* Paulina narrando *

– Eu não sei, é que...

– Diga que sim, que vamos ficar! - Disse sorrindo enquanto me olhava nos olhos. – Só quero sua companhia, só quero dormir tendo você em meus braços, sentindo seu perfume a noite inteira... – Completou com um sorriso de canto hipnotizador, aproximando-se devagar.

– Mas nós acabamos de nos acertar e eu... – Ia dizendo quando ele me interrompeu.

– Sim, mas antes já tivemos mais intimidade que isso! - Lembrou e pude sentir meu rosto esquentar de forma violenta e desviei o olhar rapidamente.

– N-não vamos falar sobre isso, Carlos Daniel... – Pedi desconsertada.

– Por que? - Perguntou com a testa franzida. – ...É algo natural entre duas pessoas que se desejam! - Disse sorrindo de canto enquanto percorria seus olhos por meu corpo me medindo de cima a baixo, me deixando completamente sem jeito.

– Mas como já havíamos conversado, nós... – Tentei encontrar todas as justificativas possíveis, mas mais uma vez ele me interrompeu.

– Não vamos fazer nada que não queira, Paulina... Só quero algo que me faz bem, ficar com você... – Ele disse me olhando com aqueles olhos tão carentes e fez uma carinha tão linda que me senti rendida.

– Tudo bem, pode ser... Mas tem que se comportar! – Pedi olhando-o com olhos bem abertos.

– Como você quiser! – Sorriu satisfeito levantando suas mãos em sinal de rendição e também sorri com seu gesto quando ele se aproximou mais e segurou em minha cintura, deu rapidamente um leve beijo em meu pescoço e depois me abraçou com cuidado.

Ficamos nos olhando por um tempo e sinceramente eu estava adorando conhecê-lo, ele é diferente de todos os homens que já conheci, com esse jeito indiscreto, ousado e ao mesmo tempo galanteador, com um charme que não tem limites, apesar de no inicio eu tê-lo odiado, há pouco passei a enxergar que me precipitei em meus julgamentos. Ele é muito mais que isso e esse Carlos Daniel que ele tanto diz que precisa ser resgatado quando é somado com o que eu conheci, apenas faz meu coração atrasar algumas batidas, as borboletas do meu estomago alvoroçarem, minha espinha gelar e tantas outras sensações que aqui não poderia descrever.

– Então, vem... Quero saber um pouco mais sobre você. – Disse puxando-me pela cintura até o sofá em que estávamos antes, pegou e abriu mais um catálogo. - ...Suas fotos são realmente lindas! Claro que, com uma modelo tão perfeita como você, as fotos tem que ser perfeitas também! – Sorriu malicioso e senti meu rosto esquentar com o que ele disse, não conseguia me acostumar ainda com tantos elogios que me fazia.

– Obrigada! – Agradeci sorrindo-lhe enquanto sentia meus olhos umedecerem rapidamente, ele acabara de me fazer recordar com mais intensidade da pessoa que eu mais amei na vida, a pessoa que mais me apoiou e incentivou, que me ensinou a ser uma grande mulher transmitindo a mim e a minha irmã o seus princípios morais e valores éticos, que me fez ser quem eu me tornei hoje, o meu exemplo de vida. – Minha mãe dizia o mesmo! Ela morreu há alguns anos.

– Ei ei! – Disse carinhosamente ajoelhando-se em minha frente, enxugando algumas lágrimas finas que caíam de meus olhos. – Eu sinto muito, Paulina...

– Ela era tudo pra mim! – Disse-lhe num desabafo, sinto muita falta de minha mãe.

– Posso imaginar, e também imagino que ela era uma mulher incrível, assim como você é. – Disse acariciando minhas mãos ao segurá-las gentilmente.

– Sim, devo tudo a ela... – Disse enquanto folheava um dos catálogos em busca de algumas fotos com ela. -... Olha, esta era a minha mãe! – Apontei para uma foto em especial onde estávamos juntas em um evento, ela sempre estava comigo e Sophia, tentava ser presente em todos os nossos momentos, apesar de se ocupar da fábrica, sempre foi muito atenciosa com a casa, os empregados e com a família.

– Você tem os olhos dela, e o sorriso e também o nariz... Essa parte das bochechas também. Quase iguais! – Carlos Daniel disse dando um meio sorriso enquanto olhava para nossa foto com minha mãe.

– Sim. Ela dizia que eu sou ela quando jovem. – Sorri satisfeita. Adorava que me comparassem com ela.

– Aposto que também vem dela não apenas a sua beleza, mas como sua inteligência, doçura, dá pra ver que era uma mulher de valor e princípios... – Disse voltando a sentar-se ao meu lado.

– Obrigada, Carlos Daniel! – Agradeci levando uma de minhas mãos até o seu rosto e o acariciei levemente. – Minha mãe sem duvida nenhuma era uma pessoa de muito valor. Quando ela soube de sua doença não nos contou absolutamente nada, queria manter tudo em segredo mas um dia ela passou muito mal e eu a levei ao hospital, ela precisou ficar internada porque seu estado já estava crítico e o doutor me disse que ela tinha uma pneumonia crônica e que esta já estava em estado grave, que ela havia descoberto há um tempo e que prometeu que tomaria todas as precauções necessárias, mas não obedecia ao pé da letra as suas recomendações e a doença foi crescendo de uma maneira rápida e agressiva e tentaram de tudo, mas já era tarde e não tínhamos muito o que fazer. Em poucos dias ela morreu.

Não pude segurar as grossas lágrimas que agora invadiam a minha face, não queria tornar o meu momento com ele em algo triste, mas falar de minha mãe sempre me emocionava muito e ele me deu esse espaço, coisa que eu apreciava nele, era tão atento às coisas que eu dizia, tão interessado, demonstrava ser um grande companheiro e isso me fazia muito bem, estar ali com ele falando sobre um pouco de tudo me causava um sentimento diferente e de certa forma, me sentia importante com ele, ele me fazia sentir assim, apenas a companhia dele me fazia sentir acolhida e falar de minha mãe para ele foi como um desabafo, nunca havia falado dela assim para ninguém depois de sua morte. Ele me apertou contra si abraçando-me com força, senti confiança em seu gesto e o abracei de volta, precisava daquele abraço, precisava de alguém que me escutasse, me acolhesse, me amparasse em momentos como este e ele o estava fazendo de uma maneira desinteressada, pude sentir isso, ele era sincero em suas atitudes, em seu comportamento, senti meu coração se encher de um novo sentimento, algo que jamais imaginei sentir por alguém.

– A dor da perda é realmente muito grande, parece não ter fim, eu te entendo muito bem, minha vida... Mas tenho certeza que ela só deixou ótimas lembranças e que todas estas são muito bem vividas por vocês, assim como minha irmã Malu. – Disse carinhoso afagando o meu braço enquanto eu me mantinha com a cabeça sobre o seu peito.

– Sim, maravilhosas! Minha mãe era muito positiva, alegre, esbanjava saúde e vida, a doença dela foi uma grande surpresa para todos nós. Quando eu fui convidada para fazer as fotos, ela foi a que mais me apoiou em tudo e me acompanhou, mesmo com a faculdade fora e tantas outras coisas que eu precisava fazer, ela fazia o possível para estar ao meu lado. Igual foi quando eu comprei este apartamento. – Afastei-me um pouco de seu peito para olhá-lo nos olhos e recostei-me novamente, já havia cessado o choro.

– Que por sinal é sensacional! Ela te ajudou com tudo? – Perguntou curioso.

– Sim, com toda a decoração, mobília... – Disse agora sorrindo ao lembrar de como foi tudo.

– Você disse que foi com seu próprio suor, é resultado dessas fotos? – Perguntou apontando para os catálogos espalhados sobre a mesinha de centro.

– Sim, com essas fotos eu consegui comprar e mobiliá-lo inteiro. Papai não gostava da idéia de fazer fotos porque achava que era algo vulgar, mas minha mãe era o meu apoio incondicional. Consegui juntar um bom dinheiro e decidi que investiria em algo que valesse a pena, em algo meu, o qual eu olhasse e sentisse orgulho de mim mesma. E assim o fiz. – Sorri satisfeita. – Papai logo se conformou quando viu que era algo que eu gostava de fazer e que não me desviava de meu foco, assim consegui convencê-lo, mas tudo isso graças a minha mãe.

– Qual era o nome dela?

– Paula Helena. – Sorri ao pronunciar seu nome, tantas coisas me vieram à memória ao falar assim dela...

– Hm, que nome bonito! Os dois juntos dão Paulina! – Sorriu tocando carinhosamente a minha franja. - E não sente falta de posar para fotos? Não acha chato cuidar de uma fábrica como a de seu pai? – Perguntou novamente com curiosidade.

– Não, foi apenas uma fase e sobre gerenciar a fábrica, eu adoro e também preciso fazê-lo.

– E tenho certeza que o fará muito bem! – Sorriu ao dizer e entrelaçou uma de suas mãos na minha apertando-as com delicadeza. – Sabe, quero muito te beijar... – Continuou olhando no fundo de meus olhos, senti minha boca secar quando ele acariciou o meu lábio inferior com as pontas dos dedos, permaneci em silencio apenas o fitando quando ele acabou com a pouca distancia entre nós e o simples tocar de nossos lábios acendeu em nós a chama do desejo e senti que poderiamos nos queimar nessa chama quando em um gesto impensado deslizei minhas mãos por seu peito e as entrelacei em seu pescoço.

Nossos lábios se moviam com calma, ele fez com que sua língua passeasse por meu lábio superior e depois pelo inferior e então aprofundou o beijo me trazendo para ainda mais perto de si.

Sem que eu percebesse, um gemido escapou de meus lábios quando aprofundamos aquele beijo e nossos corações pareciam querer saltar de nosso peito por suas batidas desenfreadas, aquele beijo podia ficar cada vez mais delicioso e por mais que quiséssemos, ainda não era o momento, não conseguia me sentir a vontade ainda para isso. Encerramos o beijo em busca de ar e ver Carlos Daniel se contendo me fez sentir uma certa admiração por ele, se já não estava sendo fácil pra mim me reprimir, pra ele então creio que era como uma luta travada...

– Ah, Carlos Daniel... – Tentei dizer enquanto ele espalhava alguns beijos por meu pescoço, chamando a sua atenção. - Falando em fábrica e nós aqui, assim... E agora?! Você é nosso sócio e...

– E esses assuntos de trabalho não tem nada a ver com o que sentimos e vamos continuar porque é isso o que queremos. Não se preocupe com nada disso! Quem sabe seja melhor que sejamos parceiros em tudo! – Sorriu brincalhão, concordei com ele. Afinal, já nos conhecíamos muito antes de sermos sócios.

– Engraçado isso tudo sobre nós dois...

– Sim, nunca imaginaria que algo assim pudesse acontecer comigo. – Disse entrelaçando novamente nossas mãos, levando-as até os seus lábios e depositou um leve beijo sobre a minha. Com minha outra mão segurei o seu rosto acariciando-o, o puxei para mais perto e rocei meus lábios nos seus mais uma vez, e sentindo o ar quente de sua respiração contra a minha, tomei sua boca com leveza e nossas línguas assim se encontraram em desespero, nosso beijo lento se tornou mais feroz e ele soltou a minha mão e segurou o meu pescoço me pressionando mais contra si, nossas línguas em um mesmo embalo, amava as sensações que ele me causava em um simples beijo. Encerramos o beijo e me perdi analisando cada detalhe de seu rosto.

– Você é lindo! – Escapou de meus lábios e me adverti internamente quando percebi ter pronunciado essa frase.

– Não tão lindo quanto você! – Sorriu travesso e deu leves beijos nos cantos de minha boca, fazendo-me sorrir. Estes pequenos gestos que ele me demonstrava me fazia sentir coisas inéditas.

Carlos Daniel se acomodou melhor no sofá e eu me aconcheguei novamente em seu peitoral. Sentir o seu perfume tão delicioso me transmitia paz e recordar que eu ansiava por ele e pensava que não podia tê-lo me fazia sentir esperanças de que a minha vida realmente pode estar tomando um rumo diferente, um rumo melhor e este seria ao lado dele. O silencio tomou conta do ambiente mas sentíamos que era propicio para o momento, agora estávamos desfrutando apenas um do outro, de nossas respirações e ouvir o seu coração batendo em seu peito pra mim era mais que suficiente naquele momento.

# Carlos Daniel narrando #

– E estas fotos com cavalos aqui? Você também monta?... – Perguntei um tanto surpreso quando encontrei uma foto sua em cima de um cavalo, estava divina com um biquíni muito sensual e seus cabelos ao vento olhando séria para a câmera, sabia que essa mulher ainda tinha muito que me surpreender mas não pensei que ela também monta a cavalos.

– ...O que você acha de irmos este fim de semana à minha fazenda? Não fica longe daqui, podemos levar a Sophia também e... – Dizia, mas Paulina não respondia nada. Senti sua respiração quente e calma em meu pescoço, ela dormiu.

Não insisti em chamá-la, apenas tentei me mexer sem acordá-la e com jeito consegui erguê-la em meus braços sem assustá-la, ela estava dormindo pesado. Sorri ao vê-la dormir e ainda mais assim, em meus braços, coisa que tão cedo imaginaria que aconteceria e muito menos assim de uma forma tão desinteressada.

Segui carregando Paulina em direção a seu quarto e a coloquei sobre sua cama cuidadosamente, ao acomodá-la tirei seus sapatos com cuidado de seus delicados pés e me contive em apenas observá-la, os alisei delicadamente admirando o quão delicada ela era até mesmo nos seus pequenos pés. Olhei em volta me perguntando onde ela guardava os lençóis de cama, precisava de um cobertor para ela e segui até uma porta imaginando ser o seu closet, acertei, ali não tinha muitas coisas, mas localizei alguns cobertores do outro lado na parte de cima, peguei um rapidamente e voltei para cobri-la e após isso, não pudia deixar de admirá-la enquanto um sorriso bobo brincava em meus lábios. Ela é uma mulher linda, dona de uma beleza doce e angelical e ao mesmo tempo conseguia exalar uma sensualidade de uma maneira tão sublime que não dá explicar, e é incrível como ela fica quando está brava ou irritada por minhas provocações e seus olhos brilham transmitindo o que ela está sentindo. Poderia ficar ali durante uma eternidade admirando-a que não me cansaria, não pensei muito e me juntei a ela porque apenas olhá-la não era o suficiente para mim e precisava me perder ainda mais por ela sentindo o suave cheiro de seus lisos cabelos e tocando a sua pele tão alva e suave.

Acomodei-me em sua grande cama e cuidadosamente, tentando não fazer nenhum ruído que a assustasse, me encostei em alguns travesseiros e da maneira mais natural Paulina se aconchegou em meus braços envolvendo o seu braço em meu tórax, senti um calafrio percorrer por onde ela tocou e sorri com o que ela conseguia me fazer sentir, carinhosamente acariciei suas costas e ela suspirou levemente chamando a minha atenção mas continuou dormindo como um anjo e senti-la assim em meus braços me causava os melhores sentimentos e queria permanecer assim pra sempre com ela.

Esse momento para mim poderia ser congelado no tempo. Nunca imaginei ficar assim com Paulina, em todas as minhas conjecturas sempre imaginava que quando a tivesse em meus braços estaríamos nos amando intensamente, mas como estávamos agora era bem melhor, de uma forma distinta do prazer carnal era algo... diferente, mas que me agradou muito sentir.

Não queria dormir, apenas velar o seu sono e ali fiquei por um bom tempo observando como ela dormia, parecia mais uma princesa em seu sono profundo e com os seus olhos fechados se via tão vulnerável e inocente, cada momento podia encontrar mais qualidades e algo a mais que fizesse com que eu a admirasse e da maneira mais pura e singela. Estava simplesmente apaixonado por Paulina, não podia negar.

*Paulina narrando*

Abri os meus olhos após sentir os raios de luz incomodando os meus olhos que, mesmo fechados, podiam sentir sua força. Acordei de uma maneira inédita, estava nos braços de um deus grego e pisquei várias vezes acostumando-me a forte luz que vinha da grande janela do meu quarto, as cortinas blackout estavam entreabertas e isso fez com que os pequenos raios de sol invadissem aquele ambiente. Tentei assimilar tudo rapidamente. Como fomos parar ali no quarto e na cama se lembro perfeitamente que estávamos na sala? Me perguntei em pensamento rapidamente, mas logo obtive a resposta enquanto olhava em volta e constatei que estávamos vestidos, respirei aliviada e senti meu rosto ruborizar levemente quando olhei para minha mão esquerda que estava em cima de sei peito, sua camisa com alguns botões abertos revelando um pouco mais o seu peito moreno e com um gesto impensado a fiz passear por seu peitoral, pescoço até finalmente chegar eu seu rosto, ele dormia pesado e era conseguia ficar ainda mais lindo assim, me sentia satisfeita apenas por observá-lo assim tão tranqüilo em um sono profundo. Respirava lentamente e esbocei um pequeno sorriso em meus lábios quando inalei fundo o seu perfume, aquele cheiro que eu tanto amava, o tinha ali só para mim. Não me contive em apenas observá-lo e movi meus dedos sobre o seu rosto masculino perfeito acariciando os seus traços com delicadeza, meus dedos passeavam por sua mandíbula e com o leve roçar de meus dedos pude sentir os pelos que indicavam que sua barba estava para nascer. Continuei deslizando meus dedos por trás de seu pescoço, sentindo a maciez de seus cabelos que mergulhavam entre meus dedos, senti meu coração pular uma batida e as mariposas que até então repousavam em meu estômago levantaram vôo repentinamente quando ele ronronou sob as caricias que estava lhe proporcionando naquele momento, apenas se mexeu devagar e continuou desfrutando de seu possível sonho, era maravilhoso tê-lo assim tão perto de mim, queria dar a ele o carinho que ele me dava, demonstrá-lo a reciprocidade do meu sentimento.

– Ai Carlos Daniel, acho que você quer me enlouquecer... – Disse quase sussurrando enquanto fazia aquele cafuné em seus cabelos e contemplava aquela beleza que mais se destacava com os pequenos raios solares que tocavam os seus cabelos agora bagunçados deixando-os de um tom castanho escuro para uma cor mais clara e eu simplesmente adorei poder admirar aquele homem perfeito e essa visão eu tinha só para mim.

– Hmm... Que bela maneira de ser acordado! – Disse Carlos Daniel com a voz matinal grave e levemente rouca, surpreendendo-me e fazendo-me estremecer com o seu firme olhar e aquele sorriso com o canto dos lábios que me enfeitiçava.

– Você já estava acordado?! – Perguntei rindo de sua atitude, arregalando os meus olhos.

– Não, estava sonhando que tinha uma linda princesa dormindo em meus braços e que ela era perfeita, linda! E seus olhos eram como duas azeitonas verdes e quando encontravam com os meus pela manhã podiam me hipnotizar com o brilho que tinham quando ela acordava e com ela eu poderia ir para qualquer lugar.

– Então ainda bem que você acordou antes que essa princesa te seqüestrasse com o poder do brilho de seus olhos azeitona! – Ri a gargalhadas com o que tinha acabado de dizer, foi espontâneo e bom, quero sentir muitas vezes mais este sentimento.

– Ainda bem mesmo porque a princesa que tenho em meus braços agora é tão linda quanto a do meu sonho, e melhor, ela é real! – Sorriu acariciando a maçã do meu rosto com o polegar e olhando-me fixamente deixando-me ruborizada e completamente encantada depositou um leve beijo em meus lábios e passou sua língua levemente sobre eles, deixando um arrepio percorrer de minhas pernas até minha cabeça.