Teen Drama

Um parque encantado


POV Violeta

Quando terminaram toda aquela algazarra, Punzie deu a ideia de irmos ao parque que tinha a um quarteirão de sua casa. Todos concordaram e fomos andando mesmo, afinal, era tão perto!

Todos trocaram de roupa e à medida que iam ficando prontos, desciam para a sala de estar. Por fim, quando estavam todos lá embaixo, começamos a nossa curta caminhada. Nessa hora fiquei com dó de Punzie, ela era a única sem namorado ali. Bem, Jack e Peri ainda não tinham assumido, mas estava na cara que aquele romancezinho dos dois logo viraria algo mais.

Ao chegarmos, acabamos nos separando. Punzie avistou um menino alto, magro, um pouco forte e com cabelos castanhos de longe, e foi correndo em sua direção. É, esquece o que disse a pouco tempo, quem sabe ela não desencana?! Jack levou Peri à um poço de desejos que era mais afastado do parque, em um canto escuro, e não sei porque tive a impressão de que eles não iriam fazer desejos...

Soluço e Merida sentaram em um banco e começaram a conversar, e às vezes até davam uns beijinhos.

Por fim, eu e Will fomos comprar algodão doce com um homem que vendia no centro do parque.

OFF

POV Willbur

Segurando um algodão doce verde em uma mão e um rosa na outra, tentei colocar disfarçadamente uma pulseira no de Violeta, que comprara em uma lojinha perto da casa de Punzie.

–Um algodão rosa para uma rosa. –disse, imitando aquela frase que todo homem que alguma vez comprou rosas já disse: “Uma rosa para uma rosa”.

Ela riu e pegou o doce.

–Que clichê haha.

Sentamos em um banco próximo ao de Soluço e Merida, mas não tanto dando pra escutar a conversa deles e vice versa.

Eu quase não comia o meu algodão doce verde e açucarado, naquele momento prestava atenção apenas em Violeta e como ela reagiria ao ver a surpresinha.

–Ahhh! Cara, quanto tempo não como um desses! Isso foi tipo, a minha infância! Eu lembro que meu pai me levava... – um pedaço caiu no seu colo enquanto falava. Eu não conseguia localizar o ponto prateado da pulseira que antes estava observando. – Que estranho este pedaço tá tão pesado... AI MEU DEUS! Olha o que eu achei Will! Como esta pulseira veio parar aqui?! – Dei um meio sorriso safado que foi o bastante para ela entender. – Espera, isso é pra mim? Ah Will não precisava! Eu quero dizer, nem é meu aniversário ou algo do tipo!

–É só uma lembrancinha.

–Eu...eu realmente não tenho palavras. Obrigada!

–Palavras? Deixa que eu resolva seu problema...

Coloquei minha mão atrás de sua cabeça e em um movimento rápido aproximei minha cabeça da dela, nossos lábios se tocaram, e então o beijo foi ficando intenso me fazendo ter todos aqueles sentimentos que os beijos da Violeta sempre me fazem sentir.

Depois que separamos nossos corpos, ela foi olhar melhor em sua nova pulseira. Era prateada com algumas pedrinhas violetas escrita seu nome no verso, que ficava virado para o pulso.

– Ah, deixa eu te ajudar. – falei, colocando-a em seu pulso fino.

OFF

POV Violeta

UAU! O Will tinha me dado uma pulseira incrível, toda delicada e com o meu nome impresso nela. E, além disso, nós tivemos mais um daqueles beijos magníficos que me fazem flutuar por dentro. Eu sentia várias emoções naquele momento. Willbur era um namorado perfeito, eu o amava, assim como sei que ele também me ama, pela paixão que seus olhos demonstram e seus lábios dizem mesmo sem saírem palavras deles.

OFF

POV Periwinckle

Ao chegarmos ao parque que Punzie havia falado, Jack foi me puxando para um poço de desejos que ele avistara.

–Eu quero te mostrar algo... – ele dizia – esse poço é igual aqueles dos filmes em que jogam uma moeda e em seguida fazem um pedido. Eu adoro esses poços, me fazem lembrar o meu filme preferido de infância. É um em que constroem um poço mágico no centro exato de uma cidade da Califórnia e que depois de um pedido de um garotinho, milagrosamente começa a nevar no Natal. Chama...

–Snow in California! Era um dos meus preferidos também! Na verdade, é até hoje. Ele é incrível. –Falei – E então, vamos fazer um pedido?

– Claro! Tem moedas? Se não tiver eu te dou uma.

–Não precisa, eu tenho.

Jogamos juntos. Desejei que eu encontrasse um homem perfeito um dia, e que morreria ao seu lado. E que, se possível, este homem fosse Jack.

Mas, acho que não era esse o objetivo. Sabe, ele me puxa até um canto escuro e isolado do parque... Bem que eu desconfiava: depois disso, ele agarrou minha cintura e puxou para perto de si, então começamos a nos beijar calorosamente, em um beijo incrivelmente perfeito.

OFF

POV Soluço

Eu e Merida queríamos apenas conversar no parque, nada demais.

–Eu acho que já estive aqui antes, sabe aquela sensação de déjà vu? – Merida disse, tirando uma mecha inteiramente enrolada de seu cabelo tom de fogo. Ela ficou quieta por um instante, como se pensativa. – Ah, sim sim! Meu pai às vezes me trazia aqui pra observar os pássaros e plantas pra tirar fotos, pro trabalho. Eu me lembro de que eu ficava brincando com uma bola inflável bem ali – ela apontou para um lugar do parque superior, apenas por ter alguns degrais separando-o do centro do parque onde era mais movimentado – com uma garota que não me lembro de como era.

–Que demais! Mas sabia que eu também tive uma sensação de déjà vu?! Como se eu já tivesse vivenciado isso... – beijei seus lábios macios – e isso... – mais uma vez. Quando me dei conta, éramos um só, sem poder distinguir de quem eram os lábios, a saliva ou a língua.

OFF

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.