Teenage Runaway

Chapter 4 - Apresento-lhes: o Karma da Minha Vida


"Eu me preocupava bastante com o que queria ser quando crescesse, quanto ganharia ou se me tornaria alguém importante. Às vezes, as coisas que você mais quer, não acontecem. E às vezes, as coisas que jamais esperaria, acontecem." - Amor e Outras Drogas

P.O.V.'s Alexia Dursley

Meio termo. Nem ruim, nem bom. É isso que eu falo sobre o jantar de ontem à noite. Depois de Harry ficar uns 3 minutos me encarando boquiaberto, ele deu passagem para eu e papai passarmos. E aí começou a sessão: "Quero virar um avestruz e esconder minha cabeça num buraco". Eu não sabia que ia ter tanta gente assim. Pelo que eu me lembre, estavam o Harry, a sua esposa Ginny, seus filhos Albus e Lily. Também estavam os dois outros membros do trio de ouro - Hermione Granger Weasley e Ron Weasley, com seus filhos Rose e Hugo. Os irmãos de Ron: Percy, com suas filhas Lucy e Molly; Bill com seus filhos Victoire e Louis; e George Weasley com sua mulher, Angelina. Pelo que eu entendi, o filho mais velho do Harry, James, tinha saído com os amigos e os primos.

Para uma pessoa tímida, quando apenas 2 pessoas a estão encarando, ela já fica completamente vermelha. Agora, você imagina como eu fiquei quando esse povo todo ficou me olhando? É, eu quis me jogar de uma ponte. Mas, tirando isso, o jantar foi razoavelmente bom. Fiquei conversando com Rose, durante quase todo o tempo, já que Molly e Lucy eram bastante tímidas, Hugo e Louis só queriam comer, e Victoire - que devia ter uns 23 anos - ficava agarrada com o namorado, Teddy Lupin. Depois que jantamos, simplesmente fomos embora. Não teve nenhuma pergunta sobre minha mãe, ou perguntas sobre eu ter irmãs. Nada disso. Mas, o meu sexto sentido me diz que Harry Potter já sabia dessas coisas, por isso não precisava perguntar nada. Ele me olhava de um jeito estranho, como se estivesse me estudando. Acho que não preciso dizer que fiquei mais vermelha que os meus cabelos, certo? Certo.

Chegando em casa, encontrei uma carta de Kyla em cima da minha cama, dizendo que ela não iria vir mais na segunda-feira, pois teria de ir visitar sua avó, Madeline, que mora em Paris. Depois, ela me mandou uma mensagem - Kayla Jackson usando celular, vamos glorificar de pé - dizendo que chegaria na terça-feira, na parte da tarde. Bom, o que me resta é aguardar.

[...]

Terça-Feira, 28 de julho, 8:00 a.m. Status: Dormindo profundamente

– Feliz aniversário ruiva! - Uma voz feminina, de uma pessoa que não tem medo de morrer, berrou no meu ouvido. Nunca.Me.Acordem.

– Merlin, por favor, diga que isso é um pesadelo, e que eu ainda estou dormindo. - Murmurei, enquanto puxava minha coberta para o meu rosto, já que a pessoa infeliz também abriu a janela, e o sol estava furando os meus olhos. Ninguém tem medo de morrer mais não?

– Levanta essa bunda gorda daí, agora, dona Lexi Ruiva Dursley. - Disse a pessoa, enquanto me descobria. Nunca.Façam.Isso. A não ser que você queira ter sua varinha enfiada num lugar não muito agradável.

Abri lentamente os olhos, dando de cara com um par de olhos cinzas, que me encaravam, divertidos.

– Eu não acredito que você me acordou às... - Parei, olhando pro relógio da parede. - ... às 8:00 da manhã caralho.

– Anda ruiva, hoje é o seu aniversário. A partir de hoje, você finalmente vai poder fazer feitiços legalmente. - Disse ela, sorrindo largamente. Mas, logo depois, ela pareceu pensar um pouco, e seu sorriso foi sumindo lentamento do rosto, e a única coisa que deu tempo dela dizer foi.

Fodeu.

Peguei minha varinha, que estava na minha mesinha de cabeceira, graças a Merlin, e saí atrás dela, gritando feitiços, enquanto ela tentava defender. Ficamos uns 5 minutos nessa briga, até que tivemos que parar, porque uma certa loira, esmurrou a porta do meu quarto gritando.

Se vocês não pararem com isso, agora, eu juro que eu vou esfaquear alguém.

Depois disso, caímos na gargalhada.

– Você não iria chegar pela tarde? - Indaguei, confusa.

– Eu ia chegar pela tarde, mas eu não ia perder a oportunidade de te acordar cedo no dia do seu aniversário de 17 anos. - Disse ela sorrindo. - À propósito, Feliz aniversário ruiva! – Finalizou ela, me entregando uma caixinha prata com um laço lilás por cima. Quando abri, meus olhos brilharam.

– Isto é... - Não tinha palavras para descrever. Era um cordão de ouro, com um pingente de coruja. Perfeito.

– Um presente para ti, filha de Atena. – Disse ela, dramaticamente, fazendo uma reverencia engraçada. É, eu sou semideusa, sou obcecada por Percy Jackson, e me considerava filha de Atena. Kayla sabia muito bem disso. [n/a: Gente, eu amo muito PJO, é muito perfeito! Sou filha de Zeus.]

– Como você sabia... - Comecei falando, mas ela interrompeu. desta vez, eu não vou tacar um avada nela, por ela ter me interrompido. Apenas desta vez.

Eu vi você babando por um cordão parecido com ele, no mês passado. - Começou ela. - Mas, quando você voltou, no outro dia para comprar, já tinham vendido. Então eu, como uma boa amiga que sou, encomendei outro, de um modelo diferente, mais bonito. Foi por isso que eu não vim ontem. O cordão só foi entregue pela noite. - Se explicou ela.

Sorri meigamente. Pera, desde quando eu sorrio meigamente?

– É por isso que eu te amo.

– Só por isso? - Retrucou ela, sorrindo de lado. Cadela.

*ALGUMAS COISAS QUE VOCÊS PRECISAM SABER SOBRE

KAYLA RACHELLE JACKSON*

Ela tem olhos cinzas, e cabelos pretos um pouco a baixo dos ombros. É tão branca, que às vezes fica até pálida. Sempre a considerei mais bonita que eu, ela sempre foi mais animada, mais popular e mais estilosa, por mais que me doa assumir. Nos conhecemos quando entrei na Beauxbatons, e no instante em que nos olhamos, foi ódio à primeira vista. No segundo ano, fiquei presa com ela numa biblioteca, e nos tornamos melhores amigas inseparáveis.

P.S.: Sou eu a infeliz a ter que ouvir as reclamações sobre os ficantes dela.

[...]

– Você já comprou os materiais que vão ser usados este ano? - Indaguei a Kayla, e logo depois dei uma colherada no meu cereal. Já tinha trocado de roupa, e estava sentada na mesa da copa, comendo junto com vovó e Kayla, já que meu pai já tinha saído para trabalhar, e Cash, bem, ela só iria acordar depois das 14:00.

– Mas é claro... - Respondeu ela sorrindo. - ... Que não.

Revirei os olhos. Uma vez Kayla Jackson, sempre Kayla Jackson.

– Nossa, que surpresa: Kayla Jackson sendo irresponsável. - Disse. Digam olá ao meu sarcasmo. [n/a: Olá sarcasmo da Lexi.]

Ela revirou os olhos.

– Vai dizer que você já comprou tudo? - Disse ela, me desafiando.

– Bem...- Comecei, mas não deu tempo de terminar, porque ela me interrompeu. Nunca. Me. Interrompam.

– Viu? Você também não comprou tudo, não pode dizer muita coisa. - Retrucou ela. Rolei os olhos.

– Temos que comprar nossos materiais. - Constatei o óbvio.

– Avá? Jura? - Ironizou Kayla. - Se você não dissesse, eu nunca iria descobrir.

– Calada, cadela. - Falei. Ela rolou os olhos e falou.

– Tá, o.k. - Começou ela. - Mas, aonde nós vamos comprar?

Merda. Pensei. Eu tinha chegado a Londres a pouco tempo, não iria saber nunca aonde comprar essas coisas.

– Eu não sei. - Constatei o óbvio, de novo. É sério, eu tenho que parar com isso. É escroto.

– Vocês poderia comprar no Beco Diagonal. - Falou calmamente vovó, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Aonde? - Eu e minha amiga perguntamos juntas.

Ela revirou os olhos e continuou:

– O Beco Diagonal, é um lugar bruxo, onde vocês vão achar tudo isso, inclusive os uniformes, porque eu tenho uma leve impressão que nenhuma de vocês comprou ainda.

Eu e Kayla nos entreolhamos e neste momento tivemos a confirmação: É, nenhuma de nós lembrou dos uniformes.

– Tá, beleza, mas aonde fica esse tal Beco Diagonal? - Indagou Kayla.

Vovó bebericou o café e anunciou.

– Simples, memorizem Beco Diagonal e aparatem.

Ah, pensei, é mesmo. Eu agora posso aparatar.

– O.k. - Anunciou Kayla. - Lexi, termina logo esse cereal, e vamos aparatar lá.

Revirei os olhos e logo olhei para ela, serrando os olhos.

Você não vai comer nada? - Indaguei. Ela engoliu em seco, e respondeu, simplesmente.

– Eu não tô com fome.

Você nunca está com fome. -Sussurrei para mim mesma.

– Eu ouvi isto. - Anunciou ela, fingindo estar brava.

– É bom que tenha ouvido mesmo. - Retruquei, no mesmo tom.

– Já terminou? - Perguntou ela.

– Já, cadela, já terminei. - Respondi impaciente.

– Ótimo, vamos de uma vez nesse tal Beco Diagonal. – Dizendo isso, ela subiu as escadas correndo, e quando voltou, trazia com sigo sua bolsa, a minha bolsa e um papel, que eu logo vi que era a lista de materiais deste ano.

– Vamos. - Concordei.

Peguei minha varinha, fechei os olhos e memorizei "Beco Diagonal", sentindo aquela famosa sensação de estar sendo sugada para você mesmo. Quando abri os olhos, não estava mais na sala da minha casa: Estava numa rua movimentada, cheia de bruxos e lojas em que vendiam as mais variadas coisas.

– É - Disse Kayla ao meu lado. - Até que é legal.

– É. - Concordei, sorrindo. - Muito legal.

– Então... - Começou ela, e nos entreolhamos, dando aquele sorriso que significava apenas uma coisa.

Vamos as compras! – Dissemos juntas, e logo começamos a rir.

É, esse seria um longo dia.