Teenage Runaway

Chapter 12 - Curtição, pegação e detenção


“O amor é um negócio horroroso, terrível, praticado por tolos. Vai partir seu coração e deixar você na pior. O que sobra para você no final? Nada além de algumas lembranças incríveis que não se esquecem.” — ABC do Amor

P.O.V.'s James S. Potter

Certo, isso foi estranho.

Depois que Kayla entregou a tal carta para a amiga e saiu do Salão Principal enfurecida, o que ficou foi uma Lexi abalada e nervosa.

Ninguém estava entendendo nada. O que tava acontecendo?

Assim que recebeu a carta, a ruiva começou a ler e, quando terminou, fechou os olhos e quando abriu o olhar dela demonstrava uma coisa:

Medo.

De que, eu realmente não sei, mas era isso que queria dizer.

– Eu preciso ir atrás dela, eu preciso... - Ela dizia meio desesperada. As garotas pareceram perceber que era uma coisa importante, e logo ficaram preocupadas. Olhei para os garotos e parece que eles também tinham o mesmo pensamento que eu: Mas que diabos estava acontecendo?

– Ruiva se acalma... - Quem disse isso foi a Domi, com uma voz meiga que ela nunca tinha usado antes na vida. Ela me assustava.

– Não tem como... Eu... Eu preciso ir atrás dela. - Ela disse, e em seguida se levantou bruscamente, mas foi segurada e sentada à força por Roxy. Minha querida prima sendo doce como sempre.

– Primeiro explica o que tá acontecendo. - Ela disse, séria. A ruiva a olhou como se pensasse se podia dizer ou não. Então ela respirou fundo e disse.

– Nada... É besteira. - Ela disse com uma voz calma. Roxy, Rose, Lily e Dominique se entreolharam, e então Dominique olhou para a carta que ainda estava na mão da ruiva. A ruiva pareceu entender a intenção da loira, e logo guardou a carta dentro das vestes. Depois de fazer isso, ela suspirou relaxada, olhou calmamente para elas e disse.

– Será que ela foi pro corujal? - Indagou.

– Ela deve ter ido, disse que ia dar uma resposta a altura pra mãe dela... - Rose disse, ainda meio desconfiada.

– Podem me levar lá? - Questionou a ruiva. As outras assentiram e elas se levantaram.

– Tchau garotos. - Elas se despediram e saíram do Salão.

– Isso foi totalmente... - Começou Fred.

Estranho. - Completei, e ele assentiu.

– Temos aula do que agora? - Indagou Frank.

– História da Magia com a Sonserina. - Respondeu Fred, com cara de tédio.

Droga. Com toda a certeza do mundo, era a matéria mais chata e tediante que tinha. Então nós nos entreolhamos para trás, mais necessariamente para a mesa da Sonserina, e logo em seguida achando as 3 pessoas que estava procurando: Scorpius, Luke e Albus.

Com aquele olhar que apenas nós entendíamos, nos levantamos, sorrateiramente e saímos do Salão Principal: Primeiro eles, depois nós.

[...]

Estávamos nós 6 na Sala Precisa. Fazendo o que?

Esperando todos terem ido para a sala.

Por que?

Vocês não acham mesmo que James Sirius Potter, Fred Weasley II, Luke Anthony Zabine, Scorpius Hymperion Malfoy, Albus Severus Potter e Frank Longbottom iríamos na aula?

Sério mesmo que você achou isso? É óbvio que nós não iríamos. E, apesar do Scorpius e do Albus serem do sexto ano e nem terem aula de História da Magia agora, eles também estão matando aula porque... Bem, não precisa ter motivo para matar aula.

– Acho que já podemos ir. - Murmurou Frank. Vocês deviam ter pensando que por ser filho do diretor da casa Grifinória e vice-diretor de Hogwarts, Longbottom filho ia ser mais responsável. Você errou. Ele é como nós, claro motivo por sermos amigos.

– Vamos logos. - Disse Luke, sorrindo. - Quem sabe alguma garota também resolveu matar aula... - Ele sorriu, malicioso.

– Estou torcendo para isso, meu caro Zabine. - Disse sorrindo da mesma forma.

[...]

Já estávamos andando as uns 15 minutos, quando demos de cara com quem eu tanto queria e ao mesmo tempo evitava encontrar. Confuso, eu sei.

Jayzito! - Lys disse com um gritinho meio escandaloso e pulou no meu pescoço, me abraçando, para logo depois me dar um beijo de tirar o folego.

A segurei pela cintura e prolonguei o beijo.

Eu não tinha nada para fazer, por que não aproveitar?

[...]

Estávamos andando pelos corredores vazios de Hogwarts, Lys pendurada (literalmente) em mim, Peyton agarrada no braço do Frank, Lauren e Luke discutindo - uma das típicas brigas entre os dois irmãos, normal -, Scorpius e Albus tinham ido "passear" com duas lufanas - se é que me entendem, e eu sei que entendem.

Lysander falava de alguma coisa sobre as unhas dela, o qual eu não prestava a mínima atenção. Sinceramente? A Lysander as vezes era insuportável.

Ok, ela era gata.

Ok, era gostosa.

Ok, beijava bem e era boa de cama.

Mas ela era muito mesquinha.

Não que eu me importe, ela não é a única garota de Hogwarts.

– Eu já estou bem grande pra decidir o que fazer da minha vida, Luke. - Disse uma Lauren enfurecida. De novo não...

– Mas... - Começou o Zabine enfurecido, mas foi interrompido por um Fred, que passou os braços pelos ombros da morena e disse de forma debochada.

– É, Lukinho, ela já é bem grandinha. - E no final disso, deu um beijo na bochecha da morena, que passou os braços pela cintura do meu amigo e os dois saíram andando mais na frente, conversando animadamente.

Pude ver os olhos do Luke faiscarem de ódio, e antes que ele pudesse dar um passo a frente, o segurei pelo braço.

– Calminha cara, deixa ela. - Murmurei baixo.

– Por favor, Luke, até parece que ela tem 11 anos. - Apoiou Lys, com sua voz fina.

– Cara, ela não pode sair por ai querendo namorar qualquer um... - Começou ele, enfurecido.

– Como se você não soubesse que ela faz isso sempre. Por favor, Zabine, ela tem 16 anos, sabe bem o que faz. - Scamander falou, debochada. Vi que isso só o deixou ainda mais enfurecido.

– Quietinha, Lys. - Sussurrei no seu ouvido, a fazendo arrepiar e sorrir de lado.

Eu tinha esse poder sobre as garotas. Seduzi-las. É um dom, fazer o que? É como jogar Quadribol: Alguns nascem com esse dom, outros não. Eu poderia fazer uma lista de quantas garotas em Hogwarts já passaram por minhas mãos, mas não perderia meu valioso tempo com isso. Mas existiam garotas em que eu não ousava por a mão, como Rose, Roxy, Lauren e Dominique, que era basicamente minha melhor amiga.

Alguns falam que eu apenas as uso e jogo fora depois, como se elas fossem descartáveis.

Não vejo assim.

Não as iludo, não juro amor eterno.

Eu não sou desse tipo de cara, eu não me envolvo com ninguém. Não faz meu estilo, não é para mim.

Fui tirado dos meus devaneios quando Lysander parou na minha frente, colocou os braços ao redor do meu pescoço e me deu um longo beijo.

Já estava acostumado com isso. Era previsível. Mas ela sabia que ela não era a única para mim.

Ou pelo menos eu espero que ela saiba e entenda isso.

[...]

– O que vamos fazer agora? - Peyton perguntou, enquanto encostava a cabeça no braço de Frank, ao que ele retribuía pousando a mão na bunda dela.

Esses ai eram um caso complicado.

Se pegavam, mas ela era incrivelmente melosa e grudenta. Frank não gostava disso, mas eles ficavam de vez enquanto.

Eu poderia definir Peyton como: Mais rodada que a Lysander.

É, ela conseguia ser mais rodada que ela, uma coisa difícil de se conseguir, vai por mim.

Fred achava que ela estava obcecada por mim, o que eu discordo. A gente só fica de vez em quanto. A carne é fraca, fazer o que.

– Daqui a pouco temos aula, e não podemos matar duas seguidas, vão desconfiar. - Lauren constatou. Lysander rolou os olhos, com desdem e disse grosseira.

– Nos diga algo que nós não soubéssemos. - Dizendo isso ela deu uma risada de superioridade e logo depois me deu um selinho.

Pela expressão do rosto da morena, não dava para saber se ela se importava ou não com isso.

De repente ouvimos uma coisa, que fez todos nós despertamos.

Uma miado.

Ai meu Merlin... - Murmurou Lysander. Todos nós nos entreolhamos e pensamos em apenas uma coisa.

Corram! - Eu disse e logo depois sai correndo, ainda agarrado com Lysander, sendo seguido por todos.

Alunos nos corredores, alunos fora da sala. - De longe pude ouvir o zelador, Filch, gritar.

Maldita gata velha. Maldito selador.

Essa gata nunca vai morrer não?

Estávamos virando um corredor, Luke na frente, quando de repente ele parou, abruptamente.

Não entendi por que ele tinha parado, mas logo depois vi. Parei na hora e engoli em seco. Merda.

– Matando aula? - A voz severa da tia Minnie soou. Nos entreolhamos, nervosos. - Longbottom, filho de um professor, o senhor não se envergonha? Já o senhor Weasley quer manter o legado do pai, decepcionante. Os irmãos Zabine, senhorita Krum e senhorita Scamander, estou decepcionada. E você, senhor Potter, quer uma detenção logo no primeiro dia de aula?

Não tínhamos o que falar. O que estava por vir já era bem previsível.

– Detenção de 1 semana para as senhoritas, a Sala dos Troféus está recheada de Troféus necessitados de uma boa limpeza. - Ela disse. Logo depois olhou para mim, e os outros e disse. - Na biblioteca à uma pilha de livros que precisam ser postos em ordem, e creio que nossa bibliotecária não reclamará se receber ajudar. Todos os dias, por uma semana, espero vocês lá. Acho melhor vocês irem para as suas respectivas aulas. - E dizendo isso, se virou e saiu andando.

Então é isso. Detenção no primeiro dia de aula. Isso não é pra qualquer um, meus caros amigos. Mas valeu a pena.