Capítulo 7- Medo de morrer.

Quando Asuka e Lili olham para a porta já conseguem ver três rostos muito familiares. Heihachi, Bruter e Shinjiki estavam na frente delas.

–Obrigado por esperarem, vocês são muito pacientes para morrer! Huhuhuhuhuhuhahaha. -Heihachi.

–Espera... Esse é o "Shinjiki"? -Lili pensou.

–Sem dúvida vocês foram muito úteis para esse trabalho. Quem sabe Shinjiki seja misericordioso e mate vocês duas de uma vez para que não sintam dor... Hahahahaha! -Bruter.

–Chega Heihachi. Deixem-me sozinho com elas por um momento, aqui estão os objetos. -Shinjiki.

Heihachi pega as pedras e sai do local, Bruter vai com ele.

–Asuka, olhe para Shinjiki. -Lili.

–Huh? -Asuka olhou. -Mas, ele é aquele menino que encontramos outro dia!

–Não esperava que fossem se lembrar de mim. Sim, sou eu. -Shinjiki.

–M... Mas... -Asuka.

–Como você nos conhece? -Lili.

Shinjiki não responde, apenas fica na frente de Asuka e Lili.

–AI MEU DEUS, EU JÁ DURMI TRÊS VEZES HOJE, NÃO QUERO DORMIR MAIS UMA VEZ... -Asuka gritou.

–Ele vai nos matar... Isso não é justo! Não podmeos nos defender com essas cordas nos prendendo. -Lili.

–Concordo. -Shinjiki.

Shinjiki desamarra as cordas de aço que prendiam Asuka e Lili nas cadeiras.

–Huh? O que? -Asuka.

–Por que fez isso? -Lili.

–Esse não é um lugar para explicações, sigam-me. -Shinjiki sai correndo.

Asuka e Lili não entendem nada, mas ficam curiosas e vão atrás de Shinjiki.

Depois de se afastarem daquele local Shinjiki para de correr, Asuka e Lili ficam cansadas e também param.

–O que é isso? Uma pegadinha? -Lili pergunta tentando recuperar o fôlego.

–Não. Isso é uma prova. -Shinjiki.

–Uma o que? -Asuka.

–Desde o começo, desde quando a casa da Asuka explodiu... Tudo isso foi só um plano. -Shinjiki.

–Um... plano? Como assim? -Asuka pergunta sem entender.

Asuka, Lili, seus pais já não estão mais nesse país, não é verdade? Não acham muito estranho eles terem saido na mesma época? -Shinjiki.

–Mas já faz tempo que os nossos pais não estão mais nesse país... -Lili.

–Eu vou tentar falar de um modo que vocês entendam... Seus pais eram grandes amigos quando eram crianças, mas tinha um problema, eles brigavam assim como vocês duas. -Shinjiki.

–O que? Porque meu pai nunca me disse isso? -Asuka.

–Ele estava ocupado com o treino de seus alunos no dojô, assim como o pai da Lili estava ocupado com o trabalho. Os dois descobriram que vocês duas criaram essa rivalidade, e agora querem mostrar que rivais não significa inimigos. -Shinjiki.

Asuka e Lili ficaram paradas sem saber o que dizer, apenas continuaram ouvindo o que Shinjiki estava dizendo.

–Eles não sairam do país, eles estão em outra cidade. Eles queriam que vocês duas ficassem unidas assim como eles dois se tornaram grandes amigos. Então eles me contrataram para fazer isso, mas como o plano podia falhar e vocês podiam ficar ainda mais inimigas do que já eram, eles tentaram arrumar outro jeito de unir vocês.

–Mas, se isso é verdade... Por que você ajudou Heihachi? -Lili.

–Por que faz parte do plano. -Shinjiki.

–Não pode ser, não pode ser que meu pai queria ajudar Heihachi a matar pessoas. -Asuka.

–E o meu também. -Lili.

–Eles não queriam ajuda-lo... Eles queriam que vocês duas derrotassem aquele monstro. -Shinjiki.

–Mas, isso é loucura... Heihachi disse que nem mesmo o Devil Gene é superior a aquele tal do... "Juízo Final"! -Asuka.

–É verdade. Mas vocês acham mesmo que vão tentar derrotar o monstro sozinhas? -Shinjiki.

–E quem vai nos ajudar? -Lili.

Shinjiki não responde.

–Eles me pediram para levar vocês duas até um local especial. -Shinjiki.

–Local especial? -Asuka.

–Sigam-me. -Shinjiki sai correndo.

–Ei, espera! Ainda quero saber algumas coisas! -Asuka sai correndo atrás dele.

Lili olha pra trás e vê a noite chegando.

–Que sensação é essa? Eu me sinto estranha... O que eu estou fazendo? Onde eu estou? Por que esotu fazendo essas perguntas para mim mesma? Será que... Sim, eu acho que sim. Esse ar e esse vento, eu já não sou mais aquela garotinha que ficava o dia inteiro presa, eu estou indo lutar. -Lili pensou.

–Lili, você não vem? -Asuka gritou de longe.

–Ah, sim eu já estou indo. -Lili sai correndo.

–Será que isso só está acontecendo porque eu contei aquilo pra Asuka? Eu não sei, eu só sei que essa sensação é ótima! -Lili pensou enquanto corria.

Asuka e Lili foram atrás de Shinjiki, mas enquanto isso Heihachi e Bruter estavam dentro de uma caverna.

–Então essa é a caverna onde fica guardado o túmulo do "Juízo Final"? -Bruter.

–Mais é claro que sim, seu idiota. -Heihachi.

Depois de caminhar um pouco mais Heihachi e Bruter chegaram em uma sala escura com um túmulo no centro. Heihachi colocou as quatro pedras do apocalipse dentro de quatro buracos que estavam na tampa do túmulo, de repente uma aura roxa começa a sair de dentro do túmulo e uma rizada grossa e infernal podia ser ouvida naquele lugar.

–O que está acontecendo? -Bruter.

Uma bola escura aparece em cima do túmulo, era o espírito do Juízo Final.

–Quem são vocês? -Ele perguntou.

–Eu sou Heihachi Mishima, e estou aqui para pedir o seu grande poder emprestado. -Heihachi.

–O meu grande poder...? -Ele perguntou de novo.

–Sim, eu preciso dele para me vingar de dois idiotas que vem me perturbando por toda a minha vida. -Heihachi.

–E porque eu te obedeceria? -Ele perguntou.

–Eu faço o que você quiser. -Heihachi.

Ele fica em silêncio por um minuto.

–Me dê um corpo. -Ele falou.

–Um corpo? -Heihachi perguntou.

–Sim, agora eu sou apenas um espírito, sem um corpo eu não posso fazer nada. -Ele falou.

–Pois bem, então... Esse corpo serve? -Heihachi perguntou segurando Bruter.

–O que? NÃO! -Bruter gritou.

–Sim, é o suficiente... -Ele disse.

Uma luz enorme saiu de dentro da caverna, os animais sairam correndo espantados. Depois de um tempo tudo que se podia ouvir era os gritos de Bruter enquanto o Juízo Final tomava o seu corpo, e as risadas de Heihachi já que ele estava feliz porque finalmente ia alcançar o seu sonho.