Te Odeio,amor!

Evanston, aqui vamos nós!


Eu ouvia uma voz conhecida longe... Eu acho que estavam me chamando.

Foda-se, não ia acordar agora.

-Jared! – eu ouvi. Continuei de olhos fechados.

O silêncio voltou e eu pude sentir meu corpo pesando de novo para o mundo dos sonhos.

SPLASH.

- QUE PORRA É ESSA? – gritei me levantando em um pulo e vendo Ian segurar um balde de água, vazio agora.

- SÃO SEIS E QUARENTA, JARED! A NOSSA CARONA SAI EM VINTE MINUTOS!- Ele gritou largando o balde e correndo.

Carona? Que diabos esse infeliz tava falando?

- JARED, ACORDA, MERMÃO! PEGA LOGO OS PORNÔS E GUARDA! VINTE MINUTOS! – Kyle gritou correndo com uma mochila cheia de playboys.

Que merda de dor de cabeça.

Vinte minutos para qu...

-PUTA MERDA! – eu corri pegando a minha mala do guarda-roupa e jogando tudo o que via na frente dentro.

Blusa, cueca, camisinhas? Ah! Prevenir não faz mal.

Será que eu ia precisar de um grampeador? Não importa, joguei tudo o que vi dentro ( incluindo o pijama do toy story, o que me arrependi muito quando lembrei depois).

- GUARDEM OS PORNÔS, GUARDEM OS PORNÔS! – Kyle gritava enquanto corria de um lado para o outro.

-Vejo que estão animados, meninos. – eu ouvi a voz sarcástica do meu pai na minha porta. Ignorei e corri para o banheiro para escovar os dentes.

- Cinco minutos. – meu pai avisou.

PUTA MERDAAAAAAA!

Coloquei uma camisa que estava no chão e uma calça qualquer jogada, amarrei o cadarço do tênis e peguei a mala correndo para chegar a tempo da carona ( eu sabia que se não fosse nessa, meu pai ia arranjar algo pior para irmos)

Quando cheguei a porta vi Ian e Kyle paralisados.

- o que foi?- eu perguntei para os dois que só apontaram para... uma van lotada.

Meu pai já colocava as nossas coisas dentro.

-PAI, NÓS NÃO VAMOS NESSE TROÇO, NÉ?- Eu gritei pirando.

Ele sorriu sádico.

- vocês com certeza não iam de avião.

Ian olhou para a nossa mansão e fez uma cara de deprimido entrando na van e Kyle o seguiu.

Eu fui até o meu pai.

- por que? – eu perguntei.

-você precisa aprender a se virar, jared. – ele me abraçou e eu entrei na merda da van.

Me empresei entre Ian e a janela.

- podia ser pior que uma van, não podia? – eu perguntei para o Ian.

- claro. – Kyle falou. – a van é o melhor, mas depois da segunda van, vamos pegar carona com a carroça de galinhas do tio Darwin até a fazenda.

Eu olhei para ele sem acreditar.

- relaxa, Jared. Evanston não é tão ruim. – Ian tentou amenizar a situação.

- não é. – Kyle ajudou. Talvez não fosse. – só que a gente não mora em Evanston, moramos em uma fazenda tão distante da civilização que na cidade mais perto ainda não tem wi-fi.

PUTA.MERDA.

Posso morrer agora?

Enquanto isto, em uma fazenda...

Melanie´s pov.

Desci do meu cavalo e o levei para o estabulo. Tinha gente correndo de um lado para o outro para ajeitar tudo para os filhos do patrão que estavam voltando, parecia que era ordem da mãe deles ajeitar, porque o Quill não tinha saído do escritório hoje ainda.

E ele sempre saía.

Entrei na casa pela porta da cozinha e vi coloquei um pouco de café em uma xicara. Bebi devagar, ainda estava quente.

Vi a Peg entrando na cozinha com uma cesta com cenouras e outras coisas.

- Bom dia, mel. – ela estava sorrindo como sempre.

Peg é a minha irmã mais nova e ela ama todas as pessoas no mundo. Eu não.

- Pra que todo esse banquete? – Falei pegando uma cenoura lavada das mãos dela e mordendo.

Ela me olhou curiosa.

-Não está sabendo que os meninos vão voltar?- meninos? Aquelas pestes não era meninos, eram demônios vivos!

Mas não falei isso em voz alta.

Peg não gostava quando eu falava assim

- por que eles resolveram voltar da cidade? – eu perguntei. Não estava gostando nada disso, eles eram encrenca e só encrenca.

Peg me deu um olhar cauteloso.

- não sei bem, a senhora não me disse muito. – Ela falou em voz baixa. Ela parecia incomodada também.

Não aguentava vê-la assim

Alegrar o assunto, isso! Mas como?

- Faz um bom tempo que eles estão na cidade, acho que uns... nove anos? – Ela mudou de assunto.

Obrigada, peg.

- Aposto que só estão mais chatos. – eu pensei em voz alta.

Ela riu.

Resolvi sair enquanto não falava outra besteira que me custasse o meu emprego( eles ainda eram os filhos do patrão) e eu gostava muito desse emprego.

E precisava.

Preciso.

Estava caminhando em direção ao escritório para falar com o Quill quando ouvi o cochicho da sala.

-eu ouvi a senhora reclamar com o patrão ontem! Parece que os meninos fizeram a maior confusão e foram parar na cadeia!- era a mulher que ajudava na casa.

- esses minino tiveram tudo de mão bejada.- um dos piões do Quill falou. – Num me surpreende im nada ter parado no chilindró.

Ian e kyle na cadeia?

Como eu já disse, eles são definitivamente encrenca.

E eu não quero essa encrenca perto da peg.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.