pela força do Minotauro.

Gigan procurou manter a calma.

Seus músculos doíam. Sua testa latejava, pensou em desistir, mas logo discordou, sua fúria de Querubim dominou sua mente, não queria perder de jeito nenhum, ainda que honestamente. Foi aí que pensou: Tenho uma ideia. Talvez eu possa quebrar os tendões das mãos com a Aura de Fúria. Seria uma técnica arriscada, mas que fazia sentido. A força de concentração do Minotauro estava na sua aura, e se Gigan a conturbasse, teria uma chance de escapar, mesmo que pequena.

Dois segundos se passaram.

Gigan só tinha mais dois segundos para tentar escapar antes de morrer sufocado. Concentrou sua aura, e nada. Um segundo havia se passado. Minon contava vitória.

– Ei, é isso que chamam de rebelião de Gabriel? Isso é uma piada! – Mas a distração de Minon permitiu que Gigan focasse sua força nos ombros em meio segundo e assim quebrou os dedões do Minotauro, que desfez o enforco com a dor.

Aproveitando a chance, Gigan partiu para o contra-ataque. Deu dois chutes de imedi-ato ao se aproximar do Minotauro e desferiu uma série de golpes com a Aura de Fúria.

– Não ofenda os guerreiros de Gabriel! – Intimidou Gigan. – Vou te mostrar, a técnica feroz dos Querubins!

– Um blefe! É uma piada! – O Minotauro ainda estava um pouco atordoado pelos golpes consecutivos que recebera do Querubim. – Eu não perderei para alguém como você!

O Querubim concentrou toda a sua força no punho direito. A Aura de Fúria deixou o punho com uma coloração vermelha.

– Este... É o punho secreto dos Querubins. – Expressou o anjo guerreiro, seguindo em direção ao inimigo. Minon também fez o mesmo. Ele ainda era rápido, mas os sentidos do Querubim estavam mais aguçados do que nunca, e Gigan desviou de todos os golpes do Minotauro até encontrar uma brecha que seguia em direção ao seu coração.

– Contemple a forma da minha Aura de Fúria! – Esbravejou Gigan, atacando com o punho carregado de energia. – Punho Selvagem!

O golpe foi em cheio. Em segundos, o coração do Minotauro foi destruído pela força de destruição da Aura de Fúria. O corpo do anjo caído foi levado pelo impacto e parou há alguns metros do anjo.

Minon, o Minotauro, um Malikim maquiavélico, estava morto.

Gigan perdeu o equilíbrio e caiu no chão, estava prestes a desmaiar, até que avistou uma porta flutuando há alguns metros, era a saída!

– Que droga! Minha cabeça não para de doer! – Mothen, que havia cumprido o serviço. Mas ainda resmungava por causa do golpe do Mente em Branco que Belfrior lhe dera. De repente, ele sentiu uma presença familiar, um anjo. Mas antes de tentar reagir, o indivíduo o faz levitar no ar, imobilizando Mothen de usar os membros.

Mas quem era que fizera aquilo? Belfrior!

– Seu desgraçado! Eu achei que estivesse preso na minha teia! – Retrucou o inconformado Mothen.

– Ora, preso mas não morto. – Respondeu Belfrior. – Esse foi o seu segundo e último erro. E alías, foi bem fácil sair de lá.

– Como?

– Simples. Você foi um Serafim e não sabe disso?

– Uma técnica que poucos Serafins sabiam fazer. A técnica absoluta da mente.

– Maldito! Você usou a Expansão Mental, não foi?

Diferente do Mente em Branco, que serve para coletar informações. A Expansão Mental é usada para acabar de vez com o inimigo.

– Exatamente. E agora você é quem está morto! – Belfrior botou as suas mãos juntas para frente na direção de Mothen e mirou no coração. – É o seu fim! – E gritou o nome da téc-nica. O golpe faz com que o usuário crie uma esfera psíquica dentro de um ser e que a expande de dentro para fora. No caso de Belfrior, ele criou uma esfera psíquica dentro do coração de Mothen, explodindo o órgão de dentro para fora, matando-o na hora.

Gotas de sangue respingavam na água.

Nesse estava muito ferido. Havia incontáveis marcas de mordidas em seu corpo. E seu ombro esquerdo estava quase dilacerado. Ele cambaleava, quase perdendo a consciência por perda de sangue. Rokko não estava muito longe dali, e já estava preparando outro ataque.

– Acabou! Você vai virar comida para peixe! – Intimidou o anjo caído. Mas antes de conseguir chegar perto de Nesse, uma enorme onda de água o envolveu. – O que é isso?! Como você ainda consegue controlar água nesse estado?!

– Essa água... Está leve... Não importa o quanto vocês mudem, sempre serão anjos. – Expressou o anjo, fitando a água sem olhar para Rokko.

– Isso não pode ser! Quer dizer... – O anjo caído tentava se contorcer para se livrar daquela água, mas ela agora parecia muito pesada. – Você...

– Meu sangue purificou essa água. Não importa em que estado você me deixe, eu ainda poderei controlar ela com todo o meu fervor! – Nesse ofegou um pouco. – E eu vou acabar com isso agora mesmo.

O anjo das águas concentrou toda a sua energia para o que ele ia fazer. Toda aquela água, toda mesmo, foi se movimentando e se juntando. Até que por fim prenderam Rokko em um enorme globo de água.

– É isso o que consegue fazer?! Eu posso respirar na água! – Rokko apontou para o próprio rosto. Mas ele percebeu que ele não conseguia se mover tão livremente a água. Ele estava realmente preso.

– Eu sei disso. Não esqueci. – Nesse concentrou ainda mais poder. – Mas isso será a sal ruína. – Rokko iria discutir, mas não conseguiu falar nada quando viu o que Nesse estava fazendo. Ele estava pressionando a pressão da água para Rokko, então ele a estava absorvendo, e rápido demais.

– Como o ar que respiramos, nós podemos morrer se não o tivermos. – Esclareceu Nesse. – Mas com a água o assunto é diferente. Se houver água demais... E não puder controla-la, ela irá te matar.

Rokko não conseguia respirar por causa da enorme quantidade de água que estava absorvendo, e estava começando a se engasgar. Nem um anjo aguentaria toda aquela pressão. Por fim, ele acabou morrendo asfixiado.