Houve um momento de silêncio para que as pessoas no cômodo pudesse absorver aquelas palavras, até mesmo Doro parou de gritar para encarar o rosado que levou a mão direita para sua barriga e acariciou com suavidade enquanto uma energia esverdeada surgia envolvendo toda a mão, o Uchiha manteve seus olhos fechados por alguns segundos, então abriu-os e balançou a cabeça uma única vez, de forma a parecer que fazia uma confirmação do que disse a tão poucos segundos, então olhou em volta e semicerrou as sobrancelhas antes de colocar-se de pé e seguir para o interfone que permitia comunicar-se com a arquibancada, então o socou sem abusar de sua força.

— Espectadores, sentimos muito pela interrupção, mas um assunto mais importante surgiu, contudo mantenham-se em seus lugares que o espetáculo não vai ser interrompido, apenas as pessoas que serão trocadas. — Rin disse com calma para que não causasse qualquer sentimento apreensivo nos espectadores, então parou de apertar o interfone e cruzou os braços antes de voltar a atenção para as pessoas no cômodo e dar continuidade. — Vou precisar de água quente e toalhas limpas, além de algum anestésico para ela suportar as dores do parto. —

— Fará isso aqui? — Tsuyu perguntou rispidez e óbvia surpresa enquanto suava frio, parecendo bem preocupado com a inesperada situação.

— Não, no quarto de vocês. — Rin respondeu ao mesmo tempo que colocava as mãos gentilmente nos ombros da kunoichi que rangia nervosamente os dentes, então continuou. — Consegue andar só um pouco? Vou usar o Hiraishin no Jutsu, mas não tenho marcação no quarto de vocês, então o lugar mais perto que posso chegar é no… — O mesmo não concluiu seu comentário.

— CALE A BOCA! — Doro gritou com aspereza ao mesmo tempo que semicerrava suas sobrancelhas, fechava as mãos em punhos e baixava um pouco sua cabeça, então continuou. — FAÇA, NÃO QUERO EXPLICAÇÃO, SÓ FAÇA! —

O rosado pareceu surpreso com a reação da kunoichi, assim erguendo o suficiente das sobrancelhas enquanto a encarava por alguns segundos, porém não demorou para compreender que a reação dava-se por vários fatores. Ele direcionou sua atenção para as pessoas que encontravam-se naquele cômodo, por isso suspirou como se sentisse um certo cansaço, então removeu a mão esquerda enfaixada do ombro da amiga e estendeu acima da cabeça para que as pessoas o segurassem, porém acabou fechando a mão em punho e exibindo dois dedos — indicador e médio.

— Duas pessoas têm de ficar para dar continuidade ao Coliseu. E devem ter habilidades bem equilibradas, por isso… — O rosado direcionou a atenção para o usuário de machados e depois para a espadachim, então deu continuidade. — …não consigo pensar em ninguém melhor do que os dois. E mais um tem que ficar para dar encerramento, então… — Ele olhou para o seguidor de Jashin que parecia calmo com aquela situação.

Lich balançou a cabeça em confirmação ao pedido, enquanto que Musashi olhou para Ryūsei por um momento quando se tornaram as únicas opções, este acabou por não se incomodar quando a ruiva o encarou, mas o mesmo sorriu pelo canto esquerdo dos lábios quando a espadachim balançou a cabeça como se confirmasse aquela sugestão, assim apressadamente seguiram para a porta do cômodo com intenção de irem para a arena. O rosado sentiu-se grato por aquela colaboração, porém tornou-se sério quando a kunoichi voltou a gritar com a imensurável dor que sentia, por isso que ele sentiu-se novamente grato quando algumas mãos agarram-se em seu braço esquerdo e num piscar de olhos o cenário mudou, assim tornando-se o quarto que compartilhava com sua noiva. Ele depressa olhou para Fushin e Misa que estavam atrás dele e pareciam bem preocupadas com a situação.

— Água quente e toalhas, agora! — Rin disse áspero enquanto semicerrava suas sobrancelhas, então voltou a atenção para o líder da Mangetsu que já tinha se afastado e deu continuidade. — Me ajude a levá-la para o quarto de vocês. —

Fushin e Misa deixaram o quarto tão rápido quanto apareceram, sendo que a segunda, por estar num estágio avançado da gravidez, ou seja, em sua vigésima terceira semana, tomou mais cuidado na forma que caminhava para longe, assim como os dois rapazes seguraram Doro com cuidado colocando suas mãos nos braços da mesma e ajudaram-na a se levantar e seguiram para a entrada do quarto — sentindo-se gratos por estar aberta — e depois seguiram pelo lado esquerdo do corredor, assim dirigindo-se para o outro quarto.

— Eu pedi para dar a ele uma vantagem… e você o surrou sem piedade e ainda usou o Susano'o. — Doro disse enquanto mantinha as sobrancelhas semicerradas e seus olhos púrpuros concentraram-se no amigo, então continuou. — Você descumpriu com sua palavra. —

— Você queria que ele me desse uma vantagem? — Tsuyu perguntou incrédulo e ergueu as sobrancelhas, então olhou para o rosado e deu continuidade. — Onde está a maldita vantagem? Você me atacou com um Katon: Gōka Mekkyaku! —

— Musashi pediu para que eu não pegasse leve, parece que ele apostou a meu favor. E como ele não tem o hábito de pedir as coisas para mim, então… — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios e agitou os ombros de forma a indicar que aquela resposta fosse suficiente mesmo inacabada.

— Porque preciso de uma vantagem? — Tsuyu perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas e direcionou a atenção para a noiva, então deu continuidade. — O machuquei suficiente, então não tenha dúvida que poderia vencê-lo. —

A kunoichi não respondeu, na verdade levou as mãos para o cabelo dos rapazes e puxou-os com força ao mesmo tempo que gritava por causa de uma nova contração, assim causando uma lamúria de ambos que não podiam fazer nada, senão aceitar enquanto terminam de chegar na frente do cômodo e o rosado sem pensar muito chutou a porta de madeira com uma força considerável, assim quebrando-a, mas também lançando-a contra uma das paredes e assustando um gato preto que saltou e correu em disparada. O rosado olhou para o gato fugindo, depois olhou para o moreno que esforçava-se para não rir do amedrontado Caça-Ratos. Os dois levaram a kunoichi para a cama do casal e deixaram-na confortável, ou seja, com travesseiros em suas costas para mantê-la numa posição adequada, além disso a mesma teve a parte de baixo de sua vestimenta removida, contudo um cobertor fino servia para cobri-la.

— Depois vamos conversar sobre essa porta. — Tsuyu disse com um sorriso pelo canto dos lábios para o rosado.

— Pegue uma senha com Chishiki para essa conversa. Vivo destruindo a porta da casa dele. — Rin disse enquanto mantinha as sobrancelhas semicerradas e olhava para a entrada do quarto, então gritou. — AS TOALHAS E A ÁGUA QUENTE! —

O rosado retornou sua atenção para a kunoichi que estava na cama. O rosto estava cheio de suor por causa do esforço e daquele excruciante momento, estando ofegante enquanto seus olhos púrpuros mantinham-se marejados. Rin aproximou-se da cama e levantou o cobertor fino, assim direcionando seus olhos esverdeados para o que havia no meio das pernas da kunoichi e semicerrou as sobrancelhas.

— Oito centímetros de dilatação. — Rin disse e voltou a cobrir aquela parte com o cobertor, então cruzou os braços e deu continuidade. — Doro, preste atenção em mim, está bem? Tente manter-se calma para que me entenda. Você tem que respirar com mais calma. — O rosado semicerrou as sobrancelhas e voltou a olhar para a porta e berrou. — ÁGUA QUENTE E TOALHAS! —

A kunoichi compreendeu o pedido, por isso fechou seus olhos por alguns instantes e respirou profundamente, então soltou lentamente o ar acumulado em seus pulmões, assim começando a respirar com mais tranquilidade enquanto lágrimas deixavam seus olhos e escorriam por suas bochechas. Tsuyu depressa se colocou de joelhos ao lado da cama e pôs os cotovelos no colchão e entrelaçou as próprias mãos enquanto mantinha as sobrancelhas semicerradas e balbuciando alguma coisa. Era nítida a preocupação do Hyuga com aquele derradeiro momento. Rin olhou para a entrada do cômodo no momento que Misa apareceu com algumas toalhas limpas e Fushin com um balde de água quente, ambas pareciam descontentes pelo Uchiha ter gritado inúmeras vezes, mas de certa forma compreendiam que era por causa daquele momento. Rin apressadamente tomou distância da cama, assim seguindo ao banheiro e lavando suas mãos na pia por um minuto enquanto sentia-se grato pelo silêncio que durou no cômodo. Ele encarou-se no espelho por alguns segundos, mas não enxergava nada, exceto por sua expressão calma e as sobrancelhas um pouco semicerradas. Ele não demorou em voltar ao quarto.

— Ameaçar o universo não adiantará de nada, Tsuyu. Você precisa confiar apenas em mim, esqueça do resto. — Rin disse ao mesmo tempo que levantava seus braços e entrelaçou as mãos, assim espreguiçando-se e deu continuidade. — Use as toalhas para secar o suor dela como puder, Fushin, mas deixe uma úmida na testa dela. —

O Hyuga ficou em silêncio. Ele olhou para a noiva acamada que estendia-lhe a mão direita, assim o mesmo correspondeu ao gesto e segurou-a com as duas mãos, enquanto que Fushin levava uma toalha úmida para a cabeça da antiga habitante de Sunagakure e usava outra para secar o exagerado suor, Rin levantou a toalha que encobria a intimidade de Doro e semicerrou mais um pouco das sobrancelhas.

— Ainda há oito centímetros de dilatação. Não tenho como saber a quanto tempo está assim, mas quando atingir os nove… levará uma hora para os dez centímetros, assim facilitando o trabalho, então terá de usar toda sua força de vontade para empurrar. Ou… — Rin disse ao mesmo tempo que mirava seus olhos verdes nos púrpuros da kunoichi, então deu continuidade. — ...posso usar o Bisturi de Chakra para fazer uma cesárea se quiser, acabará bem rápido e prometo não deixar cicatrizes. O que escolhe? —

— Eu possuo muita força de vontade, Rakun, mas… — Doro disse enquanto sorria pelo canto dos lábios trêmulos, mas não demorou para continuar quando apertou as mãos do noivo ao sentir uma contração e rangeu os dentes ao mesmo tempo que se pronunciava. — …deixe a cesárea como último caso… PORRA! —

O rosado ficou em silêncio. Ele olhou com discrição para o moreno que baixava a cabeça e sentia aquela inconfundível dor nas mãos, por isso que o Uchiha sentiu-se grato de não estar perto da amiga naquele momento. Ele balançou a cabeça como se confirmasse silenciosamente com o pedido da kunoichi, então olhou para Fushin que terminava de secar a noiva de seu líder com uma toalha branca. A especialista em Genjutsu percebeu a atenção, por isso olhou para a Yamanaka que havia lhe ajudado a pouco e depois olhou para o rosado que continuava lhe encarando e balançou a cabeça com discrição, de forma a respondê-la silenciosamente uma pergunta. Ele com certeza não pediria para Misa correr por aí novamente sendo que esperava por um bebê, assim o próximo objetivo dependia de Fushin e mais ninguém.

— Do que está precisando? — Fushin perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas, assim parecendo mais séria.

— Anestésico. — Rin disse e levou a mão direita para frente dos olhos, assim coçando-os e dando continuidade. — Ela pode não ter força necessária para o parto comum, então vamos precisar de anestesia se partirmos para o parto comum. Doro tem um cômodo que usa para pesquisas e desenvolvimento, não está longe daqui. Quero que encontre anestésicos e traga o quanto ant-... —

— Tem no meu arma-... AAAAAHHHH… — Doro gritou ao sentir outra contração, então moveu a cabeça para cima e usou a mão disponível para segurar o lençol da cama e logo continuou. — …no meu armário… com alguns venenos… tampa branca… —

— Você guarda suas anestesias perto dos venenos? — Rin perguntou ao mesmo tempo que levantava uma das sobrancelhas, não demorando em continuar quando a viu balançar a cabeça silenciosamente. — Essa é a minha garota. —

— Quantos partos já fez? — Tsuyu perguntou ao mesmo tempo que cruzava os braços. Seus olhos amarelos eram evidências o suficiente da preocupação que sentia naquele momento. Ele não demorou em acrescentar. — Tem algum problema se for cesariana? —

— Problemas tem em todos os lugares, mas o mais comum é uma infecção, além de disfunção ou danos em alguns órgãos, como a bexiga ou vasos sanguíneos, ou a sutura na parede uterina pode não cicatrizar corretamente e causar danos irreversíveis ao útero, causando riscos para uma próxima gestação e parto, mas pode confiar em minhas habilidades que isso não acontecerá, não mencionando que isso é raro de acontecer. Tem o risco de trombose se o procedimento for muito longo, assim como a recuperação é mais lenta… uns quarenta dias no máximo, e o problema em Arashi seria mais do tipo respiratório por causa do líquido amniótico que geralmente é expelido no canal uterino e um sistema imune mais enfraquecido. — Rin respondeu ao mesmo tempo que guiava a mão direita para os olhos, assim coçando-os e suspirando e dando continuidade enquanto semicerrava as sobrancelhas. — Minha cabeça lateja quando me lembro que decorei tantas coisas, quase sinto um arrependimento por noites mal dormidas apenas para decorar um conteúdo. —

O Hyuga pareceu zangado pelo momento divertido que o Uchiha tentava proporcionar, por isso encurtou sua distância com ele e guiou as mãos para a gola da camisa do mesmo enquanto o levava para uma das paredes, assim escorando-o ao mesmo tempo que ouvia-se o grito de Doro e até mesmo um choramingo vindo da parceira. Tsuyu não escondeu a seriedade, a preocupação que sentia em seus olhos marejados ao encarar o rosado que não parecia surpreso com aquela ação. Ele usou a mão esquerda enfaixada para sinalizar com discrição as duas garotas que nenhuma intervenção era necessária naquele momento.

— Sem piadas. Não preciso de muito para entender. E prometo que terá Arashi antes do fim da noite, irmão. — Rin disse mais sério enquanto levava a mão esquerda enfaixada para o pulso direito enfaixado do amigo e sorria pelo canto dos lábios antes de acrescentar. — E respondendo a sua primeira pergunta… um parto. —

— Você tem um dever hoje. Entendeu? Esqueça qualquer problema, ou obrigação dos outros dias, mantenha seu foco apenas no agora. NESSE agora. — Tsuyu disse áspero, ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas, porém não demorou para alterar sua expressão para algo que lembrava a súplica e sussurrou quase inaudível. — Por favor… —

O rosado balançou a cabeça como se concordasse com o comentário do Hyuga, ao mesmo tempo este acabou o soltando, dessa maneira o Uchiha afastou-se dele e retornou a aproximar-se da cama e olhou para a amiga que encarava-o. Rin respirou fundo e assumiu uma expressão cheia de confiança ao mesmo tempo que soltava aquele ar acumulado. Doro baixou a cabeça e rangeu os dentes ao mesmo tempo que choramingava e fechava as mãos novamente no lençol da cama, uma solitária lágrima escorreu de seu olho direito. O suor estava cada vez mais presente em seu rosto, assim como seus olhos expressavam bem o cansaço. Fushin já havia deixado ao alcance os anestésicos que poderiam ser úteis, enquanto que Misa tratava de fazer a troca de toalhas da cabeça da kunoichi assolada pela dor.

— Isso mesmo. Você tem que fazer força quando sentir as contrações. — Rin disse e levou a mão direita fechada em punho para a palma esquerda, assim socando e dando continuidade. — Vai ser doloroso, mas estamos aqui por você. Eu estou aqui, Doro. Então, vamos fazer isso. —

— Ce-... Certo… — Doro disse.

[ ۝ ]

Uma hora depois não valia mais a pena usar toalhas para secar o rosto ou o restante corpo de Doro, afinal a força que fazia e o contínuo sentimento doloroso lhe fazia suar mais, assim como seus olhos deixavam em evidência que ela encontrava a beira da exaustão, na realidade já tendo passado dos limites comuns de suas forças. Ela segurava as mãos de seus amigos ao mesmo tempo que gritava com todo fôlego que possuía em seus pulmões, quase não arrumando tempo para respirar direito. Ela sentia-se estimulada pelos comentários do rosado que não parava de olhar para sua intimidade que de vez em quando soltava um "mais uma! Só mais uma!" para ela, mas nunca era "só mais uma", afinal outros pedidos se seguiram instantes depois.

— Do-... — Rin não concluiu seu comentário.

— MAIS UMA! EU JÁ SEI! — Doro gritou chorosa e com raiva.

— Essa é a última. Então, empurre com toda força. Use tudo o que tiver e mais um pouco, entendeu? — Rin disse enquanto semicerrava suas sobrancelhas e tentava transmitir confiança em seus olhos esverdeados.

Doro olhou para o rosado e sentiu que o mesmo falava a verdade, por isso gritou de forma estridente ao mesmo tempo que dava tudo de si para aquele último empurrão. Lágrimas escorriam de seus rostos e misturavam-se ao suor enquanto movia a cabeça para trás, semicerrava as sobrancelhas e agarrava as mãos de sabe-se lá quem com força. A mesma continuou a dar tudo de si por mais que se sentisse tão cansada. E então… um chorinho a fez entender que aquele era o momento em que devia parar de fazer força, assim sentindo um tipo inconfundível de alívio e respirando com mais tranquilidade. Os travesseiros foram removidos, assim permitindo que buscasse o merecido conforto da cama enquanto ouvia o chorinho, porém discretamente olhou para seu noivo. O Hyuga a encarava com a expressão mais calma e contente possível enquanto lágrimas escorriam de seus olhos amarelos e pingavam quando alcançavam o queixo. Este moveu seus lábios num sussurro silencioso de "obrigado". E a todo momento a mesma considerou que aquilo fosse uma alucinação por causa do cansaço.

A atenção de Doro desviou-se para Misa que carregava uma toalha limpa, uma das últimas limpas, e com uma coisinha envolvida pelo tecido, ou seja, Hyuga Arashi que gentilmente foi colocada ao seu lado. Doro encarou a recém nascida ao mesmo tempo que lágrimas escorriam de seus olhos púrpuros, atentando-se aos poucos fios escuros e suas bochechas gordinhas e coradas. Doro levou suas bochechas para o pequeno rostinho, assim fazendo uma solitária carícia e sorrindo brevemente quando a recém nascida pareceu não ter gostado.

— Já tem um gênio difícil? — Rin perguntou enquanto assistia com discrição a cena ao mesmo tempo que usava o Shōsen Jutsu para tratar o canal uterino da amiga, então deu continuidade. — Eu tenho pena dos cidadãos de Amegakure. —

Tsuyu colocou-se de joelhos e levou as mãos para frente dos olhos, sequer dando importância para quem o assistia enquanto debulhava-se em lágrimas, sentindo-se feliz de uma forma que sequer poderia imaginar ou supor nos anos anteriores. Rin encarava discretamente o amigo e acabou levando a mão direita para os olhos marejados, assim coçando-os e acidentalmente ganhando a atenção de sua noiva.

— Está chorando também? — Misa perguntou enquanto levantava as sobrancelhas e cruzava os braços abaixo dos seios.

O rosado a encarou por um momento, mas não fez questão de respondê-la, na realidade voltou a fazer seu trabalho enquanto Doro apreciava a recém nascida, assim causando um breve sorriso de divertimento na Yamanaka por notar um pouco mais da fragilidade emocional de seu noivo, contudo obviamente com razão. A pequena Arashi fez um burburinho para expressar seu desgosto pelas carícias suaves que recebia em suas bochechas. Tsuyu recuperou-se do próprio choro e ficou ao lado da cama em que sua criança encontrava-se e encarou-a por um momento, então levou o indicador enfaixado para a bochecha da recém nascida na esperança de cutucá-la, mas acabou surpreendendo-se pela pequenina ter levado a mãozinha esquerda para segurar seu indicador e abriu um pequeno sorriso. O Hyuga levantou as sobrancelhas e depois baixou-as ao mesmo tempo que lágrimas voltaram a escorrer de seus olhos fechados, está mantendo um sorriso contente e gentil.

— Seja bem vinda, Hyuga Arashi. — Tsuyu sussurrou.