Tenken

Reecontros.


A manhã nasceu nunca havia dormido em futons tão bem arejados e limpos, a qual tornava minha pequena estadia bastante agradável. Troquei-me de imediato, saindo então do quarto, e fui abordado por Mayumi. Seus cabelos longos estavam soltos, usava apenas um simples kimono sem muitos detalhes. Sorrindo ela me disse:

–Seta-san, quero que compre tofu para o almoço.

–Certo Mayumi-dono, a propósito me chame de Soujirou.

–Tudo bem Soujirou-kun, coloque o chapéu, pois hoje está muito quente.

–Sim, obrigado pelo aviso- fiz uma mesura, pude notar que ela corou levemente.

Coloquei o chapéu e sai pelas ruas, a qual se encontrava em grande movimento. Até que algo no meio desta me chamou atenção.

–Aoshi-sama!–uma menina de cabelos longos, era meio baixa e bastante histérica corria aos braços de um grande homem que trajava um simples terno–Fiquei tão preocupada, por onde andava?

–Misao, por favo fale baixo– o homem tentava acalmá-la.

Abaixei um pouco meu chapéu ao passar, mas pude observa eles um pouco mais .Me surpreendi ao perceber, que não eram pessoas nada menos de Shinamori Aoshi e aquela garota que vi na vila Shingetsu de uma feminilidade incontestável, uma real mulher.

Não pude me controlar, não queria ser pego por eles mesmo estando redimindo meus pecados, eles sempre apareceram mais cedo ou mais tarde. Apressei meus passos, abaixando o chapéu para não ser visto. Nunca havia sentido o sentimento de medo, desde que assassinei meus parentes. Talvez possa ter sido um erro, esbarrei na garota sem querer, deixando cair a caixa na qual Mayumi-dono deu-me para trazer tofú.

Apresei-me ao levantar, fiz uma média mesura ficando um pouco cabisbaixo no objetivo de que não vissem meu rosto.

–Desculpe, percebi meu atraso e ao apressar meus passos acabei esbarrando.

–Não, está tudo bem, não se machucou?– tentou pegar meu braço, em ato nervoso levantei minha cabeça para sorrir, fazia isso quando criança como livramento das surras de meus falecidos irmãos.

–Estou bem, obrigado– ao perceber a face assustada desta, distanciei-me o mais rápido que pude, porém foi fracassado. Segurava meu pulso com força, me deixando ainda mais tenso.

–Você... É aquele garoto... –ele tentava recordar minha face– Você era um dos Junppongatana.

–Bom... Você me reconheceu– suspirei bem fundo – É bom revelo também.

–Você virou andarilho?

–Exatamente.

–Deve está com presa, não irei atrapalhar.

–Obrigado, me despensso– apenas pronunciei.

Comprei o que me foi pedido, e voltei meu caminho à mansão, Iwamura-san me esperava na porta.

–Estou de volta.

–Chegou na hora certa Soujirou-san, Mayume-dono está a sua espera, me siga, por favor.

Ao chegarmos Mayumi nos esperava sentada em sua almofada, ouvia com atenção algo, havia uma pessoa ali, porém não pude enxergar seu rosto.

–Entendo então a ilha de Hokkaido está tendo problemas.

–Sim Hajime Saitou foi até Himura Kenshin, dizendo que há um grupo radical por lá, que esta tentando voltar a era das espadas e que o governo precisa de sua ajuda novamente– aquele nome... Me fez arregalar os olhos Himura-san...

–Himura battousai? – fiquei surpreso em saber que Mayumi o conhecia.

–Exatamente, agora ele é um rurouni e percebi também que você está abrigando um ex Junppongatana Soujirou no Tenken.

–Entendo, Soujirou-kun entre por favor.

Entrei um pouco acanhado, como ela sabia? Estas perguntas ficaram a bagunçar minha mente.

–Sente-se– ela se virou novamente a Aoshi–Prossiga, quer algo de Soujirou?

–Na verdade sim, Soujirou é notável sua habilidade com espada, tanto a ser o antigo braço direito de Shishio, gostaria saber se nos ajudaria em Hokkaido.Não se precipite em responder agora, voltarei em uma semana é o tempo suficiente para pensar. Obrigado pela atenção Mayumi-san.

–Tudo bem, acho melhor que descase Soujirou, amanhã conversaremos, lhe acompanharei até a porta Aoshi-san.

Teria uma longa noite, e uma longa semana a pensar em tudo o que se passava em minha vida.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.