— D-dubai? – Perguntei surpresa sem saber como reagir. – É claro. Com meu futuro esposo eu vou para onde seja.

— Então o casamento será em breve...

— Bom, já estou livre. Vamos, Lina?... – Disse Carlos Daniel ao pegar uma maleta e aproximar-se de nós duas. Ela parou de falar com sua aproximação. Eu, por outro lado, estava séria e me mantive assim.

— Vamos sim, meu amor! – Lhe sorri e ele me abraçou pela cintura.

— Bom Isabel, como havia dito, eu estarei fora, mas qualquer adversidade pode me ligar.

— Impossível! – Afirmei petulante. - Aonde iremos não há sinal de celular.

— Não tem sinal de celular? Mas...

— É um lugar totalmente restrito de área de cobertura. – Interrompi Carlos Daniel e ele entendeu assentindo.

— Então...não se preocupe, Carlos Daniel, qualquer intempérie resolveremos por aqui mesmo. – Ela disse sorrindo sem graça.

— Obrigado. Até mais! – Ele disse ao pegar em minha mão e saímos caminhando em direção a porta.

— Até! Boa viagem, até semana que vem...

— Semana que vem? – Perguntei olhando-o baixinho sem entender enquanto continuávamos andando até o elevador. – Você não viria aqui apenas por duas semanas e depois voltaria?

— Te prometo que explico tudo depois, está bem? – Pediu ao acariciar meu queixo com um meio sorriso e pressionou o botão para chamar o elevador. – Não se preocupe com isso. – Beijou a ponta do meu nariz e me deu um leve beijo nos lábios.

Encontramos Saul e fomos em direção ao hotel. No caminho conversamos um pouco, Carlos Daniel precisou atender a uma chamada, enquanto isso eu o observava. Ele é o tipo de homem que toda mulher deseja. Sempre elegante, bonito, charmoso, carinhoso, com um sorriso encantador e tantas outras virtudes que eu poderia elencar.

Eu não conseguia parar de pensar em como Isabel Velasquez tem oportunidades para conquistá-lo e me sentia incomodada com essa situação. Cada vez que nos encontramos eu tinha mais certeza de seu interesse pela maneira que ela o olhava, como buscava sempre a sua atenção usando como pretexto os assuntos da empresa. Ela se tornou uma preocupação constante para mim e só em pensar que Carlos Daniel estaria mais tempo sozinho aqui em Miami, que estariam mais tempo juntos, quando eu estou tão longe daqui, me fazia sentir apreensiva e angustiada.

— Está tudo bem, meu amor? – Perguntou após finalizar a ligação ao celular.

— Sim, está! – Afirmei olhando-o rapidamente e continuei observando a cidade, me pus chateada. Não conseguia evitar. Ele sentia ciúmes do Levy e eu morria de ciúmes da Isabel.

— Pois não parece. – Afirmou acariciando meu queixo fazendo-me encará-lo. – Como foi a tarde com a Patrícia?

— Foi ótima.

— Imagino como deve ser duas mulheres num SPA ou num cabeleireiro. – Disse divertido e eu sorri com sua maneira de falar.

— Pois é, nos distraímos e conversamos bastante.

— Fico feliz. Não imaginei que se dariam tão bem.

— Claro que sim, gostei da Patrícia. – Afirmei e sorri um pouco sem graça.

— Hmm... Mas há algo que a incomoda. – Senti quando aproximou seu corpo do meu, e me abraçou puxando-me para ele. – Está se sentindo bem? – Indagou beijando-me a têmpora.

— Sim, estou... Só estou com um pouco de dor de cabeça. – Menti, pois não queria entrar em um assunto que pudesse chateá-lo.

— Então é melhor ligarmos para a Patrícia, assim que chegarmos ao hotel nós...

— Não se preocupe, meu amor... – O interrompi colocando meu indicador em seus lábios. – É só uma dorzinha de cabeça.

— Tudo bem, mas se algo mais te preocupa, converse comigo sobre... – Me fez olhá-lo novamente. – Carlos Daniel sempre tão atencioso e carinhoso. – Seja o que for, por favor, divida comigo. – Disse acariciando meu rosto com seu polegar e não pude mais me manter indiferente e ignorando os sentimentos que me despertava.

— Não é nada demais, Carlos Daniel. Eu juro. – Afirmei e acomodei-me melhor em seus braços.

— Então fico mais tranquilo! – Suspirou aliviado. – Bom, já que é assim eu te peço somente uma coisa. – Ergui minha cabeça de seu ombro e o olhei nos olhos aguardando seu pedido. – Vamos pensar somente na nossa viagem? Que tal um acordo? Não falaremos em fábricas, negócios ou afins. O que acha, hm? – Indagou roçando seu rosto ao meu.

— Combinado, Sr. Bracho! – Senti uma leve cócega em minha face.

— Perfeito! Seremos somente um para o outro. – Proferiu e sorrimos cúmplices. – Assim que gosto de ver você. Quero ser sempre o causador desse sorriso lindo. – Falou encarando e acariciando-me o lábio inferior com seu polegar, quando me beijou leve e lentamente.

Eu me senti extasiada com tanto carinho. Tenho tanto medo que esses sentimentos, que esses momentos acabem. Qualquer ameaça ao nosso amor me causa incômodo, transtorno. Carlos Daniel nunca me deu motivos para desconfiar dele. Me faz sentir a mulher mais amada do mundo. Mas eu não consigo evitar sentir ciúmes e essa insegurança que me persegue desde quando fui enganada a primeira vez.

Chegamos e Saul parou em frente à faixada do hotel, deu a volta e abriu a porta do carro para nós.

— Saul, estaremos aqui às 17h para irmos ao aeroporto como combinamos.

— Estarei aqui, senhorita. - Confirmou solícito.

— Obrigada! – Carlos Daniel também agradeceu e tomou minha mão na sua para adentrarmos o hotel. Passamos pelo lobby e seguimos para o nosso quarto.

Chegando em nossa suíte, ele apenas fechou a porta e me tomou em seus braços subitamente, deixando-nos frente a frente.

— Agora...vai...virar...rotina...me agarrar sem...pre que entrarmos...na suíte? – Indaguei sorrindo enquanto me deixava ser beijada.

— Não...é uma...má ideia...sabia? – Respondeu à medida que nos beijávamos. – Você me deixa louco. Louco! – Beijou meu pescoço e me apertou forte contra si.

— Sério? – Perguntei rindo quando já sentia sua excitação. – E isso é algo bom?

— Isso é maravilhoso! – Carlos Daniel tomou meus lábios com lascívia. Não consegui detê-lo e quando percebi suas mãos já me apertavam as nádegas.

— Meu amor... Es-espera! – Pedi com dificuldade.

— Hmm? - Carlos Daniel já havia tirado o terno, sua gravata estava afrouxada e a camisa com alguns botões abertos quando segurei suas mãos.

— Não podemos fazer agora. Precisamos nos apressar. Temos pouco tempo até o nosso embarque e ainda preciso organizar algumas coisas. – Ele estava com seus cabelos completamente bagunçados e em seu olhar perdido o desejo era estampado.

— Ah, não! – Passou as mãos de forma sexy pelos cabelos. – Não é justo, não aceito isso...

— Não aceita? – Indaguei confusa.

— Não, não aceito o fato de tê-la aqui comigo depois de tantos dias sem...

— Carlos Daniel! – O interrompi risonha. – Você só pensa nisso?

— Desde que te vi na minha sala que a minha vontade é só uma: fazer amor com você... – Afirmou quando já reiniciava com seus beijos. – Portanto, sim...

— Meu céu, eu também quero fazer amor com você...muito...mas...a gente vai ter muito tempo para isso. Eu prometo.

— Hmm...mesmo? Mal posso esperar, mas sei que posso confiar. – Afirmou sedutor.

Dei um beijo rápido em Carlos Daniel e fomos em direção ao quarto, onde pedi que colocasse as nossas malas sobre a cama.

— Por que não toma um banho enquanto eu termino de organizar a última mala?

— Por que você não vem comigo para o banho? – Perguntou sorrindo maroto.

— Não. Um banho nunca se resume a somente um banho com você. – Desferi sorrindo.

— Culpa sua por ser tão linda, sexy, maravilhosa, cheirosa, etecetera e etecetera... – Sorrimos juntos quando me abraçou por trás. – Estou ansioso para chegarmos a Cancun. – Pegou uma das peças de biquínis que eu já havia guardado na mala e a colocou na boca, prendendo-a entre os dentes.

— Carlos Daniel! – O adverti ainda rindo de sua atitude ousada.

— Hm... Apenas de imaginar você com ela eu já fico excitado. – Disse malicioso. – É tão pequeno que podemos fazer muitas coisas sem ao menos tirá-la.

— Tonto! Como pode ser tão fogoso? – Brinquei e retirei a peça de sua boca colocando-a de volta em seu devido lugar.

— Não posso evitar, meu amor... Há muito tempo que não vou a Cancun... E posso adiantar que já tenho muitas coisas em mente e um paraíso é o cenário perfeito.

— Então é melhor apressar-se, senão o “cenário perfeito” será adiado. – Carlos Daniel foi em direção ao banheiro para uma ducha.

Não demorou muito e ele já estava pronto. Trajava calça jeans e uma camisa polo. Estava lindo com look casual. Poucas vezes o vi vestir-se assim. – Meu amor, a Marta ligou e avisou que o avião estará nos esperando pontualmente no horário combinado.

— Ótimo! Está tudo dando certo e nossa viagem promete ser maravilhosa!

— Será inesquecível. Disso eu não tenho dúvidas.

— Eu também não! – Aproximei e beije-lhe os lábios brevemente, embora Carlos Daniel tentasse aprofundar o beijo. Tínhamos apenas meia hora até a decolagem e não podíamos mais perder tempo.

— Você não falou sério quando disse que lá não há sinal para celular, verdade? – Perguntou enquanto deixava nossas malas próximas à porta.

— Claro que não. Eu só quis evitar que nos incomodem em nossa viagem.

— Achei ótima a ideia. Assim seremos somente eu e você. – Aproximou-se me beijando a nuca enquanto eu terminava de me maquiar. – Vou pedir que busquem nossas malas. – Assenti.

Saul nos esperava como combinado e assim seguimos rumo ao aeroporto, que não era longe. Esperamos pouco tempo em uma sala VIP e em seguida fomos conduzidos ao seu jatinho particular. Carlos Daniel, como sempre, atencioso e preocupado, se certificando se estou bem ou se quero algo sendo maravilhoso de todas as formas possíveis. Sinto-me muito agraciada por tê-lo em minha vida.

Nossa viagem durou cerca de 1h50. Foi bastante tranquila e agradável. Nós nos divertimos bastante e me certifiquei que Carlos Daniel havia descansado um pouco no trajeto.

# Carlos Daniel narrando #

Acordei antes de aterrissarmos. O relógio marcava 19h57. O pouso foi tranquilo e já havia um chofer nos aguardando em Cancun.

— Você pensa em tudo mesmo! É perfeito, meu amor. – Paulina acariciou meu rosto quando estávamos dentro do carro seguindo para a saída do aeroporto.

— Por você! – Nos beijamos rapidamente. - Não imagina o quão ansioso estou para conhecer sua casa.

— Sim, eu posso imaginar.

— Ainda estamos longe?

— Apenas mais uns 15 minutos e chegaremos. – Ela respondeu e esboçou lindo sorriso.

— Fica próxima à praia? - Beijei o alto da cabeça de Paulina e a abracei forte.

— Sim, fica defronte ao mar.

— A vista deve ser incrível, então.

— Sim, é linda! Além do mais, meu amor, este lugar é muito especial, faz parte da minha história e eu quero que você conheça esse pedaço de mim.

— Quero te conhecer completamente, inteira. – Sussurrei ao pé do seu ouvido, fazendo-a arrepiar a nuca. - E não há nada mais importante que isso para mim e eu sou agraciado por tê-la em minha vida. Obrigado por me permitir isso. – Rocei meu nariz em sua bochecha e lhe beijei.

Logo chegamos ao nosso destino, o motorista que nos trouxe ajudou com nossas malas e em seguida foi embora. A casa era impecável, parecia ser muito bem zelada, pois estava iluminada e vistosa.

— Ela é muito linda, minha vida! – Eu disse ao aconchegar Paulina em um abraço enquanto contemplava a faixada da grande casa.

— Obrigada, Carlos Daniel, mas espera até ver lá dentro!

— Então, vamos entrar?

Entramos na residência e ela tinha razão, quando Paulina acendeu as luzes pude ver o seu interior muito sofisticado em seus móveis rústicos tão bem adaptados.

— Há quanto tempo não vinha aqui, Lina? – Perguntei interessado após colocar as nossas malas no chão e fechar a porta.

— Desde o último aniversário da Phia, quase o tempo em que eu e você nos conhecemos. – Suspirou olhando em volta. – Esse lugar me traz muitas recordações. Passei grande parte de minha infância aqui. – Ela disse com um largo sorriso nos lábios.

— Então você cresceu neste paraíso? Não sabia que meu amor também é a deusa das águas. – Brinquei aproximando-me dela e segurei suas mãos.

— Sim, meu amor... vem, vou te mostrar tudo. – Disse rindo e me puxou pela casa.

— Hmm... Estamos a sós? – Perguntei rapidamente e ela me olhou com um olhar sexy que eu entendi exatamente o que significava e continuava dizendo algumas coisas sobre a casa.

Mal pude entender tudo que ela dizia, apenas conseguia prestar atenção em sua maneira de andar, em como gesticulava ao me apresentar cada parte da casa, como seus cabelos se moviam enquanto caminhava, em como seus olhos brilhavam quando me mirava e em seus lindos lábios que se mexiam sensualmente a medida que ela dizia cada palavra. Quando fomos para o andar de cima, enquanto subíamos os degraus, não pude me conter com a visão majestosa de suas costas nuas reveladas pelo decote V do vestido verde que usava e suas curvas muito bem acentuadas por ele, uma pontada de desejo me tocou e respirei fundo com o intuito de conseguir esperar chegar até seu quarto.

— ...há sacadas em volta da casa, mas apenas em alguns quartos e as exclusivas são as que ficam de frente para o mar. – Ela disse com um largo sorriso nos lábios. – E um deles é o meu.

— Hmm... Esse é o que desejo conhecer primeiro. – Disse com tom malicioso e a olhei inteira, ela apertou minha mão e me conduziu ao seu quarto.

Não esperei que me dissesse mais nada, não pude, a abracei forte contra mim, a ergui em meus braços e possuí seus lábios com um beijo urgente, apaixonado, passando minha língua pela sua, saboreando de seus lábios deliciosos com uma fome que mal podia me conter.

— Agora você não me escapa! – Sussurrei em seu ouvido enquanto buscava ar.

— Escapar... é a única coisa que eu não quero fazer. – Respondeu baixinho ofegante e mordiscou minha orelha.

— Sou louco por você...quero que seja minha para sempre...quero que seja logo minha esposa. – Declarei lábio contra lábio e a beijei de novo com veemência e o desejo que sentia por ela apenas se acentuava mais e mais.

— Sou sua, Carlos Daniel, sempre serei só sua... – Proclamou em um gemido com seus lábios nos meus, passava suas mãos por meus cabelos despenteando-os, enlouquecendo-me mais.

— Espera... – Pedi com dificuldades enquanto tentava me recompor lábios contra lábios. – Você se sente bem para fazermos isso? Eu não quero que...

— Estou bem, meu amor... – Interrompeu-me pondo seu indicador sobre meus lábios. – Não se preocupe... E eu quero muito fazer amor com você... Agora!

Arrancou minha camisa e a jogou no chão. Deitei-a à cama e me levantei. Tirei os sapatos e desatei a fivela do cinto encarando Paulina, que me observava e mordia seus lábios desejosa. Sentou-se à cama e tocou minhas mãos que desabotoavam a calça.

— Deixa que eu faço isso, quero vê-lo. – Disse lançando seu olhar para mim e assenti, tirei sua franja dos olhos e pus seus cabelos soltos para trás.

Ela desfez o cós da calça rapidamente e desceu toda minha roupa, já estava petrificado quando meu membro saltou em sua direção e Paulina sorriu em malícia e o tocou com precisão, deu um beijinho nele e começou a massageá-lo com suas mãos vagarosamente, em seguida pude sentir a maciez de sua boca nele e parei de pensar naquele instante, indo direto para o caminho da loucura.

Desfrutei por uns minutos daquela estimulação tão prazerosa até que sentia que podia explodir se continuasse. Acariciei sua cabeça e lhe fiz um sinal para que me olhasse e ela parou, acariciou meu abdômen passando suas unhas até meu púbis, suspirei quase sem fôlego e a induzi a levantar-se para seu rosto ficar na direção do meu. A olhei no fundo de suas pupilas dilatadas e Paulina mordeu seus lábios novamente. Céus, parecia que eu estava delirando, ela não faz ideia do quão sexy é apenas em sua simples maneira de ser.

Possuí seus lábios de uma vez, sedento de seus beijos e ela correspondeu imediatamente dando-me abertura para explorar sua deliciosa língua, enquanto não parava de acariciar meu membro rijo. Apertei-a mais forte contra mim e mordisquei seu lábio inferior, dando-lhe espaço para respirar.

Com cuidado, ajudei a retirar seu vestido e me agraciei com a visão de seus seios perfeitos, tomei um deles com a boca e a senti amolecer, segurei seu corpo com um dos meus braços e com o outro ergui uma de suas pernas até meu quadril. Sentir meu membro tocar sua pele nua me deixava cada vez mais louco por estar dentro dela. Prontamente a deitei e a olhei de cima. Seu corpo perfeito deitado sobre a cama, seu rosto angelical e sexy ao mesmo tempo em suas expressões de desejo me tiravam o sossego e eu só me sentia um homem de sorte por ter uma mulher como Paulina em minha vida.

Passei minha mão por uma de suas pernas enquanto percorria o mesmo caminho distribuindo beijos por sua extensão. Paulina gemia com os olhos fechados e a boca entreaberta a cada movimento que eu fazia. Retirei suas sandálias altas e beijei cada um de seus lindos pés e, carinhosamente, retirei sua peça mais delicada, despindo-a com os dentes.

— Eu adoro o seu cheiro. – Disse olhando-a enquanto cheirava sua calcinha. – E adoro também o seu sabor, quero senti-lo agora... – Disse sussurrando em sua pele enquanto descia os lábios a partir de seu umbigo até seu ponto mais íntimo.

— Ahh... – Gemeu alto arqueando-se quando deslizei minha língua por entre sua intimidade macia e úmida e encontrei seu ponto mais sensível, massageando-o constantemente.

À medida que ela gemia meu nome e pedia para continuar, eu prolongava a carícia beijando-a com mais precisão. Adorava vê-la contorcer-se com o prazer que eu lhe proporcionava.

— Você... é... incrí-vel Carr-los Daniel... – Ofegou em um último gemido enquanto a massageava, agora, com meus dedos e me puxou para um beijo ardente.

— Não, meu amor... Você que é uma delícia. – Sussurrei mordiscando seu lábio quando me acomodei entre suas pernas. – E eu fico louco de desejo.

— Não pare! – Suplicou rabiscando minhas costas com suas unhas. – Não quero que pare! – Segurou meu rosto e apertou meus cabelos entre os dedos quando senti suas pernas me voltearem, prendendo meu corpo ao seu e nossas intimidades se encontraram. Observei Paulina mais uma vez enquanto me roçava a ela, sua inquietação me desejando sentir por completo, seu gemido abafado, seus seios movendo-se incessantemente por sua respiração descompassada. Então ergui um pouco meu quadril e com apenas um movimento nos fundimos.

— Ahhhhhhhhhhh....que delícia... – Gemeu abafado e revirou seus olhos em êxtase, apertando meus ombros.

Permaneci dentro dela acostumando-me àquela sensação maravilhosa e em seguida movi saindo e entrando subitamente em Paulina e a escutei gritar meu nome.

— Gosta assim, meu amor? – Repeti novamente o movimento e mordisquei seu lábio inferior.

— E-eu...adoro..a-assim...profundo.

— É incrível ver como seu corpo responde aos meus estímulos...

Iniciei os movimentos mais rápidos e compassados. Queria amá-la até a exaustão. Eu gemia em descontrole, tamanho era o prazer que sentia ao fazer amor com Paulina.

— ...Jamais saberei descrever a sensação de estar em você... – Declarei ao seu ouvido e distribuí mordiscadas em seu pescoço. – Eu poderia morrer assim, desse jeito, pois já estaria no paraíso.

— Sim, meu amor...ah....você também me leva ao...paraíso...ahhh. – Disse lábio a lábio e então senti suas mãos alcançarem meus glúteos, pressionando-os contra si, nos fazendo fundir até o último milímetro de prazer e logo tomou minha boca em um beijo ardente e apaixonado.

Após o beijo, trocamos de posição colocando-a sobre mim. Segurei sua fina cintura e a ajudei a mover-se, conduzi minhas mãos até seus seios e os apertei enquanto delirava de prazer ao senti-la por dentro, quente, minha. Deslizava minhas mãos perdendo-me nas curvas do seu corpo.

Impulsionei-me e fui de encontro ao seu corpo, abraçando e acomodando-o melhor em meu colo, mantendo seu corpo colado ao meu. Então reiniciei os movimentos, retomando o controle, ditando o ritmo.

— Estava com...tanta saudade.. – Disse quando me abraçou fortemente ondulando seu corpo e conduzindo seu quadril de encontro ao meu.

— Eu...eu...também. Uma saudade que não cabe em mim. - Disse sem deixar de manter a sincronia de nosso dinamismo.

— Shh... – Pôs os dedos em meus lábios. – Não diga mais nada... ah...apenas me ame. – Quando intensificou seus movimentos e arqueou seu corpo deixando os seios à altura de minha boca e não hesitei em sugá-los. Se continuássemos naquele ritmo, terminaríamos rapidamente, então diminui o compasso enquanto recuperamos um pouco o fôlego e com carinho a acomodei entre os travesseiros girando nossos corpos sem desencaixar-nos.

— Você é maravilhosa, meu amor! – Elogiei olhando no fundo de seus olhos. – Tão minha...é tão maravilhoso...te sentir...assim.... – Balbuciei recomeçando a amá-la lentamente.

— Te amo, te amo tanto...Carlos Daniel, meu amor. – Encostei minha testa à sua com os olhos cerrados, desfrutando de seu amor e da sensação de plenitude à qual dispunha.

Acelerei os movimentos e senti que estava entrando em um êxtase mais profundo quando sentia que estava próximo ao fim. A cama já não existia, nem o teto, nem o chão. Não havia mais ar, luz, gravidade, nada. Apenas seus gemidos, o som dos nossos corpos desfrutando um do outro, sua pele arrepiada, seu suor, suas mãos me arranhando, suas curvas, seus seios macios, seus suspiros, seu cabelo bagunçado, sua boca vermelha, sua respiração acelerada, e ao fim a certeza de seu prazer absoluto. Só havia ela.

... [momentos depois]...

— Paulina, sou o homem mais feliz da terra... – Declarei enquanto repousava minha cabeça em seu peito, mimado por suas carícias em meu cabelo. – Quero recuperar cada segundo que perdemos e aproveitar todos os momentos que passarmos juntos. Se eu pudesse não sairia nunca de perto de você, de seus braços.

— E eu não quero te soltar nunca, meu amor.... Quero que desfrutemos de cada segundo.

— Claro que sim, minha vida.... Que nossos dias nesse paraíso sejam inesquecíveis, quero te amar cada vez mais e mais. Estou aqui para isso, apenas para te amar. – A olhei no fundo de seus brilhantes olhos verdes e tomei seus lábios macios com carinho, saboreando de seu doce favo de mel, o qual eu era um viciado.

— Sabe, durante todos esses anos em que estive sozinha, me via num mundo de solidão e não podia permitir que ninguém se aproximasse. Foi a maneira que encontrei de me proteger, de me blindar. Nunca pensei que pudesse amar tanto alguém e ser tão feliz. – Paulina dizia enquanto segurava meu rosto olhando no fundo dos meus olhos. – Eu estava tão magoada, tão despreparada para o que viria. As coisas aconteceram tão repentinamente. Primeiro você surgiu tão prepotente e atrevido, revirando a minha vida do avesso. Às vezes me pegava pensando em você, no seu beijo marcante, no seu cheiro que me impregnou a alma.

— Então quer dizer que a senhorita pensava em mim e já estava caidinha pelos meus encantos... – Brinquei tocando a ponta de seu nariz e ela esboçou um meio sorriso nos lábios.

— Sim, quanto mais eu tentava me desvencilhar dos sentimentos e da impressão que me causou, mais o destino jogava conosco e eu te reencontrava nos lugares em que menos imaginava. Mas então eu me permiti arriscar e amar novamente. Quando você apareceu em minha vida e mudou tudo em mim, não vivo mais nesse mundo de solidão e é por causa de você, meu amor... – Continuava agora com seus olhos marejados e seguia acariciando meus cabelos. – Agora eu sei o que é amor de verdade. Obrigada, Carlos Daniel, por me mostrar o verdadeiro sentido de amar.

— O único que tem que agradecer aqui sou eu, amor meu, por ter trazido luz à minha vida e me dado um novo sentido para viver. Desde quando o meu coração bateu mais forte, quando te avistei pela primeira vez, tive a certeza que era você quem me tiraria da escuridão. Eu já havia desistido de confiar meus sentimentos a outro alguém, pois haviam dilacerado meu coração. Eu achei que a vida havia me esquecido, mas aí você apareceu e derrubou a muralha que eu havia erguido, por isso que você é a minha vida e eu não vou perdê-la por nada nesse mundo. Te amo mais que a mim mesmo. Quero viver para te amar, para te fazer imensamente feliz.

— Já sou imensamente feliz com você em minha vida, meu céu... te amo... - Voltei a deitar em seu abraço e Paulina me apertou mais contra si ao mesmo tempo em que distribuía carinhos em minhas costas. Queria ficar ali para sempre em seus braços.

— Promete que o nosso não vai acabar? Que nunca vai me deixar?! – Perguntou ao me abraçar ainda mais apertado e lhe correspondi com a mesma intensidade, beijei o alto de sua cabeça e acariciei seus braços nos meus.

— Eu juro, meu amor. Eu nunca, jamais vou te deixar.

— Eu não consigo mais imaginar a minha vida sem o seu carinho, sem o seu cuidado, sem você, Carlos Daniel.

— E eu tampouco, minha vida! Você se tornou um pedaço de mim. É minha companheira, minha amiga, meu amor maior. É você quem eu quero ao meu lado para sempre... – Fui ao seu encontro e a tomei com um beijo calmo e cheio de desejo.

— Está com fome?

— Um pouquinho. – Respondeu docemente.

— Tão linda...! – Perdi-me observando seu semblante feliz enquanto acariciava seu cabelo. - Preciso cuidar de você, para que não passemos outro susto.

— Não exagere, Carlos Daniel! – Pediu sorrindo

— Já volto! – Beijei-lhe os lábios e levantei-me rapidamente.

— Aonde vai, meu amor? – Perguntou se sentando à cama quando me viu pegar a box no chão próxima à cama.

— Vou à cozinha trazer algo para que você se alimente.

— Eu posso ir à cozinha. E você ainda não sabe onde fica. – Escutei argumentar quando já me vestia.

— De jeito nenhum, meu amor. Eu volto logo e não se preocupe que eu não vou me perder por aí! – Aproximei-me sorrindo e roubei um beijo de Paulina que já estava sentada à cama segurando o lençol branco à altura dos seios. – Fique quietinha aí, ouviu? – Novamente a beijei.

* Paulina narrando *

Assenti e o vi distanciar-se de mim sumindo pela porta. Recostei-me à cabeceira da cama e sorri suspirando. Olhei em meu quarto e me senti extremamente feliz por estar ali com ele. Perdi a noção do tempo e somente saí do transe quando Carlos Daniel apareceu segurando uma bandeja com frutas.

— Demorei muito, meu amor? – Perguntou sorrindo posicionando a bandeja sobre mim.

— Não, amor! – Respondi feliz acomodando-me melhor à cama.

— O que foi? Por que está me olhando desse jeito? – Indagou sedutor estreitando seu olhar.

— Eu me sinto a mulher mais feliz do mundo ao seu lado.

— E eu sou um homem de sorte, minha vida.

— É a segunda vez que escuto isso hoje. – Sorri com minha constatação.

— E hei de repeti-la muitas e muitas vezes mais, porque é a mais pura verdade. – Falou amoroso acariciando meu rosto e tomou minha boca com um beijo. - Bom, eu peguei algumas frutas na geladeira. Espero que estejam do seu agrado. E já está quase na hora de tomar seu remédio, senhorita Martins.

Apenas lhe sorri e levei minha mão até seu rosto para acariciá-lo.

— Carlos Daniel...! – Chamei-lhe a atenção após tirar uma uva do cacho.

— Sim, amor?

— Antes de viajar, vi uma casa.

— Uma casa? Para nós dois? – Perguntou com um largo sorriso.

— Sim, uma casa para nós dois.

— Isso é ótimo! E onde é a casa?

— Você não vai acreditar... – Sorri enquanto ele me olhava com expectativa. – É quase ao lado do parque que nos conhecemos.

— Sério? E como a encontrou?

— A Célia tem uma amiga que é corretora e soube, logo me ligou dizendo que a casa é a nossa cara. – Ri ao recordar-me da maneira que Célia disse.

— E o que você achou da casa?

— Eu achei linda, quero que a veja também. Mas...

— Mas...? – Perguntou ficando sério e tocou meu queixo para que lhe olhasse nos olhos.

— Agora me sinto um tanto confusa. – Respondi olhando-o.

— Confusa com o quê? Pela casa ou...?

— Teremos de ir morar em Dubai? – Notei que ele ficou sem jeito com a minha pergunta, como se eu o tivesse pego desprevenido, ele passou a mão pelo cabelo logo esfregou na cara, depois sorriu sem graça.

— De onde tirou essa ideia, minha vida?

— Escutei sobre a possibilidade.

— A Isabel te contou. – Disse ainda mais sem jeito e apenas esbocei um meio sorriso. – Bom... Eu não sei, por isso não queria comentar nada por agora. Ainda não é certo, por isso acho que ainda não é o momento de falarmos sobre isso. Mas eu sabia que havia algo te incomodando desde quando saímos do escritório. Perguntei o que ocorria e você desconversou falando de uma leve cefaleia. Não precisa guardar pra si se algo a perturbar, meu amor, divida comigo.

— Está bem, mas e sobre Miami? Podemos falar sobre isso?

— Claro, o que quer saber sobre Miami?

— Essa viagem não seria apenas para se reunir com os árabes, ajustar o projeto e assinar o contrato?

— Sim, foi para isso que fui à Miami pessoalmente.

— E por que terá de voltar em alguns dias?

— Bom, eu...

...