Quatro meses se passaram. O inverno deu lugar para a primavera, assim a temperatura aumentou conforme o passar dos dias e elegantíssimas flores desabrocharam naquele período. O clima agradável para aquele primeiro dia de Abril mostrava-se propício para um passeio em família, quem sabe até mesmo uma ida às compras. E era exatamente esse o planejamento de um certo casal que naquele momento passeava por uma rua movimentada de Konohagakure. Rin, que caminhava um pouco atrás de sua belíssima noiva, carregava aproximadamente quinze livros de diferentes grossuras, tamanhos e temas, mas uma certa quantidade sem dúvida era voltada ao público infantil, afinal eram histórias para crianças, mas havia naquele meio alguns livros mais adultos que ganharam o interesse da verdadeira compradora, ou seja, Yamanaka Misa que olhava com certa concentração para os lados, ou seja, para as várias lojas que podiam acessar para o desespero do rosado que tinha a noção de que sua função era agir como carregador para as futuras compras.

— Querida? — Rin chamou pela Yamanaka enquanto movia a cabeça para o lado direito, afinal o amontoado de livros escondia seu rosto.

— Sim, amor? — Misa disse e direcionou a atenção para trás, ou seja, ao parceiro e tentou expressar uma com certa inocência visual e comunicativa com ele, não demorando em continuar. — Algum problema? —

— Só um, bem pequeno. Lembra que tenho uma enorme quantia de dinheiro que o Daimyo do País dos Vales me deu? — O rosado perguntou, mas obviamente era uma pergunta retórica. Ele não demorou para continuar quando sorriu pelo canto dos lábios. — Eu não quero gastá-lo num único dia com livros. —

— Mas esses livros são para o crescimento de Fukai. Tenho certeza que apreciará quando lermos uma boa história para ele. Sem livros não há como sabermos se a criatividade de nosso menino será bem desenvolvida, estou certa? — A loira disse com convicção, mas não demorou para acrescentar enquanto andava confiante. — Esses livros terão a utilidade de fazê-lo adormecer também, ou espera que passemos as noites em claro? —

O rosado ficou em silêncio, assim encerrando com aquela conversa. Era certo que não gostaria de passar as madrugadas em claro, por isso começava a enxergar a valiosidade daqueles livros infantis, por isso acabou suspirando como se desistisse de alguma coisa, então levantou os braços e jogou os livros para o alto e aproveitou a mão direita livre para fazer um sinal de cruz com o indicador e médio, assim criando dois Kage Bunshin que ficaram um pouco atrás dele e agarram os livros em pleno ar. O rosado pôs as mãos nos bolsos e andou para o lado esquerdo de sua noiva que sorriu discretamente com a ação feita por ele. Rin tentou parecer um pouco sério, mas direcionou sua atenção para a barriga da noiva e suspirou enquanto baixava a cabeça. A Yamanaka encontrava-se em sua vigésima terceira semana de gestação. O rosado desviou sua atenção, assim concentrando-se numa loja que possuía inúmeros bichos de pelúcia a mostra para quem passava à frente, por isso que o Uchiha voltou a encarar a noiva.

— Vamos comprar algumas pelúcias? — O rosado perguntou ao mesmo tempo que interrompia sua caminhada, então deu continuidade quando sentiu o olhar duvidoso da noiva. — É provável que Arashi nasça nas próximas semanas, por isso tô querendo dar um presente de boas vindas, ou coisa do gênero. —

"Que seja… vamos gastar o meu dinheiro, não tenho problema com isso já que estou trabalhando no hospital, além disso tenho minhas dúvidas que somos capazes de gastar uma enorme quantidade num único dia…" o rosado pensou e levou a mão direita para trás da cabeça, assim usando a ponta dos dedos para coçar aquela região, mas não demorou para levantar os braços e entrelaçar as mãos, assim espreguiçando-se. "Isso é para a felicidade de algumas crianças, não tem sentido economizar…" pensou novamente enquanto abaixava os braços e levava as mãos de volta aos bolsos.

— Uma boa ideia. — A Yamanaka disse e pareceu mais animada do que antes, adorando o consentimento do noivo, por isso não demorou em acrescentar. — Não apenas para Arashi, mas para Fukai também, certo? Diverti-lo com muitas pelúcias. Imagine o tanto de risadas que podemos conseguir dele, querido! —

O rosado balançou a cabeça, assim concordando silenciosamente com a ideia de sua noiva, assim seguiram para aquela loja de pelúcias enquanto eram acompanhados por dois Kage Bunshin cuja funcionalidade era de servirem como carregadores.

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As compras por Konohagakure levaram até perto das cinco e meia da tarde para serem encerradas, sendo esse o momento que o casal e mais ou menos três Kage Bunshin desapareceram sem deixar quaisquer vestígios na rua que caminhavam com descontração. O desaparecimento causou a aparição em frente a uma convidativa porta de madeira de uma casa que foi concluída a mais ou menos dois meses. Rin (o original) foi o único a olhar para o lado esquerdo, assim atentando-se num jardim com flores que desabrocharam no meio do mês anterior e que foram selecionadas por sua parceira, então concentrou-se nas duas charmosas árvores — laranjeiras — que foram um último presente de sua contraparte mais velha. As duas árvores — crescidas pela manipulação de Mokuton nas sementes — tinham algumas frutas para serem colhidas e aproveitadas da maneira que os habitantes daquela casa preferirem, além do distanciamento perfeito entre elas para que uma rede fosse amarrada e um descanso aproveitado, sem dúvida algo que fazia parte da lista de intenções do rosado quando as coisas ficassem um pouco mais calmas. Para seu divertimento, Sírius aproveitava a grande sombra que as árvores para cochilar de barriga para cima.

— Querido? — A Yamanaka o chamou.

O rosado, por causa daquele chamado, não demorou em voltar a atenção para frente, ou seja, a porta que era mantida aberta pela noiva que encarava-o com curiosidade. Misa não demorou para dar um passo e ficar um pouco a frente do noivo, então inclinou-se um pouco e tentou identificar o que era enxergado pelo parceiro, mas a mesma não via nada demais, exceto pelo cachorro que não se interessava por eles e sacolejava-se na grama e soltava inconfundíveis murmúrios, assim provando que gostava cada vez mais daquele espaço. A Yamanaka voltou a atenção para o noivo e levantou uma das sobrancelhas.

— O que você está olhando? — Misa perguntou ao mesmo tempo que parecia bem duvidosa da desatenção do noivo, mas logo acrescentou. — Entre, vamos tomar um café e guardar as compras antes de irmos para Amegakure, está bem? Tenho minhas dúvidas, mas acho que Tsuyu não gostará se nos atrasarmos para o Coliseu. —

— Não sei o que estou olhando, mas de repente deu vontade de apreciar esse momento. — Rin disse e aproveitou que a noiva estava próxima para dar um beijo na testa dela, então deu continuidade ao mesmo tempo que encostou sua testa com a testa da noiva. — Desculpe se a deixei um pouco preocupada. E você tem razão… — O rosado disse enquanto tomava um pouco de distância, então acrescentou com um tom cheio de divertimento. — …ele não vai gostar. Então, o que acha de nos atrasarmos por algumas horas? —

— Não seja bobo. Tsuyu está ansioso para lutar com você. Dessa vez uma luta que será exibida no Coliseu e que não acontecerá no meio da rua. — A Yamanaka disse com um ligeiro divertimento, até mesmo de reprovação por lembrar-se das implicâncias que os rapazes possuíam, então continuou. — Por favor, vá guardar as coisas que compramos no quarto de Fukai, enquanto isso vou tomar banho… meus pés estão me matando. —

— Ah, certo. — Rin disse e levou a mão direita para a cintura e não demorou para dar continuidade com um sorriso pelo canto dos lábios. — Em Amegakure vou pedir para alguém fazer massagem nos seus pés, está bem? E se ninguém se propuser, quem sabe não faço isso?—

— Não sei dizer se está falando sério ou não… — A Yamanaka disse e levantou uma das sobrancelhas ao mesmo tempo que cruzava os braços abaixo dos seios ligeiramente maiores, então continuou enquanto dava as costas para o noivo e seguiu para o interior da casa. — Vou tomar banho. —

Rin só balançou a cabeça em confirmação ao comentário da noiva, assim observando-a seguir para uma escadaria que dava acesso ao andar superior, mas o mesmo voltou a desviar sua atenção, dessa maneira concentrando-se no interior da casa. A pintura numa tonalidade de castanho suave parecia ainda uma ótima opção, afinal era uma cor fraca e que não causava um típico desconforto. Este reparou nos quadros que foram bem posicionados na parede; ele (Rin) dormindo numa rede naquelas laranjeiras e com Sirius na mesma sintonia de cochilo ao seu lado direito contendo um belo pôr do sol e com Yattsuhoshi a algumas dezenas de metros, Misa com as bochechas inchadas por estar comendo um delicioso sobá e olhando-o com surpresa por não estar esperando aquele momento, a Yamanaka ajoelhada naquele jardim e cuidando das flores que foram plantadas e tendo uma expressão tão doce e maravilhada que não parecia o suficiente para uma única foto, os dois beijando-se na véspera do natal e outra de todos os amigos reunidos, todas essas fotos encontrando-se na parede a direita, afinal a esquerda possuía a entrada — portas deslizantes tradicionalmente japonesas — para a sala de estar da casa.

O rosado afastou as portas, assim encarando o cômodo que deveria ser a área de lazer e conforto da família. O castanho suave fazia permanência naquelas paredes, mas o que chamava um pouco da atenção eram as portas de correr — vidraças — que davam acesso ao jardim bem florido, assim a Yamanaka podia ver o que acontecia com as suas amadas plantas e também agradar-se com a vista do ambiente externo.

Aquele cômodo era dividido em três partes, a primeira do lado esquerdo possuía quatro poltronas verdes suaves de apenas um lugar — uma de frente para a outra — separadas por uma mesinha redonda de vidro, mas isso obviamente não era tudo o que possuía em todo aquele espaço. Do lado direito havia uma lareira — que seria aproveitada no inverno — num canto e com duas estantes do lado esquerdo recheada por livros infantis, aventurescos e medicinais, ao lado das estantes — na parede — havia duas janelas com cortinas verdes para apreciar a leitura com luz natural e a frente da lareira um sofá marrom de quatro lugares com uma mesa à sua frente e uma poltrona de um lugar do lado direito. E no meio havia-se um sofá marrom de quatro lugares — de costas para a entrada — e que ficava de frente para uma televisão enorme para que os residentes assistissem ao jornal ou alguma coisa para entretê-los, além do ar condicionado cuja utilidade seria para os dias quentes. Todo o assoalho era coberto por um carpete marrom escuro que o rosado tinha a certeza de que seria destruído por alguma criança, além de haver um quadro na parede de uma jasmin com um sapinho em baixo das pétalas esbranquiçadas que pingavam gotas d'água sob o anfíbio enquanto lesmas ficam noutras pétalas ou no caule durante um agradável dia de sol e um vasto jardim.

O rosado suspirou e puxou as portas deslizantes, assim fechando momentaneamente o acesso para aquele cômodo e levou a mão esquerda enfaixada para o bolso e direcionou sua atenção para as portas deslizantes do lado esquerdo, assim aproximando-se dela e abrindo-a para visualizar o cômodo que nada mais era do que o ambiente para as refeições diárias e que as paredes possuíam a mesma tonalidade suave que o cômodo anterior. E aquele cômodo era dividido em duas partes com a divisão sendo feita por um balcão branco que possuía um vaso com uma planta qualquer. A primeira, do lado direito, possuía uma mesa de madeira de quatro lugares encontrava-se no lado direito do ambiente, contudo as seis cadeiras adicionais encostadas na parede indicavam que a mesa era retrátil, em resumo sendo uma mesa de dez lugares, enquanto que a outra parte do cômodo, ou seja, o lado esquerdo, possuía os equipamentos necessários para a preparação e resguardo das refeições, utensílios e tudo mais.

O rosado suspirou e tornou a fechar as portas do cômodo, logo direcionou a atenção para uma porta comum que dava acesso ao porão, esta porta ficando embaixo da escada que dava acesso ao andar superior. Rin abriu a boca e suspirou enquanto levava a outra mão para o bolso e caminhou em direção a escadaria e subiu os degraus ao mesmo tempo que mantinha uma expressão preguiçosa. Ele alcançou o corredor que dava acesso ao segundo andar e olhou para o lado esquerdo, assim reparando em duas portas fechadas e depois naquela que estava no lado direito e mais perto da escada e com a porta — contendo uma plaquinha marrom dizendo "Fukai" com as letras em diferentes cores — manteve-se entreaberta, mas contendo um pouco de barulho no interior, por isso que o mesmo seguiu até lá e abriu mais a porta, assim reparando no quarto que pertenceria a Fukai. O quarto, pintado de azul e contendo nuvens brancas, possuía o berço com suas grades que seria aproveitado nos próximos meses, uma estante com livros infantis, outra com muitas pelúcias e um armário que possuía as roupinhas, não mencionando uma cadeira de balanço perto do berço e uma caminha para que Sirius descansasse por ali. O barulho vinha dos três Kage Bunshin que terminam de guardar as compras daquele dia e todos encaram-no com curiosidade. O rosado suspirou e agitou seus ombros.

— Continuem com o bom trabalho. — Rin disse e semicerrou suas sobrancelhas e acabou bocejando com a óbvia preguiça que aumentava nas últimas semanas.

— Você tá estranho hoje, querido. — A voz feminina que chamou a sua atenção. Era de Misa que encontrava-se na porta do quarto deles e envolvida por uma toalha e o corpo estando molhado. Ela o encarava com curiosidade e preocupação. E não demorou para continuar. — Você está bem? —

O rosado olhou cuidadosamente para sua noiva, imaginando o corpo que a mesma escondia embaixo da toalha e engolindo em seco, mas acabou atentando-se nos três Kage Bunshin que aproximam-se da porta para verem a Yamanaka e apreciarem-na, mas o rosado semicerrou as sobrancelhas com um óbvio desgosto e usou o comum selo para desfazer os respectivos clones. Ele retornou sua atenção para Misa que sorria com certo divertimento pelo breve momento de ciúme do noivo, por isso que ele moveu a cabeça para o lado direito enquanto as bochechas ficaram mais quentes, algo que causou uma breve risada da Yamanaka que levou a mão direita para a testa do noivo.

— Não está com febre. O que aconteceu para estar tão distraído? — Misa perguntou ao mesmo tempo que afastava a mão e cruzava os braços abaixo dos seios cobertos pela toalha.

— Só estou apreciando nossa casa. O lugar que vamos desenvolver ótimas recordações como família. E imaginando o quanto disso estará numa péssima condição quando Fukai aprender a andar… — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios e aproveitou para levantar os braços, assim se espreguiçando e bocejando mais uma vez antes de dar continuidade. — Eu não queria lutar com aquele idiota no meu dia de folga. Temos mesmo que ir para lá? —

— Não seja assim tão preguiçoso. — A Yamanaka disse e tentou parecer séria, mas não conseguia. Ela acabou suspirando e sorrindo pelo canto esquerdo dos lábios antes de continuar. — Sim, temos. É uma boa oportunidade para revê-los, não acha? —

— Vimos eles há uma semana, não acho que tenham mudado tanto assim. — Rin disse e levantou uma das sobrancelhas ao mesmo tempo que exibia uma expressão de desinteresse, mas logo continuou com certo divertimento quando a noiva lhe apertou e puxou a bochecha direita. — Certo, entendi. Pode parar, querida! —

A Yamanaka obedeceu, assim removendo a mão daquela bochecha e dando um beijo na onde apertou e assim divertiu-se com o breve corar do noivo. "Eu tenho pena de Fukai. Se ela age assim comigo por causa de uma desobediência qualquer, quero nem imaginar o que fará com nosso garoto…" o rosado pensou e levou as mãos para trás da cabeça e seguiu em direção ao quarto enquanto era seguido pela loira que encarava-o com um certo divertimento enquanto mantinha as mãos entrelaçadas nas costas.

— Pode ser que eu acabe perdendo, por isso que vou precisar de um pouco de consolo mais tarde. Faz algum tempo que não treino, então é provável que ele tenha a vantagem. — Rin disse ao mesmo tempo que fazia beicinho e olhava suplicante para a noiva, então continuou. — Você está me obrigando a ir para uma briga sabendo que vou perder. —

— Isso é mentira. — A Yamanaka disse ao mesmo tempo que sorria pelo canto dos lábios e não demorou para dar continuidade. — Você tem se mantido em forma desde a nossa mudança. Muito mais relaxado do que antes, mas ainda mantém alguns treinamentos logo após me deixar na academia. —

Os dois chegaram ao quarto. Era um quarto — mantendo o tom castanho suave — tipicamente de casal com uma belíssima cama com um quadro acima com os símbolos dos clãs que pertenciam, ou seja, Uchiha e Yamanaka, além disso o cômodo era perfeitamente iluminado por algumas janelas e era anexado por um banheiro, ou seja, o quarto nada mais era do que uma suíte e contendo ainda um closet para o casal.

— Como? — Rin perguntou enquanto seguia para o banheiro e levantou uma das sobrancelhas ao dirigir sua atenção para a parceira, mas não demorou para continuar com o mais óbvio detalhe. — Ontake? —

— Quem mais seria? — Misa disse ao mesmo tempo que acessava o closet e colocava a toalha cuidadosamente no chão, então deu continuidade. — Porque está treinando? Imaginei que iria se concentrar noutras coisas mais importantes do que lutas agora que não há mais… — A Yamanaka não concluiu seu comentário, afinal acabou sendo interrompida pelo noivo.

— …e estou me concentrando. Sabe que estou trabalhando com minhas mães no hospital de Konoha e deixando um Kage Bunshin aqui para o caso de alguém precisar de cuidados médicos, mas sou o Sannin das Lesmas e líder da Rokujūshi, por isso quero manter as impressões a meu respeito. — Rin disse ao mesmo tempo que removia as peças de sua roupa enquanto acessava o banheiro e deixava o cabelo comprido róseo solto para aquele banho.

A Yamanaka ficou em silêncio. Ela sabia o suficiente sobre as impressões que as pessoas tinham a respeito de seu noivo. Ela nem tentou dizer alguma coisa, afinal tinha noção de que o mesmo possuía grande razão. Rin agradeceu por aquele silêncio, assim pela banheira já preenchida com água quente, assim adentrou na mesma e fechou seus olhos esverdeados para que pudesse ter um maior aproveitamento, ao mesmo tempo Misa já escolhia e vestia as roupas para o evento daquela noite.

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Alguns minutos depois, por causa do Hiraishin no Jutsu e algumas marcações colocadas por Amegakure, o casal repentinamente apareceu na área VIP do Coliseu, assim causando uma breve olhada de surpresa para aqueles que já encontravam-se por ali. Rin escolherá a simplicidade para aquele evento, por isso vestia-se com uma camisa cinza e uma jaqueta vermelha com o símbolo do clã Uchiha nas costas, aquecedores pretos em seus pulsos, calça escura e sandálias com abertura para os dedos, não esquecendo-se do cabelo róseo propriamente amarrado com um elástico vermelho, enquanto que Misa escolherá a simplicidade também, ou seja, uma camisa branca contendo o símbolo do clã Uchiha na manga esquerda e uma saia vermelha e sandálias com abertura para os dedos.

Rin levou as mãos para os bolsos da jaqueta e direcionou seus olhos verdes para a pessoa mais próxima deles — Doro — que perderá a surpresa do momento e levará a mão direita para a grande barriga de trinta e oito semanas e que encarava-o com amabilidade, ao mesmo tempo que houve aquela momentânea troca de olhares, a Yamanaka dirigia-se para perto de Ryūsei e Fushin e abraçou as duas amigas sob o atento olhar agressivo de Musashi que mantinha os braços cruzados, o Uchiha aproximou-se da ex-habitante de Sunagakure e levou a mão direita para a barriga da mesma e sorriu.

— Como estão? — Rin perguntou ao mesmo tempo que sustentava seus olhos verdes na barriga da colega, mas voltou-os para aqueles púrpuros.

— Estou bem, contente por ter vindo. E Arashi está com muita energia… está me chutando o dia inteiro. — Doro respondeu e sustentou aquele sorriso enquanto colocava sua mão direita por cima da mão do rosado, então continuou. — Eu acho que está dizendo que virá nos próximos dias. —

— Isso é uma boa notícia. — Rin disse e aumentou um sorriso ao sentir um movimento, porém semicerrou as sobrancelhas quando notou um certo desconforto da kunoichi.

— Tsuyu está esperando. — Doro disse assim que ofegou demoradamente e afastou sua mão direita da mão do amigo, então deu continuidade quando olhou para o usuário de machados. — Musashi, avise-o que Rakun já chegou. —

— Beleza… — Musashi disse ao mesmo tempo que colocava as mãos nos bolsos e seguia para a porta do cômodo, mas não demorou para dar continuidade quando prestou atenção no rosado. — …venha também. Você tem que se aprontar. —

— Ah, está bem… — Rin disse, porém direcionou sua atenção para a kunoichi que sorria com satisfação por revê-lo, assim dando continuidade. — …depois que eu surrar seu noivo, quem sabe não me conta mais sobre esses chutes, está bem? —

— Rakun… — Doro chamou pelo amigo enquanto sorria com certo divertimento, assim não demorando em continuar. — …vou perder a aposta que fiz se surrá-lo demais, então dê a ele uma vantagem. Por favor? —

— O que? Apostou contra mim? — Rin perguntou ao mesmo tempo que colocava as mãos na cintura e seguia para perto do usuário de machados que já deixava a porta aberta, então deu continuidade. — Ele terá a sua vantagem, pode ter certeza disso! —

Musashi sorriu com malícia pelo canto esquerdo dos lábios, ao mesmo tempo soltando um "hmph" enquanto o rosado passava por ele e assim fechava a porta da área VIP e seguia com ele pelo corredor. O usuário de machados deixava sua cabeça um pouco abaixada, porém seus olhos ficaram bem concentrados no Uchiha que caminhava atrás dele com poucos passos os separando. O especialista em Kenjutsu notava um certo olhar cauteloso em Rin, assim como calma e uma óbvia preguiça, cansaço na profundidades daqueles olhos esverdeados, mas o que mais encontrava-se presente era confiança, não uma confiança exagerada que provavelmente o tornaria inconsequente, mas uma confiança na medida certa.

— Porque está me observando tanto? — Rin perguntou enquanto mirava seus olhos esverdeados no usuário de machados.

— Hm, não é nada. — Musashi disse ao mesmo tempo que sua atenção voltava-se para frente e suspirou com um óbvio desgosto, mas não demorou em acrescentar. — Tente não pegar leve. Eu apostei em você. —

O rosado ficou em silêncio e aos poucos foi ganhando surpresa por aquele último comentário, assim erguendo suas sobrancelhas e abrindo um pouco mais seus olhos, então assumiu uma expressão mais séria e sorriu pelo canto dos lábios com aquela mesma confiança na medida certa.

— Heh, está bem. — Rin disse.