Tempos de Guerra

Eu não posso te ver sofrer


Po e Tigresa foram defender o vale dos assassinos, Sábio foi com eles.

Os assassinos estavam apenas provocando os guerreiros, criando um pouco de caos no vale. Ao chegarem Po e Tigresa se depararam com muitos assassinos, eles estavam separados, não estavam em uma formação como na primeira vez, porém dessa vez estavam em maior número.

— Hora de fazer historia Tigresa! (Po)

— Po, cuide dos assassinos aqui no chão, eu vou pegar os dos telhados. (Tigresa)

— Deixa comigo! (Disse Po avançando nos assassinos)

— Sábio havia desaparecido, enquanto eles iam para o vale seu mestre pegou um caminho diferente e desapareceu.

Os assassinos utilizavam uma arma que era uma boca de metal presa a uma corrente comprida, os assassinos a usavam para acertar inimigos a distância ou desarmá-los, causando dilacerações nos seus punhos. Alguns atacam Po com lanças e espadas e outros com essa arma. O panda estava tendo dificuldades, era difícil se concentrar na luta tendo que se preocupar com uma boca de metal que poderia ser jogada contra ele a qualquer momento.

Tigresa estava com mais sorte, nos telhados haviam apenas arqueiros, que ela acabava derrubando fácil e usando suas armas para dar cobertura a Po.

Em meio a luta, Po se viu cercado por 10 guerreiros e Tigresa começará a tar problemas nos telhados, pois assassinos começaram a subir nos telhados para tentar derrubá-la. Um dos assassinos arremessou uma adaga na direção de Tigresa, a felina estava tão atenta na luta que não viu a adaga que ia na direção de sua nuca. Quando ela se virou ficou surpresa ao ver ao seu lado Sábio, que segurava a adaga pela lâmina, poucos centímetros na frente do olho da felina.

Sábio pegou a adaga e a arremessou no assassino que a jogará, acertando-o, em seguida, pulou por Tigresa, distribuindo golpes certeiros nos assassinos que atacavam Tigresa.

— Eu não quero parecer muito inconveniente, mas ajudinha seria bom! (Disse Po enquanto segurava um assassino pela gola de sua camisa, dando uma cabeçada nele logo em seguida)

Sábio e Tigresa desceram do telhado para ajudar Po. Tigresa correu na direção dele, se aproximando dos assassinos pelas suas costas, aproveitando para acertar chutes fatais em suas pernas e quebrar os pescoços de alguns. Sábio lutava de uma maneira diferente, ele realmente sabia como esses assassinos agiam, sempre que eles jogavam uma corrente contra Sábio, ele a pegava em movimento, usava-a para derrubar assassinos que estivessem perto dele e em seguida puxava o assassino que a lançara pela sua corrente o acertando.

A luta não estava fácil, parecia que quanto mais assassinos eles derrubavam, mais apareciam, mas então, a situação deles começou a piorar.

Quando Tigresa e Po olharam para uma ponte que levava a entrada do vale, viram uns assassinos vindo na sua direção. Eles eram diferentes, também vestiam preto, porém diferente dos outros, esses não utilizavam chapéu, e na frente do seu olho vestiam um pano preto, cobrindo seus rostos por completo. Eles não usavam espadas, lanças ou arcos, mas sim uma luva de metal que ficava presa a suas mãos. A luva tinha na parte de cima dos dedos um reforço, como se fosse um soco inglês, e dela saim quatro lâminas rentes aos dedos.

— Dragão guerreiro, mestre Tigresa, é bom vocês estarem prontos para brigar, porque até agora, nós estávamos apenas aquecendo. (Disse Sábio com calma)

— Você ta brincando? Eu nasci pronto! (Po)

— Pelo visto a coisa vai ficar séria. (Disse Tigresa estralando os dedos)

Os assassinos correram na direção dos guerreiros, que, como resposta, ficaram em base de luta, prontos para começar a brigar.

O primeiro assassino começou entrando com um chute giratório em Po, que se defendeu e contra atacou com um tapa no nariz do assassino. Tigresa foi para cima do outro, tentando acertar um chute na costela do assassino, ele segurou a perna de Tigresa, porém ela, muito rápida, tirou sua outra perna do chão e acertou sua cabeça com ela.

— Não sejam acertados pelas luvas dos assassinos, acreditem, vai doer, bastante. ( Disse Sábio enquanto lutava com dois assassinos)

Assim que Sábio disse isso, Tigresa acertou um chute na batata da perna esquerda do assassino que a atacava, abrindo sua base, ele, rapidamente, se jogou no chão e passou uma rasteira em Tigresa, enquanto ela caia o assassino acertou um soco em seu rosto, mandando-o para o chão. A felina gemeu de dor, o Sábio não falará por falar, uma pancada forte daquela luva gerava muita dor. Tigresa rapidamente se recuperou, ela travou suas pernas nas pernas do assassino, derrubando-o, em seguida, com ele já no chão, levantou sua perna sobre a cabeça do assassino e desceu seu calcanhar com tudo no queixo dele. Tigresa se levantava quando outro assassino pulou nela, a jogando contra uma parede.

Po estava lutando contra dois assassinos, um deles tentou acertar-lhe um soco no rosto, porém ele conseguiu desviar e segurar o braço de seu atacante com sua mão esquerda, com a direita Po segurou sua cabeça e a jogou em cima do outro assassino. Ele chutou as costas do assassino na esperança de que ele batesse no outro, porém ele desviou e chutou a costela de Po, em seguida ele deu um chute giratório, jogando seu calcanhar na cabeça do panda. Po colocou sua mão esquerda para se defender, porém o chute foi muito forte, e ele já estava um pouco curvado devido ao chute na costela, então Po segurou o golpe, porém foi arrastado para o chão com ele. Para contra atacar, Po se levantou e chutou o joelho direito do bandido, deu um giro empurrando-o com suas costas e deu uma cotovelada no assassino, enquanto ele girava por causa da cotovelada, Po acertou mais um soco na boca do bandido, jogando o paara trás, por último o panda pulou para cima do bandido, lançando sua mão pesada novamente contra o rosto do assassino, em seguida o acertando na jugular, tirando sua respiração.

Sábio lutava de uma maneira diferente, ele parecia estar mais dançando do que lutando, girava de um lado para o outro, segurando os golpes dos assassinos e os jogando contra eles mesmos, porém sempre que ele derrubava um assassino ou o deixava sem chance de defender, a dança acabava e a luta passava a ser mais bruta, ele acertava socos repetidos na cara do assassino enquanto o arrastava para a parede, segurava sua cabeça e seu pescoço e dava joelhas em sua barriga, os assassinos estavam passando muito aperto com Sábio, mesmo Po e Tigresa sendo os melhores guerreiros da China, Sábio conhecia a forma dos assassinos de lutar, então ele conseguia prever melhor os golpes deles, por isso ele estava se dando melhor na luta.

Sábio estava quase derrotando os dois assassinos com quem lutava e Po tinha um dos assassinos com quem lutava em suas mãos, então o outro assassino com quem Po lutava (aquele que ele jogou contra o parceiro no começo da batalha) foi para cima de Tigresa. O outro assassino que ela derrubará já havia se recuperado da pancada e também ia para cima da felina.

Tigresa estava lutando contra três assassinos, Po e Sábio não perceberam que ela estava cercada, mas Tigresa era uma ótima lutadora, ela estava conseguindo se defender dos golpes e contra atacar. Ela já havia colocado suas unhas para fora, tentando, em vez de dar socos e chutes, se defender e contra atacar com elas, cortando os assassinos. Sua estratégia estava indo bem, ela já havia matado um deles cortando sua jugular e provavelmente deixado outro assassino cego de um olho, porém o que ainda estava inteiro, aproveitando que a felina havia focado no seu companheiro, conseguiu chegar na perna de Tigresa, fazendo um corte na parte de baixo da perna esquerda da felina. Tigresa caiu dando um grito que fez com que Po e Sábio olhassem para sua situação.

— TIGRESA! (Gritou Po correndo na direção da amiga)

Tigresa mesmo no chão ainda lutava. Ela enfiou suas unhas no pé de um deles (o que fez o corte em sua perna), fazendo com que ele caísse em cima dela. A felina rapidamente pegou a mão do assassino e a enfiou na sua garganta, matando-o com sua própria arma. Po pulou por cima de Tigresa, indo no outro assassino. Ele o empurrou contra o muro e começou a dar socos repetidos na cabeça do assassino. Ao ver sua amiga machucada a adrenalina subiu na cabeça de Po, ele não parava de socar o assassino, que já devia estar inconsciente a uns cincos socos, porém Po não se importava, ele estava com muita raiva.

Po parou de socar o assassino e se acalmou, Sábio finalizou os dois assassinos com quem ele lutava e foi ver como Tigresa estava. Po se ajoelhou ao lado da felina, que estava deitada no chão com a mão em cima do corte, tentando conter o sangramento. Ela apertava seus olhos com suas pálpebras, se segurando para não gritar de dor.

— Tigresa, você está bem? (Po)

— Que pergunta hein Po! (Disse Tigresa furiosa)

— Ok, foi mal, vem, vamos te levar para o médico. (Disse Po indo pegar sua amiga)

— Apenas me ajude a levantar que eu vou sozinha. (Tigresa)

— Tigresa, agora não é hora para você ser durona. (Disse Po desobedecendo a felina e a pegando no colo)

Po levou Tigresa para a médica da cidade, Lin.

Ao chegar lá Lin os recebeu na porta.

— Meu deus o que aconteceu? (Lin)

— Tigresa foi ferida em batalha. (Po)

— Qual o ferimento? (Lin)

— Um corte na perna. (Po)

— Ok, ponha ela nessa cama para mim por favor, vamos esterilizar o corte e dar pontos. (Lin)

Po obedeceu a médica e colocou Tigresa na cama, ficando ao seu lado.

— Tigresa, isso vai doer um pouco, mas vai limpar seu machucado. (Disse Lin, pegando um pote com um líquido dentro)

(Apenas quero lembrar que naquela época não existia merthiolate haha, então quando eles limpavam machucados, ou utilizavam ervas ou álcool, mas normalmente para coisas mais graves era utilizado álcool, e quem já limpou um machucado com álcool sabe que arde só um pouquinho haha)

Po segurou a mão de Tigresa.

— Lin, você não tem uma mordaça, ou algo do tipo? (Po)

— Não, eu estou sem. (Lin)

Po sabia que ia doer muito, e que provavelmente ele se arrependeria do que iria fazer, mas seria pela sua melhor amiga, então, na verdade, ele não se arrependeria, mas ficaria feliz por faze-lo.

Po segurava a mão de Tigresa com sua mão esquerda, o panda colocou seu braço direito na boca de Tigresa e pediu para que Lin fizesse logo a limpeza do corte.

Quando Lin virou o frasco no corte de Tigresa a dor da felina era incalculável, ela apertou a mão de Po com tanta força que ele pensou que ela havia quebrado seus dedos, e seu braço, foi a pior parte, ela o mordeu com muita força, encravando seus dentes no braço do panda. Po se segurou para não, gritar, porém ele percebeu que também precisaria de uma limpeza e uns pontos.

— Pronto Tigresa, limpo. (Lin)

Lin deu pontos no corte rapidamente. Tigresa começou a soltar a mão de Po e tirar seus dentes de seu braço aos poucos, pois ainda sentia dor.

— Po! Seu braço! (Disse Tigresa ao ver o braço do panda)

— Não se preocupe, não foi nada. (Po)

— Onde que você estava com a cabeça Po? (Tigresa)

— Eu não sei... Eu apenas... (Tigresa o interrompeu dando um abraço forte no panda, aquela era sua forma de dizer um obrigado, e para Po, era muito melhor do que ouvi-la dizendo)

— Lin, você pode cuidar disso para mim também? (Perguntou Po enquanto abraçava Tigresa)

— Claro! (Lin)

Po e Tigresa pararam de se abraçar. Po foi até Lin, que limpou os cortes feitos pelos dentes afiados de Tigresa e passou uma faixa em volta do braço, para proteger os cortes de sujeira.

— Obrigado Lin! (Os dois)

— De nada queridos! (Lin)

Po e Tigresa saíram do consultório.

— Eu não acredito que você fez aquilo Po... (Tigresa)

— Eu não podia deixar você sofrer... (Po)

Tigresa deu um soco no braço de Po.

— Obrigada Po. (Tigresa)

— Tigresa, olha! (Disse Po apontando para ponte de onde vieram os assassinos)

Tigresa se virou e viu os quatro furiosos nela.

— Eles voltaram! (Tigresa)