Teenage Runaway

Chapter 20 - So What


LEIAM AS NOTA INICIAIS

“Não, não arraso corações. Meu coração é que foi arrasado.” — Uma Curva na Estrada (Nicholas Sparks)

P.O.V.'s Kayla (Perfeita) Jackson

Alguma coisa peluda passou perto do meu nariz, e eu automaticamente levei as mãos lá, sentindo uma coisa peluda e felpuda. Abri os olhos rapidamente, dando de cara com profundos olhos azuis. Levantei, e me espreguicei, tirando Minnie da minha cama. Como essa coisa veio parar aqui? Eu realmente não sei.

Sai da cama, achando que estava atrasada, pois estava tudo realmente quieto. Para minha enorme surpresa, eu era a única que tinha acordado. Olhei a cama de Dominique, a única que tinha as cortinas abertas — pois são camas de dossel — e pude ver a loira toda esparramada na cama, e dava pra ver com toda a clareza do mundo que ela estava babando. Sorri. Mal posso esperar para tirar sarro daquilo.

Fui para o banheiro praticamente me arrastando. Prendi meu cabelo num coque desajeitado, e lavei o meu rosto, para depois de seca-lo, me olhar no espelho. Olhos cinzas, pálida, cabelos pretos e uma coisa que poucos sabiam que eu tinha: Sardas. Sim, eu tinha várias sardinhas, não tão visíveis mas ainda eram sardas. Você só conseguiria saber que eu as tenho se me visse sem maquiagem ou se fosse algum parente próximo; Caso contrário, esqueça, você nunca vai saber da existência delas. Sempre dava um jeito de escondê-las com maquiagem, nunca gostei de possuir sardinhas.

Fracos raios de sol entravam pela greta da pequena janela do banheiro, batendo no meu rosto. Quem me visse assim, pela manha, sem maquiagem ou qualquer outra coisa, apenas uma garota comum que dorme com uma blusa do Super-Homem (Não me julgue, eu amo filmes de super-heróis trouxas), nunca iria imaginar que sou a garota mais problemática da minha família.

Kayla Rachelle Jackson, típica garota com a vida que todos pediram à Deus, sempre tive tudo o que desejei, sempre fiz tudo o que quis. Sorri, debilmente, para meu reflexo no espelho, e sai do banheiro, indo em direção às minhas coisas, procurando meu uniforme, para novamente voltar e me trocar.

É, sinto que hoje será um longo dia.

[...]

Estava terminando de arrumar as minhas adoráveis tranças, uma de cada lado, e finalmente havia acabado de me arrumar. Maquiagem forme, sardas disfarçadas, pálida como sempre e já com meu uniforme.[n/a: Lembrando que esse ai é um look cosplay da Lilá, ou seja, ignorem o lenço no cabelo e as escritas de lado, e foquem no visual em si.] Magnifique!

Assim que saí do banheiro, dei de cara com uma loira já vestida, indo em direção à cama da Lexi, com a varinha em uma das mãos. Ah, mas ela não iria fazer isso. Não mesmo.

Expelliarmos. — Sussurrei na direção dela, e sua varinha voou em minha direção. Vi ela me fitar por um tempo, confusa. Rolei os olhos e lhe estendi a varinha. — Você não vai acordá-la, pelo menos não hoje. — Afirmei, num fio de voz, para não acordá-la.

— Mas... Ela vai acabar se atrasando. — A Weasley retrucou, também baixo. Rolei os olhos, novamente.

— Você fala como se ela não se atrasasse todos os dias. A Lexi teve um dia estressante ontem, deixa ela dormir. — Conclui, e ela deu de ombros.

— Bom... Acordamos cedo hoje. O que nós vamos fazer? — Ela indagou, enquanto mexia debilmente nos longos cabelos loiros.

— Eu não sei você, mas eu vou dar uma voltinha pelo castelo. — E dizendo isso, marchei em direção à porta, parando assim que toquei na maçaneta. — E, se você ousar acordá-la, eu arranco cada fio desse seu cabelinho loiro artificial, entendeu? — Completei, com um olhar mortífero.

— ‘Tá achando que manda em mim, é? — Ela disse, com a voz debochada.

— Eu não acho meu amor, eu tenho certeza. — Murmurei, dando um beijo no meu ombro, como se mandasse em tudo. Ela gargalhou, sem humor. Fiz sinal para ela rir mais baixo, e ela se controlou.

— Tá se achando é? Querida, eu faço o que eu quiser, ok? — Ela retrucou, falando mais alto. — Se eu quiser, eu berro agora mesmo e acordo ela. — Ela disse, aumentando o tom de voz em cada palavra.

Suspirei, pesadamente, e me virei em sua direção, já me rendendo.

— Ok, só... Por favor, deixa ela. Ela merece isso mais do que ninguém. — Murmurei com uma calma que até eu desconhecia. Vi ela me fitar com seus olhos azuis, e em seguida assentir, sorrindo de lado. Dei um mínimo sorriso em agradecimento, e saí de lá rapidamente, mas ainda pude ouvi-la murmurar.

E eu sou loira natural!

[...]

Andava despreocupadamente pelos largos corredores da grande Hogwarts. De verdade? Eu amo esse lugar.

Os corredores ainda não estavam tão cheios, e vi algumas pessoas me encararem enquanto andava. Ergui a sobrancelha pra uma garotinha do primeiro ano, e ela saiu correndo, tropeçando nos próprios pés. Não entendi. Na verdade, nunca entendi isso, das pessoas às vezes terem medo de mim. Lexi diz que é por culpa dos meus olhos; ela diz que meu olhar é duro e frio. Eu acho que é exagero dizer isso, mas tudo bem.

— Ei, Kay. — Ouvi uma voz enjoada e desconhecida me chamar. Olhei, e vi uma garota da Corvinal de cabelos ruivos e longos, acompanhada de sua amiga com traços asiáticos, também da Corvinal. — Tudo bem?

— Eu te conheço? — Tá, tudo bem. Eu poderia ter sido um pouquinho mais delicada, porém essa não seria eu.

A garota parecia ter ficado sem graça no começo, mas não perdeu a pose.

— Não se lembra de mim? — Ela indagou, meio rindo, meio torcendo mentalmente para eu dizer que sim. Continuei com minha expressão de dúvida. Qual era o problema dessa garota, afinal? — Fazemos aulas juntas, não se lembra? Aula de adivinhação. Sentamos sempre na mesma mesa...

Ah, acho que agora estava me lembrando.

— Oh, você era a garota que entrou em pânico quando a professora disse que tinha um sinistro no seu futuro? — Disse, tentando segurar o riso. — Agora eu estou lembrando... É Kátia, né? — Indaguei, e vi ela fazer um sinal negativo com a cabeça. — Katy? — Ela estava ficando cada vez mais sem-graça. — Kam? Kath? — Ela continuava negando.

— É Kathleen! — Ela disse por fim, já vermelha. Só não sabia se era de raiva ou vergonha. — Ahn... A gente se vê, então.

— Ah, tá. — Respondi, sem coisa melhor para dizer. Quem essa garota pensava que era? Que intimidade.

Vi ela se afastar, quase correndo, e logo depois, um ser de longos cabelos castanhos pular ao meu lado.

— Ei, Jackson. — Ela cumprimentou, sorridente.

— Quanta animação, à essa hora da manhã. — Retruquei, e Cher rolou os olhos.

— Ah, bem, é isso ou ficar de mal humor o dia inteiro, tipo você. — Ela respondeu, e foi a minha vez de rolar os olhos. — Que milagre você ter acordado cedo. Caiu da cama, foi?

— Sabe que também é completamente estranho pra mim estar acordada há essa hora? Mas não, apenas uma gata maldita de uma certa pessoa deu um jeito de pular na minha cama e me acordar. — Murmurei, e continuei a andar pelo corredor, com ela em meu encalço.

— Falando na ruiva, como ela ‘tá? — Questionou, parecendo preocupada. Suspirei, pesadamente.

— Ela ‘tá bem, só... Precisa de um tempo, pra pensar. Pedi para Dominique deixa-la dormir mais hoje. — Respondi, com tom de quem finaliza uma conversa. Ela apenas assentiu. Continuamos andando em silencio por mais alguns poucos minutos, até que Cher para e olha com a sobrancelha arqueada para algum lugar mais à frente. Acompanhei o olhar, vendo um casal se agarrando, perto de uma parede.

— Aquele ali não é o Albus? — Perguntei, já sabendo a resposta. Conheceria aqueles cabelos pretos até se eles estivessem pintados de rosa. Cher assentiu. — Uau, ele parece ter pegada. — Disse meio admirada, vendo ele pressionar a garota de cabelos castanhos contra a parede, e beijá-la com vontade. — E tem atitude, hen.

Recebi como resposta uma cotovelada da Dolohov.

— Ei, eu só falo a verdade. — Me defendi, erguendo as mãos. — Quem é ela?

— Maja Stromberg, da Lufa-Lufa. — Ela respondeu, erguendo uma sobrancelha quando viu a garota se apertando contra o corpo do Potter. Ela parecia estar meio desesperada, ou era impressão minha? [n/a: Pra quem não sabe, Maja lê-se Maia]. — Quer ver uma coisa divertida? — A morena me questionou, enquanto dava um sorriso travesso.

Dei de ombros.

— Até que um pouco de diversão não cairia mal hoje. — Respondi. Ela então fez uma cara estranha, como a de uma atriz pronta pra atuar, e ela foi marchando em direção ao ‘casal’. Fui atrás, afinal, o que aquela louca pretendia fazer?

Ela parou a poucos metros deles, e suas feições se tornaram sérias imediatamente.

Albus Severus Potter, o que significa isso? — Ela praticamente gritou, enquanto cruzava os braços na altura dos peitos. Segurei o riso. Albus Severus Potter? Esse era o nome completo do garoto? Mas que droga de nome era aquele? Se eu chegasse num garoto e ele me falasse que se chamava Albus Severus eu começaria a rir na cara dele, de verdade. Quem em sua sã consciência coloca o nome de um filho de Albus Severus? Se eu fosse ele, me mataria, só por ter esse nome.Tenho que me lembrar de agradecer a mulher que me colocou nesse mundo e que eu me recuso a chamar de mãe, por ter me dado esse nome que, por mais que seja feio, não é pior que Albus Severus.

Quando a Dolohov gritou aquilo, os dois se separaram, ofegantes. Albus ficou encarando a morena, sem entender nada, enquanto a tal Maja olhava pra frente, vermelha.

— E então? — Cher continuou. Ela era uma boa atriz. — Não vai me dizer nada? Estou esperando suas explicações.

— E-e-eu... — Ele tinha travado. O coitado não estava entendendo nada, e a atuação da morena era tão boa, que estava até me assustando.

— Pera ai... Albus, você está com ela? — A garota perguntou. O menino estava branco feito cera.

— E-e-eu... O quê? — Ele respondeu, ainda sem entender nada. Agora tinha duas garotas olhando para ele, raivosamente. E eu, que estava apenas tentando não rir.

— Mas é claro que está! Diga a ela, Albus.— A Dolohov retrucou para a garota. — Você vai negar o nosso amor desse jeito? Como pôde? — Ela dizia, dramaticamente.

— É, Albus, como pôde renegar o amor de vocês desse jeito? — Entrei na brincadeira, tentando controlar o riso. O moreno me fitou, com raiva.

— E qual é o problema de ser comigo? — Cher a desafiou, com raiva. Ou falsa raiva, não sei.

— Bom, é que... Os boatos é de que você era... Bem, lésbica.... — Agora Maja parecia sem jeito. Quando ela disse aquilo, vi o moreno engolir em seco, e os olhos de Cher faiscarem (apesar de eu ainda achar que ela estava atuando).

— Ora, meu bem, não se pode acreditar em tudo o que se diz por ai. São apenas boatos. E eu só quero saber, o que o meu namorado estava fazendo agarrado com você. — Ela rebateu, sem perder a pose de namorada enfurecida.

Quando ela disse a palavra namorada, Albus engasgou com a própria saliva, e a garota ficou tão vermelha que poderia ser comparada a um tomatinho. Ainda não sabia se era de raiva ou de vergonha. Ao que me parece, ela se importa com a imagem dela.

— Ai meu Merlin, vocês estão mesmo namorando! — A garota murmurou, levando as duas mãos à boca. Albus (finalmente) parecia ter se tocado do que Cher estava fazendo, porque começou a falar coisas rapidamente e sem sentido algum. Só consegui entender coisas como “Você ‘tá entendendo tudo errado” e “Me escuta”.

— Olha Maja, não é nada disso que você está pensando. — Ops. Sinceramente, eu acho que ele não deveria ter dito essa frase. Qualquer garota sabe que, quando um garoto diz isso, é porque ele tem culpa.

Chega, Potter. Simplesmente, cale a boca! — A garota murmurou, estressada. — Sinceramente, você não presta.

E dizendo isso, ela deu as costas para ele e...Saiu. Eu estava quase rindo, quando a garota se virou rapidamente e... PÁ! A garota lascou um tapa na cara do Potter, e ela deu com tanta força, que quando ela finalmente foi embora, o formato da mão dela estava marcado no rosto do moreno.

E então, inevitavelmente, eu comecei a rir. E não fui a única, já que a Dolohov gargalhava com vontade.

— Por que você fez isso? — O Potter mais novo perguntou, com uma raiva desnecessária. Ah, qual é. Foi engraçado.

Sério... — Eu disse, tentando me recuperar da crise de risos. A Cher até chorava. — Acordar cedo nunca valeu tanto à pena. — Murmurei, limpando as lágrimas dos meus olhos.

Ai... Al, que garota mais burra! — Cher finalmente disse, tentando se recompor. Quando ela viu a expressão que o moreno tinha no rosto, foi pro lado dele, o abraçando de lado. Mesmo sendo mais velha, ela era mais baixa que ele. O garoto a olhava bravo, e continuou estável quando ela começou a mexer no cabelo dele.

— Ai, Albus... Nem fica assim. — Ela disse, deitando a cabeça no ombro do garoto. Vendo que ele continuava com a mesma expressão, ela bufou. — Ah, por favor. Eu ajudei aquela garota. Você ia acabar iludindo ela, como todos os garotos fazem. Até parece que você gostava dela.

Ele abriu a boca para discordar, mas nada saiu, então ele deu de ombros e passou o braço pela cintura da Dolohov.

— E o que você vai fazer quando os boatos do “romance” entre os dois estourar? — Questionei, fazendo aspas com a mão. Cher deu de ombros.

— Ah, bem. Eu já sobrevivi a boatos muito piores. Esse ai nem vai ser tão ruim. — Ela respondeu, mas depois fez uma cara como quem pondera a própria resposta. — A única coisa que eles provavelmente vão falar é que eu estou sendo “chifrada” por ele.

— Você é louca. — O Potter afirmou. A morena deu de ombros. —O que você não percebeu, é que o lucro disso tudo veio para mim. — Ele disse, e vendo a expressão de dúvida dela, continuou, empolgado. — Já até estou vendo as notícias: Albus Potter faz lésbicas se converterem e virarem garotas de verdade. — Ele finalizou, olhando para o nada, como se estivesse imaginando a cena.

Comecei a rir, e em resposta, a Dolohov deu-lhe um tapa no braço.

— Eu quero ver quando todos souberem que você apanhou de uma garota. — Ela retrucou, tentando segurar o riso.

— Olha, não foi bem assim... — Ele tentou argumentar.

— Ah, não? — Ela estava sendo sarcástica. — A garota te deu o maior tapa e a única coisa que você fez foi ficar babando pras pernas dela, enquanto ela ia embora, toda revoltada. —

Rolei os olhos.

— Bom casal, enquanto vocês discutem, eu vou continuar a minha jornada: Andar atoa.

E dizendo isso, continuei andando, ainda ouvindo as vozes dois atrás de mim. A amizade desses dois ainda ia dar muito o que falar.

[...]

Andava tão despreocupadamente, que nem percebi quando um garoto se aproximou de mim e passou um braço em volta dos meus ombros.

— Também acordou cedo? — Indaguei a Fred, enquanto passava um dos meus braços em volta da sua cintura.

— Gatinha, eu sempre acordo nesse horário. Você é que sempre acorda tarde. — Ele retrucou, apontando acusatoriamente para mim. Rolei os olhos.

— Não é de meu feitio acordar cedo ou chegar na hora nos lugares. — Comentei, dando de ombros. Ele deu uma risada baixa e rouca, inegavelmente sexy.

Que foi? Eu não sou de negar quando acho alguém atraente. E, nesse exato momento, o Weasley estava completamente sensual. Talvez eu devesse me controlar... Ahn... Acho que não.

— Quanto tempo falta pra servirem o café? — Questionei, deitando minha cabeça em seu ombro.

— Daqui a pouco já devem servir. — Respondeu, e logo depois suspirou.

— E o que vamos fazer enquanto não está na hora? — Perguntei, e imediatamente um sorrisinho malicioso se formou em seus lábios.

— Sabe, Jackson, eu tenho várias sugestões. — Ele disse, parando imediatamente e ficando de frente pra mim, me olhando de um jeito diferente. Sustentei o olhar e sorri da mesma forma.

— É mesmo? Tipo o quê? — Indaguei, com um sorriso travesso no rosto, mas eu não previa o que iria acontecer à seguir.

O garoto seu um sorriso cafajeste e, me pegando pelos dois braços, me empurrou para um armário de vassouras [n/a: Só pra relembrar à vocês que os armários de Hogwarts são tipo uns quartinhos, não são necessariamente armários. Vocês devem saber, but foda-se], fechando a porta imediatamente. Então ele me prensou com uma força descomunal contra a parede, me agarrando pela cintura e aproximando seu rosto perigosamente de mim.

Podia sentir sua respiração à milímetros do meu rosto, seus lábios roçando sensualmente nos meus. Ele estava me torturando. Há, mas nunca que eu iria deixar. E então, fui eu a pessoa que quebrei a mínima distancia que havia entre nós, selando nossos lábios com agressividade e ferocidade. Não pense que eu era algum tipo de masoquista, ou algo do gênero; Só que, se imaginem no meu lugar: Um cara gostoso, com um sorriso malicioso, te torturando de um jeito nada legal (algum tipo de tortura é legal?). O que vocês fariam? Obviamente não resistiriam.

E se nem vocês, pobres mortais, cederiam aos encantos desse deus grego (Que coisa gay isso, me senti a Bella Swan dizendo isso, claro que eu obviamente tenho mais atitude que ela e não são sem sal), por que diabos a diva aqui resistiria?

Enlacei minhas pernas em volta da sua cintura, o apertando ainda mais contra mim. Ele se afastou por um momento, e começou a distribuir vários beijos em lugares estratégicos do meu pescoço, e com certeza ficaria marcado. Minhas mãos adentraram por dentro da sua camiseta, arranhando o seu peitoral com vontade. Seu quadril começava a se mover levemente contra o meu, e suas mãos passeavam descaradamente pelas minhas coxas.

Ele voltou a me beijar, dessa vez mais ele estava sendo mais lento. Percebi que já devia estar quase na hora de irmos, mas quem se importa? Porém, percebi que já estava indo longe demais quando senti um certo volume lá embaixo, se é que vocês me entendem — e eu sei muito bem que entendem.

Me afastei de seus lábios, contragosto, puxando seu lábio inferior. Dava para ver, pelo seu olhar, que ele queria algo à mais. Olhei nada discretamente para o “amiguinho” dele, e disse despreocupadamente.

— Acho melhor você dar uma acalmada nele. — E antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, roubei dele um selinho rápido e sai de lá, sorrindo travessamente. E não é que aquele dia tinha começado bem?

[...]

— Eu não acredito que ela fez isso. — Roxy comentou, divertida, enquanto tomava um gole de suco de abóbora. Eu havia acabado de contar a eles a ceninha que Cher havia armado pra cima do pobre Albus pela manhã.

— Estou dizendo, e a tal Maja deu o maior tapa nele. — Disse, enquanto olhava indiscretamente para a mesa da Sonserina, onde Scorpius gargalhava de algo que Cher disse, enquanto Luke zuava o Potter mais novo, que estava emburrado.

O pessoal riu. Já estava na hora do almoço, enfrentei horários cansativos em plena manhã e, até agora, nada da ruiva.

— Vem cá, vocês não acham que a ruiva ‘tá demorando demais não? — James questionou, parecendo levemente preocupado. Rose suspirou, pesadamente.

— Gente, a Domi foi acordá-la, daqui a pouco elas tão aqui. — Ela respondeu calmamente, mas seu olhar demonstrava outra coisa.

— Ela já foi a uns quinze minutos. Quinze! — Dessa vez quem disse foi Frank, que também estava preocupado.

— Bem, o importante é ela vir. — Fred comentou, enquanto mastigava alguma coisa. Assenti calmamente, e então vi Roxanne olhar para a frente, como se tivesse visto algo. Logo, quase todos do salão também olhavam, e eu me virei devagar.

Bem na porta do Salão Principal, Dominique Weasley se encontrava ao lado de ninguém menos que Alexia Dursley. A olhei atentamente: Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo, apenas com a franja solta. Ela tinha profundas olheiras, e seus olhos verde-esmeralda estavam levemente escuros e sem vida. Seus ombros estavam um pouco encurvados, e sua cabeça estava baixa.

A Weasley tentava fazê-la vir até nós, e com muito custo, ambas vieram bem devagar. Quando Dominique me olhou, levei meus dedos ao meu queixo, indicando a ela para fazer a ruiva levantar a cabeça e enfrentar toda aquela barra de cabeça erguida. A loira pareceu entender, pois parou a ruiva e a fez erguer a cabeça.

Ambas seguiram calmamente até a mesa da Grifinória, Dominique se sentando entre James e Frank e a ruiva se sentando ao meu lado.

— Hm... Ruiva, ‘tá tudo bem? — Rose questionou, timidamente. A ruiva ergueu os olhos e deu um fraco sorriso.

— Tudo bem, como sempre. — Ela respondeu, com a voz um tanto quanto rouca.

Todos suspiraram, aliviados, exceto eu e os dois garotos que estavam na minha frente.

— Tem certeza? — O Potter questionou novamente.

— Absoluta, Potter. — Ela afirmou, começando a comer (na verdade, ela só remexia na comida, e dava algumas poucas garfada, para despistar). Todos perceberam que ela não queria dizer mais nada. Olhei para os lados, e percebi vários olhares sobre nós. Resolvi usar o que mais me favorecia nesses momentos: Meu olhar.

Usei o meu olhar de psicopata para alguns, e logo eles já pararam de olhar tanto para a nossa direção. Bom mesmo, é assim que eu gosto. Comigo não tem bagunça, não, Tem que impor respeito nessa cambada.

Olhei para a mesa da Sonserina, e pude ver o olhar preocupado de Cher. Sua boca se moveu levemente, formando as palavras “Vamos tirá-la daqui”. Assenti levemente, e a vi levantar.

— Vamos sair daqui. — Anunciei a todos da mesa. Ninguém negou ou protestou, e um a um, fomos levantando e nos retirando calmamente do Salão. Alguns insistiam em ficar olhando, e eu lhes mandava o meu olhar nada amigável.

Quanto já tínhamos saído do Salão, e estávamos caminhando pelo corredor — sem nenhuma direção — quando uma voz enjoativa soou.

— Ora, ora, ora, se não é a medrosa fujona e sua trupe. — Trupe? Quem, pelas calcinhas fio dental de Morgana, fala isso? Realmente, Lysander Scamander precisava melhorar aquele seu vocabulário.

— Sai fora, Scamander, vai retocar essa sua maquiagem e tentar disfarçar essa espinha enorme que nasceu no seu nariz. — A Dolohov a enfrentou, com raiva.

Achei que ela fosse dizer algo contra a morena, mas ela não perdeu a pose. Pelo contrário, continuou a provocar.

— Quanta violência. Eu estou apenas repassando à vocês o que todos estão comentando, sim? — Ela disse, dando uma risadinha falsa, sendo acompanhada pelas suas duas clones vulgo seguidoras.

— Ouvi alguns comentários sobre você, Dursley. — Quem disse isso foi a Krum, que continha no rosto um sorriso convincente. — Que coisa triste, sim? Ver a morte da própria mãe. — E dizendo isso, fez um biquinho totalmente artificial, recebendo uma risada extravagante da Zabine. Cerrei os punhos. Eu realmente acho melhor elas pararem com aquilo...

— Qual é, Dursley. Tenha um pouco de humor. — Scamander comentou, vendo que a ruiva olhava para os próprios pés, e suas bochechas continham um tom avermelhado.

— Com isso não se brinca, Lys. Agora, vai embora. — Quem disse isso foi o Potter mais velho.

— Gente, vocês são sérios demais. Sorriam um pouco, sim? — Ela murmurou, sorrindo debochadamente. Em seguida, ergueu a mão com as unhas anormalmente grandes e pintadas e pousou sobre o queixo da minha melhor amiga. — E erga a cabeça, Dursley. Não sabia que é falta de educação quando alguém está falando com você e você não olha para a pessoa? Ou será que a sua mamãe sangue-ruim não ensinou nada à você?

Ah... Ela não disse isso. Me digam, que ela realmente não disse isso. Eu pensei que Dominique fosse pular no pescoço dela, mas quando ela ia revidar, eu levantei a mão e fiz um sinal para ela ficar quieta.

Segurei o braço a Scamander com uma raiva desproporcional, até pra mim.

— Me solta, sua selvagem. — Ela disse, com sua vozinha enjoada. Sorri de um jeito talvez sinistro.

— Mas por que, Lys? — Disse, com uma voz falsamente fofa. — Ainda nem começamos a brincar. — E então, soltei seu braço, a vendo dar um sorrisinho vitorioso, que se dependesse de mim, não iria durar muito.

Tudo foi rápido demais para ela: A minha mão se ergueu, e com toda a raiva que eu sentia, dei o tapa mais forte que consegui. Todos seguraram a respiração, e as vadias seguidoras dela olhavam aquilo, assustadas.

— Eu vou ensinar à você, amorzinho, a não se meter com minhas amigas perto de mim. — E dizendo isso eu pulei. Sim, eu pulei literalmente pra cima dela, a derrubando no chão. Suas amigas clones ergueram as varinhas contra mim, porém Cher e Dominique foram bem mais rápidas.

Expelliarmos. — E a varinha de ambas voaram no ar, sendo a varinha da Krum na mão da Dominique, e a varinha da Zabine na mão da Dolohov — que parecia extremamente satisfeita em fazer aquilo.

Quanto a Scamander... Bem, ela não ia apanhar sem revidar. Suas unhas se cravaram com toda a força nos meus braços, e eu lhe dei mais um grande tapa , bem estalado. Rolamos pra um lado, e ela ficou em cima de mim. A vadia agarrou os meus cabelos e bateu a minha cabeça contra o chão. Ah, não. Ela havia atrapalhado as minhas adoráveis trancinhas? Ninguém toca no meu cabelo e sai impune disso. Ninguém!

Agarrei seus cabelos e puxei sua cabeça com toda a força, a fazendo levar as mãos para os cabelos, tentando se livrar .

Aaargh! Me solta, sua maluca! — Ela berrou, quando eu (finalmente) consegui me levantar, a puxando pelos cabelos. — Vocês, suas inúteis, me ajudem! — Ela ordenou às duas amigas dela, que olhavam tudo, horrorizadas. Porém, antes que elas pudessem dar qualquer passo, Cher erguei a varinha e apontou para ambas.

— Nem um passo. — A voz dela tinha assustado até a mim.

Torci o braço esquerdo da loira para trás, e com minha outra mão, puxei seus cabelos com toda a força, forçando sua cabeça para trás. Por que eu segurei seu braço esquerdo? Simples: Eu sabia que ela era canhota.

— Agora... Lys, querida, você vai ver o quê acontece quando provocam minha melhor amiga na minha frente. — Murmurei, com uma voz assassina. Seu olhar era de pura súplica, porém ignorei. Olhei em volta e vi que vários alunos tinham vindo ver o que estava acontecendo. Meus amigos me olhavam, aterrorizados. Cher e Dominique continuavam apontando suas varinhas para as duas vadias. Sorri, feito uma psicopata. — Vocês todos vão ver agora, a poderosa da escola, receber um antigo tratamento que os alunos recebem nas escolas trouxas. — Berrei, e em seguida, comecei a arrastá-la pelo corredor.

Ela se debatia, debilmente, mas nada adiantava. Devo tê-la arrastado por uns pouquíssimos minutos, e então vi a porta que tanto desejava encontrar: A do banheiro feminino.

Por sorte, uma garotinha do primeiro ano estava saindo na hora, por isso, apenas pedi “gentilmente” para ela deixar a porta aberta. Scamander parecia saber o que estava por vir, e começou a gritar coisas desconexas para sabe se lá quem.

— Ninguém vai te salvar agora, Lysander. — Eu murmurei, e em seguida, invadi a primeira cabine vazia que avistei. Podia ver todos chegando perto, várias pessoas gritando.

Consegui dar um chute em suas pernas, a forçando a ficar ajoelhada de frente à um vaso. E então, eu afundei sua cabeça com toda a ira que eu tinha, no vaso.

Retirei logo em seguida, vendo sua maquiagem completamente borrada, e a sua franja molhada.

Socorro! — Ela berrou, em plenos pulmões. Dei apenas um tempinho para ela respirar, e afoguei sua cabeça novamente no vaso.

Dava pra ouvir um murmurinho atrás de mim, mas nem por isso parei. Fiz isso por umas três vezes seguidas, e poderia ter feito mais, se braços fortes não tivessem agarrado a minha cintura e me puxado com toda a força para trás.

— Me solta, Weasley. — Gritei, me debatendo do seu aperto.

— Não enquanto você não se controlar. — Ele retrucou. Vi alguns me olharem, como se eu fosse completamente pirada.

— Aquela vadia mereceu. — Revidei, vendo a patricinha no chão da cabine, sendo ajudada por Peyton e Lauren, que a olhavam meio desesperadas.

— Tenho certeza que ela já aprendeu a lição, Jackson. — Scorpius disse, enquanto observava a deplorável cena da garota com a maquiagem completamente borrada, uma das mangas da blusa rasgadas, uma parte da bochecha com uma unhada que sangrava e um galo na testa — que supus ter sido formado quando forcei sua cabeça no vaso.

Eu não estava numa situação muito melhor: Meus braços estavam completamente arranhados, meu cabelo desgrenhado e eu sentia o horrível e inconfundível gosto de sangue na boca, e quando levei à mão até meus lábios, percebi que eles sangravam um pouco.

Mas o que é que está acontecendo aqui? — Uma voz fria e rígida soou. Todos congelaram, e uma diretora assustadoramente nervosa surgiu na porta do banheiro.

— Professora McGonagall, eu fui brutalmente agredida por aquela louca. — A voz enjoativa da Scamander respondeu apontando para mim, e reparei que ela começava a chorar. Ela ia apelar pro sentimental, é isso?

— É verdade tia Minnie, e a gente não pode fazer nada, porque as amigas loucas dela nos seguraram. — A Krum também se manifestou, fazendo uma falsa voz de choro. Rolei os olhos.

— A gente te segurou? — Dominique berrou. — Ninguém segurou vocês, suas duas inúteis.

— É mesmo? E por que as nossas varinhas estão com vocês? — A Zabine revidou, fazendo Cher se exaltar.

— Nós apenas te desarmamos. — Retrucou a morena, vermelha de raiva.

— Está vendo, professora? Três contra uma! Eu nem pude me defender. — A Scamander chorava. De onde ela tinha tirado aquele dom para atuação?

— Se você não se defendeu, então por que a Jackson também está desse jeito? — A voz gélida de Luke Zabine soou.

Depois disso, o caos aconteceu. Cher discutia com Lauren, enquanto Peyton e Dominique quase pulavam uma em cima da outra. Luke segurava a irmã, que queria bater na Dolohov — e, cá entre nós, todos sabiam que ela ia sair completamente acabada se elas brigassem, pois Cher era bem mais forte que ela.

Eu discutia com a Scamander, que insistia em dizer que ela não podia se defender, porque usei de azarações violentas. A discussão poderia ter continuado, de um berro não tivesse feito todos se calarem.

Calem a boca! — A inconfundível voz de Rose Weasley soou, fazendo todos se calarem imediatamente e a encararem, assustados. Desde quando ela tinha aquela potência vocal? A ruiva avermelhou imediatamente quando os olhares pairaram nela.

— Obrigada, senhorita Weasley. — Tia Minnie agradeceu, mas ainda estava claro a raiva em sua voz. — Senhorita Weasley, você gostaria de me informar o que aconteceu? — A professora perguntou, ou melhor, ordenou. Estava claro que a ruiva não tinha opção.

— Bem... — Ela parecia meio insegura, porém teve de continuar. — Depois que saímos do salão Principal, encontramos a Scamander acompanhada da Krum e da Zabine, e elas começaram a provocar a Lexi, então a Kayla se estressou e partiu pra cima da loira. — E vendo meu olhar raivoso sobre ela, completou. — Porém, as duas brigaram à mão, sem varinhas, e a Scamander pôde se defender perfeitamente, e Domi e Cher só desarmaram a Peyton e a Lauren. — Finalizou.

— Por que você não fala que a sua amiguinha afundou a cabeça da Lys na privada? — A Krum gritou, deixando a Scamander um pouco envergonhada.

— Por Merlin! — A professora se exaltou. — Você não vai negar nada disso, senhorita Jackson? — Ela me questionou, suplicante, como se realmente esperasse que fosse tudo uma grande brincadeira. Sorri.

— Sim, eu parti pra cima dela e enfiei a cara nojenta dela naquela privada. — Disse, fazendo a professora arregalar os olhos, assustada. — Eu também unhei a cara dela, e faria tudo isso de novo. Não me arrependo de absolutamente nada.Fiz tudo isso para ela aprender a controlar a língua.

— Meu Deus, o que a senhorita Scamander disse de tão grave, senhorita Dursley? — Ela questionou, preocupada, para a ruiva que até agora, só observava tudo.

A ruiva então, ergueu os olhos sem vida para a diretora.

— Ela falou da minha mãe. Ela chamou a minha mãe de sangue-ruim. — Ela respondeu, num fio de voz. A professora então compreendeu tudo: Ela já devia saber de toda a história.

— Muito bem. Senhorita Scamander, detenção por uma semana, pela ofensa. — A diretora anunciou, e quando ela abriu a boca para retrucar, a tia Minnie a olhou com repulsa, como se a desafiasse. Quando a diretora pousou o olhar sobre mim, não ousei desviar. Sustentei o olhar, numa forma de mostrar que não tinha medo de nada. O silencio reinou no local. — E você, senhorita Jackson... Eu geralmente não faço isso, pois realmente não vejo necessidade. Porém, nada me resta a não ser comunicar à sua família sobre o acontecido e pedir à alguém que venha conversar comigo, para discutirmos o seu castigo.

E dizendo isso, ela foi saindo, mas não sem antes dizer um.

— E as duas, por favor, vão procurar a enfermaria, para tratar dos ferimentos. Principalmente a senhorita Scamander, que apanhou... Quer dizer, que ganhou ferimentos mais graves. — Ela corrigiu, e rapidamente se afastou do local.

Fred ainda me segurava pela cintura, como se temesse que eu avançasse contra a minha inimiga. As vadias me olharam com puro ódio.

— Você vai pagar, Jackson. Vai pagar por tudo isso. — A loira murmurou, entredentes. Sorri.

— Estou aguardando o preço, querida. — Respondi, pingando veneno.

E em seguida elas foram saindo. Porém, a Lexi a segurou pelo braço — e, por Merlin, os braços dela estavam muito roxos. Fiz um bom trabalho — a fazendo parar.

— Não que isso importe, Scamander, mas a minha mãe não era uma sangue-ruim. Minha mãe veio de uma família sonserina. E eu sou sangue-ruim, sim, e não tenho vergonha de dizer isso, pois pelo menos não me rebaixo a tal nível como você. — E dizendo isso, ela cuspiu no chão, na frente da loira. — Você me dá nojo.

E com isso, as três saíram do local, cuspindo ofensas e fazendo ameaças. Muitos alunos ainda estavam no local, e a ruiva logo se estressou.

— E o que vocês ainda estão fazendo aqui, bando de desocupados? O show acabou, vão embora. — Ela gritava, enquanto batia palmas, e um a um, eles foram saindo, restando apenas eu e meus amigos.

— Jackson, você é louca. — Frank afirmou, enquanto ria. — Você tem noção do que significa ela chamar seus pais? Ela basicamente nunca faz isso.

Sorri, debilmente, e olhei para a minha melhor amiga.

— Então, não foi dessa vez que bati meu recorde. — Murmurei, como se lamentasse a situação. A ruiva me deu um largo sorriso.

— Como assim? — O Potter mais velho questionou, confuso.

— Bem, meu recorde é ter meus pais chamados na escola na segunda semana de aula. Essa é a quarta semana, ou seja: Não quebrei meu recorde. — Expliquei, gesticulando com as mãos.

— Vocês me assustam. — O Weasley comentou, e eu vi que ele tinha passado os braços ao redor dos meus ombros. Olhei pros meus amigos, e fixei os olhos na Dursley.

— Acreditem, vocês ainda não viram nada. — E dizendo isso, saí como se desfilasse, recebendo falsos aplausos deles, e vi alguns gritando “Linda, arrasou” e “Você vai longe garota”. Resolvi entrar na brincadeira, mandando beijos para eles.

Não iria assumir nada, mas meu corpo inteiro doía. Precisa, urgentemente, ir a enfermaria. Bem, o dia tinha sido longo. E só tenho uma coisa a dizer:

Esse ano promete.

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"Então, e daí!

Eu ainda sou uma estrela do rock

Eu tenho meu estilo roqueiro

E eu não preciso de você

E adivinhe só

Eu estou me divertindo mais." — So What (P!nk)