Temporada de Caça
Prelúdio da luz
Aperto meus meninos no seio, amamentando-os e preocupada ao encontrar friúra em seus corpinhos.
Escuto as arfadas do homem, estancando o sangue. Observo o cômodo e analiso uma pintura de luzes.
“Como chego até lá?” Inquiro apontando. Ele franze a testa desentendido e bufo. Levanto-me.
“Hey! Aonde vai?” Balbucia algo ininteligível e bárbaro.
Em loba cutuco-os para transformarem. Os lobinhos andam, mas cansam, desatinando a uivar esgoelando-se.
Grunho arranhando o chão, desapontada, e giro.
Vejo-o apoiado num bastão, carregando uma mochila, um machado e estendendo-me uma túnica de pele.
“Norte!” Ele aponta para frente mostrando a pintura.
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