Te Odeio Por Te Amar

Capítulo 44 - "Eu te amo!"


* Paulina narrando *

Fazia apenas alguns minutos desde que fizemos amor, mas já estávamos sedentos de novo. A língua de Carlos Daniel passando por meu seio, sua mão acariciando minha coxa e minhas mãos passeavam incansavelmente por seus cabelos e suas largas costas, o puxei para me olhar nos olhos e nossas bocas tomaram uma a outra em um beijo carregado de paixão, loucura e me sentia desfalecer apenas por sentir as pontas de meus seios roçarem contra o seu peito nu. Estava louca por senti-lo dentro de mim mais uma vez e aliviar aquela sensação incomoda que sentia em minha intimidade palpitando por ele.

Parecia que meu corpo inteiro estava em chamas, completamente sensível as caricias de Carlos Daniel e agora que eu conhecia um pouco de seu corpo, sentia como se pudesse enlouquecer se ele não me fizesse sua novamente, cada minuto que passava parecia intensificar e acumular todo o desejo que sinto por ele.

– Você me deixa louco, Paulina! – Sussurrou sem fôlego em meu ouvido enquanto beijava meu pescoço e fazia movimentos insinuantes com seu membro contra a minha intimidade, enlouquecendo-me também.

Sorri para ele e o beijei intensamente deixando que nossas línguas se enfrentassem numa prazerosa batalha de sensualidade, apertei seus cabelos com meus dedos e ele gemeu com meu gesto. Já não me sentia mais nervosa como antes, agora sentia mais confiança em meus atos e queria tirar a prova disso. Afastei nossas bocas e ele me olhou com os olhos escuros, segurei rosto com minhas duas mãos e sem pensar o empurrei contra a cama deixando-o em meu lugar, apoiei as minhas mãos em seus ombros e o pus entre minhas pernas ficando em cima das suas grossas coxas. Deitei-me contra ele e o beijei novamente agora com rápidos beijos e quando ele pensava que eu os prolongaria, eu abandonava sua boca novamente deixando-o com ânsias de mais, descobri uma boa maneira de provocá-lo.

– Meu amor, eu preciso... te sentir... – Ele disse com a voz embargada enquanto eu espalhava beijos por seu pescoço. - ...Paulina... - Me deleitei ao tocar a leve penugem que cobria seu peito moreno escutando os gemidos de prazer dele enquanto também brincava com seus mamilos, ao mesmo tempo pude sentir novamente a força de seu membro enrijecido movendo-se contra mim.

Escorreguei uma de minhas mãos por seu peito e passei por seu abdômen sarado, pude sentir o bater frenético de seu coração e ver sua respiração acelerada buscando controle, eu precisava tocá-lo desesperadamente e conhecer um pouco mais do homem que estava me mostrando uma alegria que jamais conhecera.

– É tão lindo, meu amor... – Eu disse a ele enquanto meus dedos caminhavam até quadril buscando o caminho da perdição. – Eu...

– Não precisa fazer isso, Paulina... – Ele respondeu tocando minhas coxas com suas mãos grandes.

– Não, eu quero... – Sorri para ele demonstrando-lhe toda minha certeza e mais uma vez deslizei minhas mãos por seu abdômen até encontrar a sua parte mais intima e tomá-la inteira em minhas mãos.

– Ai meu amor... – Ele disse num gemido abafado e olhei para ele enquanto massageava entre minhas mãos a sua masculinidade quente e pulsante e o vi revirar os olhos e fechá-los em seguida, sorri, movimentei devagar minha mão com movimentos de sobe e desce enquanto observava suas reações que, para meu próprio prazer, eram melhores do que eu esperava. Nunca, jamais havia feito isso em um homem, mas pelas reações dele não parecia estar fazendo algo errado e continuei com meus movimentos intensificando-os ainda mais, fazendo-o gemer mais alto com minhas caricias enquanto apertava com suavidade os meus seios, levando-me também àquele mundo de prazer que era só nosso.

Sem mais poder manter o meu autocontrole pelo desejo que queimava o meu interior, pausei os meus movimentos e me endireitei sobre ele que ainda mantinha suas caricias, ele subiu suas mãos até os meus ombros e se inclinou até mim roçando seus lábios macios nos meus e me tomou enfiando sua língua tão exploradora dentro de minha boca.

– Eu te amo! – Eu disse, meu tom de voz mais rouco que o normal e ele me olhou no fundo dos olhos enquanto esboçava em seus lábios finos um terno sorriso.

– E eu te amo, você é a minha vida! – Ele devolveu fazendo-me estremecer junto com o meu coração que saltou desesperado em meu peito.

Nos posicionamos melhor sobre a enorme cama bagunçada e deixei um gemido longo escapar de minha garganta quando o senti fundir-se devagar em mim e me transportar para uma outra dimensão tão vagarosamente, parecia invadir todo o meu ser com aquela sensação de prazer e acariciou toda a extensão de minhas costas enquanto espalhava beijos por meu colo e o agarrei com força quando o senti inteiro dentro de mim e o beijei com ânsias, fogo, paixão e quando ele me envolveu completamente em seus braços comecei a me movimentar sobre ele em movimentos circulares, deslizando minha intimidade contra a dele que fervia dentro de mim enquanto despertava um prazer inebriante que queimava todo o meu corpo.

# Carlos Daniel narrando #

Estava enlouquecendo com cada toque, cada carícia de Paulina. Ao mesmo tempo era tomado pela surpresa, quando começamos a nos amar ela parecia nervosa e sentia uma reserva de sua parte quanto a tomar a iniciativa de demonstrar toda sua paixão, e quando achei que já tinha tido tudo dela, eis que me enganei...

Quando senti que se ela continuasse a me provocar com movimento lento como estava fazendo a segurei em sua cintura impedindo que continuasse.

– Se continuar assim vamos acabar cedo demais, minha vida! - Disse sorrindo enquanto me sentava com cuidado a abraçando e buscando seus lábios, nossas respirações agitadas, minhas mãos percorrendo sua pele macia.

– Isso não é justo, meu amor! - Protestou quando encerramos o beijo. – Quero que me ame e não que me torture!

– Minha intenção nunca é torturá-la! - Disse sorrindo enquanto a olhava de forma penetrante mantendo aqueles deliciosos movimentos. – Minha única intenção e dá-la prazer e apenas isso! - Justifiquei enquanto deixava meus olhos percorrerem seu belo corpo.

Seus seios arrepiaram sobre meu olhar e senti minha boca encher de água por acariciá-los mais uma vez e foi exatamente o que fiz e me regozijei ao sentir um tremor percorrer seu corpo fazendo um gemido de puro prazer escapar de seus lábios enquanto sentia suas mãos bagunçarem ainda mais meus cabelos.

– Carlos Daniel! - Gemeu meu nome remexendo os quadris enviando ao meu corpo uma onda de prazer, e sem poder me conter, abandonei as caricias em seus seios apenas para mudarmos de posição e voltar a amá-la como a muito meu corpo desejava e abracei firme me colocando em cima dela.

Todo o controle que durante toda a noite tentei manter se esvaía a cada gemido que escapava de seus lábios e foi o meu fim quando Paulina implorou por mais do prazer que somente eu poderia dar a ela.

– Carlos Daniel! - Disse em um suspiro. – Por favor!

Eu estava perdido e sabia disso, então só me restava atender as suas demandas por mais e mais do prazer que compartilhamos a pouco e então em um movimento nada cuidadoso a penetrei novamente começando a me movimentar entrando e saindo de sua umidade...

– Paulina! - Disse seu nome em deleite ao sentir-me cada vez mais próximo de êxtase que buscava em seus braços.

Abaixei meu corpo sobre o dela sem parar os movimentos que tanto nos dava prazer e capturei seus lábios em um beijo cheio de fome buscando aplacar a carga sobre mim. Quando senti seu corpo tencionar e o aperto de suas mãos em meus ombros, sabia que logo ela estaria lá, abandonei seus lábios, queria poder olhá-la quando se entregasse a plenitude desse momento e enquanto aumentava a velocidade de minhas investidas a olhava e isso só me deixou a ponto de explodir em êxtase, tamanha sensualidade, paixão estampados em seu rosto.

Seu corpo respondeu, rendeu-se e convulsionou em êxtase e eu a segui e caímos deitados um nos braços do outro totalmente entorpecidos, não sabia dizer por quanto tempo ficamos assim, apenas que não queríamos estar em outro lugar que não fosse exatamente ali.

– Tudo bem, meu amor? - Perguntei beijando-lhe o pescoço enquanto me afastava para me retirar e a vi contrair o corpo com meu movimento, sorri de sua sensibilidade.

– Estou muito bem! – Respondeu, e o sorriso em seus lábios comprovou as suas palavras.

– Fico feliz! - Disse sorrindo. – Porque logo estarei pronto novamente! - Disse a puxando para deitar-se em meu peito e não pude conter o riso com sua exclamação de surpresa...

...- Esperei muito por esse momento! - Me justifiquei. – E agora a única coisa que quero é poder amá-la até a exaustão! - Completei a olhando cheio de desejo.

– Hum... É um argumento muito bom! - Disse rindo.

Ficamos deitados ali, um nos braços do outro, traçando beijos e carícias apaixonados, isso foi o suficiente para que o sentimento de desejo retornasse e se fizesse presente em apenas alguns minutos. Nos amamos mais uma vez até a exaustão, assim como tinha lhe dito.

O céu lá fora já começava a mostrar-se com um laranja intenso e os sons dos passarinhos saindo para começar o dia era uma melodia que não pude ignorar e não queria sair daquela cama.

– Vamos tomar um banho antes de dormir? - Sugeriu quando eu a aninhei em meus braços depois de nos amarmos.

– Humm! - Resmunguei a olhando. – Não é uma má idéia, meu amor! – Sorri maroto ao imaginar o que poderíamos fazer debaixo do chuveiro.

– Nem pensar, meu amor! - Ela disse sorrindo. – Estou cansada demais para conseguir me manter de pé! - Justificou. – Temos que ter pelo menos algumas horas de sono!

– Não faltarão oportunidades! – Eu disse sorrindo e a beijei com carinho.

Seguimos juntos até o banheiro, e vê-la caminhando completamente nua à minha frente só me fez lembrar o quão tímida ela ficaria há algumas horas atrás.

Entramos debaixo do chuveiro deixando que a água quente relaxasse nossos corpos e limpasse nossa pele suada pelos nossos atos e eu sem poder me manter distante nem por mais um minuto, rapidamente a puxei para perto e lhe dei um rápido beijo antes de continuarmos o banho ou logo minha intenção poderia mudar para algo bem diferente...

– O que está fazendo? - Perguntei quando ela começou a passar o sabonete por meu peito.

– Te ensaboando! – Respondeu docemente me lançando o olhar mais inocente que podia.

– Não me provoque! - Adverti a olhando cheio de desejo.

A deixei que me ensaboasse e me encantei ainda mais por ela, como tinha mudado, e logicamente quis meu direito de poder ensaboá-la também e não deixei passar despercebido o olhar de desejo em seu rosto enquanto o fazia.

O banho levou mais tempo do que tínhamos planejado, e quando finalmente saímos do banheiro e fomos para o quarto enquanto eu substituía as roupas de cama que estavam sujas pelas limpas, Paulina se trocava no closet.

Quando a vi saindo não evitei um olhar de admiração. Ela não usava uma camisola como imaginei que usaria, estava com uma lingerie na cor rosa clara de renda que acentuava ainda mais suas curvas. Começava a me perguntar “onde estava a Paulina cheia de reservas?” quando o olhar tímido que ela me devolveu me fez enxergar nela a mulher ousada e amante mas também mulher tímida cheia de reservas quanto a forma que amava e sorri com esse fato.

– Se você continuar me assediando assim terá de arcar com as consequências! – A adverti a olhando intensamente.

Ela apenas riu, correu para a cama e enfiou-se debaixo das cobertas, eu apenas retirei a toalha que ainda estava em minha cintura e entrei com ela a abraçando por trás.

– Hmmm, cheirosa! – Sussurrei ao ouvido dela que estava envolvida em meu abraço, ela simplesmente me olhou com os olhos escuros, segurou minha mão e a beijou.

– Boa noite, meu amor... – Disse aninhando-se ao meu abraço.

– Boa noite, minha vida... - Respondi a abraçando mais.

Tive dificuldades em dormir porque tê-la assim em meus braços era algo que há muito sonhava e o medo de que eu pudesse acordar desse sonho era maior que meu cansaço, mas acabei vencido pelo sono e adormeci.

***

* Paulina narrando *

Ouvi ao longe o barulho irritante de algo batendo insistentemente no quarto e me assustei quando a porta de vidro bateu com força de repente em uma zoada estridente fazendo o meu coração dar um pulo pelo susto, sentei sobre a cama e respirei fundo pondo a mão em meu coração.

– Carlos Daniel? – Chamei por ele quando notei a cama vazia e passei a mão sobre o lugar que ele dormia e logo me levantei, busquei meu robe e o vesti e fui em direção à porta que estava aberta pelo vento.

Estranho porque o tempo mudou drasticamente, agora chovia e lá fora um vento forte corria entre as folhas das árvores e cantava um leve assobio junto ao clima completamente nublado lá fora.

Abri a porta do banheiro para ver se Carlos Daniel estava lá, mas estava vazio. Ele pode estar lá em baixo! Pensei e desci as escadas para encontrá-lo.

– Carlos Daniel, você está aí? – Perguntei mais uma vez enquanto caminhava em direção à cozinha que agora estava impecável. – Ah, já está tudo em ordem... Ai que homem prático eu estou namorando... – Sorri alto quando notei toda aquela organização no local, mas ali ele não estava e segui em direção à sala de jantar, mas ele também não estava lá, me senti desapontada quando não o encontrei lá também e por um impulso fui até a sala de estar, olhei por todos os cantos e não o encontrei, mas quando pensei em retornar ao quarto pude ouvir sua voz de longe, parecia vir do lado de fora da casa e me aproximei às grandes janelas para confirmar e, confirmado, era ele!

Ele estava conversando com seu Jetro, o senhor que cuidava da casa e logo o cumprimentou e retornou para dentro da casa, segui em sua direção para saudá-lo.

– Bom dia, meu amor...- Eu disse aproximando-me a ele, volteando meus braços em seu pescoço. - Porque não me chamou quando acordou? – Perguntei com um sorriso que logo se dissipou quando notei seu semblante sisudo demais.

– Eu levantei muito cedo, não quis te incomodar sem necessidade. – Ele respondeu com um tom frio sem me olhar nos olhos.

– Está tudo bem com você? – Perguntei preocupada com o seu jeito, nunca o havia visto tão sério e frio como agora estava.

– Está tudo perfeito! – Ele disse com uma voz meio sarcástica e sorriu forçado enquanto retirava meus braços de seus ombros. – Nada podia estar melhor! – Concluiu se afastando de mim, pondo-se de costas e um tanto desajeitado cruzou os braços ao parar.

– Mas porque você está assim? O que aconteceu? – Fui atrás dele e toquei o seu braço, preocupada.

– Eu já agradeci ao caseiro e minhas malas estão prontas, te dou alguns minutos para se trocar e arrumar as suas também, partimos em pelo menos uma hora. – Ele respondeu seco sem me olhar nos olhos, parecia que eu estava falando com outro homem, este definitivamente não era o Carlos Daniel que eu conheci, que eu me apaixonei e que me entreguei de corpo e alma, o que me fez sentir a mulher mais amada do mundo. Não, era outra pessoa!

– Mas porque isso? Não vamos ficar o fim de semana aqui? – Senti meu coração bater com batidas pesadas, fortes, e pressenti que uma grande dor tomaria conta de meu ser em poucos minutos.

– Não, vamos embora! Por favor, suba e arrume suas coisas! – Ele respondeu rapidamente, era ríspido, e ainda não me encarava.

– Eu preciso de uma explicação para a sua atitude, Carlos Daniel! Não estou entendendo a sua maneira de agir. Porque está me tratando assim tão distante? – Perguntei dura e ele desprezou cada palavra que eu disse, parecia que eu ali não estava. – Anda Carlos Daniel, vai ficar aí parado sem dizer nada? Porque está agindo assim como um covarde? – Perguntei sentindo as lágrimas grossas inundarem meu rosto desesperadamente.

– Não temos mais nada que fazer aqui... Ou você não percebeu que entre nós não podia acontecer nada mais além de sexo? – Perguntou seriamente me lançando um rápido olhar e logo passou as mãos pelos seus cabelos dando um passo rápido para mais longe de mim.

– C-como assim só sexo, Carlos Daniel? – Perguntei indignada já sem conseguir controlar o choro que me dominava. – Co-mo você pode dizer algo assim depois de tudo que passamos juntos?

– Ai Paulina, por favor! Como você pode acreditar que tudo que eu te disse era verdade se desde inicio sabia de todas as minhas intenções com você. Você sempre soube que o que eu queria era te levar pra cama e agora que isso já aconteceu, acaba aqui o nosso. – Disse da maneira mais fria possível, senti como se tudo o que estivesse ao meu redor se desmoronasse de uma só vez e sob mim um buraco negro se formava dando inicio a minha lenta e dolorosa queda.

– Como pode fazer isso comigo, Carlos Daniel? Como pode mentir e me enganar de tal maneira? Como foi capaz de fazer com que eu me apaixonasse por você apenas para me tratar como se eu fosse um objeto a mais para a sua coleção? – Joguei na cara dele todas estas perguntas enquanto ele me encarava, seus olhos vermelhos como brasa. – Como pode despedaçar assim o meu coração?

– Me encantei por você, Paulina... Isso eu não vou te negar... – Ele disse segurando meus ombros. – Mas entre nós não pode haver mais nada.

– Eu não entendo, Carlos Daniel... Como você foi capaz de me pedir para ser sua namorada? SUA NAMORADA! – Gritei em sua cara e deixei enquanto golpeava seu peito desesperadamente. – Como pode chegar a esse ponto só por causa de... sexo?

– No inicio era, mas você é uma mulher muito envolvente, diferente de todas as que um dia passaram por minha vida, não pude evitar sentir um encantamento por você, mas eu não sou homem de uma só mulher. Não sei ser fiel, tampouco um pai de família... Não sou o homem indicado para você!

– C-arlos Da-niel... – Senti minha voz se apagar por todo o sentimento que dominou o meu coração e ser com cada palavra pronunciada por ele e sem mais conseguir pensar fui dominada por uma escuridão intensa que tomou conta de meu ser.

***

– Paulina, que bom que abriu os olhos. Se sente melhor? – Ouvi sua voz distante e senti tudo se esclarecer ao meu redor quando me dei conta de que ele estava ao meu lado, estávamos sobre a cama e ele vestia outra roupa. Tudo estava muito confuso.

– Não me toque! – Disse assustada dando um pulo da cama, afastando-me dele.

– Está tudo bem? Você desmaiou e...

– O que você realmente pretende?! – Eu disse bruscamente, minha cabeça fervia e sentia uma pressão tão forte que parecia querer explodir. – É uma brincadeira, né?

– É... P-aulina, eu...

– Diz, anda, diz o que você sente por mim? – Perguntei de repente sentindo meu coração gelar com a ponta de esperança que brotou ali, querendo que tudo não passasse de uma mentira.

Ele nada respondeu e o seu silencio me cortava como facadas no coração.

– Diz que todas as suas palavras, tudo o que vivemos, todas as juras de amor... Diz que tudo, tudinho foi verdade... Diz mais que você me ama como você me diz o tempo todo, diz Carlos Daniel!!! – Gritei segurando a gola de sua camisa com força, desesperada.

– Não Paulina, eu não te amo!!! – Ele respondeu enquanto retirava minhas mãos de sua roupa. – Não me apaixonei por você e isso não vai mudar.

“EU NÃO TE AMO!” “NÃO ME APAIXONEI POR VOCÊ!” “NÃO TE AMO!” “NÃO-TE-AMO!”

Aquelas palavras rondaram minha mente como ecos que pareciam querer me ensurdecer, não podia crer que tudo teria desmoronado assim de uma só vez.

– Não, é mentira! Você está mentindo! É mentira! Mentira! Mentira!!!!

***